sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Campeões do Carnaval 2012


por Dalton John

Maracatu da Favela e Embaixada de Samba – Escolas  de Samba Campeãs
Depois de uma apuração tensa, e decidida quesito a quesito, a agremiação campeã do carnaval só foi conhecida na leitura da última nota. Disputaram até o final em cada nota Maracatu da Favela e Boêmios do Laguinho. Até o meio da apuração, a escola Império do Povo, do município de Santana estava na frente, mas quando as notas do quesito Fantasias foram divulgadas, a escola perdeu décimos importantes na classificação, mesmo assim ficou com o terceiro lugar.
Maracatu e Boêmios estavam na ponta, mas a verde e rosa estava com uma diferença de 0,2 décimos à frente, e quando as notas do quesito Mestre Sala e Porta Bandeira foram lidas, a disputa empatou, já que o casal da escola do bairro do laguinho ficou com quatro notas 10, contra apenas três da Maracatu, e a competição ficou empatada há dois quesitos do fim. Restavam Evolução e Harmonia, as notas foram divulgadas e com a diferença de 0,1 décimo, Maracatu da Favela sagrou-se campeã de 2012.


Diga espelho meu        
Com um enredo que falou sobre as várias faces da beleza, a escola ousou com fantasias e alegorias que surpreenderam na Ivaldo Veras. A agremiação trouxe para a avenida o carro alegórico considerado o mais caro da história do nosso carnaval, que trazia telões em que os espectadores se viam na alegoria ao vivo. Levou mais de 1.000 componentes para o sambódromo que ouviram a bateria de Mestre Riba e viram a beleza da rainha Nauva Alencar, sacudirem com tudo na avenida do samba e conquistarem, com méritos, o carnaval amapaense.

Sonhar com o Grupo Especial 

Com um enredo falando sobre o sonho dos brasileiros, a Embaixada de Samba Cidade de Macapá, faturou o título do grupo de acesso e ano que vem integra a elite do nosso carnaval. Em 2012, duas escolas desceram, Unidos do Buritizal e Império da Zona Norte, que se juntarão a Solidariedade e Emissários da Cegonha para ano que vem, voltarem com um carnaval digno de Grupo Especial.

Liba – Unidos do Cabralzinho conquista o sambódromo e o título

Os blocos da LIBA (Liga Independente dos Blocos do Amapá), que desfilaram na segunda, mesmo sem a presença de público, empolgaram os jurados que sagraram o Bloco Unidos do Cabralzinho como campeão, ficando em segundo lugar, com diferença mínima, o Bafo da Onça e em terceiro lugar, ficou com o Bloco Mancha Negra.

Eleições 2012 – Partido Progressista



Segundo Edinho Duarte, o partido só depende das legendas aliadas para oficializar candidatura ao Laurindo Banha

por Dalton John

Deputado Edinho Duarte em entrevista
ao Jornal Tribuna Amapaense 
O partido cumpre decisão da executiva nacional, que prioriza as capitais e cidades com mais de 200 mil habitantes, com prováveis candidaturas as prefeituras. Edinho Duarte, presidente do diretório regional do partido, e atualmente também deputado estadual, é um dos nomes fortes do PP. Edinho lançou sua pré-candidatura em meados de novembro de 2011. O nome do parlamentar foi confirmado após um encontro, em Brasília, com lideranças progressistas. E caso a decisão do partido para concorrer às eleições se confirme, seu nome é o principal para o pleito.

Mas no partido ainda não está completamente definido, e segundo o próprio Edinho Duarte, é importante a construção de um projeto, “Estamos tentando construir uma candidatura, mas sabemos que não é uma coisa que se faz da noite para o dia, e não pode ser autoproclamada, e o PP quer construir uma com prováveis aliados, esses possíveis parceiros, são aqueles partidos com os quais o PP tem afinidade e a nossa pretensão está mantida e nós vamos construir essa candidatura”, afirma Edinho.

Só depende deles...

Segundo Edinho, haverá uma conversa para formação de alianças mesmo que alguns partidos já tenham declarado que vão ter candidatura à prefeitura de Macapá, “Temos alguns partidos parceiros, como o PSC, do deputado Moisés e o PDT do prefeito Roberto Góes, embora ele seja candidato à reeleição, mesmo assim, queremos que essa discussão aconteça, para que todos os nomes sejam citados. Estamos em conversa também com o deputado Michel JK, o ex-deputado Jorge Amanajás, ambos do PSDB, além de Lucas Barreto do PTB, segundo colocado nas eleições ao Governo do Estado. Pois acho que esse debate em volta de Macapá tem que ser ampliado”, finaliza.

Sérgio La Roque é o petista mais cotado pelo PSB para a Prefeitura de Macapá




por Roberto Gato

A famosa carta de compromisso do Partido Socialista Brasileiro (PSB), de que o Partido dos Trabalhadores (PT), seria o cabeça de chapa na eleição majoritária para a Prefeitura de Macapá, já teve seus dias de descréditos e ameaça velada de que não seria cumprida, ou seja, a dobradinha vitoriosa entre os dois partidos não se repetiria em 2012, mas isso parece que tende a mudar.
A decisão da Executiva Nacional do PT, que elegeu Macapá e Rio Branco, capital do Acre, como as duas capitais dos estados menores da região Norte como prioritárias, tem feito o PSB rever sua posição de lançar candidatura própria. Mas o dilema é: que nome os amarelos aceitam? Dalva e Dora, já se disseram fora do páreo. Restam então, Evandro Gama, Marcos Roberto e Joel Banha. Mas segundo fontes PSB, esses nomes não ressoam positivamente nas hostes do partido. Eles vêem com bons olhos uma candidatura que agrade as duas legendas, e o nome mais aceito é o do secretário de transportes, Sérgio La Roque.
La Roque, um petista histórico, que já ocupou, no primeiro governo PT/PSB, o cargo de diretor da Companhia de Água e Esgoto do Amapá, e após desenvolver suas atividades profissionais na Companhia de água e Saneamento do Pará (COSAMPA), no governo de Ana Júlia, voltou ao Estado, desta feita para assumir a pasta dos transportes.
Evandro corre por fora, costurando apoio na nacional, e tem obtido relativo sucesso. Mais como convencer o PSB. La Roque, petista que já serviu o governo do PSB em dois momentos, e cai como uma luva para o líder socialista, João Capiberibe. Que é, sem dúvida, quem bate o martelo nessas alianças políticas do partido em  que é líder. 

Artigo do Gato - Blocos carnavalescos não empolgam mais!?


Os dirigentes da Liga Independentes dos Blocos Carnavalescos - LIBA e Associação dos Blocos Carnavalescos do Amapá – ABLOCA devem realmente ouvir o apelo do presidente da LIBA, Agostinho... que propõe uma junção das entidades que promovem o carnaval oficial dos blocos filiados nas duas entidades. Não adianta resistir. Essas entidades há algum tempo promovem um carnaval que não desperta interesse nos foliões amapaenses e passam, apesar de toda alegria dos foliões, para arquibancadas vazias.

Uma máxima consagrada entre os artistas deve ser aceita pelos brincantes dos blocos carnavalescos do Amapá. Sem platéia não há espetáculo. Não tem, pelo menos é o que me parece, sentido os foliões irem para a avenida do samba, se esforçar nos passos do frevo, samba, maracatu e etc. E não ouvir das arquibancadas o menor ruído. Quer seja de vaia ou de aplauso.

Como deve se sentir um cantor que solta a maviosa voz, com todos os agudos e graves possíveis de serem alcançados, num teatro vazio? A sensação de desprestígio deve ser o mesmo do cantor de samba de empolgação que se esgoela para sonolentos jurados. Há algo errado na concepção desse carnaval.

Elenco aqui alguns fatores que entendo estarem contribuindo para a inapetência carnavalesca bloquista dos expectadores amapaenses. Um é a organização muita açodada dos blocos, que ficam esperando o repasse dos recursos financeiros do governo, que só o faz em cima da hora.  Outro é a invasão incontida das micaretas com a importação de grupos baianos. Essa é sem dúvida uma concorrência desleal para os blocos, que vão para avenida para um certame e com regras definidas o que limita a explosão de alegria do folião, que gosta da liberdade na hora de extravasar a alegria. O silêncio que se verifica dos blocos durante o ano inteiro, nada é realizado por esses blocos no transcorrer do ano. Os micareteiros impedidos de realizarem seus eventos em Macapá descobriram o filão do município de Santana e a proximidade dos dois municípios, que fica menos de 30 km da capital foi a tábua de salvação para quem gosta deste tipo de evento e pelo que parece é a absoluta maioria.

Qual a saída? Manter a raiz do carnaval amapaense ou se quedar diante o Tsunami baiano? Parece que esta discussão deverá ser intensa entre os que promovem os carnavais de bloco. Pois não dá para conceber um carnaval tão bem elaborado passar na avenida do samba pra ninguém. Pelo menos é o que penso.

Peixe da Amazônia pensando alto em 2012


por Reinaldo Coelho

O Santos Futebol Clube do Amapá, desde a temporada de 2011 vem se preparando para o Campeonato Profissional de Futebol Amapaense, pensando alto: ser o primeiro clube amapaense a acessar a série C do Brasileirão.
Para isso o clube renovou sua diretoria, transformando em profissional a gestão do clube. Assumiu a presidência o empresário Luciano Marba que levou o peixe da Amazônia a final do Campeonato de 2011 contra o Trem Desportivo Clube ficando com o Vice-Campeonato, porém arrematou a vaga para disputar a Série D do Brasileirão em  2012.
Para o Amapazão deste ano, o presidente Marba, disse a reportagem que o clube vai mais longe, tanto que montou uma parceria com o clube carioca Vasco da Gama que encaminhou vários jogadores do clube assim como a comissão técnica completa das categorias de base vascaína.
“Nosso técnico será Wilsinho que é o coordenador das categorias de base do Vasco da Gama, ele foi liberado pelo presidente Roberto Dinamite e hoje esse é o nosso maior investimento. Nós estamos investindo em pessoal para que possamos ter uma equipe boa para o Amapazão e da série D, que o Santos é o representante amapaense.” declarou Marba.

Preparação da equipe
Na última sexta-feira (24) o plantel santista foi apresentado a imprensa. Chegaram do Rio de Janeiro os jogadores vascaínos que comporão o quadro do Santos junto com os jogadores amapaenses. O presidente Marba que já existe uma equipe pronta no Amapá e que a partir desta segunda-feira (27) já estarão todos treinando.
Quanto ao Centro Técnico em construção, Luciano Marba, informou a reportagem que o CT é particular, de sua propriedade, porem, será cedido ao Santos ,para que ali aconteçam os seus treinamentos. “Este centro técnico já está bem adiantado e no máximo, até metade do ano, nós já estaremos inaugurando esse centro para que possamos treinar para a série D. Nosso campo já está quase pronto, temos quadras Society e de salão, aprontando restaurantes e já está com suas obras  bem adiantadas”, afirma.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Antenados - Tirania da pressa


Entretanto, apesar de ser possível traçar alguns pontos específicos para o surgimento – ou agravamento – da fome de velocidade ao longo da história, é certo que a pressa, assim como o esmero e a paciência, sempre existiu. O homem (sabe-se lá desde que momento remoto) convive com a pressa como quem convive com a fome e a sede. Temos pressa em progredir, conquistar, ganhar. Temos ambição pelo progresso e, consequentemente, com essa pressa de vencer, nós somos impulsionados a inventar, inovar, ajustar as circunstâncias às nossas necessidades e caprichos.

Contudo, a diferença entre a pressa de antes e a pressa de agora é que, no passado, os meios que usávamos para alcançar certos fins consistiam em uma preparação longa, cuidadosa, atenciosa, apurada, esmerada. Por exemplo, quando Alexander Graham Bell comprou de Antonio Meucci o arquétipo de um estranho invento chamado “telefone”, Bell certamente tinha pressa em aprimorar tal engenhoca. Mas essa pressa não fez com que o cientista atropelasse a si mesmo. Pelo contrário, a pressa de Graham Bell e de muitos outros personagens da história, sobretudo inventores, era caracterizada pela paciência e minúcia com que se dedicavam às pesquisas.

Hoje, o que vemos é a tecnologia da pressa aliada a um estilo de vida nada saudável e nada feliz, ao contrário do que sugere a superfície. A pressa de hoje nos impulsiona não ao progresso (afinal, tudo parece já ter sido descoberto e inventado), mas sim a uma rotina frenética, estressante. E nosso principal objetivo nessa rotina é fazer o máximo de coisas (im)possíveis num curto espaço de tempo, entupindo assim os dias de uma enormidade de tarefas e afazeres que nos prometem um ciclo de vida escravista pelos próximos trinta, quarenta anos.

Temos pressa para tudo. Antes mesmo de fabricarmos um pensamento razoável na cabeça, antes até mesmo de abrirmos os olhos, o que vem nos brindar logo de manhã é a pressa, a pressa e suas demandas. E, se tempo é dinheiro, todo mundo também tem pressa em multiplicar tal tempo, tornando-o assim uma máquina de bilionários.

Leda ilusão... O tempo, a pressa, o dinheiro, tudo isso é mais importante do que acordar de manhã e ter consciência de si mesmo? De onde se está e das boas possibilidades que se tem? E não me venha falar em derretimento das calotas polares, crise mundial, superaquecimento da Terra... Eu não tenho pressa em fatalizar nada! Eu quero é perceber que estou viva, e não ser engolfada pela falta de tempo. Falta de tempo até para sorrir, para gargalhar, para lacrimar de alegria.

Com ganas de otimizar nosso tempo, tudo tornou-se virtual. Mas, sinceramente, isso também é um saco! Compras, contas, interação social... Tudo pela internet?! Veja essa nova geração que emerge (ou será que já emergiu, tamanha a sua pressa?). Será, certamente, uma geração mais High-Tech e informacional que a anterior. No entanto, eu me pergunto: Será mais viva, será mais “Carpe Diem”, e todo aquele papo bucólico e bacana de “aproveitar o dia”? Não!

A partir de agora, as novas gerações ascendem com uma pressa nociva entranhada em todas as áreas da vida. Querem amadurecer na marra e, em nome desse afã, pintam a casca de rosa e amarelo, quando o interior ainda está verde. O pior é que as velhas gerações também se deixam contaminar por tal febre e aderem-na, querendo transformar a vida numa maratona sem linha de chegada.

Acho que a única coisa boa na pressa é poder preparar um Miojo em menos de três minutos. Só que até mesmo esse curioso e ágil ritual gastronômico começa a desgastar seu charme. Porque, a cada vez que um pacotinho de macarrão instantâneo é aberto, e uma porção de água é colocada sobre a boca do fogão (o mesmo é válido para micro-ondas), mais e mais mentes se perguntam, aflitas: “Não dá pra ferver mais rápido?!”.

É incrível como, nos dias de hoje, vivemos com pressa. E quando digo “hoje”, tenho consciência de que essa corrida maluca não se iniciou há algumas semanas ou anos, mas há décadas, talvez no momento em que começaram a modernizar os computadores e massificar seu uso, lá pelos anos 70, ou então com a internet, em 80.


Sobrevivente - Abiguá Teixeira de Paula

 “Hoje eu vivo feliz com minha família por tudo que conquistei” - Abiguá Teixeira de Paula, 77 anos

por Abinoan Santiago Sans

O  sobrevivente dessa semana, é um senhor de baixa estatura, todavia, para por aí, pois durante a entrevista, ele demostrou ser um grande homem, pois mostrou os seus valores e o pulso firme. Um paraense que veio para Macapá ainda menino, junto com os seus irmãos,  no final de década de 30, devido aos imbróglios políticos do qual o seu pai fazia parte. O nosso personagem é o senhor Abiguá Teixeira de Paula, 77 anos, nascido na cidade paraense  de Igarapé Açu. Ele  é o sétimo dos doze filhos do casal Vicente do Carmo de Paula e Maria do Carmo de Paula. Casado há mais de 50 anos com Marieta Andrade de Paula, matrimônio que resultou em quatro filhas – Mara, Regina Lúcia, Márcia Rute e Regiane -, ambas já formadas e bem sucedidas, tanto na questão familiar quanto na carreira profissional. As suas descendentes lhes deram até agora quatro netos.

 
A vida em Macapá

Como já antecipado, os pais de Abiguá mudaram para o Amapá devido há problema político, pois o seu genitor era oposição ao então governador paraense eleito na época,  Magalhães Barata,  que resultou em perseguição política à Vicente de Paula. “Meu pai era político, então, naquela época, o Barata havia ganho a eleição no Pará, e como o meu pai era do contra, o governador o perseguia. Por isso que ele veio para o Amapá, trazendo a família”, conta.
Ele chegou ao Amapá com apenas cinco anos de idade, passando a juventude aqui no Estado, construindo amigos e até hoje cultiva essas amizades. Abiguá estudou em uma das escolas mais tradicionais deste rincão, o Colégio Amapaense. Neste, o nosso entrevistado começou e terminou a sua vida estudantil.
Abiguá não era muito fã de esporte, diferentemente dos garotos da sua época, ou melhor, o mesmo não praticava esporte por conta de seu pai, que pensando no futuro dos filhos, não deixava os mesmos perderem tempo nas praças e parques da cidade jogando bola,quanto deveriam está lendo um bom livro para aprimorar ainda mais a sua sapiência. “Eu não praticava esporte, pois o meu pai não gostava que os filhos treinassem, ele queria que a gente apenas estudasse”, frisa.
Abiguá lembra que residiu em dois bairros, antes de se instalar na sua atual residência: “eu cheguei e fui morar no bairro do Trem, em seguida, no Laguinho e desde 1972 eu estou morando no Centro”. O sobrevivente está morando na Avenida Mendonça Furtado há mais de 40 anos, e acentua como era aquela região: “as casas da minha rua eram todas de madeira,  mas graças a Deus, através de um financiamento, eu consegui melhorar a minha residência”.
Macapá também foi a cidade que proporcionou Abiguá conhecer a sua esposa, e há 52 anos cultivam um casamento sustentado na base de amor, companheirismo e compreensão.
“Eu a conheci aqui no Amapá e casei . Nós nos conhecemos numa festa e namoramos por sete meses. Namoramos pouco tempo, mas foi o suficiente para saber que um completa o outro e vivemos felizes até hoje com as nossas quatro filhas”, diz.

 
Trabalho
Abiguá é do tipo de pessoa que não se contenta ficar parado, tanto que depois de se aposentar como funcionário federal  atuando no Colégio Amapaense, o nosso entrevistado continuou trabalhando.
No principio, ele começou como escriturário na Indústria de Comércio e Mineração (ICOMI), passando seis anos naquela empresa, chegando a trabalhar em Santana, Serra do Navio, Cupixi e Porto Platon.
Em seguida foi trabalhar no antigo Fórum de Macapá,  que hoje é a sede da Ordem dos Advogados do Amapá (OAB/AP), na frente da cidade. Sendo que neste mesmo período, o nosso homenageado divida o seu tempo com outro ofício, o de inspetor de alunos no Colégio Amapaense, aquele mesmo que ele estudou na juventude. Neste Abiguá exerceu a função por mais de 30 anos.
Ele se aposentou, mas como não se contenta com a inércia, ele começou a trabalhar na Assembléia Legislativa do Amapá (AL/AP), onde está desde 2003.
E hoje, Abiguá só divide o seu tempo com o trabalho na AL/AP, com a família e com a sua sagrada caminhada de todas as tardes.

Artigo do Gato – Edição 292

Artigo do Gato – Edição 292

Por que o silêncio?


O presidente da Junta Comercial do Estado do Amapá, Jean Alex comeu abiu, uma fruta amazônica, de um sabor delicioso, mas quando alguém a degusta sente os lábios grudados, em função do leite viscoso e colante que a mesma solta.
O silêncio, estratégia de Jean Alex, utilizada para não explicar o inexplicável, tem prazo de validade, pois vai ter que se posicionar, mesmo que compulsoriamente, perante os deputados estaduais do Amapá. O Deputado Dalto Martins (PMDB), ingressou com requerimento junto à mesa diretora da Casa, pedindo que Jean fosse convidado a comparecer na Assembleia na terça-feira (14), para dar os esclarecimentos devidos. Se não comparecer, será convocado. Se não atender a convocação, será preso.
Jean Alex é mesmo um protótipo de ditador! Quem afirma é Gilberto Laurindo, que sentiu na pele o ranço imperialista do garoto. De forma arbitrária, o Conselheiro da Associação Comercial e Industrial do Amapá, foi mandado embora do Conselho de Vogal da Jucap pelo governador Camilo Capiberibe, a pedido de Jean Alex, que não teve o zelo de ler o regimento interno da instituição e conferir, que vogal tem mandato e não é funcionário da Jucap, e o cargo não é de confiança do governador. Não culpo o governador Camilo, que tem coisas muito mais importantes para tratar, do que se ocupar com o expurgo ilegítimo de um vogal da Jucap. Ele, Jean, induziu o governador ao erro, pois deveria saber que o governador não tem esta prerrogativa de demitir um conselheiro indicado por uma entidade de classe que compõe aquele Conselho. Daí vai ser fácil saber por que Jean desarquivou os atos constitutivos da empresa e mineração Ecometals. É um desavisado, um desatento, ou um despreparado?. O que é pior, pois o órgão de registro do comércio é muito importante para a segurança jurídica do setor.
Bem, mas a discussão aberta por este periódico tem aos poucos incomodado setores da imprensa. Era o nosso objetivo. Até porque não poderíamos calar diante de tamanha atrocidade jurídica. Em função da postagem do advogado Rubem Bermeguy, no blog Repiquete no Meio o Mundo, da jornalista Alcilene Cavalcante, foi aberto uma discussão entre seus leitores acerca do assunto. O radialista Ivo Canuti, também abordou o tema em seu programa, entrevistando Paulo Chedid, diretor da Ecometals, Jean Houat, que vendeu suas ações para a Ecometals e Rubem Bermeguy, advogado da empresa. Em outro programa, ouviram Jean Alex, os comunicadores Pedro da Lua, Rodrigo Portugal e Pedro Filé, do programa O Troco no Rádio, entrevistaram este escriba também sobre o assunto, e o Blog do Heverson Castro, tratou da matéria de forma apaixonada e baixou o nível. Mas que nível tem o Heverson?  Logo ele, que foi expulso do PT, da assessoria da Vice Governadora, do Deputado Balieiro e agora se mantém na mídia esgoelando impropérios contra pessoas físicas e jurídicas. Ele teve seus motivos para defender a decisão de Jean Alex, porém, esses não estão assentados nas verdades dos fatos e nem encontram guarita na seara jurídica.
O grande compositor Chico Buarque de Holanda, escreveu uma letra de protesto contra o regime de exceção, exatamente pelo imperialismo das ações do regime militar. Essa arrogância de Jean Alex, em achar que está acima da lei, desrespeitando os mandamentos que regem a Jucap, passando por cima do estado democrático de direito, por se achar que pode mexer na coisa julgada, e que pode decretar o obituário de empresas constituídas legalmente naquele órgão de registro do comércio, cujo título é “Cálice”, denota bem o sentimento do diretor da Ecometals, Paulo Chedid Lisboa, que não é a primeira vez que tem de ir a justiça contra jornalistas que lhe difamam. Paulo cantarola, envolto na sua revolta angustiante, a música de Chico que diz assim:
 
“Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue

Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta

Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa...”

Não cale Jean Alex, não Cale!. O regime de chumbo está na página negra da história brasileira. Viva o Estado Democrático de Direito.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012


 Linduarte Noronha, o pioneiro do Cinema Novo.
Agassiz Almeida


 Lá pelos fins da década de 1950, quando juntos, Linduarte e eu, cursamos a Faculdade de Direito da Paraíba, num entardecer de um sábado, em João Pessoa, algo iria nortear ideologicamente a nossa visão do mundo: uma conferência do revolucionário educador Paulo Freire. A partir daquele encontro começamos a olhar e compreender a sociedade invisível, aquela que pulula nos subterrâneos dos estratos sociais e cujos gritos e dores são abafados.
Com Linduarte, eu convivi por longos anos, desde os bancos acadêmicos até as cátedras universitárias, quando fomos atingidos pelo Golpe Militar de 64.  Quantas vezes, e foram muitas, ele ia estudar na minha casa à rua das Trincheiras, em João Pessoa, onde eu morava com a família.   Já naquela época, ele era possuidor de uma forte convicção marxista.
Na avidez de conhecermos o mundo dos grandes pensadores, como Marcuse, Marx, Lênin, Gramsci, Lukàcs, Althusser, Paulo Freire, Adorno, Euclides da Cunha, nos fizemos ausentes de aulas na faculdade. Ecos das palavras indignadas de Voltaire, Victor Hugo, Castro Alves, Pablo Neruda e Garcia Lorca chegavam até nós.
Ao escrever esta matéria, contemplo numa distância de mais de meio século aquele personagem  com quem comunguei pensamentos e ideais que nos   embalaram na arte e na política.
Linduarte Noronha marcou um destino. Com  ingentes  esforços e desafiadora determinação, ele retratou  a multidão dos condenados da vida.
Que ruidosos momentos a nossa geração viveu!
Paremos por um instante diante  daquele vulto cuja vida nos legou uma história de insubmissão  aos poderosos e  soube construir uma arte criativa face aos oportunistas de todo o jaez. Documentou os desencontrados de uma  sociedade egoísta. Deixou-nos esta flama.   Tudo nele irradiava uma aura criadora, um não sei quê  de indefinido e místico no seu porte introspectivo.
No fundo das obras precursoras ou nas ações revolucionárias, lá onde elas plantam as suas raízes, encontramos sempre uma razão de rebeldia contra o status quo.
O que nos ligou, a mim e a Linduarte Noronha, foi um sentimento de inquietude, de paixão, a romper o que as forças dirigentes da sociedade queriam nos impor como cultura dominante.
Que época de apaixonada embriaguez! Queríamos empurrar o carrilhão da humanidade para novos tempos e desafiar uma arte encastelada numa estética  por meio da qual se visava apenas satisfazer o gozo de uma  literatice  balofa.
Onde se fez revolucionaria a obra deste cineasta do inconformismo? Rompeu com uma cultura atrelada aos balcões das bilheterias.
O Golpe Militar de 64 nos lançou numa opressiva incerteza, fazendo-nos cúmplices de comuns pensamentos.
Sob uma mesma visão ideológica, olhamos os excluídos do mundo. Ele, pelas lentes da  arte cênica, eu, pelo eco das palavras. Ele, trazendo para si, silenciosamente, a dor dos desamparados que retratava, eu,  desferindo em gritos a condenação aos espoliadores dos camponeses.  A Ditadura Militar nos  arrancou violentamente da universidade. O curta- metragem Aruanda, precursor do cinema novo, revolucionou a cinematografia no país. O  futuro de um Brasil brasileiro ,que abraçamos, tombou sob as botas do militarismo. Eu olhava com melancolia  a  raça negra da serra do Talhado,  projetada em Aruanda,  a terra da promissão, ele sabia ouvir  os gritos dos camponeses esmagados no eito da cana de açúcar.
Certa vez, mostrei a Linduarte um bilhete que Pedro Fazendeiro, morto e desaparecido pela Ditadura Militar, recebeu de um sicário do latifúndio:     Desligue-se das Ligas Camponesas ou você terá o mesmo destino de  João Pedro Teixeira. Ele me olhou e disse:  Que elite covarde esta do Brasil.
Tínhamos a impulsionar os nossos ideais  forças  vivas sob o pálio de uma  chama que  nos fazia  indignados  ante  as  injustiças. Assim, aconteça o que acontecer somos filhos daquele momento histórico da geração de 60.
Que personagem era aquele? Passos lentos, olhar introspectivo, voz mansa quase pedindo desculpas aos interlocutores, alma aberta  às grandes sensibilidades.
Quando lhe relatava, lá pelos fins da década de 1950, as minhas lutas contra o  implacável coronelismo enquistado na região de Cabaceiras e em outras desafiadoras contendas,sobretudo na  organização  das Ligas Camponesas  contra a opressão do latifúndio, ele me ouvia com  inebriez sacerdotal. Então, me perguntava sobre os quilombolas de Boa-Vista, Cabaceiras e Congo. Queria se informar das condições de vida destas comunidades negras.
Um sentimento comum de indignação nos unia.
Num certo dia do ano de 1957, Linduarte me falou emocionado de sua viagem à serra do Talhado, em Santa Luzia do Sabugi, onde conheceu o quilombo “Olho d’Água”, situado às bordas do planalto da Borborema, a cerca de 20 quilômetros da cidade,  e das oleiras, mulheres que trabalhavam artesanalmente  com peças de cerâmica . Tudo ali, para nós, se apresentava numa extraordinária visão, envolvendo  num espanto que nos fazia mergulhar no imponderável. Por horas e horas, Linduarte me relatava a saga da comunidade negra, que chegou  naquela serra tangida  pelas infames condições de vida nos engenhos de açúcar e nos latifúndios da zona da mata no Nordeste.
Após conhecermos a história daquela comunidade, isolada no meio da serra do Talhado, começamos a compreender a formação de dezenas e dezenas de quilombolas. Num dado momento, Linduarte meio trêmulo de emoção, pega-me  pelo braço e solta estas palavras: “Vou documentar  aquele cenário humano”.
Ali começavam a surgir os primeiros lampejos de Aruanda, a obra que abriu uma nova visão à cinematografia no Brasil.
A partir daquela hora, o criador de Aruanda  vestia a sua  criação de forte ideologia para os embates do mundo.     Parecia que toda a história da raça africana, desde os confins das terras escravizadas, penetrava em sua mente. Repetia obsessivamente esta idéia: Preciso retratar aquela comunidade, preciso.... preciso. Seus olhos embriagavam-se de luz, e um estado de êxtase o envolvia.
Não era o destino das individualidades que Linduarte contemplava. Não! Ele mergulhava na essência da própria condição humana. Buscava encontrar o ritmo da história dos agrupamentos humanos  a se debater  ante as injustiças   sociais.  Assim ele olhou o quilombo do Olho d’Água do Talhado.
Euclides da Cunha imortalizou a resistência de Canudos; Linduarte  Noronha retratou o grito surdo dos condenados do  Talhado.

NOTA

         Com a publicação desta matéria da lavra do escritor Agassiz Almeida, ex-deputado federal constituinte de 1988 e autor de obras consagradas no país, homenageamos Linduarte Noronha, o cineasta pioneiro do Cinema Novo, morto em 30 de janeiro de 2012.
         Egressos estes personagens da geração de 1960, Linduarte Noronha na arte cinematográfica e Agassiz Almeida nos embates contra os feudos do coronelismo e do latifúndio,  eles deixaram um legado que marcou a recente história do país com obras renovadoras e ações  reformistas

                                               Danielle da Rocha Cruz
                                  Professora da UFCG e pesquisadora do Centro de Referência dos  Direitos Humanos do Agreste da Paraíba.  Autora de várias obras jurídicas.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Editorial Edição 291


Qual o melhor presente

Sem utopia, o jornal Tribuna Amapaense se pudesse pedir um grande presente para Macapá, neste dia de festa, pediria que Deus iluminasse as das das nossas autoridades, para que eles pudessem colocar as diferenças políticas de lado e se dessem as mãos, para realizar coisas que viessem a melhorar a qualidade de vida dos que vivem nessa urbe.
Estamos fazendo hoje 254 anos. São dois séculos e meio. Estamos crescendo populacional-mente e, evidentemente, que com o aumento populacional as necessidades crescem de forma assimétrica. As necessidades sempre estão na vantagem, pois o vetor de crescimento é desproporcional. Enquanto a máquina municipal tem um crescimento aritmético, as necessidades da população têm um crescimento geométrico. Está sempre à espera do alcaide a demanda reprimida originada pelo “boom” populacional que nossa cidade experimenta.
Mais o prefeito de Macapá Roberto Góes, apesar de todas as dificuldades financeiras, faz uma boa gestão. Muitos problemas ele tem resolvido e a cidade teve uma melhora significativa. Não há melhor forma de avaliação, se não a comparativa. Pode até ser arcaica, mais ainda é a melhor, pois só se conhece o baixo porque existe o alto, o magro em função do gordo e o feio porque causa do bonito.
Roberto Góes e sua gestão, têm que ser avaliada em função das administrações passadas, e aí, ele ganha de lavada. Não vou me esmerar em números, isso é responsabilidade dos assessores do prefeito, mas nós que vivemos em Macapá, sentimos que muita coisa mudou pra melhor. Vou citar um exemplo: sinalização de trânsito. Em vinte anos Macapá não recebia um semáforo e hoje, quase todos os cruzamentos de fluxo intenso de veículos, estão sendo sinalizadas com  esses   aparelhos.
Macapá precisa do governo do Estado e o governo do Estado precisa do município, pois um ditado antigo denota essa necessidade. A união faz a força.
Parabéns Macapá!

Nas garras do felino


Os caras de pau
Não são os humoristas Marcius Melhem e Leandro Hassum, são Jean Alex e Edson Guimarães, que conseguem argumentos fajutos para a mer.. que fizeram. Esses sim, são caras de pau, mesmo. Olha a peroba do Luiz Trindade. “Sejam fracos!”
Desmentido
O desembargador Gilberto de Paula Pinheiro, desmentiu o Procurador da JUCAP, que afirmou que a decisão deles, os caras de pau, foi baseada na decisão do magistrado. Não autorizei nada, fiz apenas a homologação baseado no artigo 267, inciso VIII do CPC. O resto não é de minha lavra. Falou e disse. “Sejem fracos!”
Verdade ou mentira?
Dalva será a candidata do PT a prefeitura de Macapá. Na chapa o vice será Cláudio Pinho. Isso é informação de uma fonte fidedigna do PT. Segundo a fonte, a decisão saiu após um lauto café da manhã entre os caciques vermelhos. Ih! Será verdade ou será mentira. “Seje forte!”
Na bronca
Os dirigentes dos blocos estão tristes com o tratamento que estão recebendo do governo do Estado. Reclamam que além de ser pouco o dim dim, ainda está demorando demais. Disse-me um dirigente: esquecem que quem salvou o carnaval no ano passado foram os blocos. “Sejem fortes!”
Correndo risco
O campeonato amapaense de profissionais pode perder mais dois clubes. Santana e Ypiranga Clube. Motivo: Não aceitam as chaves sorteadas. Uma está muito forte e a outra fraquinha. Marba que já fez muito investimento finca o pé. Sorteio é sorteio, quem manda essa turma ter pé frio. Tá lançado o problema, a FAF com a palavra. “Seje forte!”
Sem jogo de cintura
Um dirigente me confidenciou que o problema é o diretor técnico da Entidade Mater do Foot Boll. Segundo este, Rômulo Simões não dançou Marabaixo e nem Batuque, por isso lhe falta o molejo na cintura. “Seje forte!”
Presente para os santanenses
Já já os munícipes santanenses vão ter motivo para comemorar. É que o governador Camilo e o secretário de infra-estrutura, Joel Banha, estão prestes a entregar o Hospital do Município. Obra necessária, parabéns aos executores. É disso que o povo gosta. “Sejem fortes!”
E por falar em obra
O governador Camilo não tá fraco não, já pediu ao prefeito Roberto Góes, a preferência para concluir o Shopping Popular e o prefeito concordou. O homem entregou a Cidade do Samba e já anda correndo com as obras do Porto do Santa Inês. É disso que o povo gosta. “Seje forte!”
Festa
O prefeito de Macapá Roberto Góes , hoje realiza muita festa para os macapaenses, afinal estamos comemorando 254 anos de nossa cidade. Parabéns prefeito e parabéns a todos os macapaenses. “Seje forte!”



Macapá, como te amo!


Cidade de Macapá 254 anos

Amor é algo que não se explica, vem do fundo do coração que palpita e faz a gente chorar de tanta alegria. Assim, é o nosso amor pela capital do rio mar, do maior e mais bonito do planeta, o Amazonas, que beija todos os dias a sua namorada, a nossa amada e querida Macapá.
Este amor que Macapá desperta nas pessoas, umas que aqui nascem e outras que por aqui passam, é inexplicável e vem desde a sua origem. Dom Francisco Xavier de Mendonça Furtado, meio irmão de Sebastião José de Carvalho e Melo, o famoso Marquês de Pombal, Governador da Grande Província do Grão-Pará, quando esteve em terras tucujus elevou-a à categoria de Vila, em 04 de fevereiro de 1758, ocasião em que tratava em nosso rincão da demarcação de fronteiras entre a América Portuguesa e América Espanhola, nomeadamente da região Amazônica, tendo em vista o que fora definido no Trado de Madri de 1750, também se apaixonou de cara por nossa cidade. E tanto, que ele observando o povo falando o nhengatu, uma espécie de dialeto do tupi, resolveu mudar o nome das cidades da Amazônia, para Santarém, Óbidos, Chaves, Soure, Porto de Moz, Alenquer, Monte Alegre, Bragança, Faro e etc., com objetivo de manter o idioma português como língua de ligação em todo império lusitano, porém, a nossa querida Macapá, ele preservou o seu nome.
Para se ter uma ideia de quanto era “gitinha” a nossa Macapá, em1790 foi realizado o primeiro Censo, resultando numa contagem de 2.532 pessoas. A população ficou estável durante 29 anos, aumentando apenas 18 habitantes.
Na realidade a nossa Macapá envolvia a igreja de São José e algumas casas ao seu redor, a Rua da Praia e a Fortaleza, já o cemitério ficava distante.
Meu saudoso pai, Manoel Pinheiro, nascido no Jurupari, no arquipélago do Marajó, que fazia regatão em uma canoa a vela, de propriedade do meu avô Celestino Pinheiro, ainda quando pertencíamos ao Pará, me dizia que aquela área, onde hoje é a Praça Barão do Rio Branco, era roça dos cabocos que plantavam mandioca.
Com a instalação do Território Federal do Amapá, que fora criado em 13 de setembro de 1943 e instalado em 25 de janeiro de 1944, Macapá passa por uma verdadeira transformação.
O primeiro governador do Território, Janary Gentil Nunes, também tinha um amor pelo Amapá. Encontrou o lugar numa situação caótica, deixada pelo governo do Pará. As escolas na maioria eram de chão batido, sem professores e nenhuma assistência. Não havia hospitais ou qualquer tipo de saneamento, tudo precisava ser feito. Nomeou como diretor da educação o jovem doutor Otávio Mendonça, que se tornaria, no futuro, um dos mais respeitados advogados da Amazônia e um dos maiores agraristas das Américas.
Janary, precisando expandir a cidade, cria dois bairros, Laguinho e Favela. Este último também uma das minhas maiores paixões, pois em 23 de março de 1955, às 14 horas, na esquina da Leopoldo Machado com Mendonça Furtado, na Casa Duas Estrelas, o primeiro estabelecimento comercial daquele bairro, nas mãos da parteira dona Inácia, enfermeira formada, especialista em obstetrícia, Deus me concedia o privilégio de vir ao mundo.
O Território Federal do Amapá possuiu bons governadores, que ajudaram no desenvolvimento de nossa cidade, entre eles o primeiro já citado,foi o mais longo, iniciou em 25 de janeiro de 1944 e foi  até 1955; Amilcar da Silva Pereira, que ainda hoje está vivo, chegou a ser Deputado Federal e disputou em 1966 a única vaga, sendo derrotado por Janary; Moura Cavalcante, foi nomeado pelo Presidente Jânio Quadros e foi destituído oito dias após sua renúncia; Mário de Medeiros Barbosa, ficou pouco tempo; Raul Monteiro Valdez; Terêncio Furtado de Mendonça Porto. Com o golpe militar, inicia-se uma nova fase dos governadores militares, primeiro do Exército, General Luis Mendes da Silva, sempre sorridente; Ivanhoé Gonçalves Martins, um dos maiores gestores do Amapá. Seus trabalhos na área saneamento, água e esgoto, eletricidade, asfaltamento da cidade, investimento maciço na educação, construção de prédios públicos, saúde, deixaram marcadas em nossa história, sua característica de grande administrador que foi; José Lisboa Freire, primeiro governador oriundo da Marinha; Artur de Azevedo Henning, também oficial da Marinha; Jorge Nova da Costa (16 de julho de 1985 a 25 de maio de 1990) havia trabalhado no Município de Amapá e com sua simplicidade, desenvolveu várias ações no interior do Território.
Propositadamente, como o leitor observou, havia omitido o nome de um governador, na realidade de Aníbal Barcellos, que governou o Território Federal do Amapá, no período de 15 de março de 1979 a 16 de julho de 1985, eleito democraticamente o primeiro governador do Estado do Amapá, é um exemplo clássico de um amor por Macapá, pois além de governador, foi Deputado Constituinte, Prefeito de Macapá e Vereador. Único gestor do Território que veio a morar em nossa querida cidade e, fazendo questão de terminar seus dias e ser sepultado na capital do rio mar. Comandante Barcellos acordava cedo e como grande tocador de obras, andava inicialmente de bicicleta em nossa cidade, verificando in loco, se o trabalho estava sendo realizado, depois, no segundo governo e na prefeitura, utilizou-se de carro devido sua idade. Embelezou a capital do meio do mundo, criando bairros, construindo conjuntos habitacionais, entregando residências às classes menos favorecidas e, sobretudo, nos legando belíssimas praças de lazer, como a Zagury, Floriano Peixoto, Complexo do Araxá e tantos outros lugares que marcaram sua passagem.



Barcellos, juntamente com Janary e Ivanhoé, foram, para este caboco, os três maiores governadores do Amapá e porque não dizer, eles deixaram, com seus trabalhos, o beijo selado de amor por Macapá. Penso que para esses gestores e outros vultos históricos e pioneiros, que trabalharam pela nossa região, deveríamos prestar homenagens mais significativas, com memoriais, por exemplo, mostrando seus feitos e o espelho que foram para todos nós.
Voltando à minha saudosa infância, tive o privilégio de perpassar toda a cidade. Bons tempos aqueles em que fugíamos para tomar banho no cais, junto ao trapiche.

Outra felicidade concedida pelo Eterno, foi de ver crescer todos os bairros de minha querida Macapá, de conhecer mestre Vagalume; dona Gertrudes; dona Maria Grande; dona Inácia; seu Congó; Sacaca; mestre Valdemiro Gomes; Professor Oscar; Paul Leroux; Zeca Costa; Mundico; dona Natalina; Gaivota; dona Guilherme; Seu Hélio (craque do grande time de suíço); Marajó; Fragoso; Mafra; Brasileiro; Barrigudo; Louro; Magro; Secundino; Teixeirinha e dona Graça e seu fanático bicolor Quin, que vinha com um gravador narrando o gol, para chatear o papai, quando seu time ganhava;  Antero Amorim; Gaivota; Cirilo; Serapio; Bamba; seu Luciano do Santa Cruz; Gregório; Pantera; seu Durico; seu Luiz do Merengue; seu Luiz Murici; seu Acapu; Calhambeque; seu Luiz, pai do Pilão; Professora Marta, da Escola Paroquial, a primeira Professora que me ensinou a sair da escuridão; João Costa, avô do Sérgio; seu Eulálio; seu Inácio garçom; professora Deuzuite e o poeta Alcy Araújo; Sabazão; Professora Violeta; Professor Munhoz; Eugênio Machado filho do Cel. Leopoldo Machado; Klinger; Zé Rolando; seu Manoel Barbeiro; Padre Salvador; Padre Antônio; Padre Fúlvio; seu Orlando da UBMA; seu Orlando barbeiro; seu Alício; doutor Brasil; doutor Tancredi; seu Chaguinha; João da Estrela; Nabi; dona Astrogilda; seu Eugênio Machado; dona Mariinha; Gita Grande; Noberta; dona Raimunda; dona Francisca; dona Lili, mãe da Dadá, da Marina, da Zezeca, do Mário, do Mariano e do Pilão; dona Cécilia, mãe do professor Bento Góes, que consertava as quebraduras de braço; seu Aylzo; Jorge mecânico; seu Francisco Severo, pai do Bira, e seu irmão Dedé mecânico; Pastor Fundador da Igreja Batista em Macapá, Carl Lauren e tantos outros que a nossa história esqueceu.
Lembro-me, ainda, dos ensaios do Maracatu da Favela, na casa da dona Gertrudes, situada na Presidente Vargas entre Leopoldo Machado e Jovino Dinoá, onde aprendi a amar as cores azul e branco, hoje verde e rosa. A festa do Marabaixo, que vinha do Laguinho e quando dobrava a Leopoldo Machado, na rua da casa de meus pais, nós, moleques, engrossávamos o coro da mais tradicional manifestação cultural amapaense, até a casa da referida senhora, que era ponto de referência na Favela. Não esqueço, mesmo sendo torcedor do Ypiranga, da sede do São José, que ficava bem em frente da nossa casa na residência do seu Arnaldo e dona Alexandra, que tinha uma filha por nome Edna.


Este amor pela capital do Equinócio, também corria nas veias de meus ancestrais. Meu saudoso pai ouviu de meu avô, Celestino Pinheiro, um dos pioneiros desta terra, um conselho, que me repassou várias vezes: Macapá é terra de se viver, conselho este que ministro, também, aos meus filhos ainda hoje e peço que eles façam a mesma coisa com seus descendentes, quando vierem ao mundo.
Recordo-me ainda, que a cidade chegava até na Fab, onde o aeroporto funcionava, terminando na Leopoldo Machado e não existia a Hamilton Silva. O bairro do Trem, no qual cheguei a morar, na década de 50, era novo e vi também desenvolver. Como crianças que éramos, descíamos para tomar banho na da praia da vacaria, que tinha dunas de areia. Daí para frente, vi surgir todos os bairros, como Jacareacanga, hoje, Jesus de Nazaré, Pacoval, Buritizal, Congós, Santa Rita, Beirol, Pedrinhas, Santa Inês, Perpetuo Socorro etc...
A transformação, portanto, em Território Federal e hoje Estado do Amapá, foi benéfica, pois criou uma classe média e desenvolveu este rincão da Amazônia que pertencia esquecido e sem condições de desenvolvimento ao Estado do Pará.

A guisa de recordação, Macapá sempre soube receber, nestes 254 anos, as famílias que aqui vieram fixar raízes como a Picanço, Costa, Machado, Família Rola, Jucá, Congós, Serra, Levi, Torrinha, Peres, Souza, Barcessat, Mont’Alverne, Leite, Gamachi, Banha, Zagury, Alcolumbre, Pereira, Guerra, Borges, Houat, Ramos, Góes, Araújo, Silva, Matos, Amanajás, Cordeiro, Serrano, Cavalcante, Barbosa, Uchôa, Oliveira, Pontes, Penafort e claro, a Pinheiro, assim como tantas outras que poderíamos aqui citar e hoje são famílias tradicionais em nossa querida Macapá.

Hoje, é um dia de aniversário, que deveríamos falar só de coisas boas, porém, como amapaense perdidamente apaixonado por minha terra, o que mais me dói é que algumas pessoas de fora, que viviam no mais completo anonimato em suas terras e aqui são tão bem recebidas, em troca devolvem esta hospitalidade com expressões pejorativas, tentam nos lançar para baixo, do tipo: “Aqui não tem nada!”, “Que cidade horrível!”, “Que lugar calorento!”, “Salário não compensa!”, “Lá eu ganhava bem!”, “Liga para o Brasil!”, “Eu não agüento mais morar aqui!” E a nossa Macapá responde a essas pessoas ingratas: “Podem ir! Porque a Terra do Manganês só gosta de quem gosta dela!”
A minha Macapá, que hoje aniversaria, cantada em versos e prosas pelo meu conterrâneo, o poeta Alexandre Vaz Tavares, que recebeu a minha família e tantas outras aqui citadas, sempre estará sorrindo e de portas abertas para quem quiser se fixar aqui, mas adverte: “É preciso amá-la e respeitá-la”.

Gilberto Pinheiro

Poder Legislativo



Federal, Estadual e Municipal reiniciam seus trabalhos.

Na última quinta-feira 02, o Poder Legislativo Brasileiro deu inicio as suas atividades em  2012. O Congresso Nacional (sessão conjunta da Câmara Federal e do Senado da República) iniciou o ano legislativo em sessão solene no Plenário da Câmara, presidido pelo senador José Sarney (PMDB/AP).
A Assembleia Legislativa do Estado,  abriu as suas atividades plenárias, para o ano de 2012, com a regimental e tradicional sessão solene  no plenário “Nelson Salomão”, sob a direção do vice-presidente daquela Casa de Leis, deputado Junior Favacho(PMDB).
Não ocasião, como estabelecem as constituições federal e estadual, foi lida mensagem do governador Camilo Capiberibe. Representantes de todos os poderes se fizeram presentes na solenidade.
A sessão solene marcou o início da 2ª sessão legislativa da 6ª Legislatura da Assembleia Legislativa do Estado do Amapá.
Presidente Vereador Rilton Amanajás presidiu a sessão de abertura dos trabalhos legilsativos municipal

CMM reinicia trabalhos legislativos
Após o recesso parlamentar, os vereadores iniciaram as atividades de 2012, na quinta-feira (2). ás 09 horas, durante sessão ordinária. "Vamos retomar nossas atividades legislativas com a perspectiva de, este ano, melhorar ainda mais nossa produção, superando os números obtidos no ano passado", afirmou Rilton   Amanajás, presidente da CMM.
De acordo com o Presidente da Casa, em 2012, os vereadores terão uma responsabilidade triplicada, devido aos trabalhos legislativos, exercício do mandato e a campanha eleitoral. Rilton acredita que os parlamentares saberão conciliar. "Os vereadores têm plena consciência de que precisam manter o mesmo ritmo, produzir muito mais, sem deixar que o desempenho de cada um seja influenciado pelo ano eleitoral", acrescentou. 
Prefeito Roberto Góes prestigiou a abertura dos trabalhos legislativo da CVMM

254 anos de Macapá
Antes os vereadores  fizeram uma sessão extraordinária para definir lista de homenageados pela passagem do aniversário dos 254 anos de Macapá, que foi presidida pelo presidente vereador Rilton Amanajás, a Câmara Municipal. Tradicionalmente, a Câmara Municipal realiza a sessão especial de aniversário da cidade, em 4 de fevereiro, dia  em que Macapá foi fundada.
Porém este ano ele foi realizada na última sexta-feira (3), em virtude do dia 4 cair no sábado, dia em que o presidente Rilton Amanajás não trabalha, por questão religiosa – ele é adventista do sétimo dia.
A Câmara Municipal de Macapá,  concedeu várias comendas, entre as principais, a de Cidadão Amapaense, Mérito Legislativo, Mérito da Comunicação e Mérito de Enfermagem. De acordo com a assessoria de comunicação da CMM foram 70 as personalidades homenageadas por aquele Poder. As homenagens serão na forma de entrega de comendas instituídas pela Câmara Municipal de Macapá, por meio de decretos legislativos.

Estelionato empresarial sustentado em mentira


O presidente da Junta Comercial do Estado do Amapá, Jean Alex e o Procurador do órgão, Edson Guimarães em entrevista a este periódico afirmaram que procederam ao arquivamento da 5ª alteração contratual da empresa de mineração Tocantins em função da decisão do desembargador Gilberto Pinheiro, relator do processo.
Segundo Edson Guimarães o desembargador em sua decisão autorizou a Jucap a proceder ao arquivamento do contrato que coloca como principais acionistas da empresa Tocantins os advogados Antonio Tavares Vieira Neto e Luiz Alex Monteiro em substituição a Jorge Augusto carvalho de Oliveira e Ricardo Oliveira Golvin. No domingo durante a entrevista concedida ao programa 60 minutos exibidos pela TV Macapá, repetidora da Rede Bandeirantes de Televisão, o desembargador desmentiu a afirmação do Procurador da Jucap, dizendo que apenas cumpriu o seu papel de relator de um processo onde uma das partes resolveu transigir numa litigância judicial, mas que decidiu de forma liminar, sem julgamento do mérito e mandou arquivar o processo no âmbito da justiça estadual.
O advogado Jean Houat, um dos prejudicados com o arquivamento da 5ª alteração contratual da Tocantins afirmou ao Tribuna que a transigência de Jorge Augusto e Neto na justiça é colusão, instituto do direito definido no artigo 485, inciso III do Código de Processo Civil, onde duas ou mais pessoas se juntam para promover conchavo com claro objetivo de prejudicar uma terceira pessoa.
“Fica evidenciado a prática deste instituto previsto no CPC onde esses dois senhores após litigarem por mais de cinco anos discutindo a autenticidade de um documento de procuração, de repente vão a presença de um magistrado de 2º grau e resolvem por fim a esta lide que já havia sido provado com laudos periciais que a malfadada procuração que Neto possui é falsa.”
Jean Houat afirma que o crime de colusão se cristaliza nesse caso, exatamente por que Jorge Augusto havia pago uma dívida a ele, Jean Houat, com o restante de suas ações (34%) que o mantinham na sociedade com a Ecometal Manganês do Amapá.
Jean Houat e o advogado Rubem Bermeguy estão convictos de que esta atitude precipitada da Junta Comercial do Amapá será revista nos tribunais federais, pois eles se calçam exatamente nas provas robustas que possuem de que essa alteração contratual não poderia ter sido arquivada pois está eivada de nulidades.



O Procurador da Jucap Edson Guimarães em entrevista a este semanário afirmou que a decisão da Jucap de arquivar a 5ª alteração contratual da Tocantins foi baseada na decisão do desembargador, que autorizou arquivamento da alteração.
Acompanhe a entrevista do Procurador da Junta Comercial Edson Guimarães.

TA:  Edson como está essa questão da 5ª Alteração Contratual na Junta Comercial
Edson : A Junta Comercial, hoje, em atenção a uma decisão judicial, validou, ou entendeu como válida, a 5ª Alteração Contratual existente da Alto Tocantins. Por força dessa decisão judicial vinda do relator, desembargador Gilberto Pinheiro.
TA : Não havia uma decisão anterior dos vogais da Junta pedindo pelo arquivamento e o encerramento desse processo na Junta Comercial?
Edson : O meu conhecimento desse fato foi  que a decisão foi que um colegiado atendeu ao que tava marcado no mandato de segurança, feita pelo doutor Maciel, suspendendo os  efeitos da quinta alteração contratual até que esse incidente de falsidade de documentos se resolvesse. É isso que eu tenho conhecimento.
TA : Então não houve nenhuma decisão?
Edson : É! Até por que não podia a junta decidir sobre a incidência de falsidade.
TA : Diante da decisão do Tribunal de Justiça, do desembargador Gilberto Pinheiro, a Junta entendeu como sanada este problema?
Edson : Como sanado o problema.
TA : Então  fez o registro naturalmente?
Edson : Só... só... só deixou ter  o efeito suspensivo  e foi validado.
TA : Com relação ao Contrato da Dhubay, já  que estava sub judice esta questão, a empresa, mesmo com esse litígio na justiça, de impasse sobre a propriedade das cotas, a JUCAP registrou o contrato de venda para a Dhubay?
Edson : Com relação a Dhubay, a história é a seguinte: considerando que a 5ª alteração contratual estava suspensa, por tanto estava validada a 4ª alteração contratual. Foi em cima da 4ª alteração contratual que houve a negociação por parte da Dhubay e nós arquivamos por ser legítima àquela altura.
TA : O senhor  entende que uma suspensão não é só um  diapasão, até que se decida, então não congela toda as ações?
Edson : Não... Não...
TA : Você disse assim: Não vale a 5ª então vale a 4ª?
Edson: Não... É!
TA: Foi suspensa?
Edson : Nós estamos falando de registro, registro perante a Junta Comercial. Ela estava suspensa em razão daquele incidente de falsidade. Portanto a que estava valendo era a 4ª Alteração Contratual. Enquanto essa aqui não se modificou quem se dizia proprietário respaldado pela 4ª alteração contratual podia fazer o que bem entendesse.

TA : Esse é um entendimento jurídico?
Edson : Esse é o entendimento da Junta...





Nossa reportagem mais uma vez conversou por telefone com o desembargador Gilberto Pinheiro que reiterou o que disse no programa 60 minutos. Não autorizou nada e nem ninguém, homologuei um acordo baseado no artigo 267, inciso VIII do Código de Processo Civil, conforme está disposto em minha sentença. Qualquer pessoa com o mínimo de entendimento jurídico ao ler minha sentença vai perceber que não autorizei quaisquer outros efeitos a não ser extinguir um processo judicial a pedido da parte autora.

Mais uma mentira

O diretor da empresa Ecometals Manganês do Amapá, Paulo Fernando Chedid Lisboa afirma que as pessoas que afirmam que a Ecometals foi registrada em um processo fraudulento na Jucap usam de má fé e mentem mais uma vez. Faço questão de mostrar a sociedade amapaense que nossa empresa é uma empresa séria e que não deve nada a ninguém e muito menos a justiça. Quem quiser conhecer mais a empresa pode acessar o site: WWW.ecometalslimited.com. Em Macapá nossa sede fica na Avenida Ernestino Borges, 1352 bem ao lado da Polícia Federal.
Faço questão que este jornal publique o relatório do Inquérito Policial nº 0039/2007-4-SR/DPF/AP.

Como é possível perceber este senhor Jorge Augusto está acostumado levantar leviandades contras as pessoas e empresas e depois volta atrás. Leiam o que ele disse na Polícia Federal.

ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...