sábado, 15 de junho de 2013


Perseguição


Carro do jornalisto Roberto Gato
Jornalista diz ter sofrido represália por fazer oposição a socialistas







Macapá é uma cidade sem estacionamentos. A frota de carros circulando nas ruas e avenidas já chega a 100 mil, contando com apenas duas mil vagas somente no centro da capital. Nenhuma ação para ao menos amenizar o problema foi feita até agora, mas as cobranças aos motoristas existem e são radicais. O lucrativo negócio do guincho de veículos tem funcionado com uma agilidade espantosa. Só que guinchar e multar são punições aplicadas sem que o município apresente qualquer alternativa. 
Outros veículos estavam na mesma situação e não foram rebocados
Um caso no mínimo curioso ocorreu no fim da tarde da última quinta-feira, com o jornalista Roberto Gato, Superintendente do Jornal Tribuna Amapaense, surpreendido ao ser avisado que três fiscais de trânsito da CTMAC conduziam a remoção do veículo dele, um Ford Focus, estacionado em frente ao prédio do TA. Um guincho já estacionado no meio da rua, obstruindo o trânsito já erguia o carro sem qualquer consulta ao proprietário que estava a poucos metros. Furto? Questionados sobre o fato, os fiscais responderam que o veículo estaria atrapalhando o passeio público, mas não responderam o motivo de não terem ao menos anotado a placa dos outros inúmeros carros estacionados na mesma situação. Mais questionamentos e em meio a respostas nervosas, um dos agentes informou que a ordem era "levar só o carro do Gato" e que do outro lado da rua "tem gente filmando". A informação deu conta de um Fiat Siena preto, placa NEP 7326, ocupado por três elementos, onde um deles estava com uma câmera. O motorista saiu em disparada pela Rua Hildemar Maia. O Focus foi levado para o pátio da CTMAC e os outros carros que ocupavam o "passeio público" continuaram no mesmo lugar. 
Um rápido levantamento de informações deu conta de que uma situação semelhante ocorreu em um trecho da Avenida Antônio Coelho de Carvalho, entre as ruas São José e Cândido Mendes. O veículo, um Chevrolet Cruizer, placa NET 8091. A exemplo de Roberto Gato, a condutora também foi vítima da "eficiência" da CTMAC, com uma diferença, se declarou prima do prefeito Clécio Luis, o suficiente para que a liberação do carro ocorresse em tempo recorde, com o aval da Direção de Trânsito, onde o responsável teria se justificado a questionamentos dizendo: "Recebi ordens acima de mim". A máxima de Rui Barbosa continua sempre atual quando dizia que: "Para os amigos os favores e para os inimigos os rigores da Lei". No caso de Roberto Gato, que dirige um jornal de oposição à gestão do "socialismo" (entre aspas) do PSOL, a remoção do veículo soa como represália. Os capangas filmando de longe esperavam o desfecho máximo de uma armação que poderia resultar na prisão do jornalista caso ele se descontrolasse. O tiro saiu pela culatra e quem virou notícia foram eles, respingando ainda mais negatividade na perdida gestão de Clécio Luís.   
Na quinta-feira (13), pela manhã, o prefeito mexeu mais uma vez no secretariado e trouxe por indicação do psolista Edimilson Rodrigues, ex-prefeito de Belém do Pará e hoje deputado estadual, a engenheira civil Cristina Baddini para assumir a CTMAC. A gestora vem com um histórico manchado por ter sido condenada pelo Tribunal de Contas do Pará a devolver aos cofres da Companhia de Trânsito de Belém, CTBEL, o valor de R$ 22.587,84. O motivo, o alto custo administrativo pago indevidamente aos contratos 030, 033, 036 e 037/99, firmados com a FADESP, e que tiveram os  cadastros negados pelo TCM, segundo determinação contida na Resolução nº 6.729/TCM de 16/05/2002. Outra condenação diz que Baddini é obrigada a devolver aos cofres públicos exatos R$ 40.724,56, referentes às diárias pagas sem emissão de portarias e publicação no Diário Oficial do Município. Ela recorreu da decisão.

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