sexta-feira, 27 de setembro de 2013


CAPA DA EDIÇÃO 377


Editorial

Um dia chegaremos lá

O Amapá definitivamente é um Estado à parte dos outros. Aqui, já disseram que boi voa e leva a família para o shopping. Governador descumpre lei e quem é chamado de bandido é o professor, que ainda é condenado a pagar multa. Do outro lado, desembargador sentencia que greve está dentro da legalidade. No outro dia, o próprio fala tudo ao contrário e diz que tudo está ilegal. Ainda no campo do desembargo, ignoram critérios que deveriam ser respeitados no processo de escolha. De novo, fazem de qualquer jeito, passam por cima de tudo. Quando o Brasil é avisado, reage. O Conselho Nacional de Justiça gritou lá de longe: "Ei, o que está acontecendo aí? Vocês pensam que podem tudo?". E aí é aquele para pra acertar, com gente escondendo a mão atrás da toga. Foi o que aconteceu no caso envolvendo a juíza Sueli Pini. Comunicado sobre a eleição considerada cheia de irregularidades, o CNJ quer saber agora os pormenores que deram o título à magistrada. Querem também explicações sobre a razão de representações feitas contra ela terem sido arquivadas em decisão de quem não tinha competência para tal. O caso é grave. Sueli Pini foi denunciada por facilitar a adoção de duas crianças para um turista estrangeiro. As acusações dizem que ela feriu leis e um acordo internacional. Diante disso, as respostas terão que ser dadas ao Conselho Nacional de Justiça. As interpelações nos levam a crer que nosso Estado não está assim tão distante das leis, e que aqui ainda não é a terra do pode tudo ou do tudo pode. A selva que nos cerca e os rios que nos separam do resto do País, finalmente parecem estar menos extensos. Não somos mais o Amapá de ontem, onde se andava a cavalo pelas ruas lamacentas. Estamos ganhando ares de capital asfaltada e verticalizada com direito a shopping que não aceita mais a presença de bois voando na praça de alimentação. E o que é feito aqui é visto lá, apesar das matas e da distância dos rios. Em uma visão bem otimista, ainda seremos a capital onde quem faz errado terá medo de fazer. Quem viver, verá.     
O sertanejo que está revolucionando o ensino no interior do Ceará

Nesta edição quero compartilhar com você caro leitor, está reportagem publicada em O Globo, no dia 22 de setembro (domingo), sobre EDUCAÇÃO. Ela foi feita pelo repórter Mauro Ventura, é um daqueles achados neste Brasil de dimensões continentais que temos que reconhecer.

Tudo começou em 1994, com sete jovens -  seis rapazes e uma moça - estudando numa casa de farinha desativada ou debaixo de pés de juazeiro, sentados em cadeira velhas. Moravam em Cipó, comunidade rural de apenas dez famílias a mais de cem quilômetros de Fortaleza, no Ceará. Hoje eles são milhares e estão provocando uma revolução educacional no estado. É o Prece, é o Programa de Educação em Células Cooperativas, quem em 2014 completa 20 anos, por trás de tudo está  Manoel Andrade, de 53 anos, doutor em Química da Universidade Federal do Ceará (UFC). Um dos dez filhos de um casal de agricultores, o pai mal sabia ler e a mãe tinha apenas a quarta série primária. Como em seu lugarejo não tinha escola. Manoel aos 9 anos foi morar com os avós em Fortaleza para estudar. Quando começou a pós-graduação, passou a voltar todo o final de semana a Cipó, onde teve a ideia do Prece. No programa não há professor. Cada estudante ensina aos demais uma disciplina favorita. Juntos, esses alunos compartilham conhecimentos, apoiam-se mutuamente, superam deficiências de aprendizagem e passam no vestibular.
O GLOBO: Quem eram esses estudantes pioneiros?
MANOEL ANDRADE: Eram todos excluídos educacionalmente e hoje, dos sete, só um abandou os estudos. Os demais se graduaram. Um que na época havia parado na quarta série e estava com 20 anos virou doutor em Química e pesquisador na Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Outro tinha 20 anos e cursava a sexta série está terminando o doutorado em Fitopatologia. Tem ainda um agrônomo uma professora de História, um mestre em História e um graduado em Teologia.
Na época, houve reação dos pais dos jovens da região?
Sim. Os pais eram agricultores analfabetos. Na visão deles, os filhos precisavam trabalhar   para ajudar a sustentar a família. Como aqueles jovens, que liam e escreviam de forma precária, entrariam na universidade? Mas, dois anos depois, um dos estudantes. Francisco Antônio, o Toninho, foi aprovado em primeiro lugar no vestibular de Pedagogia da Universidade Federal do Ceará(UFC). Seis meses depois, outro também passou. Em 1988, eram quatro na UFC. O sucesso deles atraiu outros jovens.
Como surgiu a ideia do Prece?
Tem origem num episódio que me ocorreu aos 16 anos. Um jovem Flávio Tabosa Barroso, me convidou para participar de um grupo de estudos. Perguntou o que mais eu gostava de estudar "Biologia". E ele: "Então você vai nos ensinar Biologia". Cada um ensinava aquilo que mais gostava. Então foi uma revolução na minha vida. Quando comecei a voltar a Cipó, resolvi repetir minha experiência. Eu botava os meninos para estudar juntos e os levava no meu carro para conhecer a universidade. Eles se animavam ao ver alguém de região que teve sucesso graças ao estudo.
O que essa metodologia de aprendizagem em grupo mostra?
A experiência. Dos grupos de estudos (também chamados de células de aprendizagem cooperativa) deu certo. Não pode ser só o professor dando aula, uma transferência impositiva de um ado para o outro. Você aprende muito mais interagindo, cooperando, compartilhando conhecimento e trocando saberes com os outros do que apenas recebendo informação.
Aqueles sete iniciais são milhares....
Estamos influenciando a rede púbica do Ceará. A secretaria de Educação do estado me chamou para montar um programa para cada escola estadual. Já preparamos cerca de 2.500 estudantes para organizarem grupos de estudo. Eles estão se proliferando por todo o estado e já há um programa em Mato Grosso inspirado no nosso. Graças ao Prece, cerca de 500 jovens de origem popular entraram na universidade. E mais de 30 cursam ou já cursaram a pós. E não é um êxodo rural, porque, ao ingressarem na universidade, eles passam a retornar às suas comunidades e fundam novos grupos de estudo no interior, transformando as realidades de suas regiões. Nossa utopia é contribuir para a construção de uma escola pública de qualidade.

Por Mauro Ventura

ADOÇÃO EM XEQUE

Juiza Sueli Pini
ADOÇÃO EM XEQUE
Sueli Pini pode responder por tráfico internacional ao CNJ

José Marques Jardim 
Da Editoria

A juíza Sueli Pini, que não chegou a ficar três dias no cargo de desembargadora ainda terá que responder a Procedimento Administrativo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O PA contra ela, de número 9492/2013 foi representado pelo desembargador Agostino Silvério Júnior e acusa Pini de ter proferido sentença que concedeu a um cidadão norte-americano com visto de turista no Brasil, a adoção de dois menores brasileiros. De acordo com o desembargador, a decisão fere cláusulas da Convenção Internacional de Haia e normas do Estatuto da Criança e do Adolescente, além de ter sido usurpação de competência da Vara da Infância e Adolescência. Outra acusação semelhante seria feita contra a juíza, que não levou o procedimento adiante por estar sob denúncia de facilitação do tráfico de crianças. Ela encaminhou o pedido por distribuição para a vara competente. 

Desembargador Agostino Silvério
O documento da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça cita cinco Processos Administrativos representados por Agostino Silvério, que na época era Corregedor Geral da Justiça. São eles: 5321, 5985, 6088, 6190 e 7352, datados no ano de 2005. O CNJ classifica como incompreensível o fato da representação ter sido arquivada, em "manifesta usurpação de competência do próprio Pleno, por decisão do desembargador Raimundo Vales, então Corregedor Geral".
Desembargador Raimundo Vales
O argumento de prescrição foi considerado incorreto pelo Conselho, que vai mais além e nega haver prescrição do ato da juíza, que considera como crime. Para o CNJ, o arquivamento foi uma "manobra oportunista e ilegal de um grupo majoritário de membros (destinada a extrair do campo de competência local da Corregedoria Geral de Justiça o ilícito administrativo e penal por ela cometido...) e ainda promoveu a reclamada ao cargo de desembargadora". Segundo o Conselho de Justiça, a Corregedoria está apurando os fatos apresentados contra Sueli Pini para possivelmente aplicar a pena que o caso requer. 



Para o desembargador Constantino Brahuna, Corregedor Geral de Justiça que informou os fatos ao CNJ, quatro denúncias contra a juíza já prescreveram por terem alcançado o prazo de oito anos. No entanto, uma delas, de número 7352 continua ativa e passível de punição. Brahuna taxou de apressada e estrambótica a promoção de Pini. Segundo ele, a sessão foi realizada sem quórum e prévia publicidade. O CNJ pede ainda o encaminhamento de uma cópia dos Procedimentos Administrativos 7352 e 8431/2013, além de informações sobre as providências relacionadas à decisão do Corregedor Geral sobre o PA 8431, que trata da votação que promoveu Sueli Pini ao cargo de desembargadora, destacando as irregularidades. O documento é assinado pelo juiz Gabriel da Silveira Matos, auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça.   

garras do felino

Que governo 
é esse

Depois da Ata apócrifa do festeiro Mário Brandão, o Secretário de Justiça e Segurança Pública, Marcos Roberto, meteu o pé na "jaca". O iluminado resolveu, não se sabe baseado em que, conceder atestado de capacidade técnica para uma empresa de vigilância privada e patrimonial. Ta vendo Kmilo onde tu foi te meter? Quem mandou votar no homi. 

Falácia

Uma atrás da outra. O festeiro Mário diz que vai contratar treinadores cubanos para preparar atletas, visando as olimpíadas de 2016. A bela secretária de educação diz que vai zerar o analfabetismo no Amapá e o Kmilo anuncia investimento na ordem de R$ 100 milhões no Porto de Santana. Rosemiro! Fala pro Robson parar de andar em má companhia, se não já, já vira Pinóquio também. 

Casa da mãe Joana

É hilário os nobres deputados cobrarem satisfação da Mineradora Anglous Ferrous, com relação à venda da empresa, para a Zamin Mineração, empresa indiana. Quando eles deram alguma "satisfa" para o Amapá. Veja a forma como trataram a questão do acidente no porto onde morreram seis trabalhadores. Nem tchum! Mentiram e continuam mentindo. Chama pro acordo e os caras ficam de boa.

Mal informado

Deputado Junior Favacho (PMDB) está mal informado com relação à Alto Tocantins. Deputado, eles tiveram capacidade de vender, o que eles não fizeram foi entregar, pois venderam pra tanta gente que até hoje não se sabe quem é o verdadeiro dono daquela montanha de dólar. O Amapá eu sei que não é.

Malabarista

O tal Jorge Guimarães, comprador da ICOMI já entrou e saiu tantas vezes dos bancos da Justiça, que fico a imaginar: esse FDP é bamba no Direito ou é 171 de prima? Pois o "salafra" vende e não entrega o que vende e continua operando no mercado mineral mundial.

O iluminado

Já foi esclarecido o autor da idéia da distribuição dos pintinhos pelo PPAP. Jean Alex, o homem de confiança da toda poderosa primeira dama, Cláudia Capiberibe. Ele disse: madrinha a senhora já observou que os pintinhos nascem amarelinhos? Sim Jan! Então, o que a madrinha acha de distribuirmos pintinhos para o povo? Mas por que jan? Eles são amarelos não são? Sim! A cor do PSB é amarela não é? Sim! Alôôôôuuuu! Faça a relação de cor e pronto, é uma forma de pedir voto madrinha. A tá! Esse menino é iluminado. Deu no que deu. Uma piada!

Rachado

Apesar da ruptura do diretório nacional do PSB com o PT nos estados onde o PSB governa os petistas e pesebistas fazem o pacto da mediocridade. Continuam juntos fazendo de conta que nada está acontecendo na relação política entre os dois partidos. Aqui, o PT é mulher de malandro, apanha mas não larga o cafetão.

Amor próprio

É o mínimo que se espera de um ser humano. Quando a pessoa é desprovida dessa virtude do degenerado pode se esperar tudo. Um cara que teve a filha presa por conta de uma armação e defende o algoz da filha, é alguém que mereça respeito e essa pessoa pode falar de ética. A própria filha encarcerada e o cara defende o algoz? É ou não um canalha.

Escreveu demais

A juíza Pini escreveu demais. Pediu para que não fosse considerada válida a sessão administrativa do TJAP que declarou vacância para a cadeira do desembargador Mário e não admitisse como válida a nomeação do juiz Cesar Augusto. Ela não esperava que o Desembargador Douglas fosse fazer o que fez. Nomeá-la na marra. Foi assim, por tanto, fácil de desfazer o mau entendido. Não é ministro Calmom? Se não vale pro Chico, não deve valer pro Francisco. Mas como a Juiza Pini é taliqualio, Tim Maia. Vale tudo!

ÓBITOS

ÓBITOS
Mais de 55 bebês já morreram este ano na Maternidade Mãe Luzia

Só no primeiro trimestre, 44 mortes foram registradas. No último fim de semana duas mães perderam os filhos antes do parto

José Marques Jardim
Da Editoria


Cinquenta e sete bebês morreram na Maternidade Mãe Luzia desde o começo do ano. Só no primeiro trimestre foram 44 óbitos. Grávidas estão sendo mandadas para casa por falta de leitos e os que existem não conseguem atender à demanda. Relatos de pacientes e acompanhantes dão conta que as camas de quem aguarda o parto estão sendo divididas por até três gestantes.

Mas a superlotação é um problema menor comparado com as mortes sem explicação que vêm ocorrendo no hospital. Em um dos casos o drama de uma paciente começou na quinta-feira (19) quando ela chegou à maternidade sentindo dores e contrações. A consulta revelou que o trabalho de parto havia começado, mas que a dilatação necessária ainda não era suficiente. Devido à falta de leitos, a mulher foi acomodada em uma cadeira de plástico, onde aguardaria a criança.

A família reclamou, mas foi informada de que não seria possível fazer nada devido à superlotação. "Foram horas de desconforto naquela cadeira de plástico e a situação piorou quando as dores aumentaram. A única coisa que eles faziam era ouvir o coração do bebê", relembrou Darlene Silva, irmã da paciente. A espera foi muito além do que a família pensava. A grávida teve hemorragia e ao tentar ouvir os batimentos do coração do bebê foi constatado que ele estava morto. Para Darlene e a família, o caso envolve negligência pela demora no atendimento. "Temos certeza que nossa criança morreu porque eles demoraram muito a atender minha irmã, mesmo percebendo que o coração do nenê já estava fraco. Nada foi feito. Eles agiam como se tudo estivesse bem", explicou. Darlene procurou a imprensa na segunda-feira (23). Narrou os fatos revoltada e disse que a família está em choque com o que aconteceu. A irmã ainda passa mal e chora muito pela perda do filho.

O caso da irmã da dona de casa Darlene não foi o único registrado recentemente na Maternidade Mãe Luzia. Com 44 anos de idade, Miracélia da Costa presenciou caso semelhante com a filha de 28, grávida há oito meses. A paciente, segundo a mãe, foi mandada para casa com o filho morto no ventre. O motivo foi o mesmo que obrigou a irmã de Darlene a esperar dois dias em uma cadeira de plástico, em vez de um leito, a superlotação. Em casa e sem recursos, o quadro se agravou. Desesperada, a paciente voltou para o hospital e não conseguiu ser atendida. "Só prestaram atenção na minha filha quando ameacei chamar televisão, rádio e jornal. Disse também que ia começar a quebrar tudo. Eu estava desesperada com a situaçã o da minha filha. Eu encontrei ela na calçada, um absurdo. Minha filha ali desesperada de dor e chorando", relatou Miracélia. 

 O último balanço feito pelo Hospital da Mulher revelou que houve uma sobrecarga de 40% nos atendimentos este mês. Em um único dia, 107 partos foram feitos com mais de 60 internações. Os 152 leitos da maternidade há tempos não consegue suprir a demanda que também tornou insuficiente a escala de nove médicos que segundo a maternidade, atendem de segunda à sexta-feira e 4 aos fins de semana, mas apenas um trabalha no pronto atendimento.
Para a direção do hospital, as mortes são consequência de um mal acompanhamento médico na gravidez, o pré-natal, que não é oferecido pela maternidade. Para a Secretária de Estado da Saúde, a enfermeira Olinda Consuelo, os óbitos dos bebês são normais e estão dentro da estatística. Em agosto, ela esteve na Assembleia Legislativa a pedido dos deputados e declarou que a saúde do Amapá vive hoje seu melhor momento. A frase repercutiu negativamente junto à opinião pública, principalmente para a população que precisa do atendimento público e não encontra sequer medicamentos e exames básicos. 

A morte de bebês na maternidade Mãe Luzia chamou a atenção do Conselho Regional de Enfermagem. O fato foi noticiado pelo Tribuna Amapaense há algumas edições. A manchete dizia: "Hospital da Mulher, o que o governo não mostra". Na foto de capa, leitos improvisados e mulheres deitadas no chão, o que mostra que a situação continua a mesma ou até pior.

Para se ter uma ideia da gravidade do problema, em 2011 o número de mortes de neonatais precoces chegou a 137. Os tardios foram 47. Somente em janeiro daquele ano, as mortes neonatais ultrapassaram o percentual de 55%. Em números, cada mil partos bem sucedidos, mais da metade resultaram em óbito.   

As mortes, de acordo com a maternidade, são decorrentes de infecções, o que foi reforçado pelo Conselho de Enfermagem, chamado mês passado ao hospital para verificar uma denúncia que falava da morte de recém-nascidos. Na recepção, o presidente do Coren, Aureliano Pires disse ter siso surpreendido pelo odor de esgoto. Em seguida disse: "Se houve mesmo tais mortes fica fácil saber a razão", se referindo ao mau cheiro propício a infecções. Na inspeção, o presidente detectou uma série de irregularidades, entre elas a falta de profissionais em vários setores.    


No mesmo período o Conselho Regional de Medicina recebeu um relatório assinado por 23 profissionais do setor neonatal do Hospital da Mulher, que reforçou o que encontrado na inspeção do Coren e ainda tornou público a falta de equipamentos e materiais básicos. Tudo foi encaminhado ao Ministério Público, Conselho Estadual de Saúde e Conselho Regional de Medicina(CRM).

Saúde Pública

Saúde Pública
Militar e músico está morrendo aos poucos
Com mais de 30 anos de Polícia Militar Ubiraelson Ribeiro vive drama de não ter recursos para bancar tratamento de Hepatite C e Erisipela


Wagner Cubilla
Da Reportagem

Ubiraelson Ribeiro, 56, durante mais de trinta anosserviu ao Estado do Amapá na condição de policial militar e como músico animou muitas bailes. Acostumado a enfrentar a criminalidade hoje vive lutando contra a Hepatite "C" e a Erisipela, enfermidade que retém líquidos no corpo e causao inchaço das pernas.

A família do aposentado reclama que Ubiraelson não vem sendo atendido em suas necessidades nos hospitais de Macapá. Um dos principais medicamentos que ele usa, a albumina humana, não é fornecida na rede pública sob alegação de estar em falta no mercado. "Há muito tempo que eu não recebo. Quando chego ao hospital e necessito da albumina, eles dizem que está em falta ou em processo de licitação. Eu tenho que comprar o medicamento."
Maria José, esposa do aposentado diz que a falta de medicamentos leva o marido a sofrer com as dores e inchaço das pernas. "Meu marido sofre com as dores no braço, na cabeça e o inchaço ocorre pela falta desse remédio. Não é só ele que vem sofrendo com isso, toda nossa família está abalada e com medo do que possa acontecer."

Ubiraelson relata ainda, que, durante mais da metade de sua vida prestou serviços ao Estado, mas quando mais precisou se viu abandonado. "Fui policial por trinta e três anos e seis meses, como é que hoje quando mais preciso ninguém pode me ajudar? Queria pelo menos que esse governo me desse a oportunidade de morrer sem dor e em paz", desabafou.
O militar quando trabalhava conseguiu conquistar uma vida digna, depois de abandonado pelo governo, vive hoje em uma quitinete onde passa o dia inteiro em cima de uma maca comprada por um irmão. "Tivemos que vender tudo o que tínhamos. Vendemos nossa casa, veículos e tudo que conseguimos construir durante nossa vida. Hoje vivemos em uma quitinete, contando com a ajuda de amigos e parentes", disse Ubiraelson. 

Ele relata ainda, que desde que vem passando pelo tratamento da enfermidade, além de ter vendido tudo, ainda teve que fazer vários empréstimos bancários. "Nós devemos hoje, mais de R$ 100 mil. Meu salário é somente para pagar os empréstimos. Preciso da ajuda dos amigos, a medicação é muito cara, uso várias fraldas por dia. Clamo às pessoas para que possam me ajudar. Me sinto até envergonhado, pois no fim da minha vida tenho que pedir ajuda dos outros para poder continuar lutando pela minha vida", disse emocionado o aposentado.

Cotidiano

A reportagem ouviu outros pacientes que denunciam o descaso do Estado, principalmente do Hospital de Clínicas Alberto Lima. Muitos reclamam, além da falta de medicamentos, da demora na marcação de consultas. "A gente vai procurar o remédio e nos dizem que não chegou ou que está chegando, que está em licitação, sempre dão uma desculpa. O médico que está acompanhando aconselhou até que a gente utilizasse outros meios para conseguir o remédio", conta a irmã do paciente, Maria das Dores Avelino.
Mas estes casos não são isolados. A esposa de um outro paciente, que prefere não se identificar, conta que precisou comprar o medicamento Ifosfamida, para que o marido não ficasse sem cumprir o ciclo do tratamento de câncer. Uma compra que custou mais de R$ 600. "Muitos aqui voltam porque não tem dinheiro para comprar. O hospital tem que ter, não pode faltar. Eles vivem dizendo que a saúde do Amapá está uma maravilha, mas isso não é verdade.Faltam medicamentos, cirurgias são canceladas por falta de material. Aqui no Hospital Geral os parentes dos pacientes ficam desolados e a ponto de ficarem loucos com as coisas que acontecem", desabafou.

Solidariedade

Em entrevista ao Programa Tribuna Amapaense na TV, a esposa de Ubiraelson, Maria José, pediu às pessoas que os conhecem e também àquelas que queiram ajudar que entrem em contato pelo telefone 9121-6122. "As pessoas podem nos ajudar com fraldas, medicamentos e também com ajuda financeira. Não posso desistir de lutar pelo meu marido. Conto primeiramente com a força de Deus e com as pessoas, que com certeza irão nos ajudar", falou Maria.

Ela afirmou a reportagem que a secretária de Estado da Saúde, Olinda Consuelo, em conversa por telefone que era o município quem devia atender o aposentado. "Eu consegui falar com a secretária Olinda e ela teve a coragem de me falar que o governo não tem condições de ajudar meu esposo, que era para eu buscar ajuda na prefeitura, através do Programa da Saúde da Família", finalizou Maria.

Sesa não responde


A reportagem entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Sesa e até o fechamento desta edição não houve resposta em relação ao caso de Ubiraelson Ribeiro.

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  O que é a Erisipela

Erisipela é uma infecção cutânea causada geralmente pela bactéria Streptcoccuspyogenes do grupo A, mas pode também ser causada por Haemophilusinfluenzae tipo B, que penetram através de um pequeno ferimento (picada de inseto, frieiras, micoses de unha, etc.) na pele ou na mucosa, disseminam-se pelos vasos linfáticos e podem atingir o tecido subcutâneo e o gorduroso.
Na maioria dos casos, a lesão tem limites bem definidos e aparece mais nos membros inferiores. Embora menos frequente, ela pode localizar-se também na face e está associada à dermatite seborreica.
Constituem grupo de risco para a infecção pessoas com excesso de peso, portadoras de diabetes não compensado, de insuficiência venosa nos membros inferiores, as cardiopatas e nefropatas com inchaço nas pernas, as imunossuprimidas ou com doenças crônicas debilitantes.

 Sintomas
Os primeiros sintomas – febre alta, tremores, mal-estar, náuseas, vômitos – podem instalar-se precocemente. A lesão na pele vem acompanhada de dor, rubor (vermelhidão) e edema (inchaço). Em alguns casos, formam-se bolhas ou feridas, sinal da necrose dos tecidos.

 Diagnóstico
O diagnóstico é essencialmente clínico. Às vezes, pode-se recorrer à biópsia e ao exame de cultura, mas esse não é o procedimento de rotina.

n Tratamento
Na fase inicial da doença, antibióticos orais, repouso e elevação do membro afetado por pelo menos duas semanas costumam ser suficientes para a regressão do processo infeccioso, se a pessoa estiver em condições físicas favoráveis. A resposta é mais rápida, quando é ministrada penicilina por via intramuscular (benzetacil).
Em muitos casos, o uso dos antibióticos deve ser repetido periodicamente, por tempo a ser determinado pelo médico, para evitar as erisipelas de repetição.

Piscicultura
Embrapa Amapá participa do Projeto Pirarucu da Amazônia

Jamille Nascimento 
Da Reportagem

O pirarucu é um dos maiores peixes de água doce, podendo medir dois metros e pesar até 200 kg. Ele pertence a um grupo de animais muito antigo e resultado de 90 milhões de anos de evolução, por isso, é considerado um contemporâneo dos dinossauros. Pirarucu significa no idioma indígena, peixe vermelho. Ele vive em águas calmas e lagos inundados, mas também pode ser encontrado em rios de correnteza moderada.

Cientificamente o pirarucu chama-se Arapaima gigas e sua carne é muito valorizada o que o torna presa fácil dos predadores. Hoje ele é caçado indiscriminadamente na Amazônia o que vem reduzindo sua produção e comercialização. Para os pesquisadores da Embrapa Amazônia Oriental, a alternativa para reduzir essa pressão e garantir o consumo de sua carne, é criar o peixe em cativeiro.
 Isso vem acontecendo em diversos Estados da Região Norte. O Sebrae Nacional deu início em 2007 ao Projeto Pirarucu da Amazônia, sob a coordenação regional do Sebrae de Rondônia. A iniciativa se baseou na experiência pioneira daquele Estado, onde foi desenvolvido o trabalho de criação, engorda e reprodução em cativeiro. Os bons resultados levaram à expansão do projeto a outros Estados do Norte. Além da preservação da espécie, o Projeto Pirarucu da Amazônia tem o objetivo de realizar pesquisas aplicadas para gerar conhecimento e tecnologia sobre a produção do peixe em cativeiro, em diferentes sistemas de criação.

Embrapa/Amapá

 A Embrapa Amapá participa do projeto realizando, entre outras atividades, o diagnóstico das pisciculturas que produzem pirarucu no Estado e também por meio da instalação de uma unidade de observação em reprodução de pirarucu, que está sendo instalada em uma piscicultura no distrito de Fazendinha (Macapá).

De acordo com a pesquisadora Eliane Yoshioka, a unidade de observação da Embrapa é voltada para avanços na pesquisa com reprodução de pirarucu, a fim de disponibilizar conhecimentos técnicos aos produtores e alcançar um bom patamar de produção de alevinos de pirarucu, insumo bastante demandado pelos produtores locais.

Os pesquisadores da área de piscicultura da Embrapa Amapá receberam, no auditório da instituição, a Coordenadora Nacional do Projeto Estruturante Pirarucu da Amazônia (Sebrae), Newman Costa, acompanhada da equipe da gerência do setor de piscicultura do Sebrae Amapá. Durante a reunião técnica foi definida a parceria entre Embrapa e Sebrae, para execução da segunda fase das atividades do Projeto Pirarucu da Amazônia no Estado do Amapá. "Este projeto é totalmente focado em pesquisa, e desta forma o Sebrae tem a expectativa de consolidar as parceiras com todas as unidades da Embrapa na região Norte, incluindo o Amapá que é um estado onde temos grande demanda de conhecimentos em produção de alevinos de pirarucu?€ , afirmou o técnico do Sebrae, Alexsandro Cascaes.


Participaram da reunião técnica, uma equipe da Embrapa Amapá, formada pelo Chefe Geral Substituto Joffre Kouri, pelos pesquisadores Eliane Yoshioka, Cesar Santos e Jamile Araújo, e pelos analistas Leandro Damasceno e Daniel Montagner, além dos técnicos do Sebrae Alexsandro Cascaes e Keyla Reis de Oliveira, e pelos consultores do Sebrae, Márcia Daaddy e Tácito Bezerra.

Pirarucu

Hábito alimentar: Carnívoro.

Peso: Podem chegar a mais de 200 kg e 3 m de comprimento.

Sistema de cultivo: O sistema mais utilizado é o viveiro escavado, mas já existem alguns experimentos em tanques-rede.

Aspectos produtivos: Seu cultivo ainda é incipiente. Nos primeiros experimentos chegou a crescer mais de 6 kg/ano. Apesar de ser uma espécie carnívora, aceita bem ração com altos índices de proteína, desde que seja feito corretamente o acondicionamento alimentar. Sua carne não tem espinhos em ''y'' e são comercializadas em mantas de pura carne. Apesar do grande interesse, o seu pacote tecnológico ainda não está totalmente definido, porém, é uma das espécies mais promissoras da aquicultur a brasileira.

Justiça condena SINDSEP por cobrança indevida

O juiz Antonio José de Menezes, da 2ª Vara do Juizado Especial Cível Central de Macapá, condenou o SINDSEP (Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Amapá), a pagar 12 mil reais à professora aposentada Atonieta Bernadete Tamiozzo Quintas, por cobrança indevida de mensalidades. 

A aposentada ajuizou a ação requerendo o ressarcimento depois de perceber que mesmo tendo protocolado no sindicato seu pedido de desfiliação, os descontos permaneceram em seu contracheque e ela continuava como ativa no sistema do sindicato, pagando a mensalidade de R$ 55,16.

Em decisão, proferida na data do dia 16/09, o juiz Antonio José de Menezes, julgou parcialmente procedente o pedido da autora da ação, confirmando decisão que antecipou os efeitos da tutela, e em conseqüência, determinando ao sindicato que se abstenha de realizar os descontos sob a rubrica "SINDSEP/AP - MENSALIDADE", diretamente no contracheque da aposentada, sob pena de multa de R$ 500,00 (quinhentos reais), por desconto realizado, até o limite de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), bem como, que exclua o nome da autora da ação de seus quadros de associados, sob pena de multa diária no valor de R$ 100,00, no caso de descumprimento, até limite de R$ 5.000,00.

Na decisão, o juiz condenou ainda o SINDSEP a pagar à aposentada a importância de R$ 12.313,50 (doze mil, trezentos e treze reais e cinqüenta centavos), referente ao dobro dos valores de mensalidades cobradas indevidamente pelo sindicato, acrescida de juros legais a partir da citação e correção monetária a partir da propositura da ação. O juiz determinou o prazo de 15 dias para o SINDSEP cumprir a sentença.

Mesmo dispondo da contratação de uma banca de advogados e de uma Secretaria Jurídica no sindicato para defender os interesses da categoria, o SINDSEP foi julgado a revelia. Embora regularmente citado e intimado, ninguém do sindicato compareceu à audiência, onde poderia apresentar contestação.

Categoria insatisfeita

Há mais de 12 anos, o SINDSEP, vem sendo administrado por um grupo colegiado de diretores que tem como presidente Hedoelson Uchoa, o Doca. A entidade é alvo de investigação do Ministério Público Estadual onde foi denunciado por integrantes da própria categoria. Entre as acusações esta ausência de prestação de contas, fraude eleitoral, uso de notas fiscais supostamente frias para justificar pagamentos de despesas da diretoria e má aplicação dos recursos da entidade.

Desde quando as denúncias de irregularidades na entidade vieram a publico, ninguém da diretoria do sindicato se manifestou. Segundo a categoria, não existe transparência sobre os gastos da diretoria e os sindicalizados não sabem ao certo o destino da arrecadação do sindicato, já que a mais de 12 anos Doca e sua diretoria não prestam contas à categoria.


Sindicalizados descontentes com o quadro atual de irregularidades no SINDSEP montaram um grupo para resgatar a entidade e torná-la mais democrática e transparente. Liderado pelo sindicalista Cláudio Miranda, o objetivo do grupo é despertar a classe a se manifestar contra as irregularidades e defender a idéia de que o SINDSEP pertence a todos os sindicalizados e não apenas a um grupo de pessoas que não tem nenhum compromisso com a categoria.

Amapá: terra de oportunidades e sem rumo

O título do presente artigo expressa a síntese das conclusões constantes das palestras apresentadas no painel econômico do 1º Seminário de Oportunidades para o Desenvolvimento Econômico-Social do Amapá, realizado pelo PRTB, PTC, PMN e PV no último dia 21 de setembro.

Do ponto de vista econômico, o palestrante Jurandil Juarez mostrou ao público presente que o Amapá é uma terra de oportunidades para o agronegócio e produção de alimentos, atividade minerária, com a incorporação de valor à matéria prima, exploração da madeira e fabricação de móveis, atividades comerciais e de serviços, construção civil, inclusive com a produção de material para a construção civil, implantação da Zona Franca Verde e da Zona de Processamento de Exportações, produção de energia e exploração de petróleo.

Entretanto, o Amapá não possui um planejamento de Estado (e não de Governo) que tenha como foco superar os obstáculos para o desenvolvimento de nossas potencialidades econômicas. Entra governo e sai governo e a prática é a mesma: políticas eleitoreiras e sem foco no desenvolvimento econômico do Estado.
A insuficiência da geração de energia para atender a demanda local e viabilizar a instalação de empresas no Estado é um exemplo eloqüente dessa ausência de planejamento a que se refere o economista Jurandil Juarez. Só agora - depois de 25 anos de existência do Estado e por uma necessidade do país - é que seremos interligados ao sistema nacional de energia elétrica por meio do linhão de Tucuruí. Esse linhão, além de viabilizar um dos requisitos para o nosso desenvolvimento, nos tornará um Estado exportador de energia elétrica para o resto do país.

O mesmo ocorre com a nossa infraestrutura. Nos 25 anos de existência do Estado do Amapá, nossos governadores não conseguiram sequer pavimentar as três rodovias que interligam os nossos 16 municípios. O Porto de Santana até hoje não foi ampliado e estruturado para servir de alternativa, por exemplo, para o escoamento da soja e do milho dos Estados do Centro-Oeste do Brasil. Os produtores desses Estados estão enviando a soja e o milho para o Porto de Santarém, no Pará, com custos muito maiores, já que os navios passam aqui na frente de Macapá para chegarem até Santarém e depois voltam por aqui para seguirem caminho para o exterior.

O setor primário é um dos mais afetados pela falta de planejamento estratégico do Estado. Nesses 25 anos de existência do Estado do Amapá, nossos governadores também não conseguiram transferir as terras da União para o Amapá, para que este possa emitir os títulos de propriedade para os nossos agricultores e pecuaristas.
Sem os títulos das terras - e a conseqüente segurança jurídica - não é possível implantarmos uma política agrícola séria que atenda as necessidades do Estado com a produção de farinha, açaí, arroz, feijão, soja, milho, frangos, suinos, bovinos e peixes, além de criar emprego e renda para o nosso povo.
Como resultado dessa falta de planejamento estratégico, os trabalhadores do Amapá amargaram em 2010 uma taxa de desemprego de 11,6% (IBGE), enquanto a Região Norte teve uma taxa de 8,5% e o Brasil 7,4%.

Sem empregos, 83,2% da população do Estado do Amapá vivia em 2010 com menos de meio salário mínimo, segundo dados do IBGE.
Com esses números na mão não é difícil entender a razão do aumento da violência no Estado do Amapá. A combinação explosiva de desemprego e baixa renda deixa nossos jovens sem uma luz no fim do túnel.
Aliás, por falar nos jovens, os dados do IBGE de 2010 apontam que 46% da população amapaense tem idade entre 15 e 39 anos. Muitas dessas pessoas estão ou irão concluir sua faculdade, formando-se numa profissão.


Caso continuemos elegendo as mesmas caras ou as mesmas formas de governar de sempre, qual será o futuro dessa geração de jovens que sonharam com uma profissão, a fim de conseguirem uma vida com mais dignidade e qualidade?

CAPA DO 3º cADERNO


ENTREVISTA



" Nessa questão de partidos, eu posso garantir uma coisa, houve um problema com o PEN. O presidente nacional do PEN conversou com o doutor Moises Rivaldo e houve entendimento entre eles e nos vamos partir para outro partido e estamos conversando com outros dois partidos e iremos decidir este final de semana". Deputado Estadual Manoel Brasil (PEN).






Manoel Brasil exerce o mandato parlamentar desde a fundação da Assembléia Legislativa Amapaense, no momento da transformação do Amapá de Território Federal para o hoje Estado do Amapá. São quase duas décadas e meia de mandatos em favor do povo amapaense. Deputado constituinte é considerado membro da bancada da saúde na ALAP. Idealizador do Hospital do Câncer, hoje Metropolitano e agora tem nova bandeira a construção do Hospital da Santa Casa de Misericórdia de Macapá, na Zona Norte, acompanhe sua entrevista


Tribuna Amapaense - A grita é Grande com referencia a situação dos pacientes portadores de câncer no Estado do Amapá. É percebe-se que a Secretaria de Saúde do Estado não está preparada estruturalmente para prestar apoio e atendimento aos portadores dessa cruel doença, o senhor como vê essa situação, tanto como medico e parlamentar?
Deputado Estadual Manoel Brasil – Desde 1984, quando aqui cheguei que a medicina no Amapá teve um avanço muito grande. Na década de 80 não tinha Unidade de Terapia Intensiva (UTI), neurocirurgia, cirurgia cardíaca. Eu posso dizer eu tive oportunidade de trazer o primeiro nerocirurgão para o Amapá, o doutor Alerrando Caldeira. Montei a primeira UTI no Amapá (1985). No meu primeiro mandato como deputado estadual prometi que melhoraria a cirurgia cardíaca e de hemodinâmica. Não tínhamos tomografia, conversamos com então governador Annibal Barcellos e o convencemos a adquirir esse aparelho. Era um estado recém formado, temos vários profissionais e especialistas. Não tínhamos também Oncologia que era muito incipiente, era fraca por falta de profissionais. Porém hoje temos esses profissionais, são mais ou menos seis a sete oncologistas. Agora esse setor começa a dar uma vanguarda no tratamento dos portadores de câncer no Amapá.

TA – Qual é o caminho que o senhor vislumbra para que avance mais essa situação da Rede de Saúde do Estado?
MB – É preciso avançar muito mais, é preciso interagir com as prefeituras, disponibilizar das ações básicas, pois o que eu falei foi sobre a medicina curativa, mas temos de investir na medicina preventiva, esse que é o pilar da saúde prevenir. No tratamento moderno é a prevenção e ai que tem de ter essas parcerias com os municípios. As prefeituras têm que tomar atitude, tem que agir na suas ações básicas. É o caso do pré-natal, onde se previne as doenças que podem acometê-las. Assim evitamos a mortalidade infantil. 

TA - Uma obra que deu um ânimo aos amapaenses foi quando anunciada há 13 anos a construção de um Hospital de Câncer, que deveria se tornar referencia na Região Norte e até hoje se encontra em obras e sua destinação final ainda não foi decidida isso prejudica o atendimento medico local?
MB – Se as Unidades Básicas de Saúde (UBS), o Programa Saúde da Família (PSF) não funciona naturalmente uma drenagem muito grande para Pronto Socorro. Com referencia ao Hospital do Câncer, foi uma idéia minha e um mandato passado. Já discuti varias vezes a transformação dele em um Pronto Atendimento. Infelizmente por questões de burocracia e irregularidades está parado até hoje em quem está sofrendo é a população amapaense. Hoje, estamos consagrando mais uma idéia, de ser construído um hospital na Zona Norte e que possa ser referência e com uma arquitetura moderna. Quantas vezes foram questionadas por mim as reformas no Hospital Alberto Lima. As situações atuais do Hospital Metropolitano vêem com tristeza a situação e em 1990 ainda não tínhamos uma população tão grande quando temos agora.

TA – Como foi para o senhor e o deputado Jaci Amanajás chegarem a possibilidade da construção de uma Santa Casa de Misericórdia em Macapá?
MB -  Tudo começou com as visitas ao Hospital de Câncer de Barretos, quando visitamos o ex-deputado Gatinho e o deputado Jacy Amanajás e o Elpidio Amanajás. O Elpídio foi a ponte, pois pela amizade que ele tem com o doutor João Monteiro, esse paulista que está empenhado pela saúde no Amapá e que abriu as portas para nós. Foi quando começamos a discussão de um hospital. Fizemos uma Audiência Pública, trouxemos o Provedor da Santa Casa de Barretos e a providencias todas as documentações necessárias e hoje estamos com processo muito forte de articulação e estaremos indo a São Paulo para fazermos o Termo de Cooperação Técnica com a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, para a construção da nossa Santa Casa. Teremos assim uma economia de recursos num montante de R$ 1, 500 milhão. Temos outras parcerias, o GEA concedeu na Rodovia Norte/Sul uma área espaçosa. Os profissionais de Oncologia amapaense que quiserem podem aderir a Santa Casa com referencia ao tratamento do Câncer. Pois queremos que ela tenha referencia em alguma especialidade, pode ser na Oncologia, Oftomologia ou Ortopedia. 
TA - Qual será o papel da Santa Casa de Barretos, em São Paulo, que  veio ao Amapá para apresentar o projeto da unidade no Amapá, ela será um apêndice da paulista ou terá autonomia?
MB – Não ela terá autonomia própria, por isso estamos correndo atrás. Tanto que estaremos visitando a Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo, por que temos a idéia a médio e alongo prazo em construir uma Faculdade que esteja associada a nossa Santa Casa. Estaremos conversando com o Padre Marcelo Rossi para realização de um Show beneficente e conseguirmos donativos para a construção dessa grande obra. A sociedade tem que participar. A banca federal estará contribuindo com Emendas Parlamentares para ajudar na obra. E o mais importante é que  trabalharemos com o SUS.

TA - Se na capital que tem a maior infraestrutura de atendimento de pequena, média e alta complexidade está ruim imagine nos municípios interioranos?
MB – A Saúde do interior do Amapá tem seus problemas e deficiências naturais. Nos diversos governos que passaram não foram realizados investimentos necessários para dar condições ao atendimento com eficiência. O que mais dificulta é a questão de logística dos profissionais, eles têm dificuldades em atuar em lugar insalubre, pois estão vindos de centros super equipados e ao chegarem ao interior amazônica se deparam com situações nunca imaginadas.

TA – Quanto ao Programa federal “Mais Médicos” vai ajudar?
MB – Foi uma idéia e temos de olhar esses médicos que estão chegando, principalmente aos Cubanos de uma maneira solidaria, pois eles estão vindos para ajudar. Não podemos deixar esse povo carente da saúde sem saída. Formar médico amapaense é um caminho, estamos trabalhando pela criação do curso na UEAP.
TA - DEPUTADO MANOEL BRASIL sua candidatura a reeleição em 2014 é certa a duvida está por qual partido, pois no PEN o senhor está pouco a vontade. É notório que o senhor vem procurando  outras legendas, mas ainda não escolheu novo endereço. Dizem que o PSB dos Capiberibe é o melhor caminho, é certo isso? 
MB -  Eu nunca pensei em ser deputado, eu sou mais médico. Em 1990 me convidaram para ser deputado estadual e eu perguntei -  Porque eu? Sai candidato para ser “bucha” e no primeiro discurso e não sabia o que dizer e então falei sobre Serra do Navio e sobre o Cateterismo, depois de umas cervejas. Então fui o quarto mais votado e nunca perdi uma eleição. Dividi meu tempo entre ser medido e ser deputado. Como político, realizei muitas coisas pelo Amapá, discuti o Linhão Tucurí, levei a ELETRONORTE para discutir sobre o linhão na ALAP, pois o que se gasta um ano em óleo diesel daria, quase R$ 100 milhões daria para trazer o linhão e não houve entendimento por parte de quem tinha a caneta. Outra foi a saída desse aeroporto do meio da nossa cidade e colocar para o KM 21, discutimos em uma Audiência Pública. Não fui ouvido. Pois muitos pensam que queremos ser governador, mais nunca pensei em ser governador do Amapá. Quero contribui com a economia amapaense, tirando o estado dessa dependência do FPE; vejo os jovens desempregados, temos faculdades mais cadê o emprego. Hoje discuto qualquer assunto.

TA – O senhor vai trocar de partido ou não?

MB – risos,  Essa questão de partidos, eu posso garantir uma coisa, houve um problema com o PEN. O presidente nacional do PEN conversou com o doutor Moises Rivaldo e houve entendimento entre eles e nos vamos partir para outro partido e estamos conversando com outros dois partidos e iremos decidir este final de semana.

ARTIGO DO TOSTE

O que falta para o estado do Amapá? Será a questão da governança?
Neste ano de 2013, tive a oportunidade de visitar diversos estados brasileiros, muitas destas viagens ocorreram na condição de pesquisador para participar de Bancas de Mestrado, eventos científicos, seminários e encontros nacionais. Em várias destas atividades, sempre oportunizei realizar algumas comparações do nosso estado do Amapá com outros estados da federação, logo veio à mente a pergunta idealizada para este artigo: O que falta para o estado do Amapá? Será a governança? Em maio deste ano, por exemplo, ocorreu na cidade de Recife XV Encontro Nacional de Pós-graduação da ANPUR (Associação Nacional de Planejamento Urbano Regional), entre os principais temas discutidos, estava à questão da Governança, item importante para compreender de forma mais sistêmica a questão do desenvolvimento do lugar.
Este tema é um dos itens mais importantes para discutir o que falta para o estado do Amapá, verdadeiramente, há décadas existem problemas com a questão da governança, muitos partidos políticos tem um projeto para vencer as eleições, porém, não tem um projeto de governança.

Para Alcindo Gonçalves professor de Ciência Política da USP que publicou um artigo sobre o Conceito de governança nosAnais do XV Encontro Preparatório do CONPEDI/UNICAP - 2006, "A expressão "governance" surge a partir de reflexões conduzidas principalmente pelo Banco Mundial, "tendo em vista aprofundar o conhecimento das condições que garantem um Estado eficiente" (Diniz, 1995, p. 400). Ainda segundo Diniz, "tal preocupação deslocou o foco da atenção das implicações estritamente econômicas da ação estatal para uma visão mais abrangente, envolvendo as dimensões sociais e políticas da gestão pública" (Ibid., p. 400). A capacidade governativa não seria avaliada apenas pelos resultados das políticas governamentais, e sim também pela forma pela qual o governo exerce o seu poder."

Gonçalves(2006) cita o Banco Mundial, em seu documento Governance and Development, de 1992, onde a definição geral de governança é "o exercício da autoridade, controle, administração, poder de governo". Precisando melhor, "é a maneira pela qual o poder é exercido na administração dos recursos sociais e econômicos de um país visando o desenvolvimento", implicando ainda "a capacidade dos governos de planejar, formular e implementar políticas e cumprir funções". Portanto, a discussão sobre a questão da governança é muito mais ampla que somente ganhar as eleições, está umbilicalmente vinculada aos propósitos do desenvolvimento, principalmente em relação à solidez das politicas públicas integradoras.

Efetivamente temos no estado do Amapá há anos um problema de governança, pois o cenário evidenciado pelos indicadores oficiais demonstra que os governos sempre estão "apagando incêndio", quando na prática deveriam estar na frente, antecipando os problemas, definindo as ações estratégicas e estruturais de médio e longo prazo. Para Gonçalves (2006),para lograr tais objetivos, nas democracias é preciso que haja a concorrência dos governantes (Estado) e dos cidadãos e de suas organizações (sociedade civil organizada) "para construir consensos que tornem possível formular políticas que permitam responder equilibradamente ao que a sociedade espera do governo". (Tomassini, 2001, p. 45).

A governança não é uma ação isolada da sociedade civil buscando maiores espaços de participação e influência. Ao contrário, o conceito compreende a ação conjunta de Estado e sociedade na busca de soluções e resultados para problemas comuns. Mas é inegável que o surgimento dos atores não estatais é central para o desenvolvimento da idéia e da prática da governança (GONÇALVES,2006).
Este pensamento talvez evidencie com maior ênfase que a questão da governança passa de forma plena por uma democracia, de fato e de direito, o que se vê no Brasil e no Amapá, é a quebra permanente dos elos de confiança entre as pessoas e instituições, pois, formular politicas para o desenvolvimento do lugar, requer abrir mão de múltiplas convicções. Os números estatísticos não podem ser absorvidos apenas como referencia para atenuar ou amenizar cenários adversos, devem ser vistos principalmente como princípios para que sejam combatidos as causas e não os efeitos.
Então, o que falta para o estado do Amapá? Precisamos preencher diversas lacunas em áreas consideradas estratégicas para o desenvolvimento. Verdadeiramente vários dos problemas são estruturais, aqueles vinculados principalmente ao desenvolvimento econômico, para um estado que tem todas as suas forças voltadas para o setor público, é inegável que este aspecto auxilia a entender em parte as adversidades do processo de governança. Temos problemas relacionados à formação de capital humano e social, quando se percebe os valores gastos em saúde e educação em comparação com ciência e tecnologia, atesta-se que o nosso fracasso é muito mais estrutural e sistêmico do que somente uma crise de ideias.

Para Gonçalves (2006), " Se esta é construída a partir da participação crescente da sociedade civil global nas decisões e nas formulações estratégicas, é importante que as organizações envolvidas tenham legitimidade. Deve ser lembrado que legitimidade é um conceito subjetivo, segundo a teoria weberiana: "parte da atitude do sujeito que legitima com respeito ao poder de legitimar, isto é, de uma 'crença', seja na validade do que é racional (segundo um valor ou propósito), na força da tradição ou na virtude do carisma" (Bobbio, s/d, p. 172). Ou seja, a legitimidade é alimentada de "baixo para cima", surgindo a partir da aceitação de que o poder conferido e exercido é apropriado, sendo então a ação decorrente legítima."

A partir das reflexões de Gonçalves (2006), pode-se constatar que a legitimidade é algo distante da realidade amapaense, predominam imensas fragilidades institucionais. O estado do Amapá é praticamente o único que registra, que entre os municípios não existe nenhum tipo de operação consorciada, muito embora, Macapá e Santana estejam em um processo de dialogo para equacionaram alguns problemas básicos; os municípios apresentam IDM abaixo da média e a capital está na posição acima de 1500 neste ranking, para agregar este cenário, os índices de pobreza urbana atestada desde o último Relatório de Banco Mundial(2002) só aumentaram com o expressivo índice de ocupação de áreas consideradas precárias em todo território do estado do Amapá. Fica na tela do debate, a perspectiva de compreender que o desenvolvimento também passa pela formação de capital social e humano. Reflita sobre isso!

Infância e Adolescência

Infância e Adolescência
Vara da Infância da Comarca de Santana realiza operação em bares e praças do município




A Vara da Infância e Juventude da Comarca de Santana, que tem como titular a juíza Ana Lúcia de Albuquerque Bezerra, realizou neste domingo uma operação que objetivou coibir a permanência de crianças e adolescentes em situação de risco nos bares, boates, casas de shows e similares.
A operação contou com a parceria do Comissariado do Menor,  Gabinete Militar do TJAP, Promotoria de Justiça da Infância e Juventude de Santana, Delegacia da Infância e Juventude, Conselho Tutelar de Santana, Coordenadoria Municipal de Tributação e Arrecadação CMTA-PMS e 4º Batalhão da Polícia Militar de Santana.

A Vara da Infância e Juventude do município santanense tem realizado desde janeiro um trabalho preventivo com a distribuição gratuita de cartazes informativos sobre advertência e prevenção quanto ao acesso de crianças e adolescentes em locais de diversão e espetáculos públicos, bem como, sobre a proibição de venda de bebida alcoólica, ou produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica, aos proprietários responsáveis pelos estabelecimentos.

Durante a operação, 05 (cinco) adolescentes foram apreendidos em via pública em situação de risco e com sintoma de embriagues. O Coordenador do Comissariado da Infância e Juventude de Santana, Lauro Luz, afirma que desde janeiro o Comissariado tem intensificado as fiscalizações que têm resultado na apreensão de crianças e adolescentes em situação de risco, por estarem frequentando estabelecimentos comerciais impróprios para sua faixa de idade, e vários estabelecimentos autuados por permitirem o ingresso e a permanência de crianças e adolescentes no seu interior.


A Vara da Infância e da Juventude disponibiliza á população o DISQUE-DENÚNCIAS 0800 285 1581, que funciona na sala dos Fiscais da Infância e Juventude.

PMM.

PMM
Conjuntos habitacionais têm obras iniciadas




Reinaldo Coelho
Da Reportagem



O município de Macapá deu mais um passo para diminuir seu déficit habitacional de 27 mil famílias em risco socioeconômico. O prefeito Clécio Luis participou do lançamento da edificação de 1.400 apartamentos com cerca de 50 metros quadrados, dois quartos, sala, cozinha e banheiro. Eles serão distribuídos em 72 edifícios com 33 blocos. Cada edifício terá 5 pavimentos com 4 apartamentos por andar em uma área de 77.567.37 m², além dos espaços ocupados pelos equipamentos sociais, que engloba escolas, unidades de saúde e praças.



O Conjunto Habitacional São José, que de acordo com o gestor do município "nasce com o compromisso de proporcionar dignidade, perspectiva de crescimento e inclusão social para 1.400 famílias. Ponta pé importante para o modelo de política social que a Prefeitura de Macapá irá aplicar na capital, com celeridade e qualidade".

O evento aconteceu no canteiro da obra na última quarta-feira (25), no Bairro Buritizal. Durante seu discurso, Clécio Luís destacou que "Esse é um passo decisivo para diminuir o déficit habitacional, que hoje é de 27 mil famílias em risco socioeconômico. Mas não vamos apenas construir moradias como se fossem depósitos de gente, iremos priorizar a qualidade de todo o conjunto, visando a perspectiva de crescimento e integração das famílias", ressaltou.

Urbanização

A integração ressaltada por Clécio Luís refere-se aos equipamentos sociais a serem construídos no entorno do Conjunto, entre eles três escolas (sendo duas de ensino fundamental e uma de ensino médio); uma base de atendimento para equipe de estratégia de saúde da família (ESF) e área de lazer.
Para tanto, projetos federais como o Conjunto Habitacional São José, atua como garantia de combate à carência de moradias próprias no Brasil. A Caixa Econômica é o intermediário entre a União e o município, além de realizar a última seleção dos moradores, em conjunto com a Secretaria Municipal de Assistência Social e do Trabalho (Semast). A obra orçada em R$ 98 milhões deve terminar em outubro de 2014.

Segundo a gerente regional da construtora Direcional S/A, Patrícia Lima, o prazo da obra será cumprido, além de garantir 1.500 empregos diretos e indiretos. "O local já começou a receber a primeira fase do projeto com o nivelamento do terreno, instalação do canteiro de obras e edificação das bases, com cerca de 4% de obra. A construtora está determinada a cumprir o prazo, e em 18 meses entregaremos a obra", afirmou Patrícia.

Conjunto Habitacional 
Cuba de Asfalto

O lançamento oficial das obras dos 1.400 apartamentos do Conjunto Habitacional São José também foi marcado pelo anúncio do chamamento para construção do Conjunto Habitacional Cuba de Asfalto, localizado no Novo Buritizal, com perspectiva de edificação de 1.500 apartamentos para 3.448 moradias, somadas às 548 moradias populares no Bairro Forte em fase de conclusão, com entrega prevista para outubro.

Focada na organização da cidade e indução ao desenvolvimento, a prefeitura também irá concluir a obra do Conjunto Habitacional Mucajá, entregue na gestão passada sem estação de tratamento de esgoto e equipamentos sociais. A PMM fará uma intervenção na obra para que seja cumprida a função social, com construção de creches, escolas e área de lazer.

Droga para câncer de mama pode ser 1ª usada antes de cirurgia de remoção - Parte II

Painel e decisão final


Na quinta-feira (12), a FDA pediu a criação de um painel independente de especialistas em câncer para avaliar se os benefícios do Perjeta superam seus riscos no tratamento em estágio inicial. O grupo deverá analisar um estudo com 417 mulheres feito pela Genentech e ver se o medicamento é capaz de aumentar a sobrevida das pacientes.
No dia 31 de outubro, a FDA então tomará sua decisão, que não será obrigatoriamente a mesma do painel, mas muitas vezes segue essa linha, como visto em outros casos. Se a agência aprovar o Perjeta, outros laboratórios poderão estudar drogas contra o câncer para uso em fase inicial.
A FDA reforça, porém, que as pesquisas da Genentech ainda são preliminares e deverão ser confirmadas em trabalhos futuros. Também deverão ser avaliados fatores como reincidência do câncer e sobrevida final das mulheres.
Em 2011, a agência retirou do mercado o Avastin, outra droga da Genentech contra o câncer de mama. Isso porque as promessas do medicamento não se confirmaram em pesquisas posteriores, e a FDA concluiu que o remédio não ajudava as mulheres a viver mais tempo, e seus benefícios não compensavam os perigosos efeitos colaterais. Hoje, o Avastin continua aprovado para tratar câncer colorretal e outros tipos de tumores.
Câncer de mama no mundo
O câncer de mama é o tipo mais comum e letal entre o sexo feminino no mundo, com cerca de Um milhão de novos casos por ano. Nos EUA, essa é a segunda forma mais letal de câncer entre as mulheres (atrás apenas do de pulmão), e deve matar mais de 39 mil pacientes este ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (NCI, na sigla em inglês) do país.
No Brasil, o câncer de mama é a primeira causa de mortes de mulheres por tumor. Entre os óbitos por doenças em geral no sexo feminino, perde apenas para os problemas cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
Em 2012, foram registrados 52,6 mil novos casos no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Por região, o Sudeste lidera o ranking (29.360), seguido do Sul (9.350), Nordeste (8.970), Centro-Oeste (3.470) e Norte (1.530).
A sobrevida média das pacientes após cinco anos do diagnóstico é de 61%. Se detectada precocemente, a doença pode ser tratada e as chances de sobrevivência são grandes.
Em relação às mortes pela doença, o dado mais recente que o Inca tem é de 2010, registrado no banco de dados do Sistema Único de Saúde (Datasus), com 12.705 óbitos de mulheres e 147 de homens somente na rede pública. No sexo feminino, atrás desse tipo de tumor, em número de diagnósticos, aparece o de colo do útero, com 17.540 novos casos estimados em 2012.


ARTIGO DO GATO

Na vida tudo tem um preço

Não há como fazer omelete sem quebrar os ovos. Então tenho plena consciência que minha postura jornalística de oposição a esse governo corrupto, incompetente e hipócrita, que diz muito e nada faz, sofreria retaliação de parte dos jornalistas chapa branca que defendem seus salários ajudando o governador Camilo Capiberibe a mentir para o povo.

São incompetentes, pois a rejeição do patrão deles fala por si. Não conseguem encontrar argumentos convincentes para empurrar goela abaixo do povo um governo letárgico e improdutivo. A esquálida economia amapaense é prova do que escrevo.

Atacam-me tentando me desqualificar. Colocam em xeque minha credibilidade e exploram minha amizade com Roberto Góes, que aliás, remonta os tempos em que Roberto era menino, pois sou bem mais velho que ele. Minhas filhas trabalharam na administração de Góes sim, qual o problema? Nepotismo? Nunca tive cargo na PMM administrada por Roberto e quando fui convidado, recusei. Não tenho apego a cargo. Hélio Nogueira sabe bem disso, pois me procurou pedindo ajuda e se dizendo execrado da comunicação. Ele pode confirmar isso e aproveito para perguntar a ele se minto. Lembro-se de quando me procurou no Glicério Marques pedindo emprego. Ele me decepcionou logo depois dando provas de seu caráter duvidoso pelo qual ficou conhecido no Amapá. 

Os jornalistas que servem ao governo comunista do Camilo envolvem minha família, minhas filhas e minha ex-esposa falecida em dezembro de 2011, vítima do câncer. Mas abutres são assim, covardes e traiçoeiros.  Eles alegam que minha família continuou a receber os vencimentos da mãe dos meus filhos, mesmo depois dela morta. Coitados! Como são mal informados, aliás, esta é uma das qualidades de jornalista incompetente. Entre eles, Hélio Nogueira. Quem é este senhor? Quem estava aqui na gestão de João Capiberibe sabe muito bem. Nogueira foi preso junto com a filha e levado para a penitenciária sob acusação de porte de cocaína. Ele foi para a cela em meio ao desespero da situação e viu a filha presa também. Para um pai não há dor e ao mesmo tempo nem vergonha pior. Nogueira acusou o governo que ele criticava duramente e denunciava, de ter "plantado" drogas no carro que ele dirigia. As duras críticas que supostamente irritaram a gestão de Capiberibe a ponto de gerar a "armação" eram feitas em um programa na 102 FM, rádio da família Borges, onde exerço minha função de radialista. Falo isso para refrescar a memória de Nogueira para que ele lembre que quem o tirou da cadeia foram as mesmas pessoas que ele ataca hoje sem qualquer escrúpulo ou resquício de gratidão. O que você faria por alguém que o livrou da cadeia junto com a filha em uma situação que para você foi armação? Seria grato ou chutaria o rosto?

Pois é... Este senhor fez isso. Cuspiu no rosto de quem o ajudou e hoje bajula por uma ninharia quem ele disse no passado que armou para o por na cadeia. Este é Hélio Nogueira, o homem que tenta me desqualificar. O homem que sempre saiu dos locais onde trabalha, pela porta dos fundos. Foi assim na Band, na TV Tucuju, na 102 FM, e por aí vai. 

Sei que não te pediram para falar de alguém que já não habita a terra, como é o caso de minha esposa. Talvez não saibas o que é amar verdadeiramente uma mulher como amei a mãe dos meus filhos. Não deves então te importar com a dor que causaste aos meus filhos e a mim falando do que não sabes, do que não tens informação. Volto a dizer: Referência de jornalista incompetente. Entrego nas mãos de Deus, que é justo. É com Ele que deverás te redimir. Enquanto isso, te digo: O inferno é aqui. 


Com relação à capa do jornal Tribuna Amapaense, embora não seja o editor, não me isento do feito, mas que fique bem claro que a reportagem sobre o PPAP - Plano Pluri Anual Participativo do governo do Camilo no município de Oiapoque foi uma piada e o que está escrito no texto retrata a mais pura realidade.

ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...