sexta-feira, 26 de setembro de 2014
EDITORIA\L
EDITORIAL --------------------------------------------------------------------------
Os palhaços e a política
As eleições se
avizinham e a campanha eleitoral já vai tomando tons de despedida. Durante
algumas semanas pôde-se ver e ouvir de tudo. Gente que sorria, outros mais
sisudos, alguns que falavam rápido, outros mais lentamente. Propostas mais do
mesmo e outras mirabolantes. Mas o que o eleitor gosta mesmo com toda certeza é
de candidato caricata, aqueles que se travestem de um personagem para tornar a
coisa mais descontraída e audível.
Engana-se, no entanto,
quem pensa que aquilo é só graça. A estratégia deu muito certo nas eleições
passadas como ficou provado com o então candidato Francisco Everardo Oliveira
Silva. Muita gente ainda não deve associar o nome à pessoa, mas quando se fala
em Tiririca, aí sim, todos sabem quem é. Este senhor teve nada menos que 1,35
milhão de votos. O quantitativo lhe rendeu o rótulo de o deputado federal mais
votado do País em 2010. Foi tanto voto que ele “arrastou” mais dois nomes com
ele.
Tiririca foi um sucesso
de marketing para o PR. Ele custa nada menos que R$ 805 mil, mas rende a
bagatela de R$ 15 milhões em verbas partidárias. Nada mal para uma sigla nanica
que tem no humorista sua “galinha dos ovos de ouro”.
Por outro lado há quem
torça o nariz para os chamados “palhaços da política” e essa é uma rejeição
nacional. A corrente defende que humor e política não se misturam e que
discurso bom é aquele sisudo mesmo assistido por um público desatento e
bocejante. A verdade é que Tiririca não fez graça quando o assunto foi obter
voto e atrás dele formou-se uma fila de seguidores que até tentaram, mas não
conseguiram embarcar rumo à Brasília ou ter um mandato em seus Estados.
Mas existe algo
intrigante nisso tudo. Qual a razão do povo ter aceitado tão receptivamente
alguém que até então somente sabia contar piadas a ponto de transformá-lo em um
fenômeno de votos? O que haverá por trás de tudo isso? O povo de repente se viu
representado em um palhaço? (sem qualquer pejoração literal) A sociologia
política com certeza ainda tenta até hoje bolar teorias mirabolantes sobre o
ocorrido. Haveria uma mensagem subliminar do eleitor querendo classificar o
Congresso Nacional como um circo ou picadeiro? Certos intelectuais classificam
o fenômeno simplesmente como ato de burrice. Será??? Mas, e se de repente o
povo descobriu de fato que o poder emana deste próprio e que para ser
representado, tal tarefa tem que ser exercida por quem venha de seu meio? As
perguntas são bem mais que as respostas. O que se sabe é que a fila de palhaços
no horário político está maior (entendam como quiserem) e de repente em um
futuro não muito distante pode-se ter na Capital Federal, uma bancada deles,
mas de profissão, não de improviso.
ANÁLISE - ADRIMAURO GEMAQUE
A política
de “fazer mais com menos” e o estrangulamento do IBGE
Logo após a retificação de
dados da PNAD 2013, o IBGE voltou ao noticiário nacional. A Presidente do órgão
pediu desculpas e assumiu os erros; a ministra do Planejamento considerou “inadmissível”
a situação; e a Presidente Dilma se disse “surpresa”. Afirmou ainda que “a
história do sucateamento [do IBGE] há que ser provada”.
A
sociedade cobra esclarecimentos a respeito do acontecido. Para contribuir com o
debate, a ASSIBGE – Sindicato Nacional vem a público informar sobre os motivos
que estão levando o IBGE a uma crise institucional e apontar soluções concretas
para sua superação.
Orçamento
para as pesquisas caiu nos últimos anos*
Em
2007, o orçamento empenhado do IBGE foi de 1.464,6 milhões (R$ 1,5 bi). Em
2013, foi de 1.889,5 (R$ 1,9 bi). Nesse meio tempo, de maneira geral, pode-se
dizer que o orçamento do IBGE, em termos nominais, esteve estagnado, com
exceção do ano de Censo (2010), que exige naturalmente mais recursos, e do ano
em que foi operada a Pesquisa Nacional de Saúde (2013).
Atualizando
o orçamento para valores de 2013, considerando que a inflação do período,
medida pelo IPCA, foi de 45,9%, vemos que, como a evolução do orçamento do IBGE
nestes anos, em termos nominais, foi de 29%, há uma QUEDA REAL no orçamento
empenhado do IBGE nos últimos anos de 11,6%.
Se
formos desmembrar o orçamento do IBGE neste mesmo período, veremos que as
despesas com pessoal e encargos subiram 22%, em termos reais (cresceram de R$
927,7 milhões para R$ 1.648,3 milhões, variação nominal de 77,7%) . Entretanto,
o restante das despesas, que é o que impacta na realização das pesquisas, para
o cumprimento cotidiano do plano de trabalho da instituição, teve uma queda
real de 69,2% (passou de R$ 536,9 milhões para R$ 241,2 milhões, queda nominal
de 55,1%).
A
rubrica para custeio das pesquisas abriga os valores de remuneração dos
trabalhadores temporários. A impressionante queda real no orçamento das
pesquisas se deu justamente no período em que houve massificação do trabalho
temporário no IBGE (menos de 2.100, em 2007, para mais 4.800, em 2013), o que
demonstra também a deterioração das condições salariais de uma parcela
crescente da força de trabalho do instituto.
Essa
era a situação até 2013. Em 2014, o IBGE sofreu um primeiro corte orçamentário
em março e um segundo em setembro. Quanto a este último corte, o IBGE
solicitara a inclusão de R$ 776 milhões no Orçamento de 2015 para a realização
das pesquisas previstas para o pr óximo período. No entanto, no fechamento da
Lei do Orçamento Anual, o governo cortou cerca de R$ 572 milhões, reduzindo a
menos de um terço o montante inicialmente previsto para as pesquisas,
provocando o adiamento da Contagem Populacional e do Censo Agropecuário. Cabe
lembrar que o corte orçamentário para o ano de 2014 já havia provocado o
adiamento da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), atrasando em dois anos a
atualização dos padrões de mensuração da inflação de acordo com a cesta de
compra das famílias brasileiras.
A
mesma ministra que hoje considera “inadmissível” o erro de divulgação da PNAD
2013 foi responsável pelo corte de verbas do IBGE para 2015. A mesma Presidente
do IBGE que hoje pede desculpas, justificou o corte afirmando que “não estamos
numa redoma” e que “o IBGE não é uma ilha”. E a mesma Presidente da República
que afirma que não sabe “quem inventou o sucateamento do IBGE”, pode encontrar
nesses dados, dos quais dispõe, uma boa pista de resposta.
Mais
trabalho com menos pessoal capacitado
De
acordo com dados do próprio governo/IBGE, em 1989 o IBGE contava com 13.500
servidores, cerca de 2.200 de Nível Superior e 11.300 de Nível Intermediário.
Em agosto de 2014, o IBGE contava com 5.999 servidores efetivos, dos quais 61%
(3.667) têm mais de 26 anos de serviço e 42% (2.492) têm mais de 31 anos de
serviço. São servidores que estão saindo do IBGE.
Dilma
afirma que contratou 834 servidores efetivos no IBGE em seu governo. É verdade.
Só que as vagas abertas por concurso público no IBGE em todo o Governo Dilma
mal cobrem as aposentadorias que aconteceram desde o ano passado. E de acordo
com o próprio IBGE, cerca de 30% dos novos servidores que ingressaram nos
últimos anos por concurso deixaram o IBGE, sobretudo porque a carreira é pouco
estimulante e os salários s ão baixos, em comparação com outros órgãos da
administração pública.
A
falta de força de trabalho efetiva (concursada) tem sido suprida com a
contratação incessante de trabalhadores temporários, com salários aviltados
(cerca de R$ 1.000,00), que atuam em pesquisas contínuas e tamb ém acabam
assumindo os mais diversos tipos de tarefas para as quais não há previsão no
edital do processo seletivo a que são submetidos. A instabilidade envolvida
neste tipo de contrato impede a elaboração e consecução de uma política de
recursos humanos focada na formação e capacitação permanente do quadro técnico.
A
pressão pelo aumento de produtividade em um contexto de estrangulamento
orçamentário, esvaziamento do quadro técnico, desmotivação provocada pelos
baixos salários e pouca participação nas decisões são as variantes
determinantes no processo de precarização do IBGE, que aumentam as
possibilidades de erros e, com o tempo, podem colocar em risco a qualidade das
informações.
Nas garras do felino
No cafezinho
A turma amarela que se assenta no judiciário amapaense
resolveu pisar e ferir de morte a CF/88 e todas as leis infraconstitucionais.
Levaram ao plenário do TER um agravo do MPE (conivente) sem a devida
observância do devido processo legal, ou seja, sem a obrigatória publicização
do ato e a notificação do agravado (Sistema Beija Flor de Comunicação). Isso é
desmoralizante para o judiciário premiado do Amapá, composto por magistrados
sérios.
Na marra
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) entrou na fase do vai
ou racha. Com um candidato inconfiável e com um governo reprovado por 76% do
eleitorado (Pesquisa IBOPE) os amarelinhos estão comprando voto, trocando e
oferecendo assim, na cara dura. E o TRE faz cara de paisagem. Manda quem pode e
obedece quem não tem caráter.
Gratuita uma ova
HEG-Horário Eleitoral Gratuito uma ova. O espaço cedido
pelos canais abertos de televisão e emissoras de rádio privadas custa ao povo
brasileiro à bagatela de R$ 869 milhões. Tudo isso para boa parte dos
candidatos utilizarem o espaço para encher o saco com estereótipos escroto, com
humor de quinta e outra parcela agredirem e ofender as famílias com mentiras.
Contradição
O delegado geral de polícia, Tito Guimarães é daquelas
figuras que se acha um poço de virtude. Quando ele declinou do cargo em 2002
por falta de estrutura para uma boa atuação da Polícia, entendeu está tomando,
com o ato, uma atitude meritória. Agora que os colegas fazem o mesmo, ele
dispara farpas e diz que o ato é político. É do tipo, quando eu mando é
democrático, quanto tu manda é ditadura.
Assim não Camilo!
Num governo que arrota probidade e transparência por todos
os poros, Camilo Capiberibe deveria vir a público explicar como e onde um
arquivo de aço de quatro gavetas custa R$ 31.188,00. Nova da Costa diria: “isso
a imprensa não diz.” Só se a imprensa caolha.
Tomou Doril
O velho Capi ao que parece tomou Doril e sumiu da campanha
do rebento. Com Camilo mal avaliado parece que o Capiberibe (senador cassado)
foi preterido ou preteriu a campanha do filho. Não mugiu e nem tugiu no
programa eleitoral da Coligação Frente Popular em Favor do Amapá.
Perseguição
Antonia Borges, mãe da blogueira Eliete Borges, que reside
no bairro Novo Horizonte é Waldez Góes (12) e ao que parece por conta de sua
escolha política recebeu visita de uma equipe do TRE. Motivo: retirar uma placa
de W12 e Gilvan Borges 152 da frente de sua residência. Sim! Da casa dela. Acreditem
se quiser. Alegação para o ato arbitrário. Placa colocada em local inadequado.
É ou não para rir. TRE pugnando por uma eleição de uma cor só. Amarela. Gente o
povo não quer. Conformem-se. Fizeram titica demais. CHEGA!
Vozes do Sul
É do sul do Amapá, mas precisamente do município de Laranjal
do Jari ecoam gritos de SOS H2O. Segundo moradores a situação lá é tão crítica
que eles afirmam que é pior que São Paulo que também sofre com racionamento o
produto, detalhe, em função do clima. Aqui em Macapá e lá a questão é falta de
gestão, apesar do dinheiro que ele, o capirotinho dizia que tinha.
Nem desconfiam
A Prefeitura de Macapá, administrada pelo PSol, que compõe a
coligação Frete Popular em Favor do Amapá (PSB, Psol, PT e PcdoB) realiza
lançamento do Cadastro Habitacional no dia 25 de setembro no auditório da CEF.
Isso pode Freud?
Só um alerta
POLITICA LOCAL
Assaltos
a coletivos
Insegurança
ameaça paralisação de linhas noturnas
Reinaldo Coelho
Da Reportagem
Mais um assalto a
ônibus foi registrado na Zona Norte de Macapá na noite de terça-feira (23). De
acordo com informações do Centro Integrado de Operações da Polícia Militar
(Ciodes), o assalto aconteceu no ônibus que faz a linha Amazonas/Zerão. Dois
homens encapuzados e armados levaram o ônibus para uma área no final do bairro
Amazonas, onde fizeram a limpa no caixa e nos passageiros que ainda estavam no
interior do coletivo.
O assalto
aconteceu por volta das 22:30h e já era a última volta. Os assaltantes estavam
armados com uma espingarda caseira. Eles levaram R$ 400,00 do cobrador e
celulares dos passageiros. Em seguida os bandidos fugiram para uma área de
mata. Ninguém foi preso.
O 2º Batalhão da
Polícia Militar, responsável pelo policiamento na Zona Norte de Macapá, vai
retomar nos próximos dias a operação “Ônibus Seguro”. O policiamento será
intensificado nos locais onde estão sendo registrados os casos de assaltos.
Falta segurança
Motoristas e cobradores começaram a pedir mudança
no itinerário dos ônibus por conta do alto índice de assaltos a coletivos na
Zona Norte de Macapá. Segundo o Sindicato dos Rodoviários (Sincottrap) muitos
trabalhadores estão procurando atendimento psicológico depois de terem sido
vítimas de assaltantes.
O sindicato afirma que os bairros com maior
incidência de assaltos são Brasil Novo, Novo Horizonte e Amazonas, todos na
Zona Norte. “Por conta das ocorrências as rotas de alguns ônibus estão sendo
alteradas. No Bairro Brasil Novo, por exemplo, após as 8 horas da noite os
motoristas não chegam até o fim da linha por conta da falta de iluminação que
favorece os bandidos”, contou o presidente do sindicato.
Os motoristas ressaltam que os buracos são parceiros dos
bandidos, contribuindo para os assaltos. “Os motoristas têm que reduzir a
velocidade por causa de buracos, não há iluminação pública em alguns bairros,
em outros, os terrenos baldios tomam conta, tudo isso contribui para a
criminalidade”, pontua.
Nos bairros Nova Esperança e Jardim Felicidade, são
outros pontos perigosos. “O pior trecho é entre os bairros Brasil Novo e
Amazonas, porém, um colega já foi assalto na parada em frente à Igreja Nossa
Senhora de Nazaré, no Pacoval”, detalha o motorista.
Ultimamente, é o bairro Universidade vem sendo alvo
dos assaltantes, para roubarem nos ônibus. Desta vez foram dois elementos,
sendo um armado com uma faca e o outro com uma arma de fogo, que por volta das
20h00min de sexta-feira, renderam o motorista, o cobrador e cinco passageiros
que haviam no coletivo, e roubaram dinheiro, celulares e joias das vítimas. Ao
chegarem próximo a associação dos Magistrados, eles fugiram.
Assinar:
Postagens (Atom)
ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo
Amapá no protagonismo Por Roberto Gato Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...
-
Adoro a diversidade cultural e lingüística do Brasil, sempre utilizo nos meus artigos essa variação da língua brasileira que é rica ...
-
"A volta do anzol" é uma expressão popular para demonstrar que uma maldade feita contra alguém terá volta. É assim que está o Br...
-
A CASA DO PAI E DA MÃE. Autor desconhecido. É a única casa que você pode ir quando quiser sem convite. A única casa que você pode coloca...