quinta-feira, 3 de setembro de 2015

ARTIGO DO RODOLFO JUAREZ


MUDAR OS MÉTODOS É PRECISO


Rodolfo Juarez

A União já enviou para o Congresso Nacional a proposta de seu orçamento para o ano de 2016 contendo um déficit de mais de 30 bilhões de reais. Uma situação impensável até o ano passado, considerando as metas da campanha eleitoral da então candidata Dilma Rousseff e agora presidente da República.
O Governo do Estado prepara a sua proposta para encaminhar aos deputados estaduais na Assembleia Legislativa e se forem levados em conta as diretrizes que constam da LDO, por aqui não haverá na proposta do orçamento déficit, mas uma precaução especial na estimativa da receita para o ano de 2016.
É certo que o orçamento não ultrapassará o total das despesas e receitas propostas para este ano, com grandes possibilidade, de ser mais realista e cauteloso, o que pode recuar para um valor inferior a 5 bilhões de reais.
As explicações estão nas recomendações dos responsáveis pela arrecadação e pelo planejamento governamental, feitos sistematicamente a todos os que gerem as dotações no Governo do Estado, pedindo sempre para que economizem, evitem contratações e, agora, para que encerrem os contratos de fornecimento de veículos.
Diga-se que os secretários de governo que entraram em janeiro, seguiram o mesmo padrão daqueles que estavam em dezembro, ou seja, preferiram carrões zero quilômetro, na maioria das vezes para ir de casa para o trabalho e do trabalho para casa.
Outras despesas também foram recomendadas saírem da lista das secretarias e outros órgãos de gestão, aliás, bastante numerosos, chegando a contagem de 63 unidades, considerado um absurdo para aqueles que analisam a estrutura administrativa estadual.
Contudo isso não está descartada, pelo menos até agora, a possibilidade do pagamento do salário dos servidores em parcelas, para que não haja significativo atraso no pagamento daqueles salários.
O mesmo problema está contaminando as contas das prefeituras. As menores já começam a sentir o peso da regra devido estarem ultrapassando o limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
A Prefeitura Municipal de Macapá, por exemplo, já estuada o plano de contingenciamento para que seja possível chegar em outubro e estar com os pagamentos em dia. A situação, segundo uma fonte interna da PMM, ainda continua muito crítica e todos os esforços estão sendo feitos para que o pagamento dos salários não seja afetado.
O gigantismo do Estado, com um leque improvável de órgãos de gestão, dando oportunidade para que, em cada um deles haja um chefe e dois adjuntos, além de toda uma equipe de apoio, às vezes, apenas à pessoa do secretário, sem uma função que atenda os interesses da população.
Até agora está sendo muito difícil cortar despesas, principalmente aquela com pessoal, mantendo os serviços (que passaram a ser alvo do segundo golpe) e deixando de lado os investimentos, todos capazes de produzir empregos e gerar renda para os setores produtivos do Estado.
O único setor que está apresentando resultado no Brasil é o da agroindústria, exatamente aquele que não tem significado econômico no Amapá, que ainda se debate com as estórias contadas por ambientalistas, sem qualquer proposta que inclua a população.
Mudar de rumo é preciso! Buscar alternativas é necessário!

Não basta fazer economia, tem que produzir ou então comunicar os problemas diretamente para o cidadão que pode tomar a decisão que entenda mais acertada. No momento, os métodos são os mesmos, então, os resultados serão, também, os mesmos.

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