Por Fabiana Figueiredo
1ª Feira do Livro do Amapá garante expansão da arte amapaense
Mais uma forma de divulgação para a literatura amapaense está para ser aberta aos escritores. Uma novidade no cenário da literatura, que coloca o Estado do Amapá no eixo nacional. É a 1ª Feira do Livro do Amapá (Flap), que ocorrerá no período de 3 a 6 de novembro e irá propiciar um impulso para a criação de novos escritores amapaenses e, ao mesmo tempo, para a produção artística dos atuais profissionais.
A Feira é organizada por integrantes do Governo do Estado do Amapá, do Programa Nacional de Incentivo à Leitura (Proler) e escritores amapaenses. O evento, que foi lançado na última terça-feira (18), tem como tema "Rio Acima Mar Abaixo".
Durante os quatro dias de programação, será construído um corredor de exposições artísticas interligando o Teatro das Bacabeiras, a Biblioteca Pública Elcy Lacerda e a Escola de Administração Pública (EAP), os quais se localizam no centro da cidade de Macapá, de onde o público terá a oportunidade de apreciar exposições e estandes, mostrando a cultura do Amapá. No corredor também irão ocorrer debates, oficinas, apresentações teatrais, lançamentos de livros, contação de histórias, recitais, que unirão literatura, expressões corporais e as outras artes.
Além do corredor literário, o evento também contará com mais dois impulsos culturais: o Vale-Livro, o qual estará sendo disponibilizado para professores e estudantes a fim de que possam comprar livros durante a feira; e o Edital, que ao ser lançado, proporcionará o financiamento de publicações amapaenses.
A patrona - e homenageada - da feira é a escritora e artesã Esmeraldina Santos, moradora do quilombo do Curiaú, de uma das famílias mais tradicionais da comunidade. Esmeraldina, que valoriza a arte amapaense, e lutou para que essa arte não ficasse no anonimato e fosse expandida para o mundo. A escritora encontrou a literatura já adulta, e segue repetindo a tradição de muitos negros amapaenses que descreviam seu cotidiano nos ladrões da dança do Marabaixo, além de escrever o dia-a-dia da família e de seu povo em livros e contos. A escritora já publicou três livros: "História de Meu Povo", "As Aventuras de Dona Florzinha", "Uma Quilombola na Política", e está concluindo a obra "Pensamentos de Esmeraldina".
A escritora afirma que nossos artistas devem sair do anonimato, pois o reconhecimento é importante, "por isso acredito que a feira vai contribuir para que livros de pessoas como eu estejam nas mãos e estantes de amapaenses e outros brasileiros", completa Esmeraldina.
Exposição Nacional na Fortaleza de São José
Desde o dia 13 de setembro, estão expostas obras de cinco artistas plásticos na Mostra Itinerante do Prêmio Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas 2011-12. "O prêmio é um evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que premia os melhores artistas plásticos a cada dois anos, onde os artistas são acompanhados por um crítico, recebem um prêmio em dinheiro, além de fazer essa mostra itinerante", explica a Gerente de Educação e Cultura do Sesi Amapá, Sonia Costa.
Macapá foi incluída no roteiro nacional pela primeira vez este ano, na 4ª edição do Prêmio nacional. É a quarta cidade a receber a mostra, que iniciou na cidade do Rio de Janeiro, indo em direção a Porto Alegre e Cuiabá, chegou a Macapá, e no mês que vem chegará a Maceió, Belo Horizonte e termina em Ribeirão Preto.
O local escolhido foi a Fortaleza de São José de Macapá, por seu carácter histórico e pela ampla possibilidade de utilização do seu espaço.
São obras da Arte Contemporânea Brasileira, de especificamente 5 artistas: André Komatsu (SP), Jonathas de Andrade (PE), Laura Belém (MG), Marcone Moreira (MA) e Paulo Nenflidio (SP). Cada artista com obras de 'encher os olhos' de quem compreende o que está sendo mostrado em cada arte, segundo relata Sonia Costa.
Marcantonio Vilaça foi artista plástico, morador de Pernambuco, que morreu precocemente, mas que foi uma das figuras que levou para o mundo a arte contemporânea brasileira, por seus feitos, recebe a homenagem nomeando o prêmio do Sesi.
Obras como "Horizonte Eólico", que capta o som do vento na Fortaleza, e "Banzeiro", estão expostas dentro do monumento, e estarão disponíveis à apreciação do público até o dia 21 de outubro, no horário das 8h às 12h e das 14h às 18h. (F. F.)
Livro Amapaense Infantil "O Pato e o Lago" foi lançado
Professor há 30 anos, PHD em Teatro pela Universidade Federal do Amapá, nordestino e amapaense de coração, por morar há 18 anos nestas terras tucujus, Romualdo Rodrigues Palhano, conhecedor das artes, vem realizando feitos na literatura amapaense. Sua última ação foi o lançamento de "O Pato e o Lago", livro com frases curtas, ilustrado por seu ex-aluno Ozélio de Almeida Muniz, dedicado para crianças em fase de aprendizagem de leitura, no último dia 19/09, na Biblioteca Pública Elcy Lacerda.
Segundo o escritor, "O Pato e o Lago" é sua 4ª obra infantil e a 14ª obra literária lançada. "Eu tinha muitos patinhos em casa, e observando a relação do próprio pato com a natureza e com o lago, eu fui percebendo que a ideia do pato sem lago não era pato, e o lago sem pato também não era lago, pois um interage com o outro, tem toda uma relação natural entre eles que me fez escrever essa obra", conta Romualdo.
A paixão pelos livros infantis apareceu após estudar a disciplina Literatura Infanto-Juvenil, na Universidade onde estudava, onde pode encontrar inspiração para o primeiro livro, e depois deste, não parou mais.
Confira outros livros infantis do autor:
1998 - "A Estrela e a Rã" é a história de uma rã que queria alcançar uma estrela pela qual ela se apaixonara. A rã vê a estrela refletida na água do lago e mergulha no lado. Moral: muitas vezes procuramos algo tão distante e ele está tão perto e não percebemos.
2001 - "Brincando com Linhas" é uma história que revela às crianças as linhas denominando-as: linha reta, horizontal, vertical, inclinada, curva, etc. Possui apenas um personagem (uma aranha) que vai montando sua casa.
2011 - "A Ovelha Malhada" (para colorir) é a história de uma ovelha que é aleijada de sua comunidade por seus colegas e foge para bem longe onde encontra outra ovelha ( a ovelha negra), apaixona-se, casam-se e constroem suas vidas, ao lado de seus dois filhotes.
O Prof. Pós-doutor Romualdo Palhano já adiantou à reportagem que pretende lançar a obra "Pablito e a Libélula" no ano que vem. O enredo é baseado no seu filho Pablo, contando a história do seu amor e curiosidade pelas libélulas, história que possui relação com o meio ambiente. O autor ainda divulgou que já tem 6 livros a serem lançados em 2013, entre eles "Arque Com Arte - Cultura, Arte e Educação no Amapá".
Contatos com o professor: (96) 8121 - 2569; ou pelos e-mails: palhano@unifap.br ou palhanojp@gmail.com. (F. F.)
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