segunda-feira, 24 de setembro de 2012

De Frente Com o Câncer - Câncer de intestino


Todos sabem que o intestino compreende duas grandes regiões. Uma parte mais fina chamada intestino delgado que está relacionada com a digestão e a absorção dos alimentos, e uma mais grossa, o intestino grosso, responsável pela absorção da água, armazenamento e eliminação dos resíduos da digestão.

Câncer nessa região mais fina do intestino é muito raro. Em geral, ao longo de toda a carreira, o médico não vê mais do que meia dúzia de casos. Em compensação, câncer no intestino grosso é muito frequente. A doença começa sempre como uma lesão benigna que vai evoluindo lentamente até transformar-se num tumor maligno.

Na fase de benignidade, que é longa, é possível retirar a lesão e com isso impedir sua degeneração e o aparecimento do câncer.

SINTOMAS
É importante falar sobre câncer de intestino, porque ele é muito mais frequente do que se possa imaginar. No Brasil, a incidência está aumentando cada vez mais, apesar de ser um câncer que pode ser prevenido e que tem bom prognóstico. O câncer de intestino é traiçoeiro. Quando se manifesta, o tumor já é razoavelmente grande porque, na fase inicial, costuma ser assintomático.

Dependendo da localização, os sintomas são diferentes. Se estiver situado do lado direito do intestino, os principais serão enfraquecimento, anemia e alteração da frequência da defecação. Se estiver do lado esquerdo, há alteração do ritmo intestinal com predominância de constipação intestinal, ou seja, prisão de ventre. No reto, o principal sintoma é o sangramento. Sangue e puxo, ou tenesmo, caracterizado pela vontade periódica de ir ao banheiro e insatisfação provocada pela sensação de evacuação incompleta são sinais de câncer ou de doença inflamatória no reto. O câncer de intestino é um câncer traiçoeiro, repito. Qualquer alteração no ritmo intestinal, constipação, diarreia, anemia, sangue ou catarro nas fezes e emagrecimento são indícios de que a pessoa pode estar com a doença.

COLONOSCOPIA
Com a idade, aumenta o risco de desenvolver câncer de cólon. Disse também que existe um método de prevenção altamente eficaz que infelizmente a maioria da população não conhece ou não tem acesso a ele. É a colonoscopia. Em que consiste esse exame?

Antes de falar na colonoscopia, quero dizer que cigarro e álcool também promovem aumento de casos de câncer de intestino como acontece com os demais órgãos, pulmão, bexiga, etc.

Em relação à prevenção do câncer de reto, o diagnóstico é muito simples, porque pode ser feito pelo exame de toque retal no consultório. Já o diagnóstico de câncer de cólon exige um exame chamado colonoscopia, cuja descoberta representou o maior avanço no conhecimento das doenças do aparelho digestivo. Ele começou a ser realizado na década de 1970 e, por meio da introdução de um aparelho longo, flexível à semelhança do que se usa para o estômago permite a identificação não só de processos inflamatórios como até de pequenos pólipos.

Pólipo é uma verruga que começa bem pequena, do tamanho de uma cabeça de alfinete, sob a mucosa do intestino. Seu crescimento (e consequentemente a elevação da mucosa) é lento e ele leva de 10 a 15 anos para degenerar-se num câncer.

Essa é a vantagem do câncer de intestino se comparado com os demais que já se instalam como tumor maligno. É possível reconhecer o fator que o precede, uma vez que começa como um pólipo que cresce bem devagarzinho.

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