segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Saúde e Estética - Calvície

A calvície, também chamada de alopecia androgenética, é uma condição tão comum que 50% dos homens com 50 anos de idade vão apresentar algum grau de calvície. Com 80 anos, aproximadamente 80% podem apresentar. Mas o que pode ser feito? Sentar e chorar? Claro que não. Há alguns tratamentos disponíveis que devem aplicados para cada indivíduo conforme a necessidade. Que fique claro a condição progressiva da calvície e que devemos combater efeitos de forma CONTÍNUA ou partir para a cirurgia para resolver os casos mais avançados.


Mas o que acontece na calvície? Para que o pelo caia, primeiro ele sofre o que chamamos de miniaturização. O hormônio responsável por isso chama-se Dihidrotestosterona (DHT) e é derivado da testosterona. Mas não quer dizer que os calvos apresentam mais testosterona que os cabeludos como é apregoado... Quem é calvo tem mais enzimas que convertem a testosterona em DHT e, infelizmente, tem mais receptores de DHT nos folículos. Então, com mais DHT circulante e mais receptores nos folículos, os pelos vão reduzindo de tamanho e espessura até caírem.

Existem dois medicamentos que são mais utilizados no mercado: a finasterida e o minoxidil. Vamos falar um pouco da história deles... O minoxidil é um potente medicamento que foi criado para a vasodilatação, porém (veja só) o efeito colateral é justamente o crescimento de pelos. Rapidamente, foi abandonado como vasodilatador e foi transformado em loção tópica para o tratamento da calvície. A finasterida segue também o mesmo caminho: foi criada para o tratamento de algumas condições da próstata e o efeito colateral foi mais significante. Com a finasterida, os resultados são mais constantes que com o monoxidil. O grande problema da finasterida é o medo relacionado à disfunção erétil. A prevalência destes efeitos é pequena e tendem a desaparecer com a suspensão da medicação.

Outro medicamento que pode ser associado é o xampu de cetoconazol para os pacientes com grande oleosidade no couro cabeludo associado à caspa.

Essas breves informações não são suficientes para que você tente o tratamento por conta própria, viu?

Quando a região já está calva, é tarde demais para o tratamento clínico: você tem que partir para o tratamento cirúrgico. Antigamente, o transplante capilar era grosseiro. Tufos de cabelo eram transferidos, o que gerava um aspecto artificial: o famoso "cabelo de boneca". Hoje, as técnicas modernas fazem o microtransplante capilar. Nesta técnica, o cirurgião plástico transfere, com a ajuda de um microscópio, fio por fio. Desta maneira o aspecto final é extremamente natural. Se o seu caso foi avançado, podem ser necessárias até três sessões para resolver o problema.

Particularmente, esta é uma área que me interessam bastante até porque fui aluno do Dr. Carlos Uebel em Porto Alegre, um dos pioneiros na técnica do microtransplante capilar aqui no Brasil. Ainda hoje, observo preconceito em relação à cirurgia, mas agora que jogadores de futebol, atores, empresários e até religiosos estão se submetendo, a população vai desmistificando o procedimento. Afinal, não sei se é dos carecas que elas gostam mais, mas que fazer uns penteados é bom, isso é!

Quer saber como é o dia a dia de um cirurgião plástico? Siga-me no Twitter: @AUGUSTOPUPIO.

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