“Muitas candidaturas são balão de ensaio”
analista politica AZEVEDO COSTA |
O decano da política amapaense, Raimundo
Azevedo Costa, fundador do MDB no Amapá contabiliza em sua biografia muitas
campanhas eleitorais. Algumas delas disputadas pelo próprio. Entre seus maiores
feitos, Azevedo Costa (MDB) ganhou em 1985 a primeira eleição para prefeito de
Macapá. Uma vitória retumbante. 52% dos votos válidos foram sufragados em nome
dele, o VV.
Por essa trajetória, o septuagenário
Azevedo reconhece que já vestiu pijama. “Não disputo mais eleição, porém não me
ausento do cenário político, amo minha terra e enquanto estiver aqui discutirei
sempre o que é melhor pra ela”.
Com relação à eleição para o governo do
Estado em 2014 Azevedo Costa vê com desconfiança algumas candidaturas. “Tem
muita gente que lança o nome para ver como a população reage, mas ainda não
está com a candidatura amarrada. Randolfe Rodrigues é uma destas candidaturas.
Eu digo que ele não sai candidato e se sair perde e compromete sua reeleição
para o Senado”.
Randolfe Rodrigues (Psol) foi eleito o
senador mais votado do Amapá em 2010, evidentemente que o seu desempenho
encontra explicação na Operação realizada pela Polícia Federal em setembro do
mesmo ano. As pesquisas apontavam que ele estava à frente apenas do candidato
do PT ao Senado Marcos Roberto. Porém Randolfe teve uma projeção meteórica no
Senado, sobretudo após requerer a implantação da CPI do Carlinhos Cachoeira que
culminou com a cassação de Demóstenes Torres, senador goiano. Mas Randolfe
agora está em dificuldades para explicar a acusação do ex-presidente da
Assembleia Legislativa, Fran Júnior de recebimento ilegal de pagamento extra salário
para votar as matérias de interesse do ex-governador e hoje colega de senado,
João Capiberibe.
Outra dificuldade que Randolfe vivencia é a
fraca administração do companheiro Clécio Luis à frente da prefeitura de
Macapá. Clécio alardeou um Plano Emergencial de 100 dias e pouco ou quase nada
se viu nas ruas da capital. Como Macapá é a primeira experiência de
administração do Psol está sendo frustrante para os munícipes que ouviram muitas
promessas e até agora vêm pouca ação.
Por essas e outras razões é que Azevedo
Costa, aposta num recuo de Randolfe Rodrigues na pretensão de sentar na cadeira
de chefe do executivo estadual.
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