sexta-feira, 28 de junho de 2013

Infância e Adolescência

Internação compulsória de crianças usuárias de crack: só 25% de êxito




Discute-se muito hoje a internação involuntária e compulsória de usuários de drogas, para tratamento.Em recente artigo, na Folha de São Paulo, o Dr. Dráuzio Varella defende a internação compulsória: "Pode ser que internação compulsória não seja a solução ideal, mas é um caminho que temos que percorrer".
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Entretanto, vários são os argumentos contrários: a deficiência atual dos recursos da medicina para lidar com estes pacientes, que se reflete geralmente no insucesso do tratamento e na recidiva, mesmo nos casos de internação voluntária, a precariedade material e humana dos centros de atendimento, a inexistência de leitos (vagas) suficientes e adequados nos hospitais gerais, a deficiência das comunidades terapêuticas, a burocracia e sobretudo o risco de ofensa aos direitos humanos dos usuários.
O Conselho Federal de Psicologia vem manifestando frequentemente sua posição contrária.Agora, temos notícia de que o governo mineiro está efetuando a internação compulsória e involuntária de adolescentes infratores que sejam usuários de drogas. 
Além de todos os argumentos contrários a esta medida, relacionados acima, o que nos preocupa com esta decisão do governo mineiro é que o assunto está centralizado na Secretaria de Defesa Social; a Secretaria de Saúde atua somente na assistência médica e não há previsão de ações conjuntas com a Assistência Social, CRAS e CREAS e Conselho Tutelar, que têm uma metodologia de trabalho mais próxima da família e da realidade do adolescente usuário de drogas, seja ele infrator ou não.

O principal desafio para reinserir as vítimas do crack é a situação familiar atípica. "As famílias destas crianças e adolescentes são completamente desestruturadas. É muito difícil recuperar uma criança quando a família não tem base, e têm, muitas vezes, pais também usuários de drogas", alerta.

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