GESTÃO
DE PESSOAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A
GESTÃO DE PESSOAS NA ESFERA PÚBLICA SEGUNDO A LITERATURA – II Parte
A publicidade consiste na divulgação
oficial de todo ato administrativo, para conhecimento do público e início de
seus efeitos externos. Em princípio todo ato administrativo deve ser publicado,
porque pública é a Administração que o realiza, só se admitindo sigilo nos
casos de segurança nacional, investigações policiais.
O princípio da eficiência exige que a
atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição e rendimento
funcional, para obtenção de resultados positivos para o serviço público e
atendimento das necessidades da comunidade e de seus membros.
Tais princípios buscam uma gestão mais
transparente e profissional com ações que visam o atendimento das demandas,
anseios e necessidades da sociedade. Portanto, independente da administração
ser direta ou indireta ela precisa se orientar pelos princípios
constitucionais, cumprindo assim a função para que foi criada.
GESTÃO
DE PESSOAS
Historicamente,
a gestão de pessoas surgiu em função da demanda de atividades para cumprimento
das leis trabalhistas e para adotar medidas de controle, principalmente
disciplinares.
Ao se
referir à gestão de pessoas no setor público, Bergue (2007, p. 18) define como
“esforço orientado para o suprimento, a manutenção e o desenvolvimento de
pessoas nas organizações públicas, em conformidade com os ditames
constitucionais e legais, observadas as necessidades e condições do ambiente em
que se inserem.”
A gestão
de pessoas não pode ser vista isoladamente das demais áreas que envolvem a
administração pública, ela necessita de planejamento para desenvolver não
apenas a parte burocrática que lhe cabe, mas também para articular mecanismos
de desenvolvimento, capacitação dos servidores propiciando melhorias na
qualidade de trabalho e no atendimento a população.
A gestão
de pessoas envolve várias ações previamente planejadas das necessidades entre a
organização e as pessoas. O objetivo do
sistema de gestão de pessoas é auxiliar as organizações a desenvolverem
competências diferenciadas e conquistar consistentemente um desempenho melhor,
o crescimento e desenvolvimento da organização e das pessoas que nela
trabalham. Quando esse conjunto de esforços está direcionado a pessoas, temos o
conceito de Gestão de Pessoas, que segundo Claro (apud DUTRA, 2006) é: “Um
conjunto de políticas e práticas que permitem a conciliação de expectativas
entre a organização e as pessoas para que ambas possam realizá-las ao longo do tempo.”
O desempenho de uma organização
depende das pessoas que a compõem, da forma como elas estão organizadas,
estimuladas, capacitadas, além do ambiente onde trabalham. É sabido que a
gestão deve estar orientada para resultados, com mecanismos que levem aos
objetivos traçado.
GESTÃO DE PESSOAS NA
ÁREA PÚBLICA
Conforme
Chiavenato (1999, p. 4) afirma que:
O
contexto de Gestão de Pessoas é formado por pessoas e organizações. Boa parte
da vida das pessoas é passada dentro das organizações que, por sua vez,
dependem das pessoas para atingirem seus objetivos. Se por um lado, as pessoas
dependem das organizações para sua subsistência e sucesso pessoal, as empresas
jamais existiriam se não fossem as pessoas, que lhes dão vida, dinâmica,
impulso, criatividade e racionalidade.
Quando
esse conjunto de esforços está direcionado a pessoas, temos o conceito de
Gestão de Pessoas, que segundo Claro (apud DUTRA, 2006) é: “um conjunto de
políticas e práticas que permitem a conciliação de expectativas entre a
organização e as pessoas para que ambas possam realizá-las ao longo do tempo.”
Segundo Santos (2009, p.
19) “a idéia de gerir pessoas parece estar inteiramente ligada à de administrar
pessoas, mas não é bem assim. A administração de recursos humanos prevê o ser
humano como um recurso na administração e cuida de sua instrumentalização:
seleção, contratação, treinamento, demissão etc.”
Continua a mesma autora
(2009, p. 19) “já a gestão de pessoas, denota o caráter subjetivo do indivíduo
dentro da organização, não o mostra apenas como parte do processo, mas como
pessoa: um ser complexo, mutável, criativo e fantástico.
Sabe-se que o planejamento é de vital
importância para o sucesso da organização, principalmente quando esta for
pública. Então, segundo Bergue (2007, p. 97), o planejamento estratégico de
recursos humanos deve ser parte integrante do Planejamento Estratégico da
Organização, devendo nele constar: a) valores institucionais relativos à gestão de
Pessoas;
b) cenários atual e futuro de atuação do órgão ou
ente público; c) diretrizes gerais das
políticas de dimensionamento das necessidades de pessoas, treinamento e
desenvolvimento de pessoas, remuneração e incentivos, atuação e integração
social.
Percebe-se que as administrações públicas, não valorizam e a devida
importância à área de recursos humanos, tratando-a apenas como um setor
que admite e demite pessoas, esquecendo que o mesmo
deve buscar a qualificação dos servidores, além de servir como elo entre
a administração e os servidores. Sabe-se que dentro
dos órgãos públicos havia um grande apadrinhamento de pessoas da família, sem
contar na falta de capacitação de tais pessoas, a Constituição de 88 iniciou um
processo de mudança neste quadro, procurou buscar da Administração Pública
maior transparência, profissionalismo e menos injustiças, além do concurso
público que oferece aos cidadãos oportunidade igual no ingresso ao serviço
público.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A
administração pública tendo como norteador os princípios constitucionais, tem
por missão realizar ações que vão ao encontro com dos anseios da população.
Todavia a gestão de recursos humanos no setor público realizou, por muito
tempo, atividades meramente operacionais, devido à falta de diretrizes claras e
planejadas, em virtude do que também não havia um quadro de servidores
qualificados. A literatura apresentada, traz fundamentos capazes de auxiliar
aos agnetes públicos no desenvolvimento de políticas voltadas para a gestão de
pessoas na área pública, diminuindo a lacuna existente entre o modelo ideal de
gerenciamento dos recursos humanos como aquele praticado. Este cenário tem
mudado a medida em que os gestores públicos tem-se conscientizado da
necessidade de servidores capacitados tanto na realização das tarefas dentro da
organização quanto no atendimento às demandas da sociedade
Esta
análise da literatura buscou contribuir não só na obtenção de uma administração
pública de excelência tanto que tange aos servidores como no atendimento ao
cidadão, mas também na parte técnica (sistemas e ambiente) e na parte humana
(capacitação, valorização). Sabe-se que várias políticas de recursos humanos
vêm sendo adotadas em muitos países, inclusive no Brasil em diversas esferas.
Muitos modelos de gestão de políticas de recursos humanos buscam aprimorar as
forças de trabalho no sentido de melhorar o atendimento a população. Isto
significa que a eficiência,
eficácia e efetividade estão
associadas à necessidade da exata alocação das pessoas nas funções as quais
desempenham e de sua constante capacitação.
Esta
pesquisa mostrou a grande dificuldade que a administração publica e
principalmente o servidor encontra na realização das atividades profissionais,
necessitando de conhecimento constante, de
reconhecimento como estímulo (importante e necessário), de avaliação buscando
verificar se os objetivos propostos foram atingidos e finalmente de um feedback
a troca de informações e o dialogo.
Neste
sentido faz-se necessário que a Administração Pública esteja empenhada em
avançar do estágio atual para o desejado, buscando uma administração
comprometida com o bem estar da população, com ações planejadas, além de
mecanismos que valorizem o servidor, não se esquecendo que o conhecimento, a
habilidade e as atitudes necessitam de aprimoramento constante. Para alcançar
uma administração de excelência é de suma importância que as unidades de
recursos humanos atuem como facilitadoras entre os gestores e os servidores.
Constatou- se que a gestão de pessoas precisa integrar todas as áreas da
administração visando auxiliar no desenvolvimento das competências, além do
constante aprimoramento do conhecimento, da habilidade e da valorização.
Por fim
forneceu-se nesta pesquisa uma gama de informações bibliográficas capaz de
auxiliar o setor público e seus gestores no desenvolvimento de políticas que
leve a administração pública cumprir seu papel de fato, mas possibilitou também
conhecer as necessidades atuais não apenas dos servidores mas de toda a
administração.
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