Editorial
Um fato histórico
Na sexta (27), na convenção do PDT, PP e PMDB os
simpatizantes das três legendas e a imprensa brasileira registram um fato que
entrou para os anais da história política do País. O anúncio da aposentadoria
de um dos mais proeminentes políticos brasileiros, José de Ribamar de Araújo
Costa, o José Sarney de Araújo Costa. Ele adotou o nome do pai.
O Tribuna Amapaense dedica seu editorial para homenagear,
reconhecer e agradecer os relevantes serviços prestados à Literatura, jornalismo
e à política do Brasil. Sarney foi líder estudantil, deputado federal,
governador, senador, presidente da República e, novamente, senador. Nessa
longeva trajetória, vitoriosa, diga-se, de sessenta anos fez muito, acertou
muito e errou também, afinal, o errar é humano, singularmente humano.
O Amapá tirou de Zé do Sarney o seu melhor e ele permitiu que
lhe fosse extraído o que de melhor tinha para oferecer ao povo tucuju que,
generosamente, lhe concedeu três mandatos de Senador da República Federativa do
Brasil.
Sarney é um homem do seu tempo, um protagonista da sua
história. O Auge de sua carreira política aconteceu num momento delicado da
política nacional. Sarney, juntamente com Tancredo Neves, Ulisses Guimarães,
Antônio Carlos Magalhães e Aureliano Chaves formaram a Frente Liberal e
garantiram a eleição de Tancredo e, pelas mãos divinas, chegou à presidência da
República. Tancredo faleceu, vítima de uma doença no intestino grosso.
E, depois de ser tudo na vida pública, Sarney encerra sua
trajetória política nas grimpas do Brasil. Estado do Amapá, região elevada a
essa condição por ele, enquanto presidente do Brasil, em 1988. Com Sarney
representando o Amapá no Congresso Nacional, ganhamos visibilidade e críticas
de quem nunca colocou um centavo para este povo. Mas Sarney deixa para trás uma
Área de Livre Comércio, a integração do Amapá na matriz energética nacional,
uma Zona Franca Verde e muitas outras grandes realizações.
Para os amapaenses, Sarney foi motivo de honra e orgulho. O
brasileiro imortal da Academia Brasileira de Letras jamais será esquecido na
política amapaense. O Tribuna agradece o seu comprometimento de, ainda que sem
mandato, continuar velando pelo
desenvolvimento do Amapá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário