sexta-feira, 28 de março de 2014

CAPA DA EDIÇÃO Nº 402


EDITORIAL

EDITORIAL
Estado terminal


Na medicina, uma das doenças mais temidas é o câncer. Sem cura, a partir do momento que avança, é letal matando o paciente em pouco tempo. No entanto, se descoberta a tempo, existe a esperança de cura, pela extração do tumor e eliminação das células comprometidas.
A situação que vivemos hoje no Estado lembra muito a de um paciente cancerígeno. Só que em estado terminal. A gestão de Camilo Capiberibe parece ter se dado conta de seus tumores e passou a tentar extraí-los. O problema é que o câncer está espalhado. As metástases já tomam conta de tudo e as infecções são generalizadas.
Primeiro foi com Olinda Consuelo, Secretária de Estado da Saúde, que ficou à frente da pasta por um longo período, apesar das graves falhas e trapalhadas. Algumas identificadas pelo Tribunal de Contas do Estado, onde medicações vendidas no mercado por R$ 48 chegaram a ser compradas por R$ 1.800. A informação chegou ao conhecimento do povo e acentuou ainda mais a rejeição do governo, apesar da propaganda enganosa de contra ataque. Nada adiantou, o jeito foi extrair. 
A situação se repete agora com Marcos Roberto Marques, o outrora homem forte da segurança pública. Até a quarta-feira da semana passada, ele vinha firme atravessando os vendavais de uma tempestade que não lhe poupara críticas. Ele, por sua vez, fazia que não ouvia e ia passando, mesma tática do governador, que insistia em mantê-lo à frente da Sejusp. Mas, existe um ponto em que para se livrar da dor de dente só mesmo extraindo. 
Marcos Roberto se julgou "imexível" e levou a rejeição de Camilo ainda mais longe com o processo licitatório do helicóptero que seria comprado para reativar o GTA do Amapá, único Grupo Tático Aéreo do mundo que anda a pé. Levou mais de três anos para isso e quando resolveu fazer, não conseguiu. Com uma licitação atrapalhada e duvidosa, o Ministério Público detectou várias falhas e evidência de fraude. Mandou bloquear os R$ 6 milhões para a compra da aeronave e pediu ao Banco Central que rastreasse onde estava o recurso. Nada foi encontrado.
Mas, diante de tanta pressão, num passe de mágica o dinheiro reapareceu, com direito a extrato bancário de depósito. Só que Roberto não perdeu a oportunidade de alfinetar o MPF dizendo que os promotores teriam que se explicar.  Mais desgaste para o já agonizante corpo cancerígeno da gestão de Camilo. Provavelmente esta tenha sido a gota d´água. Em sua página no face book, ele descreveu que estava deixando a Sejusp na segunda-feira (31) para concorrer ao cargo de deputado federal. 
É, alguma desculpa tinha que ser dada e logicamente sem ligação à trapalhada da licitação do helicóptero, feita no último dia do ano e homologada em tempo recorde para logo depois ser barrada. Com seu bisturi cego e mãos trêmulas, era o momento de fazer a cirurgia, que ao que tudo indica jamais salvará o paciente terminal que é a gestão de Camilo Capiberibe.   

A\RTIGO Pra Frente, Brasil!

Pra Frente, Brasil!



Por Régis Sanches


O ano era 1970. No rádio, eu ouvia: "Oitenta milhões em ação, pra frente, Brasil, do meu coração; todos juntos, vamos, pra frente, Brasil, Salve a Seleção...". Ia para a escola, volta e bastava meu pai ligar o rádio, a música não parava; "de repente, é aquela corrente pra frente, parece que todo o Brasil deu a mão...".
Naquele ano, no México, as "Feras do Saldanha" conquistaram o Tricampeonato sob o comando de Zagallo, que ainda não era o "Velo Lobo". Zagallo consagrou-se como primeiro campeão mundial como jogador (58, 62) e como técnico (70).
A autêntica Seleção Canarinhotinha a formação clássica 4-2-4. Eis os titulares: Félix (Fluminense), Carlos Alberto Torres (Santos), Brito (Flamengo), Piazza (Cruzeiro) e Everaldo (Grêmio); Gérson (São Paulo) e Clodoaldo (Santos); Jairzinho (Botafogo), Pelé (Santos), Tostão (Cruzeiro) e Rivelino (Corinthians).
Passados 44 anos, vivemos a expectativa da segunda Copa do Mundo no Brasil, o país do futebol.Na primeira experiência, em 1950, amargamos o Maracanazo. No maior templo do futebol mundial, a Celeste invadiu a nossa praia e jogou farofa no ventilador.
Naquele tempo, a Jules Rimet ainda não era nossa.As Feras do Saldanha a trouxeram definitivamente para o Brasil em 1970.
Trocando de alhos para bugalhos, penso que os Deuses do Futebol devem ser loucos, pois quanta ironia. Em 1970, o Brasil era uma ditadura militar. Hoje, aparentemente, respiramos plena democracia. Mas o quadro é caótico, com ameaças à Copa do Mundo e a possibilidade concreta de a presidente Dilma Rousseff sofrer um processo de Impeachment.
Ainda com os versos de "Pra frente, Brasil" zunindo nos meus ouvidos, transcrevo trechos do artigo "Vou-me embora pra Bruzundanga", de Marco Antonio Villa:
"O Brasil é um país fantástico. Nulidades são transformadas em gênios da noite para o dia. Uma eficaz máquina de propaganda faz milagres. Temos ao longo da nossa História diversos exemplos. O mais recente é Dilma Rousseff.
Surgiu no mundo político brasileiro há uma década. Durante o regime militarmilitou em grupos de luta armada, mas não se destacou entre as lideranças. Fez política no Rio Grande do Sul exercendo funções pouco expressivas. Tentou fazer pós-graduação em Economia na Unicamp, mas acabou fracassando, não conseguiu sequer fazer um simples exame de qualificação de mestrado.
Mesmo assim, durante anos foi apresentada como "doutora" em Economia. Quis-se aventurar no mundo de negócios, mas também malogrou. Abriu em Porto Alegre uma lojinha de mercadorias populares, conhecidas como "de 1,99". Não deu certo. Teve logo de fechar as portas.
Caminharia para a obscuridade se vivesse num país politicamente sério. Porém, para sorte dela, nasceu no Brasil. E depois de tantos fracassos acabou premiada: virou ministra de Minas e Energia. Lula disse que ficou impressionado porque numa reunião ela compareceu munida de um laptop. Ainda mais: apresentou um enorme volume de dados que, apesar de incompreensíveis, impressionaram favoravelmente o presidente eleito.
Foi nesse cenário, digno de O Homem que Sabia Javanês, que Dilma passou pouco mais de dois anos no Ministério de Minas e Energia. Deixou como marca um absoluto vazio. Nada fez digno de registro. Mas novamente foi promovida. Chegou à chefia da Casa Civil após a queda de José Dirceu, abatido pelo escândalo do mensalão. Cabe novamente a pergunta: por quê? Para o projeto continuísta do PT a figura anódina de Dilma Rousseff caiu como uma luva. Mesmo não deixando em um quinquênio uma marca administrativa um projeto, uma ideia, foi alçada a sucessora de Lula.
Nesse momento, quando foi definida como a futura ocupante da cadeira presidencial, é que foi desenhado o figurino de gestora eficiente, de profunda conhecedora de economia e do Brasil, de uma técnica exemplar, durona, implacável e desinteressada de política. Como deveria ser uma presidente, a primeira no imaginário popular.
As promessas eleitorais de 2010 nunca se materializaram. Os milhares de creches desmancharam-se no ar. O programa habitacional ficou notabilizado por acusações de corrupção. As obras de infraestrutura estão atrasadas e superfaturadas. Os bancos e empresas estatais transformaram-se em meros instrumentos políticos, a Petrobras é a mais afetada pelo desvario dilmista. Não há contabilidade criativa suficiente para esconder o óbvio: o governo Dilma Rousseff é um fracasso.
Ah, o Brasil ainda vai cumprir seu ideal: ser uma grande Bruzundanga. Lá, na cruel ironia de Lima Barreto, a Constituição estabelecia que o presidente "devia unicamente saber ler e escrever; que nunca tivesse mostrado ou procurado mostrar que tinha alguma inteligência; que não tivesse vontade própria; que fosse, enfim, de uma mediocridade total".

GARRAS DO FELINO


MEIO AMBIENTE

MEIO AMBIENTE
Proibição da utilização de Sacolas Plásticas

REINALDO COELHO


De acordo com a legislação (Lei Estadual n°1.550/11 de 06 de Julho de 2011) que dispõe sobre a proibição da utilização de Sacolas Plásticas nos Estabelecimentos Comerciais do Estado o prazo de adequação do comércio amapaense seria junho de 2014.
Porém, essa determinação legal não aconteceu e a existencia de uma preocupação dos comerciantes sob a penalçização decorrente do não cumprimento, o parlamentar Zezé Nunes (PV) autor da legislação ambiental reuniu os empresários amapaense na Assembléia Legislativa do Estado (ALAP) e discutiram uma solução.
Na ocasião o deputado apresentou aos empresários o Projeto de Lei 1233/2014, que prorroga o prazo para o cumprimento da legislação por mais três anos para que os comerciantes possam substituir as sacolas plásticas por embalagens menos nocivas ao meio ambiente. Agora a propositura segue para votação na Assembleia Legislativa e posteriormente a sanção do governador do Estado do Amapá.
Ao justificar a matéria o parlamentar ressaltou que a medida foi para garantir que o prazo da lei fosse estendido, tempo suficiente para que o comércio local e a população possam se adequarem a nova lei. Para isso é necessário criar ações conjunta de conscientização envolvendo o poder público, órgãos ambientais, iniciativa privada e a população amapaense.

Prorrogação 

 Segundo o projeto de lei após o prazo estabelecido não haverá possibilidades de novas mudanças, pois o Estado do Amapá precisa de normatização que garantam sua proteção e principalmente de representantes públicos e de empresários sensíveis as questões ambientais. A medida vale para comerciantes de pequeno, médio e grande porte e demais estabelecimentos comerciais que utilizam sacolas plásticas.
O presidente da Associação Amapaense de Supermercados (AMAPS) Itamar Costa disse que é necessário criar campanhas de conscientização permanente junto a população com a finalidade de garantir o cumprimento da lei. "Não somos contra a retirada das sacolas plásticas, mas para isso temos que estar preparados, agora temos tempo para nos adequarmos as novas mudanças", avaliou o presidente. 
A empresaria Marlucia Almada parabenizou o deputado pela iniciativa e disse que a lei é um presente para o Estado do Amapá, "isso demonstra sua preocupação com a natureza, se cada um fizer sua parte daqui ha três anos seremos referencia para outros Estados", destacou a comerciante.
Nunes concluiu dizendo que essa mudança de atitude exige um comprometimento que só uma sociedade consciente das limitações da natureza pode ter, e que através de investidores sensíveis e compromissados com o bem estar do Amapá são capazes de entender e ajudar o meio ambiente.

Participaram da reunião representante da Associação Amapaense de Supermercados (AMAPS), Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Estado do Amapá (ADAAP), Associação Comercial e Industrial do Amapá (ACIA), Federação do Comercio (FECOMERCIO) entre outros.

SEJUSP

SEJUSP

Crise provocada por licitação considerada 
fraudulenta derruba secretário Marcos Roberto

JOSÉ MARQUES JARDIM



O Secretário de Estado da Segurança Pública, Marcos Roberto Marques anunciou na quarta-feira (26), que fica no cargo até segunda (31). O comunicado foi feito na página dele na rede social face book. A justificativa foi a campanha para deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores na qual deve se engajar nos próximos meses. Até colaria se Marcos Roberto não estivesse enfrentando um desgaste gigantesco à frente da Sejusp, agravado pelo atrapalhado, duvidoso e fraudulento, segundo o Ministério Público Federal, processo licitatório para a compra de um helicóptero.  

Este teria sido o real motivo para a queda do gestor que está na pasta desde o começo do mandato de Camilo Capiberibe, apesar de toda a crise no setor de segurança e a falta de ação para contê-la. Marcos Roberto se mostrou um fiasco como gestor e mantinha supostas animosidades com "coturnos" do primeiro escalão, como é o caso do Delegado Geral Tito Guimarães. 

Também chegou a negar que a capital estivesse passando por uma crise sem precedentes envolvendo principalmente assaltos e a falta de aparelhamento das polícias. Para o governador Camilo Capiberibe, a situação também parecia normal, o que ficava claro nos discursos feitos em entrevistas dadas às emissoras que ele sustenta. 

A verdade é que a Sejusp se transformou em uma máquina de desgaste aumentando ainda mais a rejeição do governador e de sua gestão. Prova disso foram os comentários que seguiram no perfil de Marcos Roberto no face book, após anunciar sua saída. "Já vai tarde", "Eu nunca votaria nesse homem pra nada" e "Isso é uma piada, não é?", puderam ser lidas momentos depois do comunicado. 

Mas tudo leva a crer mesmo que a situação do secretário no governo ficou insustentável a partir da licitação para comprar o tal helicóptero forçando o governador a tomar uma decisão para evitar ainda mais arranhões em sua já embaçada imagem. Desta vez, o desgaste seria com o Ministério Público Federal a quem Marcos Roberto chegou a desafiar depois que mostrou um extrato de depósito bancário provando que o dinheiro havia reaparecido, mesmo depois do Banco Central não ter encontrado nada na conta do Estado. 

Ele teria dito que os procuradores teriam que se explicar. Em aspecto geral, Marcos Roberto perdeu o cargo, a Sejusp ficou sem o helicóptero, e dificilmente, se concorrer mesmo a deputado federal consiga se eleger considerando a rejeição popular que tem. 

O CASO

O Ministério Público Federal passou a investigar o andamento do processo licitatório que viabilizaria a compra de um helicóptero para a Secretaria de Segurança Pública depois de receber toda a papelada enviada pela Associação de Procuradores do Estado. A Análise dos documentos confirmou fortes suspeitas de fraude com direcionamento do certame e superfaturamento. Outro detalhe foi o pregão, que para a PGE, deveria ser eletrônico para garantir a participação de mais concorrentes e não presencial. 
Representantes brasileiros da empresa americana Tradewinds Aircraft Sales INC, vencedora da licitação da compra do helicóptero


A instituição também apontou falta de especificidade na descrição das características da aeronave pretendida e pesquisa de mercado insatisfatória. O pregão ainda ocorreu em uma data curiosa, na virada do ano. A homologação foi em tempo recorde, mesmo com a posição contrária do Ministério Público Federal, que determinou o bloqueio de mais de R$ 6 milhões da conta da Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública. O dinheiro seria para pagar pela aeronave. A Justiça Federal também suspendeu a licitação. 
Pregoeiro da Sejusp, Mauro de Lima Souza, que coordenou a negociação com a equipe da Comissão Permanente de Licitação (CPL)

Diante da situação sem saída, Marcos Roberto apressou-se em contrapor o MPF e o Banco Central, que apresentou relatório informando que não havia encontrado nenhum valor correspondente ao solicitado. Ele apareceu com um extrato onde aparecia o depósito do valor e correu para a imprensa chapa branca para divulgar sua versão. Parece que não adiantou. 

ASCENSÃO E QUEDA

Marcos Roberto Marques foi inventado na política nas eleições de 2010 quando o PSB mandou que ele ensaiasse uma candidatura ao Senado Federal com o único objetivo de atrapalhar nomes como Waldez Góes e Gilvam Borges. Ele, na verdade, era o mais dedicado cabo eleitoral de João Alberto Capiberibe, que na época disputava o pleito ameaçado pela Lei da Ficha Limpa, que o colocou de escanteio devido à cassação por compra de votos pela qual havia sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal. 

O professor petista que mais tarde se tornaria secretário de governo teve uma votação vergonhosa, mas acabou sendo guindado para dentro do governo de Camilo Capiberibe, eleito graças à Operação Mãos Limpas, que desestruturou os rumos políticos do Amapá às vésperas da eleição e até hoje, quatro anos depois, não indiciou nenhum dos supostos envolvidos.

Com Camilo no governo e a Lei da Ficha Limpa passando a valer somente para depois de 2010, Marcos Roberto recebe seu prêmio de consolo, a Secretaria de Estado da Justiça de Segurança Pública. Seria o agradecimento pelo papel que ele desempenhou na campanha ao Senado, onde mal aparecia como candidato desviando o foco diretamente para João Capiberibe e chegando a pedir votos, segundo alguns. 

É acusado de maquiar números para esconder estatísticas reais da violência no Amapá e orientar dificuldades para que a imprensa não tivesse mais acesso a registros de mortes violentas. Sem poder tapar o sol com a peneira, o Estado passou a aparecer em pesquisas nacionais. O Instituto Sangari, do Estado de São Paulo, fez em 2012, um apanhado detalhado sobre a violência no País, intitulado "Os novos padrões da violência homicida no Brasil". O estudo revela um crescimento nos índices de violência no Amapá que ultrapassa até os níveis nacionais em uma proporção de 40 homicídios para cada 100 mil habitantes. Detalhadamente os percentuais da pesquisa confirmaram uma taxa de crescimento anual de 13,1%. Em nível nacional, o número de homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes é de 28,3%. 

O estudo foi praticamente ignorado pelo governo, mas os números do avanço da violência principalmente na capital deram prova de que a situação estava fora de controle já naquele ano. De lá para cá, o amapaense continuou experimentando um aumento de crimes que podem até aparecer, mas não são divulgados pelo Ciodes, segundo informações, por determinação da Secretaria de Estado da Segurança. 


Mas mesmo com as estatísticas e a verdade incontida e sentida pela população que hoje se diz completamente insegura não foram suficientes para que o governador tentasse melhorar as coisas inicialmente substituindo o gestor que conduzia a pasta para depois anunciar medidas emergenciais com outra pessoa à frente da secretaria. Foi necessária uma crise acentuada e insustentável que desgastou ainda mais a já agonizante gestão para que uma decisão fosse tomada. O povo, que já espera há tanto tempo por ações, vai continuar na expectativa para tentar ao menos sentir um pouco menos do medo que adquiriu de algo tão simples e necessário como sair de casa.   

O petróleo é nosso?

O petróleo é nosso?

Em meio à crise da Petrobras, Pará, Maranhão e Amapá concorrem a bases de apoio de empresas que irão explorar 12 blocos com potencial para produzir petróleo no AP.


Régis Sanches

A notícia é velha, mas o petróleo ainda não jorrou. De concreto, três empresas ganharam o leilão da Agência Nacional de Petróleo (ANP) para prospectar 12 blocos exploratórios na costa norte do Amapá, numa faixa oceânica que se estende do Oiapoque, passando por Calçoene, até o Amapá.
Por enquanto, há um exercício de futurologia. O petróleo da Foz do Rio Amazonas trará dividendos para as futuras gerações amapaenses. A previsão mais otimista é que a exploração comece a partir de 2019. A prospecção se dará no bojo da crise de confiança na administração Dilma Rousseff.

Em 2006, Lula da Silva era presidente e Dilma Rousseff, então chefe da Casa Civil e membro do Conselho de Administração da Petrobras, autorizou a compra de uma refinaria em Pasadena (Texas - EUA). O prejuízo para o Brasil soma mais de U$ 1 bilhão.

Enquanto lideranças do PT se esforçam para barrar a CPI da Petrobras no Parlamento, a estratégia do governo do Amapá para atrair as empresas está centrada na proximidade dos blocos de exploração com a costa amapaense em relação aos demais estados. O Amapá também oferece incentivos fiscais e a possibilidade de ceder áreas para instalação da infraestrutura necessária.

Os 12 blocos exploratórios na costa do Amapá foram leiloados em maio de 2013 pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Eles abrangem as regiões marítimas de Amapá, Calçoene e Oiapoque. Em agosto do mesmo ano, as empresas vencedoras do leilão iniciaram os estudos de pesquisas das áreas com potencial petrolífero. O investimento em pesquisas foi fixado em R$ 1,6 bilhão.

José Reinaldo Picanço
O secretário da Indústria, Comércio e Mineração, José Reinaldo Picanço, informou que as petroleiras devem terminar os estudos no fim de 2015. No ano seguinte iniciarão a perfuração de quatro poços que vão servir como testes. Para Picanço, trazer as bases de apoio das petroleiras ao estado significa "impulsionar o desenvolvimento econômico dos setores envolvidos pela atividade industrial".

"Teremos um impacto na economia porque envolverá uma rede de restaurantes, hoteis, transporte e alimentação. Então desenvolverá uma gama de serviços vinculados a essa atividade de petróleo. Por isso, pretendemos incentivá-las a trazer suas bases ao Amapá", reforçou Picanço. Como parte da estratégia, no final de abril haverá um seminário sobre logística, em Macapá, com as empresas responsáveis pela exploração do petróleo na costa amapaense.
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O ‘caixa-preta’ da Petrobras
Paulo Roberto Costa,

Com influência em diversos partidos, especialmente PP, PMDB e PT, o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, é considerado uma espécie de “caixa-preta” da estatal. Ele está preso na Polícia Federal desde 20 de março. Costa foi detido no Rio de Janeiro quando tentava destruir provas da chamada Operação Lava Jato.
Paulo Roberto Costa construiu sua carreira na Petrobras desde os anos 1970. Chegou à diretoria de abastecimento da companhia em maio de 2004 pelas mãos do ex-presidente Lula. Na época, foi indicado pelo PP ao posto, ampliando sua influência política – já tinha respaldo de setores do PMDB e do grupo ligado ao deputado petista Cândido Vaccarezza (SP). “Ele era indicado do PP, mas depois virou [apadrinhado de] uma constelação de partidos”, diz um político ligado à estatal. Na campanha de 2010, doou R$ 10 mil para o PT do Rio de Janeiro.
Costa tem informações sigilosas, por exemplo, sobre a operação que levou a empresa brasileira de petróleo a comprar 50% da refinaria de Pasadena, no Texas, e depois, por meio de uma cláusula contratual denominada Put Option, pagar pelas ações da belga Astra Oil. O negócio, consolidado sob a gestão do petista José Sergio Gabrielli à frente da estatal, custou mais de 1 bilhão de reais aos cofres da empresa.
Após anos ocupando cargos na estatal – superintendência de produção da Bacia de Campos, a gerência de exploração da Bacia de Santos e a gerência-geral da logística da Unidade de Negócios Gás Natural da Petrobras –, Costa decidiu montar, há dois anos, uma consultoria para as áreas de combustível, engenharia e infraestrutura e se tornou uma espécie de lobista do setor. A Costa Global Consultoria e Participações, com sede no Rio, aliou-se a outra empresa do ex-diretor da Petrobras, a REF Brasil, para atuar em um dos mais recentes projetos da companhia: a instalação de uma refinaria em Carmópolis, principal bacia petrolífera de Sergipe. O investimento previsto é de R$ 120 milhões, com receita operacional de R$ 480 milhões.
Na Operação Lava Jato, os agentes federais cumpriram seis mandados de busca e apreensão em casas e endereços de Costa no Rio de Janeiro. Segundo as investigações, ele ganhou um carro de presente do doleiro Alberto Youssef, pivô do esquema de lavagem de dinheiro que movimentou cerca de R$ 10 bilhões. Na casa do ex-diretor da Petrobras foram apreendidos R$ 700 mil e U$ 200 mil dólares em espécie. 

IFAP

Ifap é credenciado a sedia 1ª Feira Amapaense de Matemática da Região Norte


Os excelentes resultados dos alunos do Instituto Federal do Amapá (Ifap) nas Olimpíadas de Matemática credenciaram a instituição a sediar a 1ª Feira Amapaense de Matemática da Região Norte do país, prevista para acontecer no dia 26 de abril. Coordenada pelo colegiado de matemática do campus Macapá da instituição, a feira vai disponibilizar 60 vagas para a apresentação de trabalhos que podem ser inscritos até o dia 14 de abril.
Os quatro trabalhos melhor avaliados serão expostos na III Feira Nacional na Bahia. "Nosso objetivo é trazer as escolas do estado para dentro do Ifap e incentivar o estudo da matemática", avaliou o professor de matemática Márcio Getúlio Prado.
Para o diretor-geral do campus Macapá, Klenilmar Lopes Dias, a participação dos alunos em eventos e competições científicas é muito importante para que a ciência e a tecnologia do Amapá formem profissionais de alto desempenho. "Eles têm a oportunidade de interagir com alunos de outros estados e, ao buscar resolver problemas matemáticos de vários graus de complexidade, nosso aluno pode se superar e desenvolver melhor suas potencialidades", afirmou o diretor.

Obmep 
Além da feira, os alunos se preparam para participar da 10ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). Este é o quarto ano consecutivo que o Ifap participa do evento, e as estratégias para conseguir uma medalha já estão sendo planejadas pelos professores do colegiado da matemática do instituto. A ideia é montar grupos de estudos preparatórios para o Obmep no contra turno das aulas do ensino médio integrado, com reuniões duas vezes por semana. 
"A dinâmica desses encontros dará ênfase na revisão e aprofundamento de conteúdos e na resolução de questões de provas de anos anteriores e também de questões inéditas sugeridas pelos organizadores do evento", disse Márcio Prado.
Os alunos interessados em participar dos grupos de estudos receberão um comunicado direcionado aos pais ou responsáveis informando detalhadamente em que consiste o evento, a importância da participação no grupo de estudo e os horários dos encontros. 
"Participar da Obmep e receber uma de suas premiações traz ganhos para todos. A escola recebe equipamentos multimídias, os professores participam de sorteios de prêmios e os alunos acessam uma série de vantagens, como acompanhamento técnico e pedagógico para desenvolvimento de suas habilidades matemáticas, bolsas de estudos e viagens para participar de outras competições da área", disse Prado.

Em seu retrospecto de participação na Obmep, os alunos do Ifap já receberam várias menções honrosas. Essa premiação habilita o estudante a participar de um curso de matemática que acontece na Universidade Federal do Amapá (Unifap), um sábado por mês, das 8h às 16h.

AVESSO DO AVESSO









• TV aberta


O problema se inicia quando as pessoas procuram conforto em quem não quer confortá-las, amor em quem não quer amá-las e boa programação em TV aberta.



• Sem noção!

Aposto que essa citação na foto foi uma frase dita pelo próprio cachorro em uma tarde qualquer de uma quinta-feira comum.









• R$ 1,99
O hit da semana foi a paródia feita da música de Gaby Amarantos. Faltou acrescentar que juntando o governo de Camilo e Clécio, não vale nem R$ 1,99.
 
• Bangu
Essa história de R$ 1,99 me lembrou situação ocorrida com a Alcinea Cavalcante, quando de sua viagem ao Rio de Janeiro. Torcedora fanática do Bangu, procurou numa loja de material esportivo a camisa do time do coração. Via camisa do Botafogo a R$ 120, outra do Fluminense a R$ 100, mas nada de encontrar a camisa do Bangu. Decidiu perguntar a vendedora. "Ah, a camisa do Bangu está na seção de R$ 1,99". Não se fez de rogada. Pegou a camisa e ao dar os R$ 2, exigiu o R$0,01 de troco, no que a vendedora propôs: a senhora aceitar levar uma camisa do Flamengo de troco?

CAUSOS & LOROTAS DA POLÍTICA

Essa história eu escutei do Fernando Canto, numa noite etílica perdida na memória do tempo, no Bar do Abreu:
"O garotinho pergunta ao pai:
- Papai o que é política?
O pai responde:
- Bom meu filho, vou te dar como exemplo a nossa casa: eu ponho dinheiro dentro de casa, então sou o poder econômico; sua mãe administra tudo, ela é o governo; a nossa empregada é a classe trabalhadora; você, que é comandado por nós, é o povo; e seu irmãozinho é o futuro do país.
O garotinho pensa, coça a cabeça e diz:
- É papai, acho que não entendi.
Após a conversa foram dormir. De madrugada o garotinho acorda com os berros do seu irmãozinho e ao olhar percebe que o bebê está todo cagado. Vai ao quarto dos pais e só encontra a mãe que dormia com sono bem pesado, vai ao quarto da empregada que estava trancado e ao olhar pela fechadura vê o seu pai em cima da empregada. Depois de tudo, o garoto foi dormir.
No dia seguinte, no café da manhã o garoto diz ao pai:
- Papai, eu entendi o que é política.
E o pai empolgado:
- Então me conta filho.
E o garoto:
- Enquanto o poder econômico se aproveita da classe trabalhadora, o governo dorme profundamente, ninguém escuta o povo e o futuro do país tá na merda."



CAPA 2º CADERNO


Regência de Classe

Regência de Classe

Professores pressionam pela revogação da lei de incorporação

Reinaldo Coelho

Desde a segunda quinzena de março, professores amapaenses promovem manifestações contra os medidas do governo socialista que têm afetado o bolso do grupo do magistério. O mandato executivo de Camilo Capiberibe tem sido marcado por greves dos educadores. 
Em 2011, o governo tentou implementar a lei nº 1540, que tirava o direito de alguns servidores da Educação. A medida foi derrubada durante greve. Em 2012, a reivindicação era pelo piso salarial. Foram mais de 60 dias de greve e o valor estipulado em lei nacional não foi alcançado.  Em 2013, o governador enviou projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa incorporando a regência de classe ao salário dos professores. 

Neste ano os docentes participaram da greve nacional da Educação, nos dias 17 e 18 de março, em que dezenas de profissionais, entre professores, pedagogos e auxiliares educacionais, caminharam até a prefeitura de Macapá, passando pela Assembleia Legislativa e Secretaria de Estado da Educação (Seed), para cobrar seus direitos.

Ocupação do plenário da Assembleia Legislativa
Em abril de 2013, o parlamento amapaense aprovou a Lei de Incorporação da Regência de Classe dos Professores ao salário base. A matéria do executivo foi elaborada sem que tenha havido diálogo com a categoria.
Nesta semana, os professores ocuparam o plenário da Assembleia Legislativa para pedir revogação do projeto de lei em questão. Para os educadores, a matéria provocou um "desgaste" na docência em sala de aula em função da igualdade salarial. Os professores destacaram que foram bem recebidos pelos deputados estaduais.



Leitura do projeto de lei
Durante a sessão onde houve apenas a leitura do projeto de lei, de autoria do deputado Keka Cantuária (PDT), os professores foram à tribuna e expuseram as perdas em decorrência da incorporação. Parlamentares favoráveis e contrários à matéria discutiram com os educadores os pontos da nova lei que será encaminhada às comissões de Educação e Justiça da Alap e seguirá para a pauta de votação.
Cantuária disse que a incorporação da regência ao salário serviu apenas para cumprir uma norma federal e acrescentou que "não houve ganhos reais aos educadores". "Em conversas com o próprio sindicato, é clara a desmotivação em dar aula, pois estes foram os mais prejudicados. A discussão da lei no plenário é uma forma de mostrar ao poder executivo uma forma de beneficiar o educador", disse o parlamentar.
O deputado reforçou que a lei estará a partir de 31 de março na pauta de votação da casa, e, por ser lei ordinária, necessita de maioria simples para aprovação, o equivalente a 13 deputados.

Adicional noturno

O Sindicato dos Servidores Públicos em Educação do Amapá (Sinsepeap) está cobrando na Justiça o pagamento do adicional noturno dos últimos cinco anos. O governo do Amapá nunca pagou o benefício para os servidores que ficam nas escolas e ultrapassam as 22h, segundo afirma o Sinsepeap. 
O Conselho Estadual de Educação (CEE) aprovou uma resolução para a redução do horário noturno. A Secretaria de Estado da Educação suspendeu as aulas do terceiro turno nas escolas Castelo Branco e José de Anchieta, por exemplo. Ainda com o aval do CEE, a secretaria está antecipando o horário noturno e reduzindo o tempo de aula nas demais escolas.

"Agora eles querem que a aula inicie às 18h e encerre às 22h, tudo para evitar que o servidor da educação tenha direito ao adicional noturno. Isso é um absurdo que não acontece em nenhum outro lugar do país, e, pior, não existe amparo legal", afirmou o presidente do Sinsepeap, Aroldo Rabelo. 
"Um direito dos professores foi retirado. A partir de agora as aulas encerram às 22h, com isso o profissional deixa de receber o adicional noturno e vai trabalhar mais dias, pois a decisão do Conselho Estadual de Educação aumentou o calendário escolar de 200 para 234 dias letivos, provavelmente as férias ficarão comprometidas", reclamou o educador Charles Quaresma

Infância e Adolescência

Infância e Adolescência

Juizado da Infância e Juventude realiza audiências concentradas no Cesein


A juíza Stella Simonne Ramos, coordenadora do Juizado da Infância e Juventude e titular da Área de Políticas Públicas e Execução de Medidas Socioeducativas de Macapá, esteve nas dependências do Centro de Internação Socioeducativa de Menores Infratores (Cesein) para realizar audiências concentradas de acordo com o provimento nº 32 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). 
As audiências contaram com a participação da equipe técnica e de administração do Cesein, juntamente com a diretoria e representantes do Ministério Público e Fundação da Criança e do Adolescente (Fcria). Além de apresentar os processos aos menores, a magistrada buscou atender a demandas que surgiram durante as audiências.
Foram analisados 27 processos com a perspectiva de impulsionar os casos em todos os aspectos e fazer um relatório sobre as necessidades de cada menor.
Segundo a juíza Stella Simonne Ramos, esse método é uma inovação e essas audiências serão realizadas pelo menos uma vez ao mês, acompanhadas das inspeções. "Dessa forma é possível que a Justiça tenha um controle total dos processos e da situação dos menores por meio de uma interação social", disse.
"As decisões foram tomadas em conjunto para aprimorar o atendimento a esses socioeducandos. Dessa maneira eles fazem parte do processo e ficam por dentro dos assuntos sobre sua situação. É preciso muita paciência e trabalho", reforçou a juíza.
Durante a audiência, a magistrada conversou com adolescentes, acompanhando cada processo, orientou sobre as dúvidas dos socioeducandos, interagindo com cada situação, destacou as suas mudanças e, também, reclamações relacionadas ao atendimento dedicado a eles, e advertiu sobre a introdução de medidas satisfatórias para o adequado rumo das tarefas dentro da unidade. Com essa avaliação prevaleceu a necessidade de qualificação no atendimento médico.
No momento das audiências houve um tumulto entre os menores, o que serviu de alicerce para fortalecer as discussões sobre as audiências concentradas na unidade. A presença de policiais serviu para garantir a devida segurança nas dependências do Cesein, e prevenir atos violentos, fugas e outras possíveis situações. (Da Editoria)

ARTIGO DO TOSTES

José  Alberto Tostes
tostes.j@hotmail.com / josealbertotostes.blogspot.com

Cidade, pobreza e moradia no contexto amazônico: a visão através dos indicadores - Parte II



No artigo anterior debatemos sobre um  conjunto de reflexões sobre a natureza do espaço urbano na região amazônica. Discutimos a participação dos gestores no processo relacionado às assimetrias regionais, os desdobramentos e implicações para os municípios e cidades da região. Nesta segunda parte, enfocamos o problema especifico relacionado às enfermidades e a questão dos indicadores em toda região. Os pontos levantados para a região amazônica são apenas fragmentos da realidade brasileira, portanto, é uma abordagem para evidenciar questões para serem analisadas e debatidas por todos os segmentos sociais e políticos.
De acordo com DATASUS, somente no ano de 2012, de um quadro de 35 endemias verificadas na região, 24 são provenientes da desestruturação do ambiente urbano, o que permite avaliar que estamos tratando o efeito e não a causa. Durante parte do ano, chove muito na região, é significativo o número de doenças provenientes do ambiente urbano, situação que piora a partir do momento em que um número considerável de habitações são consideradas inadequadas, ou de acordo com o Ministério das Cidades, Caixa Econômica e outras instituições como IBGE que classificam de diversas formas o processo de ocupação urbana em áreas úmidas, precárias, sub-formais ou desestruturadas.
Sempre quando se discute os temas nacionais importantes, ocorre logo o paralelo sobre a visão ufanista do local, de que naquela região é pior do que na outra e vice-versa, durantes anos, é verdade que este ponto de vista ficou acirrado em função das "brigas" coloquiais por feudos e loteamento de cargos públicos. A uniformidade das políticas nacionais foi sempre outro fator que colocou o debate sob a síndrome da desconfiança. Como é possível perceber um Brasil tão diverso da mesma forma? Entender esta lógica parece ter permeado o comportamento dos agentes institucionais em todo o país.
No caso da região amazônica, estamos diante de um cenário complexo: áreas com grande extensão territorial, terras indígenas, estradas e rodovias, projetos hidrelétricos, madeireiros, agroflorestais, minerais, entre tantos outros. Na grande maioria dos municípios os maiores problemas estão relacionados de acordo com IBGE as condições de acesso ao saneamento básico,  bem de supra importância, que é água, dados do próprio IBGE atesta que para cada ponto oficial de água tratada na região, existe pelo menos 02 ou 03 pontos de água obtido através do rio, lagos, igarapés, poços amazonas e poços semi-artesianos, boa parte desta água é consumida sem nenhum tipo de análise, contribuindo para um quadro de doenças crônicas como: diarreia, tifo, problemas de gastrites, do intestino e inflações estomacais. Conforme o próprio DATASUS, parte destas doenças se transformam em enfermidades graves, o que sobrecarrega o sistema de saúde em todo o território nacional.
Então, a pergunta importante para se fazer é a seguinte: o Brasil precisa de mais médicos ou de categoricamente urbanizar as cidades com qualidade? A pergunta não tem objetivo desmerecer o setor de saúde, tão pouco uma classe tão importante como a do setor médico, mas apenas fomentar o debate, boa parte dos nossos problemas é estrutural. No caso amazônico, a situação se agrava pelos indicadores relacionados à economia, saúde, educação e questões ambientais e de infraestrutura, tais indicadores só crescem desfavoramente todos os anos, além de todos os itens citados, os fatores de violência e a problemática social se agravou intensamente nas duas últimas décadas.
O que fazer diante de um cenário preocupante para a região e para todo o Brasil? Esta pergunta deve ser feita a toda sociedade civil. Os índices de capital social na região amazônica também são reduzidos, significa que prevalece o poder econômico dos grandes grupos para fazer valer os interesses corporativos e capitalistas. As capitais amazônicas absorveram nas últimas décadas a sobrecarga de grandes projetos, sem conseguir transformar o cenário adverso provocado pelos impactos urbanos, sociais e culturais. 
Um item que vem sendo muito utilizado na região tem sido a judicialização de tudo, episódio que demonstra a clara fragilidade dos poderes constituídos para conseguir amenizar os problemas existentes. A participação da Justiça e do Ministério Público cresceu assustadoramente quando se trata de discutir temas que são de responsabilidade do legislativo e do executivo. Os índices institucionais, econômicos, sociais e ambientais dos municípios amazônicos de acordo com o trabalho da Incubadora de Políticas públicas da Amazônia (projeto IPPA) coordenado pela UFPA/NAEA com a participação de todas as universidades federais da Amazônia atestaram através de estudos sistematizados e consistentes, entre os anos de 2000 a 2010 os municípios da região tiveram os índices bem abaixo da média nacional.
Portanto, o contexto da pobreza e moradia na região não irá ser superado apenas com investimentos como os programas: "Minha Casa, Minha Vida" e o "PAC", será preciso compreender a realidade regional integrada ao contexto nacional, minimizar impactos futuros.  Outra reflexão importante a ser analisada, trata-se dos dados registrados no Portal da Transparência do Governo Federal a respeito da aplicação dos recursos oriundo dos mais diversos programas nas áreas de educação, infraestrutura, meio ambiente e saúde. Os desvios de finalidade são imensos, só configuram o fato, a pobreza na região não é apenas relacionada às questões de renda, também é de caráter ético e moral, implicando no agravamento das condições de vida, tanto nas áreas urbanas como nas áreas rurais.

DIA MUNDIAL DO AUTISMO

DIA MUNDIAL DO AUTISMO


Com projeto aprovado na Petrobrás, AMA expande estrutura para atender autistas amapaenses


Reinaldo Coelho
Da Reportagem

A Associação de Pais e Amigos dos Autistas (AMA) é uma entidade que se dedica a ocupar a imensa lacuna deixada pelo poder público, que não investe na educação e desenvolvimento das pessoas com autismo.

Nenhum governo deste país pode, a despeito de carência orçamentária, deixar de atender as demandas das pessoas com autismo. A garantia do mínimo essencial para uma vida com dignidade é uma determinação constitucional. As convenções internacionais das quais o Brasil é signatário corroboram ainda mais esse direito.
Em 2013, a AMA amapaense conseguiu um feito: teve projeto aprovado pela Petrobrás, denominado 'Autismo e Educação Estruturada', que ajudou a aparelhar uma espécie de casa de apoio com oferta de atividades que ajudam no desenvolvimento das crianças portadoras de autismo. O trabalho ficou tão famoso que gerou uma demanda inesperada. A ideia era formar apenas uma turma de alunos, agora, são quatro.

A associação dispõe de um corpo técnico formado por 20 profissionais, dos quais 12 são voluntários. Essa equipe atende 52 crianças com idades de 2 a 5 anos. A AMA também tem investido na qualificação de pedagogos e outros profissionais que irão atuar no atendimento às crianças autistas.
Segundo o presidente da AMA, Frank Benjamim, o autismo afeta a capacidade da pessoa em se comunicar e se relacionar socialmente. Normalmente, os primeiros sinais aparecem até os três anos de idade. "A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que existam 70 milhões de autistas no mundo, e no Brasil estima-se que são 2 milhões, mais da metade sem diagnóstico. Em Macapá, há cerca de 300 crianças diagnosticadas como sendo autistas", enumerou o presidente.

Parlamento amapaense 
A deputada amapaense Marília Góes disse que sente orgulho em saber que a causa dos autistas foi abraçada pelo parlamento estadual, "principalmente por reconhecer o valor da AMA, que realiza um trabalho muito sério e responsável". 
"O trabalho que esses voluntários realizam contribui para que possamos ter uma sociedade mais justa e menos preconceituosa", reforçou a parlamentar, que agradecendo ao apoio da gestão da Assembleia Legislativa.


Comemoração
No dia 2 de abril, Dia Internacional de Conscientização do Autismo, a Associação de Pais e Amigos dos Autistas do Amapá iniciará uma programação especial com direito a iluminação na cor azul instalada na sede da entidade. A cor tem a ver com o fato de a anomalia atingir mais a meninos do que meninas.
Para encerrar a programação, no dia 3 de abril, às 20h, haverá um jantar beneficente em prol da AMA, na Associação dos Magistrados do Amapá, localizada na Av. Doutor Braulino, s/n, no bairro Universidade. Cada pessoa poderá contribuir com R$ 50.

Serviço
O prédio da AMA funciona na Rua Claudomiro de Moraes, 1079, esquina com a Av. 18 de julho, no bairro Congós. 

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ENGAJE-SE NESTA LUTA! Ajude-nos a aprovar o Projeto de Lei nº 1631/11, aprovado no Senado Federal no ano passado e que agora está para votação na Câmara dos Deputados, em Brasília!


“Aline Aquiles Freire - Projeto de Lei nº 1631/11
22 de fevereiro · Editado 

Às vezes é muito difícil expressar meu amor por vocês, meus filhos amados. Foram planejados. Acho que Deus, sabendo do meu desejo de tê-los em meus braços, mandou vocês, sabendo que vocês deveriam ter alguém que os amasse a mais. Digo que não foi fácil aprender a ter paciência, essa virtude está sendo adquirida a cada dia. Mudar toda a rotina não foi fácil. Passar noites acordada também não... mas o meu amor por vocês supera tudo, tudo mesmo... levá-los nas terapias, jogar videogame, acalmá-los quando estão com medo, ser uma mãe que cobra na escola, protestar seus direitos... isso tudo porque estar presente na vida de vocês é ser uma mãe feliz. O amor que sinto por vocês e o amor que vocês me dão me dá forças pra lutar, não só pelos seus direitos como meus filhos, como crianças, como brasileiros, mas também pelos milhares de autistas no Brasil que não têm um diagnóstico correto, isso quando tem, por tratamentos dignos, pelas diversas instituições de pais de autistas que lutam para serem reconhecidas pelo Estado, e simplesmente lutam para estarem abertas, dando o mínimo de atendimento para as famílias que sofrem por seus filhos especiais. Filhos esses que não conseguem expressar seus sentimentos, desejos e pensamentos, sofrendo no interior por serem incompreendidos. Sou grata a Deus por ser mãe, uma mãe especial... especial por ter 2 filhos tão especiais... Vamos lutar pelos direitos dos nossos filhos!!! OS AUTISTAS PEDEM SOCORRO!!! O BRASIL PRECISA SABER DISSO!!! CHEGA DE SOFRERMOS CALADOS!!! Vamos saber mais sobre o autismo, pode acontecer com qualquer um, um vizinho, um amigo, um parente, até seu próprio filho. Lei no. 12.764 Lei Berenice Piana — em Brasília

SEED

SEED 

Suspende aulas noturnas

Reinaldo Coelho
Da Reportagem



O Amapá não tem apresentando bons resultados no ENEM e no ENAD, e é grande o número de adolescentes fora de sala de aula, e os motivos são diversos. Entre eles é indisposição dos mesmos em não frequentar a escola, outros alegam falta de vagas e muitos deixam os estudos por motivo de trabalho. Mas de acordo com a legislação e a Carta Magna é dever da União, Estado e Municípios trazer esses jovens para o recinto escolar.
Hoje de acordo com os diplomas legais a permanência na escola constitui-se no maior desafio da educação escolar brasileira,  o Direito à Educação não é mais tão só o direito à vaga, mas é o direito ao ingresso, à permanência e ao sucesso.

O sistema
EE CASTELO BRANCO
De acordo com as reclamações de pais alunos e seus responsáveis , professores mesmo com esse grande número de adolescentes fora de sala de aula a Secretaria Estadual de Educação (SEED) não preparou um projeto para trazer e manter esses jovens para a sala de aula. Ao contrario determinou que em algumas escolas estaduais, não funcionasse as aulas noturnas, próprias para este segmento estudantil, como as Escolas Estadual Castelo Branco e José de Anchieta, justificando o fato à baixa procura e aos índices elevados de evasão escolar. 
EE JOSÉ DE ANCHIETA
Essa justificativa vem ao encontro do comunicado da direção da Escola Estadual Castelo Branco que em 19/02/ informou que dispunha de vagas para as turmas de primeiro, segundo e terceiro anos, do ensino médio regular, no turno da noite. As matrículas aconteceriam no período de 18 a 20 quando se encerraria o período, mas a secretaria escolar da instituição continuará com as matrículas, porém, apenas para o terceiro turno.

A partir de 2015, a Escola Castelo Branco passará a atender exclusivamente o ensino médio. Com a saída das turmas de oitava série do ensino fundamental, serão ofertadas mais vagas para o ensino médio.
 
Professores protestam
AILTON COSTA SINSEPEAP

Durante uma caminhada dos professores um grupo de profissionais protestou na frente da Secretaria de Estado da Educação (Seed) criticando a ação da pasta que suspendeu as aulas no período noturno. O Sindicato dos Servidores Públicos em Educação do Amapá (Sinsepeap) reclamou que além da suspensão, houve redução no horário das aulas noturnas, que passaram a encerrar às 22h, quando normalmente encerravam às 22h50, o que dava aos professores direito ao adicional noturno no salário.
"Um direito dos professores foi retirado, a partir de agora as aulas encerram às 22 horas, com isso o profissional deixa de receber o adicional noturno porque dá menos aulas por dia, aumentando o calendário de 200 para 234 dias letivos, o que é quase certeza que as férias de janeiro estarão comprometidas", reclamou o educador Ailton Costa.
Os educadores avaliam que a redução na oferta de aulas noturnas prejudicará pessoas que trabalham durante o dia e estudam durante a noite. "Já é difícil trabalhar e estudar, e esse aluno ainda se veem na chance de procurar uma escola e lá não ter aula durante a noite. Isso aumentará muito mais a desistência da educação", completa o professor Ailton.
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Rosinete Rodrigues, coordenadora de Educação Básica da Seed

   A SEED 

A coordenadora de Educação Básica e Profissional, Rosinete Rodrigues, informou que desde 2013 foi realizado um levantamento em todas as escolas da rede estadual, apontando dados que justificam a medida. 
Rosinete Rodrigues, reafirmou não existem nenhuma decisão para que seja encerrado o ensino noturno. "Não temos um decisão sobre esse assunto o que aconteceu foi pontual. Na Escola Castelo Branco, os alunos que ali foram matriculados para o noturno e como a demanda foi mínima (cem alunos), nós os alocamos na Escola Alexandre Vaz Tavares, isso com a aceitação deles".
Ela também justificou que essa decisão teve uma visão da qualidade do ensino e econômica. "Não vamos ter uma escola, funcionando com cem alunos, onde a capacidade é seis vezes maior. Estaremos otimizando não só o espaço, como os recursos humanos, professores que estariam trabalhando com duas turmas, somam ao quadro do Alexandre Vaz Tavares onde existia carência. Isso vai continuar acontecendo em outras escolas se não tiver demanda". 
A gestora destaca que hoje os alunos que chegam ao Ensino Médio não estão com distorção idade/série. "Já existe escolas da rede estadual de ensino, sem o horário noturno, pois nossos educandos chegam com 14 anos ao ensino médio e esse aluno não pode estudar a noite e temos espaço no período diurno, motivado pela ampliação e criação de escolas na rede estadual de ensino". 
Continuando ela destaca a evasão escolar. "É claro isso na secretaria, muitos professores nos últimos anos começam uma turma de 30 alunos e terminam com 6 ou 5, vamos ver em que escolas é necessária essa permanência, mas sem deixar de atender a nenhum bairro", afirmou.
A SEED está realizando um reordenamento do Ensino de Jovens e Adultos. "O governo tem um incentivo para que esses adolescentes permaneçam em sala de aula que é a uma bolsa de incentivo financeiro, pois temos um alto índice de evasão nesse segmento, não só no Amapá, como no Brasil todo".
Com referencia ao adicional noturno dos professores a coordenadora explicou que em 2014, aconteceu uma ação do sindicato da classe, cobrando esse adicional. "A SEED não sabia desse direito, realizamos uma consulta e é direito do professor e deve ser pago. Mas já tínhamos um orçamento aprovado e teríamos um impacto na folha de pagamento da SEED. Nesse primeiro momento foi realizado por uma comissão um levantamento de todas as escolas que precisam ter ensino noturno e quantas turmas tem essas escolas e numero de professores que atuam no último horário e que passa das 22 horas e  devem perceber  esse direito".
Com referencia a alegação de  mudança do horário para o não, pagamento do adicional Rosinete diz que o calendário escolar aprovado pelo Conselho Estadual de Educação já fixou o horário. "Nosso calendário aprovado pelo conselho estabelece o horário de 18:30 às 22:00 hs e que os minutos diferenciados se transformaram em dias letivos, mais isso é  até o término dos estudos que estão sendo feitos".


ATLETA DE PONTA

REINALDO COELHO

Alexandre Guilherme Vaz Cavalcante - Badminton 


Badminton une famílias e revela jovens campeões para o Brasil. Pequeno atleta joga como gente grande e vai representar o Amapá em evento no Rio de Janeiro (Niterói). Ele é Alexandre Guilherme Vaz Cavalcante, que com apenas 11 anos representa o Amapá na 1ª Etapa de Niterói de Badminton, que acontece de 27 a 30 deste mês. 
Ele é uma das maiores promessas do badminton local, com participação no torneio de Niterói (RJ), evento que reúne os atletas de elite da modalidade.

Início da trajetória 

Alexandre começou a praticar as 'raquetadas' pra valer em agosto de 2010. O menino diz que joga futebol, mas gosta mesmo é de badminton e quer ser profissional. Ainda que esteja treinando há pouco tempo, ele já conseguiu bons resultados tanto em nível estadual quanto nacional.

O jovem garoto começou a treinar badminton no Centro Didático Avertino Ramos. Em 2013, no Amapá, conquistou o primeiro lugar na categoria sub-11 e segundo lugar na categoria sub-17, nos torneios promovidos pela Federação Amapaense de Badminton. Em Fortaleza (CE), no I Campeonato Aberto de Badminton, foi primeiro lugar em dupla e terceiro individual, na categoria sub-13. Foi a primeira participação do atleta amapaense em torneios fora do Amapá. 

Naquela ocasião, conforme lembra, viajou sem nenhum patrocínio, e não pôde contar com a presença do técnico nos jogos. O apoio dos pais, a dedicação aos treinamentos, a concentração em quadra e o foco nas vitórias, ajudaram Alexandre a trazer o excelente resultado para o Amapá.
Alexandre precisou viajar com o pai, Ricardo Sabará, que pagou as despesas para ver o filho participar da competição. Mas, a ausência do treinador Aldir Dantas foi um ponto a menos para o amapaense, que tenta ganhar experiência em disputas nacionais, já que em 2014 deve pleitear uma vaga na equipe do estado para disputar os jogos escolares.

"Estava treinando intensamente nos ginásios do Avertino Ramos e da Unifap, sentia que estava preparado. Apesar disso, a presença do Aldir seria muito importante durante as partidas", disse. 
Mesmo assim, o jovem atleta trouxe uma medalha de prata e uma de bronze da Copa Fortaleza de Badminton, que reuniu os principais atletas dos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, além de outras cidades. 

A competição equivale à Copa Norte-Nordeste da modalidade. Aldir Dantas afirma que por sorte o pai do garoto teve condições de custear as despesas para a disputa, e lamentou que outros competidores amapaenses não possam participar por falta de patrocínio.
"É uma competição que realmente vai possibilitar que o Alexandre seja testado em competições nacionais. É um garoto de potencial que ainda vai crescer muito no esporte. Lamentável apenas a não participação de outros atletas que têm nível muito elevado, mas que não irão por falta de apoio", destacou Aldir.
Em Niterói, Alexandre quer fazer o máximo possível para trazer o título da categoria sub-13 ao Amapá, além de se aprimorar ainda mais tecnicamente, de olho nas etapas local e nacional dos Jogos Escolares.

ESPORTE

Maior ídolo do 'Peixe' voltou!

Acosta está em casa

Elcio Barbosa

A presidência do Santos Futebol Clube (AP) recontratou o atacante uruguaio, Alberto Acosta de 37 anos. A apresentação do jogador aconteceu na terça-feira, 25 de março de 2014 no CT Santista. O atleta atuou no clube amapaense ano passado, e contribuiu para a conquista do titulo do bicampeonato do 'Peixe da Amazônia' em 2013.
O reforço chega à boa hora, pois, Acosta terá a responsabilidade de ajudar o time na partida pela Copa do Brasil, marcada para o próximo dia 2 de abril, no estádio Zerão em Macapá frente ao América (MG).
O elenco santista ainda terá que participar de mais duas competições: uma é o Campeonato Brasileiro da Série D, e o Estadual. "Sabemos da responsabilidade, e espero contribuir com o Santos nas competições em 2014. Estou bem e acredito que preciso apenas ganhar ritmo de jogo, creio que isso é questão de tempo para poder entrar em campo e ajudar o time a obter sucesso nesta temporada" disse ele.
Com 37 anos de idade, ele chega ao Santos (AP) como 'xodó' da torcida amapaense. Com 'status' de 'Medalhão', ele divide o alojamento com o companheiro de pátria, o zagueiro, Hector Vazquez.
Acosta estava recentemente na União Barbarense (SP) disputando a Série A2. Ele reincidiu contrato com o clube paulista para retornar ao 'Peixe da Amazônia' e disputar a temporada local.
O presidente, Luciano Marba disse devido ao retrospecto da campanha dele do ano passado motivaram a contratação do jogador. "Ele veio para reforçar o elenco, teremos muitos jogos este ano, e precisamos de jogadores experientes como ele" falou o presidente.
Acosta ganhou popularidade no Brasileirão de 2007, quando passou pelo Náutico, ao ser vice - artilheiro da competição com 19 gols. Ele ainda foi eleito um dos melhores do certame daquele ano. Ele chegou ao Corinthians (SP) em 2008.
O 'Peixe' estreou no Campeonato Amapaense de 2014 no dia 15 de março, e venceu o São Paulo (AP) por placar de 1 a 0. O Santos (AP) retorna ao campo pela Copa do Brasil, no dia 2 de abril, no estádio Milton de Souza Correa, o 'Zerão', contra o América MG.


BASTIDORES

José Caxias

   Racismo
A Conmebol anunciou, na última segunda-feira 25,a punição ao Real Garcilaso pelos insultos racistas contra Tinga, em jogo válido pela Copa Libertadores. O clube peruano recebeu multa de US$ 12 mil. Em caso de reincidência, terá de jogar com os portões fechados. Tinga foi alvo de insultos racistas da torcida  do Real Garcilaso. Na partida disputada em Huancayo, os torcedores peruanos imitavam macacos quando o camisa 7 do Cruzeiro tocava na bola. Segundo o Código Disciplinar da Conmebol, o Real Garcilaso poderia ser até excluído da Libertadores por racismo. Após o caso envolvendo Tinga, a equipe voltou a jogar em Huancayo, onde foi derrotada pela Universidad de Chile. Na terça-feira 01, da próxima semana, receberá o Defensor Sporting, em jogo válido pela quinta rodada do grupo 5 da Copa Libertadores.

   Criticando
Um dos ídolos máximos da história do Vasco, o ex-atacante cruzmaltino Romário, criticou a atual gestão da equipe da Colina. De acordo com o Baixinho, o presidente Roberto Dinamite não provou ser um grande gestor. "Durante a carreira, o Roberto Dinamite foi um dos melhores jogadores do mundo. Agora, como presidente do Vasco, ele demonstrou ser um administrador muito ruim", disparou Romário, campeão brasileiro com o Vasco em 2000, em entrevista ao ESPN Brasil. Com a aproximação das eleições para a presidência de seu ex-clube, Romário, amigo de Eurico Miranda, declarou seu apoio ao retorno do dirigente ao cargo de mandatário. "O torcedor vascaíno que quer ver o time fora dessa situação, assim como eu, torce para a volta do Eurico Miranda. O que ele fez pelo Vasco é coisa dele e quem deve decidir se é bom ou ruim são os sócios, a diretoria. Quem rouba, quem faz coisa errada, tem que pagar. Se é o caso do Eurico, ele deve fazê-lo", completou.

   Crise
Nas quartas de final da Liga dos Campeões da Europa, na decisão da Copa da Espanha e na terceira colocação do Campeonato Espanhol, o Barcelona ainda tem um grave problema, de acordo com Johan Cruyff: Neymar, que estaria causando uma racha no elenco culé por conta do seu alto salário. "O problema é que contrataram um jogador de 21 anos que ganha mais do que o resto, que ganhou tudo. Com 21 anos, a pessoa tem que aprender. Ninguém já é um Deus com essa idade, isso não existe", disparou o holandês durante um evento na Malásia. Defendendo o técnico "Tata" Martino das críticas, o ex-jogador afirmou que a situação poderá se agravar daqui para frente. "Isso cria uma situação conflitiva e difícil de controlar", explicou, antes de revelar que tem algumas "idéias diferentes" para a diretoria do clube catalão. "Eles quiseram se aproximar de mim, mas não temos conversado, porque tenho estado viajando quase todo tempo. Se eles voltarem a se aproximar, vamos ver. Tem algumas idéias, coisas diferentes", disse, ganhando grande repercussão na imprensa espanhola. Cruyff também aproveitou para falar sobre a Copa do Mundo no Brasil. "Vai ser difícil ganhar até da Austrália. Acho que a seleção que tem mais chances de se classificar para a próxima fase, e isso em uns 90%, é a espanhola. A partir daí, tudo é uma incógnita", finalizou o ex-craque.

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Curtinhas
Dirigentes dos clubes que vão participar do campeonato amapaense deste ano estão até rezando para o governador Camilo Capiberibe repassar o recurso que ele prometeu. Como diz o dito popular "Ajoelhou tem que rezar".
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Empresário Nelson Manari tem um time pronto para trazer caso o clube da torre entre no campeonato. Inclusive à torcida está cobrando a equipe no amapazão.
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Meu amigo Baba fez uma bonita festa pela passagem dois "50 Anos" de vida. Parabenizamos o filho do saudoso Tiago que foi um exemplo de caráter.
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Gente por hoje é o que há, volto na próxima. Fiquem com Deus e a minha Virgem de Nazaré. Tchau.

CAPA DO 3º CADERNO - EDIÇÃO 402


ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...