sexta-feira, 27 de junho de 2014

CAPA PRINCIPAL DA EDIÇÃO 415


Editorial

Editorial


Um fato histórico



Na sexta (27), na convenção do PDT, PP e PMDB os simpatizantes das três legendas e a imprensa brasileira registram um fato que entrou para os anais da história política do País. O anúncio da aposentadoria de um dos mais proeminentes políticos brasileiros, José de Ribamar de Araújo Costa, o José Sarney de Araújo Costa. Ele adotou o nome do pai.
O Tribuna Amapaense dedica seu editorial para homenagear, reconhecer e agradecer os relevantes serviços prestados à Literatura, jornalismo e à política do Brasil. Sarney foi líder estudantil, deputado federal, governador, senador, presidente da República e, novamente, senador. Nessa longeva trajetória, vitoriosa, diga-se, de sessenta anos fez muito, acertou muito e errou também, afinal, o errar é humano, singularmente humano.
O Amapá tirou de Zé do Sarney o seu melhor e ele permitiu que lhe fosse extraído o que de melhor tinha para oferecer ao povo tucuju que, generosamente, lhe concedeu três mandatos de Senador da República Federativa do Brasil.
Sarney é um homem do seu tempo, um protagonista da sua história. O Auge de sua carreira política aconteceu num momento delicado da política nacional. Sarney, juntamente com Tancredo Neves, Ulisses Guimarães, Antônio Carlos Magalhães e Aureliano Chaves formaram a Frente Liberal e garantiram a eleição de Tancredo e, pelas mãos divinas, chegou à presidência da República. Tancredo faleceu, vítima de uma doença no intestino grosso.
E, depois de ser tudo na vida pública, Sarney encerra sua trajetória política nas grimpas do Brasil. Estado do Amapá, região elevada a essa condição por ele, enquanto presidente do Brasil, em 1988. Com Sarney representando o Amapá no Congresso Nacional, ganhamos visibilidade e críticas de quem nunca colocou um centavo para este povo. Mas Sarney deixa para trás uma Área de Livre Comércio, a integração do Amapá na matriz energética nacional, uma Zona Franca Verde e muitas outras grandes realizações.

Para os amapaenses, Sarney foi motivo de honra e orgulho. O brasileiro imortal da Academia Brasileira de Letras jamais será esquecido na política amapaense. O Tribuna agradece o seu comprometimento de, ainda que sem mandato,  continuar velando pelo desenvolvimento do Amapá.

ARTIGO

Em tempos de Copa e política
 Que o jogo eleitoral não comece como a seleção: com gol contra

Por: João Edsom



Em tempos de jogos de Copa do Mundo a repercussão das partidas de futebol toma conta dos noticiários e a política sorrateiramente continua traçando seus caminhos um pouco mais longe dos holofotes, mas segue costurando um pouco aqui outro ali; um olho no campo e outro nas negociações.
Até o último dia de junho teremos terminado as convenções partidárias para escolha dos candidatos ao pleito de 2014. A Copa do Mundo estará recém entrando na sua segunda fase de jogos mata-mata, termo que pode ser também aplicado à política, pois candidatos também serão fritados enquanto outros receberão atenção redobrada.
Uma eleição começa ser vencida nos bastidores, nos acordos, nas coligações, nas convenções. Quando julho chegar o jogo é para valer, não apenas na copa do mundo que caminhará para sua reta final, mas também para o jogo da politica. Candidatos a postos, começa a corrida eleitoral. "ue o jogo da política não comece como a seleção brasileira na Copa, fazendo de cara um gol contra e depois sendo ajudada pelo juiz"
O quanto o resultado da Copa irá influenciar a campanha eleitoral somente o tempo poderá dizer. Mas algo é certo: os governistas, tanto federal quanto dos estados onde ocorrem os jogos, estarão torcendo como nunca para o sucesso não só da seleção brasileira, mas do evento em si.
As manifestações tão prometidas para este período ainda não tomaram corpo. Grande responsabilidade dos chamados black blocs, que espantaram o povo das ruas e jogaram para dentro de suas casas as famílias. Este movimento foi um atentado a aprendizagem democrática, pois aniquilou o cidadão de bem que quer mudança sem destruição.
A mal fadada abertura dos jogos, fiasco mundial, só serviu para vitimar a ré num ato covarde de xingamento, que deixa transparecer muito mais a falta de compostura e educação de um povo do que um protesto em si, terminou por agredir a presidente do país, quando poderíamos usar o momento para protestar, vaiar ou reivindicar.
Mas esta descompostura não é inédita: em 2001, o então candidato Lula também fez algo parecido com o presidente da República da época, tanto que pediu desculpas em seguida pelo xingamento. Pesquisas daqui para frente viram jogo de interesse. Como as regras e o caráter não são claros, vai depender de quem contratar o instituto para coletar e processar os dados, pois tudo será motivo de ganho ou perda de espaço junto ao eleitorado. Quando os jogos terminarem virão o alívio e as frustrações. Só não sabemos ainda para quem.
Nelson Rodrigues, “o mestre das crônicas imortais” que escreveu “a pátria de chuteiras”, se vivo fosse hoje, diria que a pátria usa tênis, pois apesar dos jogos serem aqui, parece não convencer mais com a mesma ênfase de décadas anteriores. Fruto de uma melhor escolarização, quem sabe. Hoje já há muitos que separam o ato de torcer das coisas da política. Mas inegavelmente a ira da derrota ou o prazer da vitória poderá ditar o humor do eleitor nos próximos meses.
As regras das eleições são muito ruins, principalmente em se tratando de eleições proporcionais, aonde o menos votado entra em detrimento de outros com mais votos e a reeleição é gestada pela máquina governista. O que sabemos é que a falta de planejamento dos governantes faz com que qualquer governo acima de quatro anos no poder se torne corrupto e cansativo. A falta de expectativa e de gente realmente nova na política é outro fator desanimador; é sempre muito do mesmo e isso vem cansando o eleitorado. Tornam-se insuportáveis os discursos sobre educação, saúde, segurança, bolsa tudo, geração de emprego...
Precisamos de falas novas para velhos problemas que, apesar de velhos no discurso, nunca foram resolvidos. Que a Copa não sirva de desculpa para cegar e empobrecer o debate político. Precisamos retomar o crescimento, diminuir impostos, mudar o pacto federativo e reencontrar o caminho da democracia, tão abalada nos últimos anos com o aparelhamento do Estado. Os três poderes precisam ser independentes de verdade. Que o jogo da política não comece como a seleção brasileira na Copa, fazendo de cara um gol contra e depois sendo ajudada pelo juiz.
JOÃO EDISOM DE SOUZA é analista político e professor universitário em Mato Grosso.


Nas garras do felino

Nas garras do felino

Mandrake
Cheio de expertise e metido a “camaleão empresarial”, o dono da empresa que fornece alimento para os hospitais jogou a toalha, após ser nocauteado pelo calote do governo Camilo Capiberibe. Há nove meses sem ver a cor do dim dim, foi obrigado a anunciar redução de 50% no fornecimento da alimentação. A partir desta segunda (30) só os pacientes vão ser atendidos com comida. Para médicos, enfermeiros e acompanhantes, jejum. Como alguém pode defender um governo desses?

Isso o TRE não vê
Uma fonte da empresa de vigilância LMS me disse que a razão para o atraso no pagamento dos vigilantes da SEEED é nebulosa: o dinheiro deles foi desviado para pagar a folha do contrato administrativo, que saltou de R$ 3 milhões para R$ 9 milhões. Qual o motivo do inchaço? O MPE e o TRE podem explicar?

Pelo gongo
Quando advogado, Tork, hoje desembargador, doava dinheiro para o PSB. Eleito Camilo, o PSB o escolhe para desembargador. No primeiro perigo eminente de desnudar um esquema de propinagem, eis que o desembargador Tork salva Cláudia Camargo Capiberibe com uma caneta. Já mostrou serviço.

E Agora, senhores?
A medida do desembargador coloca em xeque a credibilidade do parlamento estadual e sua autoridade. Vão deixar desse tamanho ou cumprirão com altivez e autoridade seus papeis? Com a palavra os nobres deputados estaduais.

Aécio Neves neles
Não muda nada, mas a decisão do PT nacional de coligar com o PSB aqui só reforça minha convicção. Sou Aécio Neves. Chega dessa política proselitista, fisiologista e demagógica. O PT apanha que nem mulher de malandro, apanha, apanha, mas não larga o seu cafetão.

Gentleman
Zé do Sarney, um dos homens mais brilhantes da história da República, após 60 anos de vida pública, resolveu aposentar-se dos mandatos políticos. Mas, ao sair, deixou no seu discurso a sua eterna gentileza e refinada verve de orador exímio. Agradeceu aos educados, o carinho; aos mal educados, a certeza de sua permanência na política brasileira, em especial na amapaense.

Silêncio
A essa camarilha que hoje povoa o Setentrião nenhuma citação. Para eles, a ausência no discurso é a resposta à inércia administrativa e à inapetência na produção parlamentar. No pronunciamento de um imortal, só os bons são lembrados.

É isso que dá

A OAB/AP deixou passar na lista um presidente que teve suas contas reprovadas. E o Tribunal, um advogado que doou dinheiro para a campanha do PSB. Agora ele é desembargador. Isento?

quinta-feira, 26 de junho de 2014



Agentes Penitenciários
GEA não paga auxílio fardamento e alimentação

Jamille Nascimento
Da Reportagem


Os agentes penitenciários do Amapá estão reivindicando desde 2010, o pagamento do auxilio fardamento, beneficio esse que contempla os trabalhadores a terem acesso a uniformes novos, o que é de suma importância para a categoria, sendo a única forma de caracterizar os profissionais tanto para as atividades internas quanto para as externas, no caso, as escoltas de presos em audiências e outras saídas. 
De acordo com presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado do Amapá (Sinapen), Clemerson Sá, o uso de uniforme é obrigatório, detalhado por meio de portaria. A justificativa apresentada, segundo ele, é que não há recurso disponível para atender à reivindicação da categoria.
“Há mais de seis anos, que os servidores penitenciários vêm reivindicando, nossos direitos estão sendo desrespeitados. Só queremos o que nos é devido”.
Os pleitos não são atendidos
O agente penitenciário fundador e colaborador do Sindicato Carlos Alberto Viana, explicou à reportagem que foram diversas as solicitações para o auxilio fardamento e de alimentação, assim como o da aprovação do Plano de Cargos e Carreira Salarial (PCCS) pelo governo do estado além da criação da Secretaria de Administração Penitenciária, pois o sindicato entende que ela será uma grande força no combate de presos. Pois, os recursos destinados à manutenção da categoria seria maior que a existente pela Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
Exclusão
Para o agente Carlos Viana, os auxílios fardamento e  alimentação nunca foram pagos durante a gestão do governador Camilo, isso mostra como a classe é excluída da política de segurança pública estadual.
Ele explicou que algumas delas como o porte de arma integral, foram aprovadas em uma lei estadual, pela ALAP e não sancionada pelo governador Camilo Capiberibe, beneficio este reconhecido através de uma Lei Federal sancionada pela presidente Dilma Rousseff que permite que agentes penitenciários e guardas prisionais tenham porte de arma de fogo mesmo fora do trabalho.
“Reivindicamos aumento salarial de 30% no salário base, atualização das progressões e pagamento do retroativo, e das outras 16 horas-extras (os servidores trabalham 32 horas-extras e recebem somente o equivalente a 16 horas) e regulamentação e pagamento do auxilio fardamento – Decreto de Lei nº1.499 de 29/06/2010, continuam sem um posicionamento positivo por parte do executivo estadual”.
Ele ressaltou que se não forem atendidos tomarão providencias via judicial. “Vamos ingressar com uma ação na justiça pedindo que pelo menos esses direitos sejam garantidos pelo Executivo”.
“Essa proposição sai das necessidades externadas pelos servidores do IAPEN. O servidor da penitenciária quando sai de casa para trabalhar, não tem certeza se volta vivo. As suas folgas são momentos de tensão”, avalia o agente.
Ele lembrou que hoje, os agentes se servem da comida preparada na cozinha do IAPEN pelos próprios internos, o que de certa forma deixa os servidores vulneráveis a qualquer atentado. “Todos correm o risco de serem envenenados. Por isso esse projeto é de extrema importância para a categoria”, frisou.
PCCS
A preocupação da classe é com referencia ao PCCS que eles consideram de vital importância para a profissão. “Gostaríamos de pedir ao governador que encaminhasse nosso Plano de Cargos, Carreira e Salário para aprovação, uma vez que temos uma carta compromisso dele nas eleições de 2010 e também um Decreto Estadual que constituiu a equipe mista de trabalho para elaboração do plano (IAPEN, SINAPEN SEAD SEPLAN e SEJUSP)  em setembro do ano passado, constituindo os técnicos que discutiriam o PCCS com  este sindicato e a minuta foi entregue ao chefe do executivo em fevereiro de 2014 e ate o momento nada foi feito”.

O agente Carlos Viana vai além “A alegação do governo é que o documento está na Procuradoria Geral do Estado (PROG). E queremos o retroativo de nossas progressões e o pagamento do auxilio alimentação e fardamento, pois a Lei foi aprovada pela ALAP em 2010, ficando para ser promulgada e regulamentada e até o momento não foi efetivado este pagamento aos servidores e sabemos que tem dinheiro para este fim”, finaliza.

Eleição 2014

Eleição 2014

 Sarney se despede; Gilvam disputa Senado

Régis Sanches

Às 17h30, o senador José Sarney desembarcou no Aeroporto de Macapá. Recebido em festa aos gritos de “fica Sarney”, seguiu em carreata para a convenção da coligação PDT/PP/MDB.
Em seu discurso, confirmou a decisão de não concorrer à reeleição. E passou o bastão para Gilvam Borges (PMDB), que irá disputar a vaga de senador pelo Amapá.

Ao despedir-se das eleições, após 64 anos de vida pública, Sarney disse que irá dedicar-se a cuidar de sua esposa, dona Marly. Coincidentemente, estão casados há 64 anos.
  
Veja os principais trechos do discurso histórico de José Sarney, o decano da política brasileira:


"Depois de 64 anos de vida pública, é o meu discurso mais difícil. Quando ouço a voz de vocês sobre o 'fica Sarney', as palavras vão do meu ouvido ao meu coração. Brasileiras e brasileiros que aqui se encontram, o governador Waldez será o futuro governador do Amapá. Homem sério, correto, simples.

"Quem valoriza nossa presença é a presença de vocês. Se eu fosse dizer o que sinto, não teria palavras para expressar. Estou aqui para a luta, para participar com os companheiros em torno de uma campanha que eu acho necessária para o povo. Quando cheguei aqui, eu disse "vim para servir, não vim para dividir".

“Não vou sair da política, vou continuar. Não terei mandato, mas serei político e terei minha parcela de contribuição para o Amapá.

"Sou casado há 64 anos, há seis meses, atravessamos dificuldades que me abalaram profundamente junto com minha amada esposa. Depois de tanto tempo não somos mais dois, somos um. As mulheres são nosso baluarte, apoio, nossa vida. Portanto, estarei ao lado de minha esposa ate o fim".

"Aos 24 anos eu participava da minha primeira convenção, hoje, depois de 60 anos, estou aqui participando de minha ultima. A melhor maneira é vocês me ajudarem a compreender a decisão de não mais me candidatar, que não foi fácil".
"A melhor maneira de responder àqueles que querem me ver pelas costas é a vitória de Waldez. Vejam no que transformaram o Amapá com a saída de Waldez: o povo não teve mais paz. Precisamos dele, primeiro, para restaurar a paz e, depois, para promover o desenvolvimento”.
“Nesta semana, conversei com o presidente Lula em Brasília por uma hora e meia. Ele me disse: ‘No Amapá, estou com Waldez’. O Lula me pediu: ‘Diga a Waldez o meu recado: eu estou com Waldez Góes’. Eu ponderei: ‘Posso dizer a Waldez isso que você está me dizendo? ’. Ele confirmou: ‘Diga que estou com Waldez’”.

 Macapá violenta e violentada
SÓ OS BANDIDOS TRABALHAM?
Reinaldo Coelho
Da Reportagem



A violência é uma experiência sentida diretamente por um de cada cinco brasileiros que vivem nas cidades com mais de 15 mil habitantes. São vítimas de sequestro, fraudes, acidentes de trânsito, agressões, ofensas sexuais, discriminação e furto e roubo de automóveis, motocicletas e outros objetos.

Os dados são da Pesquisa Nacional de Vitimização e cobre o período de 12 meses anterior à realização do levantamento, realizado em dois períodos entre junho de 2010 a outubro de 2012.   No ranking de estados mais vulneráveis em relação a pessoas que se disseram vitimas de violência em números  expressivos é o Amapá, onde a capital Macapá também ganha disparado 46% e 47,1% respectivamente, seguida por Belém (41,1%).

 

Pra que policia?


Os bandidos proliferam como formigas,  muitos deles vindos do Sul do País e estão se utilizando dos métodos mais impressionantes para cometer crimes nos grandes centros. Os Titãs têm uma música onde relata bem essa realidade, “Polícia”. Cuja a letra trata da violência nos grandes centros e vulnerabilidade da segurancia publica no país “...Polícia! Para quem precisa. Polícia! Para quem precisa de polícia?...”. 

Precisamos de policia para nos proteger 24 horas do dia. O Amapá nos últimos três anos vem passando por um dos seus piores momentos na segurança publica, sendo destaque nos principais meios de comunicação, são assaltos com ou sem refém em residências, instituições publicas e financeiras, furtos em plena luz do dia, arrombamento de residências, saidinhas de banco, enfim todos os meios e maneiras estão dentro dos métodos da bandidagem e o cidadão está atrás das grades de suas próprias casas.

Já estamos diante de uma guerra, e quem está perdendo são as famílias pacatas e ordeiras. Há policiais suficientes nos órgãos públicos que daria para montar um novo pelotão.

A realidade



O cidadão de bem não tem sequer o direito de passear num dia de domingo porque os bandidos acham que não merecem e os delegados, promotores, juízes e outros homens do direito entendem que devemos ser os cordeiros e entregar tudo “de mão beijada” para não sofrer represália.

Esquecem essas mesmas autoridades que lhes cabe o dever de fiscalizar vinte e quatro horas por dia, prevenindo e coibindo ações criminosas. Afinal, para isso foram eleitos ou então simplesmente nomeados e ganham altíssimos salários. E esses salários são os cidadãos que pagam. 

A posição de Macapá entre as mais violentas é confirmada pelos moradores da cidade que estão cada vez mais assustados com a crescente onda de assaltos nos bairros.
 No Infraero I, um dos bairros mais violentos de Macapá, os roubos são normais, a violência acontece em plena luz do dia, como foi o caso da senhora Marilda Rodrigues, o assaltante era um menor estava agressivo e a espancou. “Pensei que ia ser morta. Graças a Deus um pessoal se aproximou e ele assustado fugiu”.
A audácia da bandidagem não tem mais limites, dois padres foram feitos reféns e abandonados na rodovia do Curiaú.  Outro caso aconteceu na Faculdade Fama, onde os bandidos fizeram um arrastão.  De lá foram levados R$ 5 mil, celulares e máquinas fotográficas dos acadêmicos.
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Violência nos bairros periféricos e no interior
Cerca de dez assaltos de grandes proporções foram registrados em Macapá, onde na  maioria deles os bandidos ainda não foram detidos. Na Zona Leste, no Perpetuo Socorro, Cidade I e II perpetua os assaltos, latrocínios e arrombamentos, além das brigas da gangue e o tráfico de drogas. O que piorou o crime no local foi a saída do Batalhão da Policia Militar o que deu folga para os criminosos exercerem seus poderes, além do que o local onde funcionava o comando ficou abandonado e tornou-se uma lixeira pública, além de covil para bandidos.
Os bairros centrais também recebem a visita dos criminosos. Uma distribuidora de bebidas foi alvo dos assaltantes, que abordaram um dos cobradores da empresa, no bairro Jesus de Nazaré. O valor levado foi de R$ 32 mil em dinheiro e cheques.

A criminalidade está avançando a passos largos, saindo da capital e chegando aos municípios interioranos, onde também são cometidos assaltos e roubos, como foi o caso do município de Porto Grande que no fim do mês maio teve uma agência bancária assaltada por três pessoas, portando armas de fogo e roubaram cerca de R$ 460 mil em dinheiro.
As agencias dos Correios no Amapá é as preferidas pelos assaltantes no interior do estado. Uma quadrilha foi presa pela Policia Federal pelos assaltos nas agencias dos Correios em Pedra Branca do Amapari, Porto Grande, Calçoene, Ferreira Gomes e Macapá.

A agenda da bandidagem tem um cronograma de pagamentos, o assalto ocorrido em Santana onde, de acordo com as informações policiais, e sem tiros conseguiram levar quase R$ 2 milhões, pois era época de pagamento dos funcionários públicos.
Ação e reação
Apesar da polícia estar se desdobrando para inibir a ação da bandidagem, a criminalidade continua fazendo muitas vítimas com um diferencial: a maioria dos casos é com reféns.
No mesmo dia que o governo estadual anunciava uma série de medidas para reforça da segurança pública, os bandidos faziam um assalto com refém em uma  farmácia.
De acordo com a assessoria da Sejups, o policiamento da cidade está focado na área comercial de Macapá. Porém os moradores dos bairros centrais não estão sendo beneficiados. “Engraçado  eu moro no centro e mesmo assim, não escapamos de sermos roubados. Fico imaginando o sofrimento do povo que mora em outros bairros, ficam totalmente à mercê desses ladrões que roubam com violência, até matam pra conseguir alguma coisa pra sustentar seus vício” reclama Lucivaldo Pinheiro, morador da Rua Tiradentes.
O pior que o governo não vem conseguindo superar a bandidagem que tem mais folego e uma capacidade maior de  organização. Não estão fazendo algo realmente eficaz pra amenizar isso. Quantas pessoas ainda vão precisar perder suas coisas que conquistaram com trabalho, arriscando suas vidas por má administração e compromisso com o povo?
O senhor José Lindoso, aposentado reclama que não adianta colocar grades e cercas. “Porque eles sabem entrar muito bem pelo telhado! Ou pior, literalmente quebram as paredes pra invadir sua casa… Ou seja, não há muita coisa que eu possa fazer, mas o governo sim.”

Ele ressalta que “bens materiais a gente compra novamente, mas se a gente não reclamar, fica por isso mesmo e podemos sofrer novamente as consequencias. Liguei pro 190 pra fazer a denúncia e cadê que eles vieram averiguar? apenas disseram que a “queixa” foi registrada”.  E ficamos a ver tudo se repetir.
Justiça

Candidatos não podem usar sites de 'vaquinha', decide TSE
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) avisa que financiamento coletivo não é uma ferramenta legítima na arrecadação de dinheiro para candidaturas políticas
Fenômeno típico da era da internet, os sites de financiamento coletivo, ou  permitem que pessoas se unam para incentivar qualquer tipo de projeto. As "vaquinhas digitais" já ajudaram a financiar músicos em início de carreira, diretores de filmes consagrados, instituições de caridade e tratamentos médicos. Nesta quinta-feira, contudo, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que elas não são uma ferramenta legítima na arrecadação de dinheiro para candidaturas políticas. 
O TSE respondeu a consulta feita pelo deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), que perguntou: "Considerando a jurisprudência deste Tribunal Superior Eleitoral, bem como a legislação eleitoral vigente, a arrecadação de recursos através de websites de financiamento coletivo mostra-se lícita no que tange às campanhas eleitorais?" 
Em países como os Estados Unidos, plataformas de crowdfunding especialmente criadas para o processo eleitoral já foram usadas. A lançada em abril em Washington, é apenas um exemplo dessas startups. 
No TSE, o relator da consulta, ministro Henrique Neves, respondeu de maneira negativa à questão, e foi seguido pelo plenário da corte. No sistema legal brasileiro, disse Neves, a doação eleitoral “é algo que ocorre entre eleitor e candidato”.
“A legislação diz que o candidato, partido político ou coligação podem ter na página da internet mecanismo para que o eleitor possa, pela internet, fazer a doação. Não admite intermediários, que inclusive seriam remunerados por isso”, afirmou o ministro. 
O veto imposto pelo tribunal não implica, portanto, em impedir que a internet seja utilizada para colher doações. Ele apenas significa que sites especializados em administrar campanhas de financiamento coletivo não poderão realizar essa tarefa no lugar de candidatos ou partidos. Como observou o ministro, é de fato comum que esses sites fiquem com uma parte do dinheiro arrecadado. 


O AVESSO DO AVESSO

O AVESSO DO AVESSO

As águas vão rolar...
Até o dia 5 de julho, muitas águas vão rolar. As convenções não encerram no dia 30 de junho, não. O prazo legal para apresentação das atas encerra só no próximo final de semana. Assim, assinaturas podem entrar, outras deverão sair.

Quais nomes?
Conforme previsto, seis candidaturas se confirmaram: Waldez Góes, Camilo Capiberibe, Jorge Amanajás, Lucas Barreto, Bruno Mineiro e Genival Cruz. Pra um pleito que teve doze pré-candidaturas, tudo não passou de balão de ensaio.

Bigode grosso
É indiscutível a importância política de José Sarney para a República. E para o Amapá. Quem diz o contrário, ou tem inveja ou recalque. A história se encarregará de colocar o Sarney no panteão dos grandes nomes do Brasil. Imortal ela já é...

Caos na saúde
A Sesa tem uma explicação para o caos na saúde. Ou melhor, três: diz que está fazendo o que pode, que a ampliação do Hospital da Criança e do Adolescente (fruto de emenda da deputada Dalva) vai resolver o problema e que os gargalos são herança de governos passados. O que penso: o governo poderia fazer mais (não faz por incompetência ou má fé), a reforma do HCA não resolverá os problemas e com quase quatro anos de gestão, já não era pra olhar mais pro retrovisor.

Despedida
Pelo menos até outubro ficarei ausente deste espaço, em obediência a lei eleitoral. Peço desculpas a minha meia dúzia de eleitores mas preciso tocar projetos políticos, e lutar pelo desenvolvimento do Estado. Ficar inerte diante desse caos administrativo é que não posso. Volto em breve.

CAUSOS E OUTRAS LOROTAS DA POLÍTICA

Em homenagem a José Sarney, relembro uma história contada por Jarbas Passarinho, ex-governador do Pará (1964 a 1966), ex-ministro do Trabalho no governo de Costa e Silva e da Justiça no governo de Fernando Collor.
“José Sarney, governador do Maranhão, recebeu, cavalheiresco, o ministro da Educação que fora proferir a aula inaugural da Universidade Federal.
À tarde, o programa ficou por conta do ministro, que percorreu a universidade, gravou mensagem para a TV local, recebeu delegação de estudantes e ouviu concisa explanação do reitor, o escritor e acadêmico Josué Montelo. A cidade de São Luís estava muito bem tratada. O poeta José Sarney mudara os nomes das ruas, fazendo-os voltar às românticas designações coloniais ou do início do Segundo Império. O jantar seria no Palácio dos Leões, uma bela arquitetura, sede do governo e residência oficial do governante.
Como o Ministério da Educação era também o da Cultura, foi preparado, para o ministro, um evento cultural típico do folclore maranhense: a demonstração do Boi Bumbá.
Um palanque fora providenciado para receber as autoridades, enquanto o povo acompanhava na orla marítima, próxima ao Palácio, a evolução do aplaudido elenco servido por pequeno conjunto musical.
Ao fim da exibição, o governador convidou o ministro para confraternizar com os integrantes do Boi Bumbá. Desceram todos do palanque e ficaram em torno dos figurantes que continuavam a dançar.
O "tripa", que simulava o boi, volteando ao som da música, veio fingir que chifrava o ministro, que não conhecia suficientemente o auto folclórico.
Uma, duas, três vezes, até que o governador Sarney lhe sussurrou ao pé do ouvido: "Ministro, esse boi quer ração..."
Só então o visitante entendeu que precisava abrir a carteira de dinheiro...
Já na Bahia, onde não havia o Boi Bumbá, o governador ACM preparou manifestação popular de agradecimento ao ministro. Terminada a cerimônia, desceram todos do palanque e dirigiram-se para os automóveis.
Um popular, porém, não largou o braço do governador que, afinal, meteu a mão na carteira e dela retirou uma nota, oferecendo-a ao insistente admirador.
Mas não era "ração" o que ele queria. Recusou a nota e disse: "Governador, não quero dinheiro, quero é consideração..."




CAPA 2


TRALHOTO




José Alberto Tostes

Arquitetura do medo: tudo o que olhamos no entorno nos apavora
Autor: José Alberto Tostes

         De acordo com estudos realizados pelas Nações Unidas e OMS (Organização Mundial de Saúde) nas últimas décadas o comportamento do ser humano em todo o Planeta vem mudando substancialmente em relação a forma de organização social e a maneira de viver coletivamente. É cada vez mais comum os investimentos em sistemas de segurança para garantir a chamada “paz em família”. Somente a indústria da área de segurança alcança índices inacreditáveis em relação ao movimento de pessoas e equipamentos, são bilhões e bilhões de dólares, equipamentos cada vez mais sofisticados para proporcionar algum tipo de segurança. O certo é que o contexto contemporâneo também alcançou a área de arquitetura.
            Hoje em dia é muito comum de acordo com relatos do setor da indústria da construção civil, os clientes desejarem casas ou apartamentos que estejam cercados de uma parafernália eletrônica e de outros dispositivos como câmeras, cercas elétricas, portas automáticas, entre tantos outros. No caso da arquitetura tem contribuído para que os muros sejam cada vez mais altos, isolando a paisagem interior da casa da parte externa, contribuindo para a perda de integração com a paisagem na sua totalidade. A mudança de comportamento vem acrescida de outros fatores de igual importância: o crescimento das populações urbanas; o aumento do desemprego; aumento do consumo de drogas; aumento gradual dos elevados índices de violência.
             A sociedade contemporânea se refugiou na arquitetura do medo, de acordo com a associação das empresas imobiliárias nunca se construiu tantos condomínios fechados, isolados e completamente apartados da vida social externa, se formando verdadeiras cidades com características Big Brothers, com câmeras em tudo e qualquer lugar. De acordo com a Associação das empresas imobiliárias, quando um cliente procura um imóvel para comprar ou um apartamento , um dos primeiros pontos que ele averigua está relacionado a segurança interna e externa, assim como o entorno urbano, algo vinculado a psicose dos tempos atuais.
            Portanto, a arquitetura do medo também provocou nos últimos vinte anos a mudança na concepção do espaço interno da casa. Em períodos anteriores era muito comum o cliente solicitar ao arquiteto a preferência pela cozinha na parte de trás da casa, passados alguns anos, a preferência nos dias atuais está para a localização da cozinha na parte lateral e ou na frente da casa, pois este espaço ganhou uma atenção bem maior que o espaço da sala de estar ou jantar. O que se percebe é uma mudança de comportamento que também foi motivada por questões de segurança em relação ao meio externo.
         A arquitetura do medo apresenta outra faceta para ser avaliada com algum cuidado, com o aumento dos dispositivos de isolamento, ocorre na mesma proporção a perda dos valores de troca externa: o isolamento da vizinhança; a perda de identidade entre as pessoas, e por fim, a baixa interação social entre os diferentes grupos. Tão grave quanto o sentimento pela insegurança foi aos poucos perder as relações que sempre existiu quando se vive em comunidade. Diante de tal cenário, é importante refletir o que vem produzindo a arquitetura do medo em toda a sociedade?
        É evidente que assim como espaço interno por trás dos muros tem gerado insegurança, o espaço externo público também vem mudando a sua configuração social, pode-se dizer que neste caso, é o espaço público do medo. As praças, lugares públicos abertos, paradas de ônibus e feiras também vem se tornando escasso. Outros estudos mostram que a preocupação com a segurança reflete na mudança de atitude nas escolhas dos locais frequentados, troca-se a feira pelo supermercado, as lojas de ruas pelo Shopping Center, e assim por diante.
          Estaria a sociedade contemporânea assumindo um risco ainda maior de se refugiar em um tipo de sociedade cada vez mais elitista, pois para investir na arquitetura do medo é fundamental ter recursos para gastar em dispositivos cada vez mais caros. As cidades sempre foram marcadas pela relação das trocas simbólicas entre os grupos e pessoas. Para corroborar com este quadro, deve-se salientar que a internet vem contribuindo para que a sociedade venha se tornando um paralelo entre a vida real e o mundo virtual. É comum, por todos os lugares, você vê as pessoas almoçando, jantando e ao mesmo tempo estarem digitando, é como se fosse uma necessidade plena das funções orgânicas do corpo, algo preocupante quando se trata de avaliar o que estamos nos tornando.
        Então, a arquitetura do medo vem produzindo outras mudanças de acordo com especialistas, seria a redução gradual das dimensões da casa, fato que estaria relacionado a forma mais adequada do controle espacial de toda a área. Verdadeiramente,vive-se um momento paradoxal, de pensar sobre o que é viver em comunidade no novo milênio. Contraditoriamente o antídoto contra a violência é a própria organização dos grupos sociais, melhorando os níveis de qualidade de vida, reduzindo índices de pobreza, dando condições de acesso à educação e saúde. Em nada irá resolver a arquitetura do medo, se tudo o que olhamos no entorno nos apavora.



Infância e Adolescência

Infância e Adolescência
Bullying




O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou uma campanha para ajudar pais e educadores a prevenir e enfrentar a  violência física ou psicológica contra pessoa incapaz de se defender, também conhecida como Bullying.

Os materiais mostram como lidar com esse fenômeno na comunidade e na escola que prejudica e interfere na formação de milhares de crianças e adolescentes no mundo todo.
A campanha é composta por spots e cartilha escrita pela médica psiquiatra, Ana Beatriz Barbosa Silva. A autora também escreveu o livro “Bullying: Mentes Perigosas nas Escolas” sobre o mesmo tema.
Justiça na Escola
A campanha sobre o Bullying é uma das ações do programa Justiça na Escola que tem o objetivo de aproximar o Judiciário e as instituições de ensino do país no combate e na prevenção dos problemas que afetam crianças e adolescentes.
O CNJ coordena o Justiça na Escola em parceria com as Coordenadorias de Infância e Juventude dos Tribunais de Justiça de todo o país, associações de magistrados e órgãos ligados à educação.


A proposta do programa é debater temas como combate às drogas, bullying, violência nas escolas, evasão escolar, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e cidadania, com a participação de juízes, professores, educadores, técnicos em psicologia e serviço social, alunos e pais e demais interessados. Por meio dessas discussões, busca-se estimular o trabalho articulado entre as instituições de Justiça e de Educação.

COPA DO MUNDO 2014


Piscina do estádio Glicério Marques, no Centro de Macapá, está com sujeira e abandono

Desporto amapaense
Estruturas sucateadas

Reinaldo Coelho
Da Reportagem

As diversas estruturas esportivas da cidade de Macapá, criadas para incentivar Modalidades do esporte amador, hoje estão subutilizados ou, literalmente, abandonados. Entre elas, destacam-se a Piscina Olímpica, o Ginásio Paulo Conrado e as Arenas Esportivas dos Bairros.
Piscina Olímpica Capitão Euclides Rodrigues - matagal

Junto ao esquecimento das estruturas físicas, estão os atletas. Eles tentam sobreviver ao descaso do poder público e à falta de incentivo para desenvolver o talento e aprimorar o desempenho. Sem apoio oficial num estado dependente de verbas pública, é cada vez mais difícil para os atletas representar o Amapá, com destaque, nas competições nacionais e internacionais.
De acordo com atletas e dirigentes esportivos, não faz muito tempo, o desporto, em todas as suas modalidades, recebiam incentivo e tinham prestígio o que não acontece mais. A época de ouro do esporte local passou, e eles não se conformam com o esquecimento do esporte.

Esse descaso não tem apenas o Governo do Amapá como principal protagonista. A Prefeitura de Macapá também está colaborando para os atletas amapaenses despontem para o anonimato.
Amapaenses vitoriosos no atletismo local e sem apoio - Cópia

Segundo levantamento dos próprios desportistas, cerca de 1.500 atletas treinam voleibol, basquetebol, atletismo, natação e ciclismo, badminton judô, karate, Jiu jitsu e Tae-kwon-do  no Amapá. Sem incentivo oficial, a única saída é o incentivo da família, para que sejam ‘adotados’ por outras unidades da federação, onde o apoio aos atletas é uma das prioridades dos governantes.

Nesse cenário de abandono, mais de oito amapaenses, em poucos meses, estarão competindo pela seleção brasileira masculina, feminina e juvenil em várias modalidades. No Jiu jitsu e Tae-kwon-do o destaque é Venilton Torres; no tênis de mesa, a já consagrada Belissa Lisboa, que se transferiu com suas raquetes para Santa Catarina,
Não apenas Venilton e Belissa, mas nos demais casos, os recursos para treinar e descobrir esses atletas se restringe à iniciativa familiar, sem nenhum respaldo do poder público ou da iniciativa privada.
Amapaense Venilton Torres no podio e na seleção brasileira de Taekwond - Cópia

Elaine Tavares e Venilton Torres Teixeira ladeam o mestre Bruno Igreja - Cópia

“Se fôssemos depender do governo para treinar atletas de alto rendimento em nosso Estado, estaríamos perdidos”, avalia o ex-presidente da Federação de Taekwondo, mestre Junior Maciel.
Uma das revelações do atletismo Thayson Viana, treina em locais impróprios. Mas medalha sempre que compete
Uma das situações mais vexatórias ocorre no atletismo. Grandes nomes, como André Brito e Thayson Viana, são obrigados a treinar em qualquer lugar, por completa falta de estrutura na capital.

Pista de atletismo do 'Zerão' ainda não teve instalação iniciada

“O esporte é bastante incentivado por outros Estados, mas aqui não temos a mesma força”, avalia Thayson. Ele acredita que a Prefeitura de Macapá tem o dever de dar apoio para destacar seus talentos. “Mas não é o que acontece. Não temos sequer local para treinar. O Estádio Zerão, que tem uma pista de atletismo, que ainda não foi inaugurado”, reclama.

Modalidade que já teve sua geração de ouro, a natação também é o retrato do abandono. A piscina Olímpica – com sede administrativa, sanitários e lanchonete – há anos não passa por uma reforma. Parece piada, mas até a água da piscina está contaminada. No passado, o parque aquático foi usado para provas nacionais e internacionais.
A piscina do estádio Glicério de Souza Marques, no Centro de Macapá, vive situação similar. O lugar parece mais um depósito de lixo com muita sujeira, mato alto e frascos vazios de produtos de limpeza.

Recentemente, a piscina do Glicério recebia  cerca de 400 alunos entre crianças, atletas profissionais e idosos, que praticavam hidroginástica. A reforma começou em 2008, mas foi interrompida em 2009.

 Nadador Eliel Oliveira 
Com poucas opções para treinar, o nadador Eliel Oliveira vai disputar duas importantes competições no segundo semestre de 2014: o Torneio Aberto Brasil Masters de Natação, em São Paulo e o Mundial, na cidade de Montreal, no Canadá.

Com tristeza, Eliel lembra que já treinou na Piscina do Glicério Marques. “É muito triste o que aconteceu, pois a piscina do Glicério é essencial para a formação de novos atletas”, conclui.


ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...