sexta-feira, 29 de agosto de 2014
EDITORIAL
EDITORIAL
A mordaça, a burrice e a paixão cor de sol
A imprensa de oposição tem enfrentado nos últimos
meses, mais severamente, situações análogas aos tempos mais duros da ditadura
militar. A dificuldade de conviver com opiniões contrárias tem se refletido em
ações truculentas executadas por tentáculos ligados ao sistema que vem tentando
sufocar quem não compactua com a atual gestão. Já tiraram programas do ar,
impediram de citar nomes além de derramar todos os dias um volume absurdo de
processos nos estúdios e redações dos veículos de oposição em um comportamento
que deixaria Franco e Pinochet de queixo caído.
Mas o último acontecimento equiparou os personagens
locais a um Costa e Silva e até mesmo Médici ou até o próprio Kadaff.
Simplesmente determinaram a suspensão de uma programação de TV até 5 de
outubro, dia da eleição no mais avesso do avesso dos raciocínios. A decisão é
liminar e não deve se sustentar quando os recursos forem analisados por alguém
com lucidez, imparcialidade e bom senso, elementos que devem guiar a Justiça.
A Declaração de Princípios Sobre Liberdade de
Expressão, aprovado
pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos em seu 108º período ordinário
de sessões, celebrado de 16 a 27 de outubro de 2000 diz em seu parágrafo 5 que:
A censura prévia, a interferência ou pressão direta ou indireta sobre qualquer
expressão, opinião ou informação através de qualquer meio de comunicação oral,
escrita, artística, visual ou eletrônica deve ser proibida por lei. As restrições
à livre circulação de ideias e opiniões, assim como a imposição arbitrária de
informação e a criação de obstáculos ao livre fluxo de informação, violam o
direito à liberdade de expressão.
Se
isto não for mesmo uma “ditadura branca” com nuances encardidos, somente este
parágrafo já seria suficiente em poupar a Justiça do Amapá desta aberração
ridícula, arbitrária e reacionária. Vivemos em tempos de liberdade e respiramos
ares de democracia que custaram muito caro. Tantos e tantos tombaram, outros
convivem com sequelas terríveis tanto físicas quanto psicológicas, mas
libertaram o Brasil dos grilhões da tortura e da opressão. Democracia é
conviver com ideias diversas e saber respeitá-las. Quando uma gestão, seja ela
estadual, municipal ou federal destoa disso querendo fazer valer somente o que
tem como certo, nos ronda o fantasma obscuro e sombrio da opressão. O
jornalista é acima de tudo um ser inquieto que vive do pensamento e da
formulação de ideias. Jornalistas questionam e têm por hábito querer ver o que
existe do outro lado da cortina. Tem horror e nojo de ditadores que os rondam
empunhando mordaças. É preciso separar o jornalista, das criaturas rasteiras
que vendem a língua ou alugam a caneta em troca de migalhas. Amordaçar a
imprensa para se poupar de críticas alimentadas pelo próprio povo é um ato
acima de tudo, burro. E a burrice é outro fator que enoja quem pensa. Mas pior
que a burrice é aceitá-la e compactuar com ela. Mesmo que ela venha camuflada e
apaixonadamente vestida em tons cor de sol.
10 razões para legalizar as drogas
10 razões para legalizar as drogas
Por Juan Carlos Hidalgo
1. A
legalização colocaria fim a parte exageradamente lucrativa do negócio do
narcotráfico, ao trazer para a superfície o mercado negro existente.
2. A legalização reduziria dramaticamente o preço das drogas,
ao acabar com os altíssimos custos de produção e intermediação que a proibição
implica. Isto significa que muita gente que é viciada nestas substâncias não
teria que roubar ou prostituir-se com o fim de custear o atual preço
inflacionado destas substâncias.
3. Legalizar as drogas faria com que a fabricação dessas
substâncias se encontre dentro do alcance das regulações próprias do mercado
legal. Abaixo da proibição, não existem controles de qualidade ou vendas de
doses padronizadas.
4. O narcotráfico tem estendido seus tentáculos ao cenário político
dos países. A legalização acabaria com esta nefasta aliança do narcotráfico e o
poder político.
5. Legalizar as drogas acabaria com um fonte importante de corrupção,
a qual aumenta em todos os níveis do governo devido ao fato de uma substancial
parte de toda a classe de autoridades tem sido compradas, subornadas e
extorquidas por narcotraficantes, criando um grande ambiente de desconfiança
por parte da população quanto ao setor público de forma geral.
6. Os governos deixariam de desperdiçar bilhões de dólares no combate
as drogas, recursos que seriam destinados a combater os verdadeiros criminosos:
os que violam os direitos dos demais (homicidas, fraudadores, estupradores,
ladrões etc).
7. Com a legalização se acaba com o pretexto do Estado de violar
nossas liberdades civis com o fim de levar a cabo esta guerra
contra as drogas. Grampos telefônicos, buscas, registros legais, censura e
controle de armas são atos que atentam contra nossa liberdade e autonomia como
indivíduos.
8. Legalizar as drogas desativará a bomba-relógio em que se converteu
a América Latina, especialmente os países andinos, América Central e México.
Isto tem levado a uma intervenção crescente por parte dos EUA, país que desde
quase mais de uma década vem fortalecendo sua presença militar na região de uma
maneira nunca vistadesde o fim da Guerra Fria.
9. Em uma sociedade onde as drogas são legais, o número de vítimas
inocentes produzidas pelo consumo e venda de entorpecentes seria reduzido
substancialmente. Grande quantidade de pessoas que nunca consumiram essas
substâncias ou que não estão relacionadas com essa atividade se veem
prejudicadas ou perdem a vida devido as “externalidades” da guerra contra as
drogas: violência urbana, abusos policiais, confiscos de propriedades, revistas
e buscas equivocadas, entre muitos outros casos.
10. A
legalização conduzirá a sociedade a aprender a conviver com as drogas, tal e
como tem feito com outras substâncias como o álcool e o cigarro. O processo
de aprendizagem social é extremamente valioso para poder diminuir e
internalizar os efeitos negativos que derivam do consumo e abuso de certas
substâncias.
[1] Juan Carlos Hidalgo é o analista político para a América Latina do
Center for Global Liberty and Prosperity. Escreve frequentemente para os
jornais americanos International New
York Times, Miami Herald, Forbes, Huffington Post, New York Post, El
País (Espanha), La Nación (Argentina), El Tiempo (Colômbia), El Universal
(México), El Comercio (Perú), e El Mercurio (Chile). Atua como comentarista
recorrente nos canais BBC News, CNN en Español, Univisión, Telemundo, Voice of
America, Al Jazeera e Bloomberg TV.
Publicado
originalmente no Portal Libertarianismo
NAS GARRAS DO FELINO
Nas garras do felino
Covardia
Por vias transversas a oposição tenta desesperadamente mudar
a rota inexorável que a eleição majoritária tomou. W 12 em todas as pesquisas
desponta cada dia na preferência do eleitor. Trapaça, Deus condena. Lembram-se
dessa praga que a gente desejava ao trapaceiro no jogo de peteca? Pisica
Camilo!
Paulo Madeira
O juiz Paulo Cezar do Vale Madeira da 6ª Vara Civil e de
Fazenda Pública disse que sua decisão não afeta a candidatura de W 12 na
questão eleitoral. O TRE o julgou ficha limpa a unanimidade 6 x 0. O jogo
rasteiro é forte dos amarelos.
SOS TRE
Os funcionários que ocupam cargo de confiança estão
denunciando e pedindo que o TRE fiscalize as secretarias de governo. Eles
alegam que estão sendo obrigados a irem pedir voto para Camilo no segundo
expediente. Quem não for...
Adesão
A campanha de W 12 continua conquistando adeptos. Recente
aderiram à campanha o ex-prefeito de Santana Nogueira e o atual, Robson Rocha.
E o Amapá se juntando para mudar a desgraceira que o Estado virou.
Fulo da vida
Tayson Tyassú, candidato a deputado estadual pelo PRTB está
fulo da vida com o jornalista Paulo Silva. Paulão deu uma barrigada e disse que
Tayson estava inelegível. Não é verdade.
Arbítrio
Militância do PSB não consegue mesmo conviver com a
divergência. Numa manifestação de professores em Calçoene eles tentaram impedir
de forma agressiva os professores. Tentaram partir para as vias de fato.
Normal, não conseguem argumentos e aí tentam o processo da intimidação através
da força física. Wendel assessor do governador era um dos agressores.
Extra, extra
Governador Camilo Capiberibe enfrentará um pedido de cassação
impetrado por uma banca de advogados que acusam o atual gestor de improbidade
administrativa e outros crimes.
Bola dentro
Randolfe Rodrigues cobrou mais compromisso da Anatel com o
cidadão e maior rigor na fiscalização das empresas telefônicas. Denunciou o
colapso do serviço da TIM por três dias e afirmou que a empresa não irá abater
essa interrupção dos serviços na conta dos clientes. Anunciou que vai acionar o
MPF no Amapá para apurar responsabilidades. Aí tá certo.
Quem apostou perdeu
É verdade. Quem apostou que o crescimento da Marina Silva
seria passageiro, apenas fruto da comoção com a brusca morte de Eduardo Campos
se enganou. Ela já passou Aécio (PSDB) e segue firme no calcanhar da Dilma.
Ibope simula que um possível segundo turno entre as duas mulheres, dá a
acreana. Quem viver verá?
Não convence
O Camilo Capiberibe candidato do PSB a reeleição parece que
não convence a maioria dos eleitores com seu discurso. Cada promessa, cada
crítica desperta mais indignação no povo. Todas as suas palavras são gravadas e
desacreditadas. Ele vai para o segundo turno?
Bolsa Família
Técnicos amapaenses do
IBGE detectam erros e MDS corrige
Da Redação
Em 80 anos de existência o IBGE construiu
reputação de qualidade técnica, independência, seriedade e respeito, inclusive
no exterior e essa imagem não pode ser abalada por ingerência política. Este
ano alguns políticos e a administração do instituto, aderiram a possibilidade da
não divulgação da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicilio (Pnad).
De imediata uma rebelião dos técnicos do IBGE
contra a suspensão e a expectativa da mudança da metodologia que levou anos
sendo aperfeiçoa virou o jogo.
Esse cuidado e a confiança no trabalho desses
técnicos trouxeram mais uma prova de que a administração publica, não tem
qualificado seus servidores e o cuidado na fiscalização de dados absurdos sobre
os investimentos realizados pela União através de seus ministérios e
autarquias.
Isso ficou provado na semana passada, quando os
técnicos amapaense ao analisar os dados divulgados pelo Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) sobre a transferência de recursos
do programa Bolsa Família, referente ao mês de agosto, para o Amapá, apresentam
informações equivocadas sobre a ótica populacional no estado.
A constatação e afirmação foram feita pelos
técnicos do IBGE-AP, Adrimauro Gemaque e Joel Silva, durante entrevista a uma rádio local no dia 23 de agosto.
Segundo o MDS, o Amapá tem 359.159 famílias que
recebem o benefício. “O problema é quando se abre a planilha por município. Os
números simplesmente não batem, são muito inferiores. Não se sabe a metodologia
utilizada pelo MDS, mas esses números são contraditórios”, disse o técnico
Adrimauro Gemaque.
Segundo o MDS, o município de Vitória do Jari
tem o maior valor médio de remuneração por família, chegando a R$ 306,56. Para
os estatísticos do IBGE, entre o número de famílias mostradas na planilha e o
repasse de R$ 73 milhões feito pelo Ministério, existe um distanciamento muito
grande.
“Os números diferem da realidade. São diminutos
dentro do documento. Com isso pode se perguntar: pra onde está indo esse
dinheiro?”, declarou Joel Silva.
Dados do IBGE mostram que no Amapá 9,93% da
população vivem na linha extrema da pobreza. Isso corresponde a 72 mil famílias
que vivem com até R$ 70 por mês. Quando se associa ao número de pobres, o
número de famílias chega a 150 mil.
O mais importante o MDS constatou e confirmou
que haviam errado e enviaram aos técnicos amapaense uma nota (leia abaixo) e de
acordo com a declaração do técnico Adrimauro Gemaque a nossa reportagem. “As
informações divulgados (18/08) pelo MDS referente ao número de famílias
vinculadas ao Programa do Bolsa Família, nos levou a vários questionamentos em
relação aos dados que foram apresentados. Estavam muito a quem da realidade em
função da população do Estado do Amapá. Mesmo porque, quando confrontava-se a
nível municipal as informações eram diferente”.
O MDS
reconheceu que houve equívoco e nos enviou a nota que segue
Prezados Joel e Adrimauro.
Enviamos resposta ao jornal Diário do Amapá, que publicou matéria no último domingo, 24 de agosto, com o título “Técnicos do IBGE questionam números do MDS sobre o Bolsa Família no Amapá”, informando que o número de famílias beneficiárias do Bolsa Família no estado do Amapá é de 54.932 e não 359.195. A falha ocorreu devido a um erro de digitação da equipe da assessoria de comunicação no momento da formulação da tabela enviada à imprensa junto com o release, substituindo os dados do Amapá com os do estado do Amazonas. Não há erro nos dados produzidos pelo corpo técnico do ministério e nem no pagamento efetuado. Lamentamos o ocorrido e ficamos à disposição para qualquer outro esclarecimento.
Atenciosamente.
____________________________________________________
Júlio César Amaral
Assessor de Imprensa
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
(61) 2030.1451
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