Ou pelo menos
diminuíssemos? É possível? O que fazer?
Por
Herval Sampaio e Joyce Morais
Não raras são as notícias de corrupção na política,
lavagem de dinheiro e desvio do erário público em nosso país.

O cidadão, que tem como direito e dever fiscalizar seus
representantes, deve estar cada vez mais atento às promessas de campanha e ao
que realmente os governantes realizam com o dinheiro da população, não podendo
somente reclamar e resmungar. A transferência de responsabilidade deve ficar no
passado. Agora é hora de chamar para si e fazermos a nossa parte, denunciando
todo indício de corrupção e fiscalizando sempre aqueles que mexem com o
dinheiro público.
Todos esses episódios de corrupção envolvendo a Petrobrás
e a Operação Lava Jato ajudaram a piorar a colocação do Brasil no ranking que
mede a percepção desse fator entre 176 países. O Brasil, em estudo feito pela
Transparência Nacional em 2016 caiu pra 79º lugar e a tendência é piorar, pois
não podemos parar de investigar e punir os assassinos corruptos de nossa
pátria.

E além de todos esses malefícios internos que a corrupção
acarreta, ainda causa também prejuízos frente aos outros Governos,
desvalorizando a nossa Nação ante o cenário internacional. Os escândalos de
corrupção constroem uma imagem negativa para a população mundial que, receosa,
deixa de investir em turismo e em negócios no país. Esta perda de investimento
nos últimos anos é incalculável e junto com a nova política dos EUA, sem sombra
de dúvidas, dificultará ainda mais a nossa combalida economia.
Vejam
os reflexos diretos e imediatos desses atos de corrupção, antes banalizados,
hoje felizmente investigados e punindo os corruptos, independentemente de seu
poder econômico e político.
A crise moral, política e social causada por esses tristes
episódios, ainda arruínam a economia do país. Os noticiários recentes apontam
que o brasileiro perdeu poder aquisitivo, está com menor poder de compra, pois
o valor do dólar disparou e aumentou a inflação, deixando o custo de vida mais
alto e acarretando muitas demissões. Estima-se que chegaremos em breve a casa
dos 23 milhões de desempregados. É assustador!
Com o número de desemprego alto, surge então uma bola de
neve: preços elevando e dívidas crescendo. O brasileiro retira o filho da
natação, da aula de inglês, cancela a viagem, não vai mais a restaurantes, nem
a teatros. Não tem dinheiro mais pro lazer. Agora resta o essencial: suprir as
necessidades básicas com alimentação, moradia, educação e saúde. E o pior, até
estas se tem grandes dificuldades. Não é a toa que aumentou significativamente
o número de pessoas que moram nas ruas.
Mas
será que você já parou pra pensar em como seria viver num país livre de
corrupção e impunidade? Que mudanças teríamos na infraestrutura das cidades, na
qualidade de vida da população, nos salários dos empregados? Você já se
perguntou como a corrupção afeta a sua vida?
Países com menores índices de desonestidade, como por
exemplo, o Canadá, a Noruega e a Dinamarca possuem mais qualidade de vida, uma
vez que apresentam os melhores Índices de Desenvolvimento Humano. O IDH é uma
estatística que considera dados como a expectativa de vida ao nascer, educação
e PIB per capita (como um indicador do padrão de vida). Menos corrupção
significa melhores serviços, tanto públicos como privados, o que gera mais
renda para a população e movimenta a economia.
Conforme pesquisa do departamento de competitividade e
tecnologia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp),
atualmente, cada brasileiro recebe uma média de quase quinze mil reais por ano.
Se não houvesse corrupção e o dinheiro chegasse realmente à sua finalidade, ele
passaria a receber mais dois mil reais por ano. Mas esse valor nunca chega ao
trabalhador, é antes desviado pelos corruptos.
A
cada 1 (hum) real que deveria ser aplicado no serviço público, estima-se que 70
(setenta) centavos são desviados. Imaginem, se pelo menos, diminuíssemos essa
margem?
Nós poderíamos viver com melhores serviços públicos:
escolas e hospitais funcionando em normalidade, com boa estrutura material e
humana, adequado sistema de transportes, cidades menos violentas, profissionais
como professores e policiais mais valorizados, entre outras benfeitorias que
não acontecem porque há dinheiro, mas ele não chega ao local correto. É
simplesmente desviado para o bolso de safados que veem crianças morrendo e não
sentem nada.
E
quando são presos, ainda têm a cara de pau de alegar tanta besteira que,
sinceramente, embrulha o estômago dos brasileiros honestos de nossa pátria!

Então, amigos e amigas que acompanham nossa luta, se junte
a ela e faça sua parte em toda oportunidade que tiver, pois só assim sairemos
dessa difícil situação que nos metemos e por mais que muitos brasileiros não
tenham nenhuma relação direta com atos ilícitos, temos que nos tocar de nossa
responsabilidade como cidadão, independente da origem em si de cada ato
ilícito.
Com
a palavra e principalmente, atitudes, sempre, o cidadão brasileiro!
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