sábado, 27 de maio de 2017

Editorial






A força das cooperativas

Em meio à série de marcos negativos na economia, uma boa notícia: nossas cooperativas vão muito bem, obrigado, provando que mesmo diante de adversidades na economia é possível crescer.
No Amapá, as cooperativas têm avanços significativos. No setor primário, considerado ainda o mais baixo, o impacto é de quase 3,2% sobre toda a produção agrícola. No setor secundário, os números são melhores, 10%. Mas é no setor terciário que está a melhor participação das cooperativas. Juntas, elas representam 86,8% do PIB do Amapá.
O termo cooperativa define-se por uma sociedade de forma e natureza jurídica próprias, não sujeita à falência, e orientada à prestação de serviços aos associados. As cooperativas são um importante fator de desenvolvimento socioeconômico, não apenas pela geração de emprego e renda, mas também estruturando o desenvolvimento de diversas cadeias produtivas no campo.
Gerações de agricultores, como os da Colônia do Matapi, em Porto Grande, no norte oeste do estado, apostam na força do cooperativismo. A sucessão rural com base no cooperativismo está dando certo. Só em 2014, com uma produção de 50 toneladas entre polpas, verduras e frutas, os cooperados obtiveram uma renda de R$ 300 mil.
Mas apesar dos êxitos o sistema de cooperativismo também enfrente obstáculos. 72,03% de áreas protegidas divididas entre unidades de preservação e conservação. 11,4% sob o domínio do Estado e apenas 1,15% das terras destinadas para as atividades econômicas.
Finalmente podemos concluir que as cooperativas, agrupadas ou não, é um caminho para o desenvolvimento sustentável, porque promovem a inclusão social, permitem melhor distribuição de renda e potencializam a economia local.
Há uma preocupação de gerar progresso conforme a aptidão das populações e de acordo com o potencial econômico da região cooperativada. Pelo fato de os membros, associados, viverem ali mesmo, todas as ações de desenvolvimento buscam harmonia com o meio-ambiente. É o que se designa de imperativo ambiental, ou ecoeficiência, preocupação ligada à sustentabilidade a longo prazo.
As pessoas que se reúnem em cooperativas creem em um modelo econômico diferenciado, no qual as decisões são coletivas e os resultados distribuídos com equidade, conforme a participação de cada indivíduo. Honestidade, responsabilidade social, transparência e preocupação com o meio ambiente são valores essenciais das cooperativas. A regra de ouro é buscar resultados economicamente viáveis, ecologicamente corretos e socialmente justos.

Esperamos que essa ferramenta de desenvolvimento econômico, somada as outras em implantação, dê o norte para o Amapá e que o crescimento que hora surge no horizonte do cerrado amapaense, se concretize como política de Estado e não de governo, pois assim teremos a garantia de sua continuidade plena.

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