A força das cooperativas
Em meio à série de marcos
negativos na economia, uma boa notícia: nossas cooperativas vão muito bem,
obrigado, provando que mesmo diante de adversidades na economia é possível
crescer.
No Amapá, as cooperativas
têm avanços significativos. No setor primário, considerado ainda o mais baixo,
o impacto é de quase 3,2% sobre toda a produção agrícola. No setor secundário,
os números são melhores, 10%. Mas é no setor terciário que está a melhor
participação das cooperativas. Juntas, elas representam 86,8% do PIB do Amapá.
O termo cooperativa
define-se por uma sociedade de forma e natureza jurídica próprias, não sujeita
à falência, e orientada à prestação de serviços aos associados. As cooperativas
são um importante fator de desenvolvimento socioeconômico, não apenas pela
geração de emprego e renda, mas também estruturando o desenvolvimento de
diversas cadeias produtivas no campo.
Gerações
de agricultores, como os da Colônia do Matapi, em Porto Grande, no norte oeste
do estado, apostam na força do cooperativismo. A sucessão rural com base no
cooperativismo está dando certo. Só em 2014, com uma produção de 50 toneladas
entre polpas, verduras e frutas, os cooperados obtiveram uma renda de R$ 300
mil.
Mas
apesar dos êxitos o sistema de cooperativismo também enfrente obstáculos.
72,03% de áreas protegidas divididas entre unidades de preservação e
conservação. 11,4% sob o domínio do Estado e apenas 1,15% das terras destinadas
para as atividades econômicas.
Finalmente podemos concluir
que as cooperativas, agrupadas ou não, é um caminho para o desenvolvimento
sustentável, porque promovem a inclusão social, permitem melhor distribuição de
renda e potencializam a economia local.
Há uma preocupação de gerar
progresso conforme a aptidão das populações e de acordo com o potencial
econômico da região cooperativada. Pelo fato de os membros, associados, viverem
ali mesmo, todas as ações de desenvolvimento buscam harmonia com o meio-ambiente.
É o que se designa de imperativo ambiental, ou ecoeficiência, preocupação
ligada à sustentabilidade a longo prazo.
As pessoas que se reúnem em
cooperativas creem em um modelo econômico diferenciado, no qual as decisões são
coletivas e os resultados distribuídos com equidade, conforme a participação de
cada indivíduo. Honestidade, responsabilidade social, transparência e
preocupação com o meio ambiente são valores essenciais das cooperativas. A
regra de ouro é buscar resultados economicamente viáveis, ecologicamente
corretos e socialmente justos.
Esperamos que essa
ferramenta de desenvolvimento econômico, somada as outras em implantação, dê o
norte para o Amapá e que o crescimento que hora surge no horizonte do cerrado
amapaense, se concretize como política de Estado e não de governo, pois assim
teremos a garantia de sua continuidade plena.
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