Intervenção Fonoaudiológica nos
Quadros de Câncer de Cabeça e Pescoço
Bom dia!! Sejam bem-vindos a mais
um Fala Fono!!
O dia 27 de Julho é o Dia Mundial
de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço, e durante todo o
mês de Julho, a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP)
promove atividades de conscientização e informação, com o objetivo de mobilizar
a população e autoridades com a campanha #julhoverde.
Os tumores de cabeça e pescoço são uma denominação genérica do câncer
que se localiza em regiões como boca, língua, palato mole e duro, gengivas,
bochechas, amígdalas, faringe, laringe (onde é produzida a voz), esôfago, tireoide
e seios paranasais.
O diagnóstico
precoce e o rápido início do tratamento são fundamentais para a cura do câncer
de cabeça e pescoço. Um dos principais problemas para o tratamento é o
diagnóstico tardio, que ocorre em 60% dos casos, deixando sequelas no paciente.
Segundo levantamento do Inca, o câncer de boca,
laringe e demais sítios é hoje o segundo mais frequente entre os homens, atrás
somente do câncer de próstata. Nas mulheres, prepondera o câncer da tireoide,
sendo o quinto mais comum entre elas.
Outro alvo
também atinge fumantes e pessoas que fazem uso frequente de bebidas alcoólicas.
Porém é cada vez mais frequente o diagnóstico da doença em indivíduos jovens
(menores que 45 anos), sem a exposição a estes fatores, com tumores originados
pelo HPV.
Você sabia que a Fonoaudiologia
tem importante papel no tratamento do Câncer de Cabeça e Pescoço?
Sua atuação começa no
pré-operatório, quando fornece aos familiares informações quanto às possíveis
sequelas, que podem variar de acordo com a gravidade do quadro, mas quase
sempre existirão dificuldades de fala, voz e alimentação, e sobre o processo de
reabilitação fonoaudiológico. Este é um
momento muito importante, uma vez que aqui se inicia o vínculo
terapeuta/paciente.
No pós-operatório, o Fonoaudiólogo
acompanha a evolução, fazendo visitas rápidas e frequentes. Se necessário,
realiza a avaliação clinica das funções do sistema estomatognático e solicita a
avaliação objetiva da deglutição e/ou fonação.
A intervenção propriamente dita,
a reabilitação fonoaudiológica de fato, começa após a segunda semana de
pós-operatório, quando a cicatrização já está completa ou então, após a alta
hospitalar com o encaminhamento médico.
O principal objetivo da
fonoterapia em câncer de cabeça e pescoço é a reabilitação da deglutição (ato
de engolir). Após, se necessário, realiza-se o trabalho fonoarticulatório e
vocal.
A reabilitação fonoaudiológica
pode ser direta ou indireta, envolvendo estimulação sensorial, manobras de
proteção de via aérea e posturais, exercícios fisiológicos e adaptação de
próteses orais.
A integração do fonoaudiólogo com
a equipe interdisciplinar é essencial para que o indivíduo tenha as melhores
possibilidades de adaptação após o tratamento do câncer de cabeça e pescoço.
O Fala Fono!! vai ficando por
aqui! Até a próxima!
Fala Fono!!
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