domingo, 30 de julho de 2017

FALA FONO

Intervenção Fonoaudiológica nos Quadros de Câncer de Cabeça e Pescoço

Bom dia!! Sejam bem-vindos a mais um Fala Fono!!
O dia 27 de Julho é o Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço, e durante todo o mês de Julho, a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) promove atividades de conscientização e informação, com o objetivo de mobilizar a população e autoridades com a campanha #julhoverde.
Os tumores de cabeça e pescoço são uma denominação genérica do câncer que se localiza em regiões como boca, língua, palato mole e duro, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe (onde é produzida a voz), esôfago, tireoide e seios paranasais.
O diagnóstico precoce e o rápido início do tratamento são fundamentais para a cura do câncer de cabeça e pescoço. Um dos principais problemas para o tratamento é o diagnóstico tardio, que ocorre em 60% dos casos, deixando sequelas no paciente.
Segundo levantamento do Inca, o câncer de boca, laringe e demais sítios é hoje o segundo mais frequente entre os homens, atrás somente do câncer de próstata. Nas mulheres, prepondera o câncer da tireoide, sendo o quinto mais comum entre elas.
Outro alvo também atinge fumantes e pessoas que fazem uso frequente de bebidas alcoólicas. Porém é cada vez mais frequente o diagnóstico da doença em indivíduos jovens (menores que 45 anos), sem a exposição a estes fatores, com tumores originados pelo HPV.
Você sabia que a Fonoaudiologia tem importante papel no tratamento do Câncer de Cabeça e Pescoço?
Sua atuação começa no pré-operatório, quando fornece aos familiares informações quanto às possíveis sequelas, que podem variar de acordo com a gravidade do quadro, mas quase sempre existirão dificuldades de fala, voz e alimentação, e sobre o processo de reabilitação fonoaudiológico.  Este é um momento muito importante, uma vez que aqui se inicia o vínculo terapeuta/paciente.
No pós-operatório, o Fonoaudiólogo acompanha a evolução, fazendo visitas rápidas e frequentes. Se necessário, realiza a avaliação clinica das funções do sistema estomatognático e solicita a avaliação objetiva da deglutição e/ou fonação.
A intervenção propriamente dita, a reabilitação fonoaudiológica de fato, começa após a segunda semana de pós-operatório, quando a cicatrização já está completa ou então, após a alta hospitalar com o encaminhamento médico.
O principal objetivo da fonoterapia em câncer de cabeça e pescoço é a reabilitação da deglutição (ato de engolir). Após, se necessário, realiza-se o trabalho fonoarticulatório e vocal.
A reabilitação fonoaudiológica pode ser direta ou indireta, envolvendo estimulação sensorial, manobras de proteção de via aérea e posturais, exercícios fisiológicos e adaptação de próteses orais.
A integração do fonoaudiólogo com a equipe interdisciplinar é essencial para que o indivíduo tenha as melhores possibilidades de adaptação após o tratamento do câncer de cabeça e pescoço.
O Fala Fono!! vai ficando por aqui! Até a próxima!
Fala Fono!!



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