quarta-feira, 31 de maio de 2017

Artigo de José Renato Campos

Brasil... sil... sillll


Atualmente o Brasil passa por momentos difíceis na política e economia. A economia sofre com 14 milhões de desempregados embora haja sinalização de alguma melhora em um futuro próximo uma vez que a inflação diminuiu e a taxa de juros básica vem decrescendo.

Assim, o agravante dessa grande crise é a política. Nossos representantes no legislativo e executivo estão tão distantes do eleitor que uma saída para essa profunda crise não virá tão brevemente. 
Dentre todas as alternativas propostas para a solução dessa crise não se discute o que foi destacado pela presidente do STF em sua posse: “A vontade da Vossa Excelência, o Povo”.


Diante desse turbilhão de fatos estarrecedores (ou casos de polícia política) que assistimos diariamente a vontade do povo é ignorada, e sim, o povo aqui inclui os manifestantes de direita e de esquerda, todos eles. Aliás, é interessante para a classe política essa polarização entre a direita e a esquerda como se fosse um jogo do FLA x FLU.


Embora tenhamos manifestantes profissionais, e talvez mais profissionais sejam os manifestantes da esquerda devido ao engajamento histórico de sindicatos com políticos, acredito que em geral o povo quer um Brasil menos corrupto nesse momento tão delicado que estamos vivenciando. Aliás, acho que a palavra chave nesse momento é a CORRUPÇÃO. Pelas ruas, no trabalho, em clubes ou em festas o que mais se escuta são baixos gritos contra a corrupção. Por outro lado, infelizmente essas vozes não são ouvidas pelos três poderes da república... vozes essas que os assombram desde 2013.


Muitas articulistas estão discutindo a eleição direta ou indireta do novo presidente da república como solução para essa crise que enfrentamos, mas não creio que isso seja a solução. De imediato creio que ainda teremos a forte polarização dos movimentos de esquerda e de direita. Inclusive ouso dizer que mesmo a eleição direta de 2018 não irá resolver esse problema da polarização política que é tão prejudicial para o país. Essas eleições podem amenizar a crise econômica, porém a crise que estamos vivendo é bem mais profunda e ampla.


Mas, então, o que poderia nos salvar? Acredito que somente atitudes corajosas e leais ao país é que indicarão um ponto de inflexão, e isso, sem dúvida, só será possível com a política, mas não com a velha política. Acho que uma boa reforma política poderá unir novamente o povo desse país. Nessa reforma não seria mais admissível um candidato ser eleito inúmeras vezes, ter regalias salariais e jurídicas exclusivas. O voto distrital e fim da obrigatoriedade do voto também seriam fundamentais. Para termos um processo eleitoral mais justo, o fim do financiamento privado é necessário e a campanha política deveria ser realizada pela justiça eleitoral apenas distribuindo os famosos ‘santinhos’ com informações dos candidatos, informações essas contendo foto, profissão, cidade, planos de governo, etc. Esse novo e barato modelo de campanha poderia ser padronizado pelo TSE de modo que a campanha fosse igual para todos os candidatos, e não mais prevalecendo o que acontece atualmente em que os candidatos com enorme financiamento se destacam dos demais. Atualmente o sistema eleitoral distorce a eleição democrática.


Diante do fato de que a classe política dificilmente irá se render a uma boa reforma política para o país, a convocação de uma constituinte pode ser o início de uma solução para essa grave crise que vivemos. Além disso, uma constituinte também seria fundamental para alterar o critério de escolha de membros do CNJ, CADE, CARF, diretorias de estatais, de desembargadores, de funcionários em comissão, de ministros do STJ, TCU, STF etc. Acredito que a forma atual de escolha dos membros desses órgãos contribui significantemente para os escândalos assustadores que estamos vendo diariamente nos jornais.


Percorrido esse longo caminho talvez tenhamos um Brasil melhor, com as pessoas deixando de lado suas ideologias partidárias e lutando sempre por um país melhor, país este com menos corrupção.


José Renato Campos possui licenciatura em Matemática pela UNESP de São José do Rio Preto e mestrado em Matemática Aplicada pela mesma Universidade. É aluno de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da UNESP de Ilha Solteira. Trabalhou como professor assistente na Faculdade de Tecnologia de Jales (FATEC Jales) e atualmente é professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo.


‘Junho Verde’

Inscrições para discussões ambientais no ‘Junho Verde’ estão abertas
Atividades acontecem no período de 5 a 29 de junho.
Por: Fabiola Gomes

 Foto: Divulgação
Estão abertas as inscrições para os cidadãos que desejam participar dos eventos da programação “Junho Verde”, que inclui workshops, simpósios, palestras, congressos e outras atividades com intuito de divulgar, sensibilizar e, principalmente, contribuir para a melhoria do meio ambiente por meio da discussão, planejamento e integração das áreas de pesquisa, fiscalização e gestão ambiental no Estado.
O evento é promovido pelo Governo do Amapá, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), e acontece no período de 5 a 29 de junho em Macapá. As inscrições devem ser realizadas por meio do endereço eletrônico www.sema.ap.gov.br.  
As atividades contarão com a participação de professores e pesquisadores locais, nacionais e internacionais. O público-alvo são profissionais dos órgãos da administração direta e indireta, acadêmicos dos cursos de Engenharia Florestal e Ambiental, Administração, Direito e sociedade civil, todos certificados ao fim de cada evento.
Os assuntos debatidos são relacionados a recursos hídricos, gestão ambiental de resíduos sólidos, saneamento, legislação ambiental estadual, guarda-parque e políticas públicas para o meio ambiente.
O servidor do departamento de informática da Sema, Odenilson Dias, explica que o interessado em participar da programação precisa se inscrever nos eventos de forma individual. “Cada evento terá uma inscrição diferente, pois todos os participantes receberão certificados com as especificações das atividades assistidas”, disse Dias.
O Julho Verde foi instituído por meio do Decreto nº 2047, de autoria do governador Waldez Góes, e celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado no dia 5 de junho.
Parceiros
Para a realização das atividades do “Junho Verde”, o governo do Estado conta com a parceria da Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Setec), Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), Universidade Estadual do Amapá (Ueap), Instituto de Proteção da Amazônia (Ipam) e Museu Paraense Emílo Goeldi.
 Confira a programação:
Data: 05 à 07/06
I Congresso de Sociobiodiversidade das Unidades de Conservação do Amapá
Data: 08 e 09/06
IX Seminário do PPBio - Pesquisas e Conservação em Ambientes Protegidos
Workshop Fortalecendo a Educação Ambiental do Amapá
Data: 12 à 14/06
I Ciclo de Palestras em Gestão Ambiental e de Recursos Naturais do Estado do Amapá
Data: 19 à 23/06
I Simpósio Estadual dos Guarda-Parque da APA da Fazendinha
Data: 24 e 25/06
I Workshop de Produtos Orgânicos
Data: 27, 28, e 29/06
I Workshop de Gestão de Recursos Hídricos da Amazônia Legal (AM, AP, AC, PA, RO, RR, TO, MA, MT)

Central de Licitações

Em sete meses de atuação, Central de Licitações gera economia e transparência ao Estado
Contenção de gastos com procedimentos licitatórios já chega a R$ 487 mil. Além de economia, a CLC garante celeridade e transparência das aquisições públicas
Por: Eloisy Santos

 Foto: Bia Reis
A gestão das aquisições do GEA é realizada pela PGE, por meio do Sistema Integrado de Gestão Administrativa (SIGA).
A Central de Licitações e Contratos (CLC) está em execução desde setembro de 2016, gerenciada pela Procuradoria-Geral do Estado do Amapá (PGE). O objetivo da ferramenta é coordenar e supervisionar os processos de licitações, concessões públicas, alienações, contratos de obras, serviços, compras e locações executadas pelo Governo do Estado do Amapá (GEA), de forma a conferir a regularidade, segurança, transparência e eficácia nas aquisições.
Além disso, uma das premissas da Central - instalada no prédio da PGE, área central de Macapá - é executar um processo licitatório no prazo de 88 dias úteis, contados a partir do momento em que o órgão demandante envia o processo através de ofício.
A gestão centralizada de todas as atividades administrativas relacionadas à Central é realizada por meio do Sistema Integrado de Gestão Administrativa (SIGA). O banco de dados do sistema, por sua vez, é gerenciado pelo Centro de Gestão da Tecnologia da Informação (Prodap).
Segundo o procurador-geral do Estado, Narson Galeno, um levantamento realizado no último dia 22 aponta que o SIGA contabilizou 60 processos registrados, estando 34 destes em andamento. Homologados contabilizam 16 (sendo 15 de pregão eletrônico e um de compra direta). Outros nove processos foram cancelados ou excluídos e um revogado.
“Nesse período de funcionamento da Central nós já tivemos uma economicidade de aproximadamente R$ 487 mil para a administração pública do Estado do Amapá. Esse é um dos grandes trunfos da Central, aliado à agilidade e transparência dos processos”, frisou Galeno, destacando ainda que qualquer informação relacionada à tramitação dos processos licitatórios pode ser acessada publicamente no endereço eletrônico www.compras.ap.gov.br.
Órgãos inclusos na CLC
Atualmente há 15 órgãos do Estado que demandam os processos para a Central. São eles: Procuradoria-Geral do Estado (PGE), Secretaria de Estado da Administração (Sead), Centro de Gestão da Tecnologia da Informação (Prodap), Polícia Militar do Estado do Amapá (PMAP), Gabinete do Governador do Estado (Gabgov), Controladoria-Geral do Estado (CGE), Secretaria Extraordinária de Políticas para as Mulheres (SEPM), Defensoria Pública do Estado do Amapá (Defenap), Delegacia Geral da Polícia Civil (DGPC), Corpo de Bombeiros Militar do Amapá (CBMAP), Polícia Técnico-Científica do Amapá (Politec), Secretaria de Estado da Inclusão e Mobilização Social (SIMS), Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Setec) e Secretaria de Estado do Turismo (Setur).
Até o próximo mês de junho serão inclusas as secretarias de Estado do Desenvolvimento Rural (SDR) e de Estado da Comunicação (Secom), além da Vice Governadoria do Estado do Amapá. A PGE estima que até o início de 2018 demais instituições gerenciadas pelo Estado sejam inclusas, mediante cronograma pré-estabelecido pela Portaria nº 248/2016-CLC/PGE.

SAÚDE DO TRABALHADOR

Seminário vai tratar das políticas de fortalecimento da saúde do trabalhador
O evento acontece nos dias 1º e 2 de junho e visa fortalecer a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador e Trabalhadora no âmbito do SUS
Por: Janine Cruz

 Foto: Karol Levy
Ampliar informações e estratégias para um local de trabalho saudável, com baixo ou sem riscos de adoecimentos e acidentes de trabalho são questões a serem abordadas durante Seminário Amapaense de Saúde do Trabalhador. O evento promovido pela Secretaria de Estado da Saúde e organizado pelo Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) acontecerá nos dias 1º e 2 de junho, no Teatro Leonor Barreto do Serviço Social da Indústria (Sesi).
Tendo como público-alvo os trabalhadores, empregadores e estudantes, o seminário visa fortalecer a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador e Trabalhadora no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Para falar das perspectivas e desafios dessa política, a coordenadora nacional de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, Karla Baeta, já confirmou presença. 
Durante o seminário, além de orientações sobre como ter um ambiente saudável e seguro para diminuir os acidentes e as doenças no trabalho, também serão debatidos assuntos como: Acidente de Trabalho e Vigilância em Saúde do Trabalhador, O MTE e Acidente de Trabalho, Rede de Notificação e Vigilância em Saúde do Trabalhador. 
O evento também propõe apresentar relatos das experiências exitosas em prevenção de acidentes de trabalho e qualidade de vida dos trabalhadores da Amapá Florestal e Celulose S.A, bem como o controle social como desafio. Todos os temas serão expostos por profissionais especialistas de várias áreas em mesas de debates. 
Interessados em participar podem fazer a inscrição online pelo endereço eletrônico  https://goo.gl/forms/0wESePYEkfRZ8zB62.

sábado, 27 de maio de 2017

CAPA PRINCIPAL


Editorial






A força das cooperativas

Em meio à série de marcos negativos na economia, uma boa notícia: nossas cooperativas vão muito bem, obrigado, provando que mesmo diante de adversidades na economia é possível crescer.
No Amapá, as cooperativas têm avanços significativos. No setor primário, considerado ainda o mais baixo, o impacto é de quase 3,2% sobre toda a produção agrícola. No setor secundário, os números são melhores, 10%. Mas é no setor terciário que está a melhor participação das cooperativas. Juntas, elas representam 86,8% do PIB do Amapá.
O termo cooperativa define-se por uma sociedade de forma e natureza jurídica próprias, não sujeita à falência, e orientada à prestação de serviços aos associados. As cooperativas são um importante fator de desenvolvimento socioeconômico, não apenas pela geração de emprego e renda, mas também estruturando o desenvolvimento de diversas cadeias produtivas no campo.
Gerações de agricultores, como os da Colônia do Matapi, em Porto Grande, no norte oeste do estado, apostam na força do cooperativismo. A sucessão rural com base no cooperativismo está dando certo. Só em 2014, com uma produção de 50 toneladas entre polpas, verduras e frutas, os cooperados obtiveram uma renda de R$ 300 mil.
Mas apesar dos êxitos o sistema de cooperativismo também enfrente obstáculos. 72,03% de áreas protegidas divididas entre unidades de preservação e conservação. 11,4% sob o domínio do Estado e apenas 1,15% das terras destinadas para as atividades econômicas.
Finalmente podemos concluir que as cooperativas, agrupadas ou não, é um caminho para o desenvolvimento sustentável, porque promovem a inclusão social, permitem melhor distribuição de renda e potencializam a economia local.
Há uma preocupação de gerar progresso conforme a aptidão das populações e de acordo com o potencial econômico da região cooperativada. Pelo fato de os membros, associados, viverem ali mesmo, todas as ações de desenvolvimento buscam harmonia com o meio-ambiente. É o que se designa de imperativo ambiental, ou ecoeficiência, preocupação ligada à sustentabilidade a longo prazo.
As pessoas que se reúnem em cooperativas creem em um modelo econômico diferenciado, no qual as decisões são coletivas e os resultados distribuídos com equidade, conforme a participação de cada indivíduo. Honestidade, responsabilidade social, transparência e preocupação com o meio ambiente são valores essenciais das cooperativas. A regra de ouro é buscar resultados economicamente viáveis, ecologicamente corretos e socialmente justos.

Esperamos que essa ferramenta de desenvolvimento econômico, somada as outras em implantação, dê o norte para o Amapá e que o crescimento que hora surge no horizonte do cerrado amapaense, se concretize como política de Estado e não de governo, pois assim teremos a garantia de sua continuidade plena.

Dia Mundial do Meio Ambiente


Dia Mundial do Meio Ambiente
Programação do ‘Junho Verde’ visa a saúde ambiental e emocional da população

 
Junho Verde vai discutir temas importantes para a preservação do meio ambiente

Reinaldo Coelho
Para celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado no dia 5 de junho o Governo do Amapá, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), instituiu o evento “Junho Verde”, por meio do decreto Nº. 2047. No Amapá por decisão do chefe do Executivo Amapaense, Waldez Góes, as comemorações ocorrerão durante todo o mês de junho (5 a 29), no Museu Sacaca, em Macapá.

Nesse período será realizada uma vasta programação com congresso, simpósio, seminários, workshops e ciclo de palestras de professores e pesquisadores locais, nacionais e internacionais.
O público-alvo são profissionais dos órgãos da administração direta e indireta, acadêmicos dos cursos de Engenharia Florestal, Ambiental, Administração, Direito e, ainda, sociedade civil. Ao fim dos eventos, os participantes receberão certificados.

 O objetivo é divulgar, sensibilizar e, principalmente, contribuir para a melhoria da saúde ambiental e emocional da população com relação ao meio ambiente urbano e rural. 
De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), realizadora do evento, os assuntos que estarão em pauta são relacionados a recursos hídricos, gestão ambiental de resíduos sólidos, saneamento, legislação ambiental estadual, guarda-parque e políticas públicas para o meio ambiente.
 Abertura

A solenidade de abertura acontece no dia 5 de junho, a partir das 15h, no auditório Waldomiro Gomes, no Museu Sacaca, em Macapá.  A palestra inicial será ministrada pela Dra. Mariana Napolitano e Ferreira, coordenadora do Programa Ciências da ONG WWF. O tema é a respeito das Unidades de Conservação no contexto nacional: ameaças e oportunidades.

Ainda, segundo a Sema, durante a programação serão lançados o Plano Estadual de Pesquisas nas Unidades de Conservação Estaduais; o Plano Estadual de Comunicação das Unidades de Conservação Estaduais; o Plano de Manejo da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Iratapuru; o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas do Estado do Amapá.
Entre os parceiros para a realização do evento estão a Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Setec), Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), Universidade Estadual do Amapá (Ueap), Instituto de Proteção da Amazônia (Ipam) e Museu Paraense Emílo Goeldi.
Confira a programação
I Congresso de Sociobiodiversidade das Unidades de Conservação do Amapá
Data: 05 a 07 (ainda não há definição de hora)
IX Seminário do PPBio - Pesquisas e Conservação em Ambientes Protegidos
Data: 08 e 09 (ainda não há definição de hora)
I Ciclo de Palestras em Gestão Ambiental e de Recursos Naturais do Estado do Amapá
Data: 12 a 14 (ainda não há definição de hora)
Palestra: Criação Legalizada de Pássaros em Ambientes Domésticos
Data: 18 (ainda não há definição de hora)
I Workshop de Gestão de Recursos Hídricos da Amazônia Legal (AM, AP, AC, PA, RO, RR, TO, MA, MT)
Data: 19 a 23 (ainda não há definição de hora)
I Workshop de Produtos Orgânicos
Data: 24 e 25 (ainda não há definição de hora)
I Simpósio Estadual dos Guarda-Parque da APA da Fazendinha
Data: 27, 28, e 29 (ainda não há definição de hora)



Nas garras do felino





Vale tudo
Inaugurou-se no Amapá a política suja do vale tudo eleitoral. Uma trupe comandada pelos partidos “progressistas” armaram pra cima dos deputados Roberto Góes (PDT), Marcos Reátegui (PSD), Vinicius Gurgel (PR) e Cabuçu Borges (PMDB). Os partidários do REDE fizerem showzinho no aeroporto de Brasília. Isso não cola, a urna vai comprovar que essas manobras estão furadas.

Solução
Senador Randolfe Rodrigues já colocou seu nome a disposição para concorrer a Presidência do Brasil caso haja eleição indireta pelo Congresso Nacional. Randolfe resolve todos os problemas com toque de sua varinha de Harry Potter. Vai nessa.

No Banco dos réus
Capiberibe useiro e vezeiro em destratar seus adversários com palavras ofensivas, não suporta uma notícia jocosa. Por que foi chamado de Capirotão e chorão no Tribuna, foi chorar nas barras da justiça. Vamos trabalhar que é pra merecer um elogio. Até agora o mandado tem produção pífia.

Desesperançados
A Associação dos Amigos do Mercado Central parece que já perderam a esperança com a revitalização do espaço. Já há quem diga que o Hospital Metropolitano com as obras sob a responsabilidade da PMM deva acontecer o mesmo que aconteceu com o Shopping Popular, Creches, UBS e etc... Será?

Reflexo
Fontes próximas do PSB atestam que Camilo Capiberibe ainda não encontrou seu espaço nas eleições de 2018. Em função da desastrosa gestão no governo (2011/2014) não encontra lugar, onde se mete o cenário que se apresenta é de derrota.

Kd o Davi?
O Senador Davi, que ocupa o cargo de vice-líder do governo Temer, até agora não conseguiu trazer nada pro Amapá. Nem um discurso sequer. Roberto Góes (PDT) no apagar das luzes do governo Dilma arrancou a assinatura do decreto de regularização de transferências das terras pro Amapá em troca da vice-liderança na Câmara. Tem que ciscar pra dentro. Se esconder não resolve.
Caráter de urgência

Os servidores do Amapá esperam, impacientes, que os parlamentares amapaenses coloquem em pauta a medida provisória e votem nesta semana a MP 765/2016 garantindo o direito dos servidores públicos do Amapá.

A força das cooperativas



A força das cooperativas
no desenvolvimento socioeconômico do Amapá



Cooperativas de agricultores familiares


A cooperativa do Bailique repassa para cooperativas de Macapá que processa o caroço para a polpa do açaí e vende para mercados internacionais, especialmente para a Europa.

Reinaldo Coelho
Colaboração de Mirrelle Rabello


O cooperativismo é um modelo socioeconômico fundamentado na participação democrática e na autonomia dos que se unem de forma voluntária em prol de um objetivo econômico e social comum. A meta do cooperativismo é atender às necessidades do grupo e garantir o bem-estar de cada integrante.
O movimento cooperativista no Brasil reúne cerca de 44 milhões de brasileiros, incluindo cooperados, familiares e funcionários, merece ser reconhecido como uma ferramenta de desenvolvimento socioeconômico no País.

Cooperativismo no Amapá


O desenvolvimento econômico e social do Amapá está sendo cultivado com raízes solidamente plantadas em um território fértil para que o crescimento se faça com rapidez de retorno seguro. Uma das ferramentas é a união de produtores e empresários dos setores agrícola, pecuários, piscicultura e de grãos em cooperativas ou associações para que a arrancada seja forte e legal.
O estado do Amapá possui mais de um milhão e setecentos e oitenta mil hectares para plantação sem comprometer o meio ambiente, ou seja, ainda temos um estado virgem na área da agricultura e do agronegócio. E se desse milhão de hectares fossem destinados apenas 200 mil hectares para a plantação de soja, o governo do Amapá já aumentaria seu orçamento em R$ 5 bilhões em 2017.
Inauguração de terminal portuário de grãos no estado também deve reduzir em 20% o valor do frete para produtores de Mato Grosso

Recentemente, o Amapá sediou o XIV Congresso Brasileiro do Cooperativismo com a participação do presidente do Sistema OCB Nacional, Márcio Lopes; e dos representantes das OCB’s do Tocantins, Rondônia, Pará, Amazonas, Roraima, Acre e Amapá que é anfitrião do evento, para discutir o papel atual do cooperativismo no Brasil.

As Unidades Estaduais do Sistema OCB são peças-chave nesse processo, com a mobilização nacional, construção coletiva e representatividade. E o Amapá tem se destacado com a participação de suas cooperativas nos agronegócios e empreendimentos no crescimento da economia local.
Deputado Estadual Max da AABB participa da Frente Parlamentar de Cooperativismo


O deputado estadual Max da AABB (SD) e membro da Frente Parlamentar em Defesa do Empreendedorismo, Cooperativismo e Economia Solidária da Assembleia Legislativa do Amapá e que participou do encontro. Em entrevista à reportagem explicou que “o orçamento anual do governo é de pouco mais de R$ 4 bilhões. Se fosse investido mais em agronegócio poderia dobrar esse valor, sem contar os empregos que seriam gerados”.
Ela ressaltou que um dos impasses para que isso seja atingido ainda é a legalização das terras. “Esse processo teve início no ano passado, mais ainda é lento. A Assembleia Legislativa precisa correr e dar esse apoio ao governo na confecção das leis que orientam essa utilização da terra. Nosso Estado tem que largar essa dependência de contra cheque. Como se diz, o governo não gera riqueza, quem gera riqueza e o povo’.

Logística e infraestrutura


Clima, oferta e demanda, oscilações de mercado. A maioria desses fatores que influenciam na renda do produtor e no preço das commodities agrícolas não podem ser controlada por política agrícola e investimentos dos agricultores.
Já quando se fala em logística e infraestrutura de transportes e armazenagem, a situação é diferente. Se há algo que pesa nos custos de produção e impede o agronegócio brasileiro de ser ainda mais competitivo, são os problemas enfrentados por quem produz na hora de escoar a safra.
E o Amapá sofre com o mesmo problema. São anos sem planejamento de recuperação das estradas e rodovias do Estado, o que poderia melhorar o escoamento da produção e baratear a exportação, competindo assim com as outras unidades produtoras. A atual administração vem superando as crises e investindo no corredor de escoamento do agronegócio, construindo pontes, ampliando rodovias e vicinais nos municípios que produzem ou são terminais de logística.
O porto de Santana também está incluído nesse processo de infraestrutura. “Em outros estados como Mato Grosso, por exemplo, a soja roda mais de 2 mil quilômetros para chegar até o porto de embarque, aqui são apenas 70 quilômetros”, explica o deputado Max da AABB.
Um outro detalhe de suma importância para a valorização da produção de grãos do Amapá, principalmente da Soja, é a certificação do produto amapaense, pois para seu cultivo não é destruído nossa floresta e conservamos o bioma da Amazônia.
A nossa soja pode ser certificada e ter um preço mais alto no mercado, porque não devastamos o meio ambiente. Nossos “biomas” estarão todos preservados e a economia do Amapá cada vez mais pujante. Porém, é preciso que a nossa classe política trabalhe nas leis ambientais focadas na preservação e sustentabilidade. O Amapá inteiro ganha, imagine que após a instalação da fábrica de ração no Estado teremos muitas oportunidades de negócios criadas pelas cooperativas como a piscicultura, suinocultura e frigoríficos”.

Produção certificada
Essa certificação e sua importância para os produtores cooperados já garantiu melhoria nas atividades da cooperativa dos Produtores Agroextrativista do Bailique, AmazonBai, filiada à Organização das Cooperativas do Amapá (OCB), que recebeu, recentemente, do Conselho de Manejo Florestal (FSC – Forest StewardshipCouncil), o certificado de manejo da floresta que incentiva à regularização fundiária, garante o manejo florestal e incentiva a segurança do trabalhador, com uso de proteção individual.
O selo foi concedido porque o açaí do Bailique corresponde às características exigidas pelo Conselho de Manejo Florestal, atendendo aos padrões do FSC, com benefícios sociais e viabilidade econômica. Este é o selo mais conhecido do mundo no segmento.
A certificação do açaí por um conselho mundial torna o produto mais valorizado e incentiva os extrativistas do açaí a entrarem no mercado de exportação.

Expansão cooperativista
No Amapá existem 90 cooperativas ativas, e mais de 100 que aguardam e buscam orientações para serem legalizadas, juntas somam mais de seis mil cooperados e geram mais de quatrocentos empregos diretos. O Estado possui potencial florestal e experiência para vender produtos com qualidade e competição no mercado com modelos orgânicos e com selo comercial para competir com o mercado nacional.

Aprosoja Amapá
Diretoria da Aprosoja-Amapá

Atualmente, existem 200 produtores de soja em atividades no estado e deverão ser cultivados 15.000 hectares de soja, além de outras culturas como arroz, milho e feijão caupi. Dados da Embrapa Amapá dão conta de que o Estado conta com aproximadamente 1 milhão de hectares de cerrado, dos quais cerca de 400.000 são aptos para agricultura.
Fundada em 2015, nos moldes dos outros Estados, a Associação dos Produtores de Soja do Amapá (Aprosoja-AP) vem atuando nas áreas socioambiental, relações públicas, orientação técnica, apoiando à pesquisa e o desenvolvimento de mercados.
Segundo o presidente da entidade, Daniel Sebben, é grande a importância da associação para alavancar o crescimento da produção de Soja. “Uma vez institucionalmente organizados através da Aprosoja, os produtores podem cobrar, fiscalizar e influenciar políticas públicas voltadas para o setor, como nos casos do licenciamento ambiental e da regularização fundiária, que atualmente é o maior entrave para a produção e maior prioridade da associação”, afirma Sebben.
O Estado do Amapá planta atualmente 14 mil hectares com soja e colhe 38 mil toneladas. Mas essa realidade está prestes a mudar. Com a inauguração de um terminal de grãos no porto de Santana, localizado no sudeste do Estado, a região deve atrair investidores interessados em abrir outros 400 mil hectares para a semeadura da oleaginosa na região.
Ao todo foram embarcadas em setembro de 2016, vinte e cinco mil toneladas do cereal, produzidos no Estado, montante que representa quase 66% de toda a produção do Amapá da safra 2016/2017, colhida em setembro. “Isso é um marco histórico”, comemorou Daniel Sebben. “Esse terminal graneleiro representa um divisor de águas na agricultura do Estado”, continuou.
Além da Aprosoja que está colhendo o sucesso com a união dos produtores, hoje, o Amapá já conta com uma cooperativa que está importando cacau, outras que já estão exportando açaí com manejo sustentável e castanha do Brasil. Algumas cooperativas conseguem destaques significativos na produção, principalmente no setor pesqueiro, e somam altos valores e tem impacto importante na economia do estado.
Desde 1988, segundo a Organização das Cooperativas do Amapá (OCB-AP), o faturamento tem melhorado. Só com o pescado, a produção chega a mais de 5 mil toneladas ano. Com o camarão, a produtividade é de 850 toneladas ao ano. Juntas, elas somam mais de R$ 60 milhões.
No Amapá, as cooperativas têm avanços significativos. No setor primário, considerado ainda o mais baixo, o impacto é de quase 3,2% sobre toda a produção agrícola. No setor secundário, os números são melhores, 10%. Mas é no setor terciário que está a melhor participação das cooperativas. Juntas, elas representam 86,8% do PIB do Amapá.
Gerações de agricultores, como os da Colônia do Matapi, em Porto Grande, no norte oeste do Estado, apostam na força do cooperativismo. A sucessão rural com base no cooperativismo está dando certo. Só em 2014, com uma produção de 50 toneladas entre polpas, verduras e frutas, os cooperados obtiveram uma renda de R$ 300 mil.
Mas apesar dos êxitos, o sistema de cooperativismo também enfrente obstáculos. Os 72,03% de áreas protegidas divididas entre unidades de preservação e conservação. Do total, 11,4% estão sob o domínio do Estado e apenas 1,15% das terras destinadas para as atividades econômicas.
Para população que habita nesta região, a cooperativa se apresenta como o modelo ideal para empreender, gerar negócios e acessar o mercado institucional dos programas de incentivo a produção no campo.
O esforço dos agricultores, pecuaristas, pescadores artesanais entre outros trabalhadores que produzem nestas áreas para abastecer o estado com alimentos e produtos para ter um tratamento diferenciado, sem esquecer as limitações dos empreendimentos por conta dos desafios que existem na região amazônica, como estradas, ramais e energia.


Box 1
Apoio do Estado e os incentivos da ZFV
A AmazonBai e outras 11 cooperativas fazem parte do consórcio de produção de alimentos que é gerenciado pela OCB. A organização atua em três cadeias produtivas: açaí (seis cooperativas), pescado (três cooperativas) e castanha do brasil (três cooperativas).
Recentemente, os representantes da OCB solicitaram o apoio e incentivo do governo do Estado para se instalar no Distrito Industrial de Santana. Os cooperados já receberam orientação da Agência de Desenvolvimento Econômico do Amapá (Agência Amapá), quanto à documentação e incentivos fiscais da Zona Franca Verde.
As cooperativas também aguardam a liberação de um financiamento do Fundo de Desenvolvimento Rural do Amapá (Frap), para que possam modernizar e expandir a produção de alimentos no Estado do Amapá.

“A Agência tem cumprido com o seu papel de buscar o investidor, seja ele grande, médio ou pequeno. Queremos dar oportunidade a todos e, claro, percebendo que o nosso investidor tem grandes potenciais como é o caso desses cooperados, nós temos o maior orgulho de incentivá-los”, destacou o diretor-presidente da Agência Amapá, Eliezir Viterbino.

FALA FONO

Porquê brincar é tão importante para o desenvolvimento da linguagem?

Resultado de imagem para CRIANÇAS BRINCANDOS


Olá pessoal!!
Contrariando a promessa de escrever sobre a intervenção fonoaudiológica no Mal de Alzeheimer, feita ao final do artigo da semana passada, hoje falaremos sobre a importância do Brincar no desenvolvimento da linguagem, em comemoração à Semana do Brincar, que se encerra hoje.
Em um mundo corrido, conectado 24 horas por dia, em que se encontra em supermercados, frutas descascadas e picadas em bandejas (acredito que para economizar tempo), dificilmente se vê um adulto sentado, brincando com uma criança, principalmente brincando com um brinquedo não-eletrônico! É cada dia mais comum a cena de pais e filhos sentados no mesmo ambiente, todos portando seus celulares supermodernos, que tem como promessa de marketing “aproximar as pessoas”. Sei! ¬¬
Não, hoje não falaremos dos males fonoaudiológicos da tecnologia, mas que ela é um entrave à brincadeira, e consequentemente ao desenvolvimento da linguagem, ah, isso é!!
Hoje falaremos da magia do brincar! Falaremos da seriedade que é a brincadeira para o desenvolvimento. Com certeza vocês já ouviram a frase “Brincar é coisa séria!”, é clichê, mas é isso mesmo! Sempre quando faço a devolutiva para os pais dos meus pequenos, falo sobre como a linguagem é refinada, elaborada, e que o melhor período para sua aquisição está nos primeiros anos (quando falo “linguagem”, não estou me referindo apenas à manifestação oral da linguagem, mas linguagem como um todo, os aspectos verbais e não verbais, envolvidos na comunicação – verbalização, interação social, pensamentos, emoções, ações). Ao final, alguns pais perguntam “Mas como posso auxiliar meu filho, sendo a linguagem algo tão complexo, se ele é tão pequeno?”. “Brincando”, eu respondo. E muitos ficam espantados! Não se espantem, pais! Na maioria dos casos de atraso simples de linguagem, não são necessários planejamentos terapêuticos mirabolantes, algumas sessões de orientação, a prática do brincar e as experiências vivenciadas nas creches resolvem! Há ainda os que relutam “Ah, meu filho está tão pequeno, e ademais, na creche ele só vai brincar!” Perfeito! Nesse momento, isso é exatamente o que ele precisa! Brincar!!
Reforço, brincar! É brincando que a criança se apropria do mundo ao seu redor! Através de experiências! Brincando a criança aprende a se comunicar antes mesmo de verbalizar (aspectos pragmáticos da linguagem), aprende os conceitos grande/pequeno, cheio/vazio, fino/grosso... (conceitos matemáticos básicos), aprende a planejar, se organizar, se controlar, criar estratégias para resoluções de conflitos (funções executivas), aprende a respeitar a troca de turnos comunicativos, aprende a utilizar a linguagem para interagir com o outro. Brincando a criança “faz de conta”, se apropria do signo e do significado, a criança aprende a representar, fundamental para o desenvolvimento da linguagem.
Aqui nesse artigo, “puxo a brasa para minha sardinha”, destaco a importância da brincadeira para a linguagem, mas é necessário frisar que o brincar é importante para a constituição do sujeito como um todo, em seus aspectos físicos e emocionais. Bem disse Winnicot (1896-1971), pediatra e psicanalista inglês, “O brincar da criança possui tudo em si.”
Então, brinque! Incentive sua criança a brincar, proporcione momentos agradáveis e estimulantes, ofereça brinquedos que ela possa explorar, evite brinquedos eletrônicos com muitas funções, eles fazem da criança um simples espectador, ofereça livros, conte histórias, estimule o “faz de conta”.
Não nos esqueçamos que, as habilidades adquiridas nos primeiros anos, através da brincadeira, são as mesmas que nos acompanham vida afora. Ou seja, brinque, brinque muito com sua criança, para que ela seja um adulto saudável física e emocionalmente!
Por ora, ficamos por aqui. Semana que vem nos encontramos por aqui! Até mais!

Fala Fono!!

Direito Eleitoral


A corrupção e as leis eleitorais no tempo – 3  
                        Para entendermos melhor toda essa situação caótica de escândalos de corrupção na qual o Brasil se encontra, inclusive sobre os preparativos para outro impeachment, agora do Presidente Temer, estamos fazendo uma reflexão legislativa sobre o assunto. Continuando:
                        A Lei nº 9.840/99 veio tratando exclusivamente sobre a punição do abuso do poder econômico no processo eleitoral.
                        A principal mudança que esta lei trouxe, foi a de que a compra de votos passou a ser considerada como infração penal, que possui trâmite mais ágil, e não mais como crime, que exige rito mais demorado, possuindo muitas fases antes de chegar ao desfecho.
                        O trâmite do julgamento do crime de corrupção eleitoral demorado é que beneficia muitos candidatos infratores, pois, quando o julgamento do crime chega ao fim, com a prolação da sentença condenatória, muitas vezes esses candidatos, que se elegeram praticando abusos econômicos, têm encerrados seus mandatos; quando não, estão acobertados sob o manto da imunidade parlamentar.
                        Sendo essa prática abusiva considerada infração eleitoral, num curto período de mais ou menos vinte dias o julgamento poderá chegar ao fim, podendo o candidato ser punido sumariamente em plena campanha eleitoral. Bastará à Justiça Eleitoral comprovar a infração. Vê-se que as hipóteses de cassação de registro ou de diploma do candidato foram ampliadas (Jornal do Senado, ano V, n. 949, de 23.9.99, p. 3).
                        O desdobramento do trâmite é o seguinte: 5 dias para que o candidato, devidamente notificado da acusação que lhe é feita, apresente sua "ampla defesa"; 5 dias para que sejam ouvidas as testemunhas; 3 dias para as diligências do Corregedor ou do Juiz Eleitoral; 2 dias para alegações das partes; 1 dia para os autos irem ao Corregedor ou ao Juiz Eleitoral; 3 dias para que o Juiz faça seu relatório dando vistas, por 48 horas, ao representante do Ministério Público, após o que dará, imediatamente, sua sentença. LC 64/90, art. 22 e incisos. In Vamos acabar com a corrupção eleitoral, Francisco Whitaker Ferreira e Márcio Luiz Si lva, São Paulo: Comissão Brasileira Justiça e Paz-CNBB/Paulinas, 2000, p. 33.
                        As penalidades que podem advir do julgamento dessa infração são duas: multa administrativa, que variará de R$ 977,00 a R$ 48.800,00 e cassação do registro ou do diploma, se for o caso.
                        O entendimento geral sobre essa última penalidade repousa na razão de que “a impossibilidade de concorrer numa eleição representa pena mais dura do que uma eventual prisão. (...) A punição imediata alcança justamente o objeto pelo qual ele cometeu a corrupção: o mandato eletivo”.
                        A lei é mais rigorosa no combate aos casos de uso da máquina administrativa. Antes, apenas a conduta do inciso VI, do art. 73, da Lei 9.504/97 era objeto de punição; agora, a nova lei ampliou a punição para os casos dos incisos I, II, III e IV.
                        Diz o referido art. 73: “São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais: VI- nos três meses que antecedem o pleito: a) realizar transferência voluntária de recursos da União aos Estados e Municípios, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados os recursos destinados a cumprir obrigação formal preexistente para execução de obra ou serviço em andamento e com cronograma prefixado, e os destinados a atender situações de emergência e de calamidade pública; b) com exceção da propaganda de produtos e serviços que tenham concorr ência no mercado, autorizar publicidade institucional dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administração indireta, salvo em caso de greve e urgente necessidade pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral; c) fazer pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, fora do horário eleitoral gratuito, salvo quando, a critério da Justiça Eleitoral, tratar-se de matéria urgente, relevante e característica das funções de governo”.

                        Encerraremos na próxima edição.

ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...