sexta-feira, 30 de junho de 2017

CAPA DO TERCEIRO CADERNO 563

Pioneirismo



Professora Alba Cavalcante morre aos 94 anos e nos deixa um exemplo de vida e de trabalho pela educação no Amapá.


Professora Alba Cavalcante – Uma homenagem póstuma a essa pioneira da Educação no Amapá.



Reinaldo Coelho

Esta semana estaremos homenageando a professora Alba Cavalcante da Silva, pioneira na alfabetização, que educou muitos macapaenses, exercendo a missão para qual foi nomeada pessoalmente pelo governador Janary Nunes. A coluna expressa seus sentimentos à família e amigos. A educadora Alba Cavalcante faleceu no último sábado (24) e deixou muitas mentes formadas, centenas de jovens receberam dessa grande mestra a formação educacional e de cidadania. Lembro muito dela quando atuava na Escola Princesa Izabel, onde foi sua primeira secretária escolar.
O eterno sorriso espelhava seu amor pelas crianças que ali estudavam e a todos acolhiam com um abraço de boas-vindas diárias. Tive a honra de conhecer seus rebentos e mais próximo fiquei do Camilo Cavalcante o craque das Ciências Exatas do CA e da Sueli Cavalcante das rodadas esportivas da IETA.
Professora Alba foi uma professora muito dedicada e fiel a função de educadora, apesar, de que na época os professores eram muito rígidos, ela exercia a função com muito amor e carinho. Tenho na memória as constantes chamadas aos alunos que pulavam o muro da residência de minha avó Dona Neném que ficava nos fundos da Escola Princesa Isabel, para apanhar goiaba. Era firme porem meiga.
A mestre Alba Cavalcante viveu tão bem e tão intensamente que deixou um legado nas artes e na vida das pessoas que a conheceram. Nas artes o desabrochar foi através dos filhos e filhas, genros e noras, que são poetas, compositores e escritores.
A nossa mestra partiu aos 94 anos de idade, muitos dos seus alunos não compareceram ao seu velório e enterro, pois já partiram antes dela e a receberam junto com o grande Mestre do Universo, para mais uma aula de sabedoria e amor.
Eterna Professora Alba, pouquíssimas pessoas no mundo sabem ser tão rígidas de maneira tão doce quanto a senhora o sabia. A sua passagem desta vida para a próxima é muito triste para todos, que ficamos, mas sem dúvida deve ser uma doce caminhada para a senhora que deve estar envolvida em luz e flores junto ao Pai.
Nossa eterna gratidão por sua ajuda na construção da   vida de muitos jovens amapaense. Macapá chora sua ausência. A senhora é a professora que desmistificou o ser professora. Mas, mais do que isto, é a educadora que se preocupava com o caráter dos cidadãos que estava formando. Descanse em Paz minha grande educadora. 

Uma homenagem da filha Sonia Canto a essa pioneira educadora. ALBA CAVALCANTE -
Por Sonia Canto

Hoje é um dia que ficará incondicionalmente marcado no coração de cada um dos 12 filhos de mamãe Alba. 
Gostaria de agradecer e abraçar a cada um dos meus amigos, virtuais e presenciais que de alguma maneira fizeram chegar até a mim palavras de consolo que muito me ajudaram a enfrentar este momento com serenidade e respeito por minha amada mãe. Muito obrigada.
Desculpem o textão que segue, mas diz um pouco sobre nossos sentimentos neste momento.
Minha mãe, Alba Cavalcante da Silva, aos 94 anos foi de encontro ao Criador no dia 24/06/2017, às 14:10 horas. 
Mulher forte e guerreira, até o dia 08 de junho estava bem de saúde, cheia de vitalidade, cumprindo suas rotinas diárias, principalmente conversar com os amigos que apareciam ao final da tarde ou pelo telefone, pintar, rezar encomendando a Deus cada filho, neto, bisneto e tataraneto, o que fazia com tranquilidade, sempre ouvindo suas músicas preferidas ou assistindo a vídeos que a emocionavam.

Um desequilíbrio a fez cair e fraturar o fêmur. A partir daí complicações com a conhecida arritmia e com os pulmões a levaram a óbito.

Ultrapassados os momentos angustiantes que sobrevieram após sua queda, hoje nossa família se reuniu para cumprir a última obrigação terrena com ela: a sepultamos em meio a tristeza por não termos mais sua presença física entre nós, mas com serenidade ao constatarmos que o ciclo da vida se cumpre independente da nossa vontade e nossa mãe encontra-se hoje liberta das dores físicas e passa a ser nosso referencial máximo de amor, generosidade, respeito e grandeza.

Seus filhos, Naná, Helena, Célia, Iris, Sueli, eu (Sonia), Camilo, Ênio, Ney e Sandra estivemos com ela em todos os momentos que a equipe médica permitiu. Ocirema e Ibis, por motivos alheios à sua vontade, não puderam estar presentes, mas comungam das dores e incertezas que essa grande perda proporciona.

Netos, bisnetos, tataranetos, genros e noras de mamãe se juntaram a nós e nos consolamos todos a prantear nossa querida mãe, o baluarte de nossa família. São momentos como estes que indicam que vale a pena conservar os laços familiares com respeito e dignidade.

Sinto tristeza, sim, todavia esta tristeza vem envolta em uma sensação de alegria imensurável pois pudemos, todos os filhos, dentro dos limites de cada um. nos dedicar e proporcionar a estrutura necessária para que mamãe tivesse uma velhice profícua, cheia de vitalidade, nos abençoando e nos entregando aos cuidados do Divino Espírito Santo.

Vá em paz, mãe querida. Sua rica trajetória está assinalada no coração de cada um de nós e se perpetuará pelas futuras gerações que certamente também se aproveitarão de seus ensinamentos.
Sua filha que te ama incondicionalmente,
Sonia.


ARTIGO

  
A lógica do Estado deve prevalecer sobre a justiça?


* Sérgio Mauro


Recentemente, dois juristas, Cláudio Fonteles e Marcelo Neves, solicitaram o pedido de impeachment de Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Sem sombra de dúvida, apesar de certos polêmicos episódios anteriores, o que impeliu tais juristas a uma atitude tão drástica tem a ver com a atuação de Gilmar Mendes no julgamento da cassação da chapa Dilma/Temer.

Talvez com a melhor das intenções, no referido julgamento, o ministro Gilmar Mendes colocou acima de tudo a lógica da manutenção da ordem e do Estado constituído acima da lei. O seu voto de minerva, previsível, não quis se ater ao óbvio, diante de provas incontestáveis, tudo em nome da valorização da paz provisória, interpretando pessoalmente a legislação eleitoral que deveria ter sido aplicada no caso específico.
O caso mostra mais uma vez a elasticidade das leis que podem ser interpretadas de acordo com uma visão muitas vezes pré-concebida, atendendo a pressões de vários lados, frequentemente justificável em nome da ordem estabelecida.

Gilmar Mendes comportou-se como o médico que, após solicitar exames do seu paciente, busca consolá-lo em face aos índices possivelmente muito acima ou abaixo dos padrões estabelecidos, asserindo que se trata sempre de uma perspectiva de interpretação que pode ser múltipla, sujeita a comparações matemáticas entre índices e curvas de complicados gráficos, variáveis de acordo com cada pessoa ou ao menos de acordo com cada grupo formado por idades ou fatores de risco semelhantes. Em poucas palavras, pouco ou nada há de preciso em tais resultados de análises laboratoriais.

Pois bem, o “analista” e juiz Gilmar Mendes fez prevalecer a sua leitura dos fatos, muito mais baseada no ditado popular “é inútil chorar sobre leite derramado” do que no outro, igualmente na boca do povo, “antes tarde do que nunca”. O leite já foi derramado, mas ainda é possível fazer a limpeza com um bom pano úmido e um pouco de detergente, para não deixar marcas de gordura.
Realmente, a impugnação da candidatura Dilma/Temer deveria ter ocorrido antes mesmo que eles fossem eleitos, mas, considerando-se a tradicional lentidão na apuração dos fatos e, sobretudo, na emissão da sentença final, perdeu-se uma oportunidade única e histórica de consertar erros do recente passado político cujos malefícios repercutem no atual momento, no bolso dos consumidores, na falta de oportunidades de emprego e, enfim, na crise moral-política-econômica que insiste em permanecer no país.

Também não concordo com a tese defendida pelo ilustre juiz de que, apesar da evidência de financiamentos ilícitos, é preciso relevar o perigo de, num espaço de pouco mais de um ano, destituir  dois chefes de Estado. É muito perigoso abrir precedentes em casos do gênero, pois pode dar a impressão que não existe verdadeira independência entre os três poderes.  Se há provas claras do financiamento ilícito, não há nada, nem mesmo o agravamento da crise política que poderia decorrer da cassação do mandato de Temer, que possa justificar a absolvição do vice-presidente em exercício, ao menos no caso em questão.

Só há verdadeira democracia quando as decisões tomadas, em todas as instâncias e por todos os poderes, são fundamentadas na legalidade, nunca cedendo a pressões de políticos ou lobistas, tampouco a possíveis apelos à governabilidade ou a previsões catastrofistas de caos social. Vamos ao encontro do caos quando esquecemos, ainda que momentaneamente, a indissociabilidade entre o respeito pelo voto popular e o respeito pela aplicação das leis. Quem elegeu não sabia que estava escolhendo uma candidatura financiada com dinheiro da corrupção. No entanto, uma vez que, após a apuração dos fatos, constatou-se a ilegitimidade de todo o processo que levou Dilma e Temer ao poder, não há motivos para continuar insistindo numa lógica de defesa do Estado que não se coaduna com a rígida aplicação das leis!

*Sérgio Mauro é professor da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Araraquara.


CULTURA



‘ENCONTRO COM O ESCRITOR’
Leitores conhecerão autores da literatura amapaense durante encontros literário


REINALDO COELHO

Um projeto que estreou na última terça-feira (27) vai proporcionar o encontro de escritores da literatura amapaense com leitores. O evento que acontecerá na Biblioteca Pública Elcy Lacerda é uma das estratégias da instituição para atrair mais visitantes para o local.
O projeto “Encontro com o Escritor” busca apresentar autores locais e suas obras ao público amapaense. A iniciativa é um dos novos projetos lançados pela Elcy Lacerda e tem o objetivo de estimular a população visitar a instituição com maior frequência para a ampliar seu contato com o universo dos livros e conhecer a literatura local.
Além disso, o projeto visa conscientizar o amapaense que lê não apenas porque dizem que é bom, mas para ter a consciência exata do amadurecimento pessoal que se pode extrair da leitura. Foi com este foco que a Biblioteca Elcy Lacerda montou o projeto Encontro com o Escritor.
Em sua primeira edição o encontro de escritores com alunos de escolas amapaenses foi realizado no final da tarde na Biblioteca Elcy Lacerda, com escritor, compositor e artista plástico Manoel Bispo, de 72 anos, autor de obras como “Canto dos meus Cantares” (1990) e “Palavras de Festim” (2007). O bispo também tem textos em livros como “Coletânea Amapaense” (1988), “Coletânea de Poesias no Meio do Mundo” (2009) e “Coletânea de Contos – Contistas do Meio do Mundo” (2010).
Durante o encontro foram apresentados o autor e as obras ao público. De acordo com a administração da unidade esse é um dos projetos que estão sendo implantados para aumentar o número de visitantes, e assim divulgar o acervo literário do local, principalmente as produções do Amapá.

“Eu gosto muito de ler, mas nunca tinha conhecido alguém que tivesse escrito um livro. É uma oportunidade muito legal para a gente poder conversar com o escritor sobre o trabalho dele”, disse a aluna Daniela Silva, de apenas 12 anos.

“Quando a gente traz o escritor para conversar pessoalmente com as crianças, elas percebem que a arte da literatura não é uma coisa distante delas”, afirmou o diretor da biblioteca, José Pastana, para quem é fundamental envolver os professores e a comunidade no processo de disseminação da leitura.

Foi animado o encontro com o primeiro escritor escolhido para a estreia do projeto, Manoel Bispo. Os visitantes tiveram a oportunidade de fazer perguntas sobre a carreira e também sobre a vida do autor, além de comentarem sobre os livros por ele escritos.

Manoel Bispo enfatizou a importância da leitura na aquisição do conhecimento, permitindo o desenvolvimento do senso crítico sobre a realidade: "Quem possui o conhecimento não tem as ideias manipuladas e tem o poder de não baixar a cabeça para os outros", disse o autor durante o encontro.

FIQUE INFORMADO

GUIA DE TURISMO E TURISMÓLOGO
ENTENDA A DIFERENÇA ENTRE ESTES PROFISSIONAIS

Por Marco Antônio

 Muita gente ainda pensa que quem trabalha com turismo é turista e que o "guia turístico" é quem trata de conduzir e informar as pessoas que estão viajando. Em busca de esclarecer, de uma vez por todas, a diferença entre estes profissionais, tão importantes, foi escrita esta matéria. Ela é direcionada à todos que fazem confusão e que se enganam ao imaginar que Guia  e Turismólogo são a mesma coisa. Vamos a alguns esclarecimentos, e ao continuar esta leitura, você irá perceber que as funções são totalmente diferentes.
De acordo com o Turismólogo, Jofran Milindre Machado, o referido profissional é quem formula projetos dentro da área de turismo, faz planejamento, executa ações sociais em escolas, geralmente com crianças e idosos. É muito mais trabalho do que sair por aí viajando, como a maioria das pessoas pensa. Trata-se de uma diversidade enorme, abrangendo um leque de possibilidade sem estar preso a um caminho. “As pessoas confundem muito isso acontece o tempo todo e em todo lugar. Turismólogo é aquele que frequentou o curso durante quatro anos, e formou-se como bacharel em turismo’’. Diz o turismólogo João Tavares.
Já o guia de turismo é o profissional que está capacitado para levar um determinado grupo de pessoas para conhecer a cidade, fazer um “Tour”, como se diz popularmente. Ele mostra todos os pontos turísticos e o que mais local em relação ao potencial turístico. Para ser um guia é necessário esta treinado e conhecer o local.
Poderíamos dizer que Turismólogo é aquele que planejou todas as suas idas e vindas a espaços e pontos turísticos, incluindo sugestões de melhores restaurantes e hotéis. E o Guia é aquele que lhe acompanha a esses lugares. O primeiro vai, se achar conveniente. Mas, vamos fazer uma definição mais apurada, como dissemos, para que não haja mais dúvidas.


Turismólogo: é o profissional que observa, estuda e analisa os fenômenos turísticos em sua totalidade. O turismo é um fenômeno socioeconômico, cultural e político que promove o deslocamento de pessoas, por motivos variados. O termo Turismólogo surgiu no início dos anos 70, com o intuito de normatizar uma categoria de profissionais da área de turismo que não possuem reconhecimento pelo mercado.  Passou a ser reconhecida por lei em 18 de janeiro de 2012. Consideram-se atividades do Turismólogo, planejar, organizar, dirigir, controlar, gerir e operacionalizar instituições e estabelecimentos ligados ao turismo; entre outros da Lei 12591/12 | Lei nº 12.591. Esse profissional também pode atuar no setor público, em Secretarias de Turismo, divulgando patrimônios históricos ou cuidando do calendário de eventos de uma cidade a fim de atrair novos investimentos para o setor. Focado na percepção do panorama atual em que o destino se encontra nos possíveis panoramas futuros. Construindo metodologicamente um trâmite que possibilite guiar o destino do panorama atual para o futuro desejado utilizando de forma eficiente os recursos disponíveis para este fim.
Guias de Turismo: é o profissional encarregado de acompanhar, orientar e transmitir informações históricas e culturais a grupos de pessoas que visitam um determinado local. É através do guia de turismo, que os turistas não só conhecem os lugares, mas entendem a sua história e a sua cultura, modo de viver e costumes. É responsável por: Orientar, promover, embarque e desembarque, Organizar o cronograma de atividades, socorrer ou solicitar ocorrências, com acesso gratuito a museus, galerias de arte, exposições, feiras, bibliotecas e pontos de interesse turístico, quando estiver conduzindo, ou não pessoas ou grupos, observadas as normas e horários de cada estabelecimento, desde que devidamente credenciado como guia de turismo pela EMBRATUR.
O Turismo como atividade econômica tem se mostrado um importante gerador de renda. Porém para que possa gerar seus efeitos positivos deve ser planejado de forma a não acarretar a degradação do meio ambiente ou a concentração dos benefícios gerados por grandes grupos econômicos, daí a importância do planejamento da atividade por um profissional habilitado. A tendência é que com o crescimento da atividade, os turismólogos alcancem posição de destaque e ocupem cargos mais elevados nas organizações às quais pertencem ou sejam proprietários.


ARTIGO DO GATO


Artigo do Rei



 Alerta: Spinner e o Baleia Azul podem matar.

 

Aproxima-se o Dia das Crianças e novidades de brinquedos no segmento infantil são lançados em premier, pois o faturamento é certo. As indústrias investem fortunas na propaganda dessas novidades e os pais são pressionados pelos “filhotes” porque querem o novo brinquedo da moda.


Porém o que deveria ser somente alegria pode causar problemas sérios. Muitos brinquedos não atendem aos regulamentos de segurança para entrarem no mercado, no caso do Brasil é ter o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

Este ano apareceu o brinquedo “hand spinner”, ou “fidget spinner”, nova sensação do público infantil. Como o brinquedo ainda não passou por uma avaliação do Inmetro, boa parte dos produtos disponíveis no comércio é vendida de forma irregular, sem nenhuma garantia de segurança.
Basta ir à uma escola brasileira para encontrar crianças brincando com o tal hand spinner. O brinquedo virou moda, mas esconde perigos graves e está sob alerta de vários países do mundo.

Apesar de ainda não haver registro de acidentes no Brasil, relatos de problemas ocorridos em outros países já indicam o alto potencial de perigo, como engasgo, cortes na face e lesões nos olhos provocados pelo impacto da haste do “hand spinner”. O mais comum é um dos rolamentos de metal se soltar. Dependendo da velocidade, o impacto pode ser forte o bastante para lesionar.
Mas por que o spinner é tão perigoso?
Ele tem três pontas que giram quando se aperta o acessório. Isso mexeu com a cabeça da garotada.
Mas afinal qual o risco do spinner?
As luzes do brinquedinho podem se soltar e por isso podem acabar sendo engolidas por crianças, especialmente as menores. Isso pode até matá-las engasgadas.
Voltando as novidades PERIGOSAS, uma delas é o jogo virtual da Baleia Azul. O passatempo, disputado pelas redes sociais, propõe ao jogador 50 desafios macabros que vão desde a automutilação até o suicídio.
O game funciona como uma espécie de "siga o mestre" – quem dita as regras e propõe os desafios é um mentor, o qual envia às participantes mensagens com instruções do que fazer e solicita fotos como prova do cumprimento das tarefas. Os jogadores geralmente são crianças e adolescentes que além de estarem mais suscetíveis a influências de terceiros passam mais tempo em redes sociais.
O jogo Baleia Azul teve início na Rússia, em 2015, quando uma jovem de 15 anos cumpriu a última tarefa e pulou do alto de um edifício. Dias depois, uma adolescente de 14 anos se atirou na frente de um trem.
Jogos que apresentam riscos letais viraram moda entre muitos adolescentes. No ano passado um garoto de 13 anos morreu após se enforcar na casa do pai, no litoral sul da capital paulista. Gustavo Detter participava de um "choking game" em que a pessoa interrompia o fluxo de ar com as mãos ou objetos para induzir o desmaio e virilizou nas escolas e eram postados nas redes sociais.
As autoridades recomendam às famílias que monitorem o uso da internet dos filhos, a frequentarem suas redes sociais, observarem comportamentos estranhos e, sobretudo, conversarem e conscientizarem os adolescentes a respeito das consequências de práticas perigosas. Com os jovens que apresentam tendência à depressão a atenção deve ser redobrada, pois eles costumam ser especialmente atraídos por jogos como o da Baleia Azul.

E, mais, que comprem os brinquedos que são fiscalizados e tenham selos de segurança, pois é a vida de nossos jovens que estão sendo tiradas.

DE TUDO UM POUCO






DE TUDO UM POUCO
Nº  26/2017 – TA Nº  564

“ SE QUIZEREM AFASTAR O TEMER, QUE O FAÇAM PELO CONGRESSO “ ( Gilmar Mendes, Min. STF ).

PRERROGATIVAS CONSTITUCIONAIS.

A prerrogativa dos congressistas está estribada no art. 53, “ caput “ da Constituição  da República, que traduzo “ ipsi litters “ ; “ Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos “. Mais adiante e nesse mesmo artigo, os §§ 1º e 2º, determinam que : “ Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal “ e “ Desde a expedição do diploma , os membros do Congresso Nacional ( Câmara e Senado ) não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus  membros, resolva sobre a prisão “.

Em seguida a CR/88, elenca os procedimentos que deverão ser obedecidos. Está tudo escrito, não é preciso inventar nada e nem interpretar por extensão esses comandos.

                Trago, para deleite dos leitores, dizeres da Dra. Elizabeth Christina da Costa Lopes Barbosa, já identificada no artigo anterior, no tocante ao assunto em tels. Diz a Magistrada : “ As leis hão que ser elaboradas pelos homens . Para salvaguardar atividades tão necessárias e garantidoras do Estado de Direito é que se cogitou de proteger aqueles designados para tanto das influências prejudiciais. Essa proteção é, mesmo, condição de independência do Poder Legislativo, que, ao estar inserto numa convivência  harmônica e autônoma com os demais poderes, não poderia deixar de contar com algumas prerrogativas “.

                O que se pretende deixar claro com o instituto da imunidade, tanto formal quanto material, é a proteção da própria instituição legislativa, e não de seus componentes, tão-somente. O instituto se deve ao mister do Poder Legislativo, e não aos seus membros. É a instituição Congresso nacional que deve ser preservada e seus membros devem zelar por essa garantia constitucional.

                Na opinião da Magistrada e que corroboro integralmente, o tema “ imunidade congressual “ sempre suscitará debates, alguns a favor, os próprios parlamentares,  outros contra, a sociedade civil, vez que já há movimento  “ interna corporis “ tratando do assunto. A pergunta é : Os congressistas favoráveis a extinção, mudança ou alterações desse instituto, não estarão dando um tiro no pé ? Alterar a previsão constitucional atual assegurará a garantia fixada no art. 53, da CF/88 ? Não será melhor aprimorar a conduta pessoal e parlamentar dos membros do Congresso Nacional ?

                Agora, didaticamente, para a compreensão dos leitores não detentores de conhecimentos jurídicos, cumpre-se separar os dois tipos de imunidade existentes. 1) Imunidade material, também chamada de “ inviolabilidade “ que nega a existência do crime, e  é excludente de antijuricidade da conduta típica. 2) A imunidade formal, que refere-se, especificamente, à instauração do processo contra o parlamentar.

                Novamente acolho como minhas as interpretações da Magistrada citada acima sobre os dois tipos de imunidade : IMUNIDADE MATERIAL ou INVIOLABILIDADE – O “ caput “ do art. 53 da CF/88, dispõe que os Deputados e Senadores são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos. Essa imunidade é absoluta, perpétua e de ordem pública. É absoluta porque exclui a própria existência dos  crimes, mas, anote-se, somente se refere aos crimes de opinião, também ditos de palavra, excluindo a punibilidade e a antijuridicidade da conduta tipificada. São exemplos a calúnia, a difamação, a apologia de criminoso, dentre outros. Quanto ao caráter perpétuo do instituto, temos que atentar para algumas observações : 1) a perpetualidade se refere ao ilícito praticado durante o mandato parlamentar e em decorrência do mesmo. Se o cidadão pratica o ato tido por ilícito anteriormente a sua condição de parlamentar, trata-se de trâmite processual com prerrogativa de foro e  mediante prévia licença de sua Casa ( Câmara ou Senado ) poderá ser processado.

                O  caráter perpétuo acomete o ilícito praticado pelo parlamentar e não se alarga para conter fatos anteriores a essa com dição, que fique bem claro.


                Semana que vem tem mais.

BRUNO BELÉM




A responsabilidade é de todos!

Na última edição do Tribuna Amapaense, trouxemos como matéria de capa "DOB, A Droga do Horror", e a partir daí vários debates surgiram, em um deles, um colega afirma que "O Estado é 100% culpado pela venda de drogas e pela criminalidade”. Discordei do colega, e prometi trazer a minha opinião na coluna.

É de conhecimento de todos que o grande fator para o sucesso do crime organizado é a desigualdade social. O crime atua onde o estado falta, o que nos dias atuais representa em quase tudo. O Estado ao não amparar os cidadãos com o mínimo necessário, faz com que alguns, no lugar de lutarem por seus direitos, busquem alternativas mais fáceis para sobreviver.

Os programas assistenciais do governo federal, que contemplam famílias de baixa renda com benefícios financeiros por número de filhos, fazem com que essa parte da população se multiplique mais, se aproveitando que não há fiscalização por parte do governo para ver se as crianças, que são os reais detentoras do benefício, estão frequentando regularmente a escola e se a família está cumprindo sua parte. Infelizmente, esses programas, embora tenham uma teoria bonita, na prática, é um instrumento de barganha durante o pleito eleitoral.

São falhos quando premiam os pais que, geralmente, tiveram filhos não planejados, e ao final do ciclo, quando a criança atinge a idade para exclusão do programa, a criança, agora adolescente, está sem qualificação e os seus pais também. Seria interessante cobrar bem mais que uma criança na escola, os pais também deveriam voltar pra sala de aula, a fim de se qualificar e futuramente parar de depender do benefício. Além de que o governo deveria buscar parcerias para empregar os beneficiários do programa ou incentivar, por meio do SEBRAE, o empreendedorismo a essas pessoas. Me chamem do que quiser, mas sou fiel defensor do controle de natalidade no Brasil., para que evite este e outros casos. Em outra oportunidade eu defendo.

O responsável pela criança recebendo um benefício mensalmente, a criança fora da escola, geralmente, e passando o dia brincando na rua, como se vê em vários bairros de Macapá, facilmente, é aliciada por criminosos.

Um outro ponto que faz do poder público culpado é política de repreensão defasada, buscando cada vez mais encarcerar o infrator e cada vez menos recuperá-lo. A culpa agrava com pagamentos de soldos ruins as forças policiais, um sistema jurídico burocrático e principalmente pela falta de assistência básica. Pois a partir do momento que o governo assiste o cidadão provendo a assistência mínima necessária para sua subsistência, bem como, fazendo uma política de repreensão e recuperação do dependente e do apenado de forma eficaz, os índices de criminalidade serão diminuídos. Infelizmente, o crime organizado já está tão bem articulado, que em todas as esferas do poder público existem agentes criminosos, o que torna o combate e a prevenção mais complexa.

Todavia a responsabilidade por isso é compartilhada, consultei a psicóloga Alessandra Siqueira Mendes, que analisa um dos principais motivos para que crianças e adolescentes entrem na criminalidade: "Hoje a maior probabilidade dos filhos se envolverem com drogas e na criminalidade é a falta de parceria, companheirismo e diálogo entre pais e filhos. Os pais pela correria do dia a dia esquecem do comprometimento que tem na vida de seus filhos e o 2quão são responsáveis pela educação dos mesmos.

A instituição família é falida e os pais acabam sendo concorrente dos próprios filhos no que diz respeito ao uso da liberdade. Ou seja, os pais querem viver o que não viverem e esquecem que os filhos ainda não têm maturidade para lidar com as oportunidades que a vida apresenta e acabam ficando vulneráveis às ofertas que o mundo externo os apresentam", informa a psicóloga. Fui adiante e questionei, como o pais devem agir quando detectam o envolvimento do filho com a criminalidade? Ela me respondeu: "Devem estar juntos para acompanhar o que realmente está acontecendo e se mostrar amigos e parceiros , não criticar negativamente".

Nas duas perguntas, podemos observar claramente que a família presente pode ser um instrumento de prevenção a entrada desse indivíduo na criminalidade, como também, na sua ausência, pode ser o passaporte desse indivíduo para criminalidade.

Cabe o grande desafio, como os pais podem conter o ingresso de seus filhos no mundo da criminalidade quando o estado falha na prestação de assistência básica? Veremos isso na próxima semana.



Fica o meu enorme agradecimento a Alessandra Siqueira Mendes, que além de Psicóloga formada pela Universidade da Amazônia é Perita eventual da Justiça Federal.

SAÚDE EM FOCO

O Dilema da Medicina entre a técnica e a arte

Participando da inauguração de mais um Laboratório de Análises Clínicas em Macapá, o Amaral Costa, na terça feira passada (27.06), onde o Diretor Científico, Dr. David Bichara, enfatizou o pioneirismo e os avanços na rapidez na realização dos exames, citando a obtenção rápida e eficiente no diagnóstico, veio a mente a dicotomia e o dilema da Medicina entre a arte e a tecnologia.
A técnica exagerada concorre para o afastamento do médico de uma aproximação maior com o paciente. Os últimos avanços nas técnicas diagnósticas levaram a relação médico-paciente a um alto grau de deterioração, culminando com certa falta de sintonia entre “a alta tecnologia e o método clínico”. Esse é um assunto que abordei em crônicas e poesia, como a de minha autoria: “ Medicina : profissão, vocação e carisma”, de muitos anos atrás.
Enquanto a iniciativa privada acredita na potencialidade e nas demandas do Estado, fazendo investimento na área tecnológica da Medicina, o poder público em todas as esferas cada vez mais se afasta de suas prerrogativas e responsabilidades. Os hospitais públicos não oferecem um mínimo de rapidez e eficiência nos exames e procedimentos, levando dias e até meses para sair resultados.
Concorre para o agravamento dessa situação a sobrecarga de trabalho e a infraestrutura defasada das unidades, cujos profissionais já não fazem um exame clínico mais apurado, esperando nos exames a sua última esperança num diagnóstico mais rápido e eficiente para reduzir o tempo no hospital. Mas nem sempre é isso que acontece.
A revista “Medicina” do CFM (revista de humanidades médicas), de agosto de 2014, aborda com propriedade esse tema do impacto das tecnologias. O professor e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, Cesar Kubiak, diz: “ não é bom nem o apego ao tradicional, como fizeram os médicos que temiam o uso dos raios X, em 1895, nem o aprisionamento ao último avanço tecnológico”.
O sistema público por suas carências e falta de investimento nas últimas décadas, maculado por gestões fraudulentas e corruptas, tornou o simples e o essencial como algo complexo. O Médico, nesse contexto, entorpeceu seu raciocínio clínico e teve seu trabalho limitado e complicado pela falta de materiais simples e banais, colocando em cheque sua capacidade técnica.
“O método clínico, que inclui anamnese, exame físico, solicitação de exames, esclarecimentos, orientações, foi se tornando complementar, com os médicos se tornando “oficiais maiores” da ciência e gerentes de biotecnologia”, comenta Kubiak. Resultou em utilidade uma enormidade de informações e exames, e o médico não conhece seu paciente.
Uma simples consulta médica, em que se conhecia o paciente, seus temores, suas dúvidas, sua história familiar, social e até econômica, esta sendo negligenciado não pelos médicos, mas pelos gestores, que dificultam o acesso, reduzem as oportunidades e não investem nos exames complementares mais rotineiros, que cobrem mais de 80% das patologias. Da mesma forma, tecnologias  essências já consagradas como Raio x, Mamografia, USG, também são consideradas raras em muitas localidades. Colocar médicos dependentes desses exames nesses locais, sem esse aparato, é contribuir para sua ineficiência. 
Influenciados pela propaganda e pelo marketing, os pobres leigos e desinformados ficam pensando que a boa medicina é aquela que emprega exames sofisticados e técnicas ultramodernas  para tratar da doença. Nesse meio termo, entre o profissional e o cidadão doente, está o Estado inoperante que não oferece o básico, o essencial e muito menos a técnica sofisticada.
A discussão está lançada. O dilema precisa ser sanado e resolvido. O medico ficando com mãos atadas por falta de equipamentos, materiais simples e condições de trabalho e o cidadão cobrando do médico algo que antes oferecia e que agora 

    

  

SOCIAL 563

domingo, 25 de junho de 2017

Operação Lava Jato

STF, por obra de 6 ministros, pode virar capacho do MPF. PT tem de ser grato a Barroso e Fachin

Os votos de Alexandre de Moraes, de Dias Tóffoli e de Lewandowski não acatam a total soberania do acordo em todas as fases do processo e sob quaisquer condições. Mendes certamente seguirá essa trilha. E é possível que Marco Aurélio também não tome o acordo como uma carta maior do que a Magna Carta









Publicada: 22/06/2017 - 23:51
Jamais faria como Rodrigo Janot, que, quando quer ser truculento, brada: “Chega de hipocrisia!”, à maneira de um fascistoide de esquerda ou de direita tentando se impor pelo berro. Direi de outro modo, com o meu querido Eça de Queiroz. Vou tirar “o manto diáfano da fantasia” que cobre “a nudez crua da verdade”. Por ser diáfano, algo se deixa ver na transparência; por ser manto, nem tudo pode ser visto. E é dessa segunda parte que vou tratar aqui.
Saibam todos a quantos a informação possa interessar: o embate que se deu no Supremo, a opor mais agudamente Gilmar Mendes a Roberto Barroso, foi o confronto entre o que diz a lei (Mendes) e o que quer o alto establishment petista, de que Barroso é, há muito tempo, a exemplo de Edson Fachin, um ilustre representante. Não! Ele não é petista de carteirinha. Aliás, tomo mais cuidado com quem não ostenta a dita-cuja.
Então vamos ver. Desde sempre, anunciei aqui que seriam 11 votos a zero a favor da permanência de Fachin na relatoria da delação de Joesley e sua turma, uma organização criminosa que diz ter comprado quase 2 mil, políticos. O julgamento será retomado na semana que vem. O relator já conta com 7 dos 11 votos que terá nesse particular, a saber: ele próprio, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.
Nota à margem: Fachin poderia ter rejeitado, também monocraticamente, o pedido de suspeição. Por que não o fez? Porque sabia que a questão não seria acatada pelo pleno. Assim, em tese ao menos, sai fortalecido.
Joesley, o açougueiro de instituições, confessou imodestos 245 crimes. Fachin, e está na Constituição, não poderia ter sido escolhido o relator. O caso nada tem a ver com Petrobras. Fachin, e está na Constituição, não poderia ter aceitado uma prova ilícita. Fachin, e está no Regimento Interno do Supremo, não poderia ter homologado sozinho uma delação que tem como alvo principal o presidente da República. As questões que a esse dizem respeito só podem ser avaliadas pelo pleno.
Mas se deixe tudo isso de lado. Estava claro que os ministros não mexeriam nessa questão até por espírito de corpo. Mas há uma outra demanda: pode Fachin fazer o que bem entender com a delação, homologar qualquer acordo, estejam suas disposições previstas ou não em lei? Eis aí. Nem ele próprio acreditava nisso. E destacou que, na fase do julgamento de pessoas eventualmente implicadas pelas delações, então o pleno ou a turma poderia examinar a efetividade de todos os termos do acordo.
Aí Barroso acendeu a luz vermelha. Vermelhíssima! Ele resolveu sair em defesa do relator mais do que este mesmo. Percebeu que o próprio Fachin abria uma brecha para a revisão de acordos. E Barroso foi explícito. Para ele, não cabe exame do colegiado em nenhum momento do processo. Foi além. Disse que os acertos podem contemplar o que está na lei e também o que não está, desde que não haja clara vedação. É um espanto! Pensem no número infinito de coisas que, embora não proibidas por lei, jamais poderiam integrar uma delação… Caiu a ficha de Fachin, que logo pegou carona no esquerdista mais, como direi?, habilidoso do que ele próprio,
Ricardo Lewandowski, que a direita costuma malhar, levantou a questão pertinente: “Não quero crer que nós abdiquemos de examinar a qualquer momento uma ilegalidade flagrante. A última palavra relativamente às cláusulas e às condições do acordo de delação premiada é do colegiado”. É claro que ele está certo!
Celso de Mello o rebateu: “O dissenso que ficou claro no substancioso voto do ministro Lewandowski consiste no fato de que sua excelência entende que será revisível alguma cláusula do acordo quando dessa etapa final. A maioria, no entanto, entende de forma diferente”. Lamentável! O embate mais duro se deu entre Gilmar Mendes e Barroso. E um processo que apele, por exemplo, a provas ilegais? Nem assim se revisa nada?
Para Barroso, não! A Constituição deixou de ser soberana. O povo, de quem emana o poder, deixou de ser soberano. Agora a verdadeira Carta Magna do país é o acordo celebrado entre um procurador da República e um bandido. Sendo assim, na divergência, o Supremo se submete ao Ministério Público, não mais este àquele.
Só para constar: os votos de Alexandre de Moraes, de Dias Tóffoli e de Lewandowski não acatam a total soberania do acordo em todas as fases do processo e sob quaisquer condições, inclusive aquelas que são causas de nulidade de processo. Mendes certamente seguirá essa trilha. E é possível que Marco Aurélio também não tome o acordo como uma carta maior do que a Magna Carta. Serão, nesse caso, cinco votos.
O lado dos que decidiram jogar a Constituição no lixo deve obter a maioria: Fachin, Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Celso de Mello e Cármen Lúcia, a madrinha disso tudo.
Vem confusão por aí
É claro que vem confusão por aí. É evidente que um réu pode entrar na Segunda Turma com uma arguição que poderá ressoar no acordo de delação. E aí? Faz-se o quê?
Que se note: o Supremo, por intermédio, declaradamente, de cinco ministros, com a muito provável colaboração de Carmen Lúcia, o sexto elemento, está para declarar sobre si mesmo: Supremo não é, mas subordinado. Um ministro falou alto a ponto de ter sido ouvido por alguns de seus  pares de colegiado: “É preciso pensar na opinião pública”. Era Luiz Fux.
O doutor deve achar que o acordo com Joesley goza de boa reputação…
Espero ter tirado o véu: declarar intocável o acordo que garante a imunidade plena ao maior criminoso do país (em número de imputações possíveis) em troca das cabeças do presidente da República e do presidente do PSDB é, até agora, por contraste, a maior vitória que o PT logrou desde que começou a Lava Jato.
Janot resolveu dar esse presente ao partido. E seis ministros do STF devem cuidar do embrulho.
O PT vai vencer esse embate. Com o aplauso de parte da direita xucra.

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Editorial



As drogas atingem o coração da sociedade: Os Jovens

Esta edição do Tribuna Amapaense, traz uma matéria que está assustando a sociedade brasileira e em particular o Amapá, o retorno do uso das drogas sintéticas pela juventude. Todas as gerações tiveram suas drogas e alguns a consumiram e os o que sobreviveram a elas não tem boas recordações, e não querem que seus filhos experimentem essas ‘drogas’, no sentido pejorativo da palavra.
Além do "cristal" de LSD, a cocaína, a maconha e a heroína estão sendo sintetizadas e vendidas em forma de cápsulas ou “cartões” que são usados sob a língua. Porém, a pior de todas, que estava fora do mercado e foi o “horror” na década de 70, a DOB, hoje está sendo retirada das prateleiras e retornando ao mercado de tráfico, e está assombrando a cúpula da segurança pública que vem combatendo intensivamente o tráfico no Amapá.
Uma mentira sobre as drogas é que elas ajudam uma pessoa a ficar mais criativa. A verdade é completamente diferente.
Alguém que está triste poderia usar drogas para obter um sentimento de felicidade, mas não funciona. As drogas podem dar um falso contentamento à pessoa, mas quando o efeito da droga se dissipa, ela fica numa situação muito pior do que antes. A cada vez, o mergulho emocional é cada vez mais profundo. No final as drogas vão destruir completamente a criatividade da pessoa.
O jovem durante o tempo em que estar drogado pensa que tem controle sobre a sua vida e que está bem. Porém, destruiu tudo o que tinha. Vem o corte dos laços com todos os seus amigos que não eram usuários de drogas e com a   família, portanto, os únicos amigos que ficam são os ‘colegas usuários’. Todos os dias passam a priorizar uma única coisa: no plano para conseguir o dinheiro de que precisa para as drogas. E faz qualquer coisa possível para conseguir o seu rebite — do prostituir-se a roubar e até matar.
A matéria DOB, a "cápsula do horror", assinada pelo Editor Reinaldo Coelho e o repórter policial J. Junior, narra o que vem acontecendo quanto ao combate ao tráfico e ao uso de drogas no Amapá e como orientação a sociedade a alertar-se e proteger seus filhos.
Mas as ações do governo estadual não vêm agindo somente no combate e apreensão de drogas. O governador Waldez Góes vem trabalhando políticas públicas para a Juventude amapaense, além das gestões inovadoras na educação e saúde, chegou a vez das ações sociais como a renovação do Programa Amapá Jovem e a implantação do ID Jovem em todos os municípios do Amapá.
A temática sobre drogas deve ser discutida, ainda mais agora com o crack e as novas drogas fazendo mal a tanta gente. Vejo o esporte, as artes, as atividades profissionais como meios mais rápidos na ajuda para quem usa ou usou drogas. Sempre ouvimos muitos casos de um cara que era um talento incrível no esporte e acabou se desviando para o mundo das drogas, estragando uma possível carreira de sucesso.

Não é so o poder público que deve atuar no combate as drogas, mas toda a sociedade, que juntos denunciem os traficantes que atuam em seu bairro, desconfiem de pessoas que rondam as escolas. Se a sociedade ficar conscientes da importância da prevenção e combate às drogas, como os atletas de destaque vêm desenvolvendo ações em variadas regiões do país e no Amapá, caso do Clube de Boxe do Nelson dos Anjos e da Academia de Bruno Igreja que tira eles do ócio e colocando-os no alto do pódio da autoestima e do sucesso.

NAS GARRAS DO FELINO

NAS GARRAS DO FELINO


Nem aí
Prefeito Clécio precisa encarar com mais responsabilidade o abandono de terrenos em Macapá. Fiscalizar e colocar placa não resolve. Fazer de conta muito menos. É preciso pulso firme, o que pelo visto, ele não tem.

Sem dó
Querem ver outra irresponsabilidade? A interdição da Feira Maluca, no bairro Novo Buritizal. Já não basta o abandono que os feirantes do Centro estão enfrentando? Pelo visto, Clécio é adepto da filosofia “quanto pior, melhor”.

Fiquem atentos
Fiquem de olhos bem abertos, porque são esses gestores citados acima que estão rodando os bairros de Macapá “ouvindo” o povo. Não se enganem. Quem não atendeu seus anseios nos últimos anos, não vai lhe ouvir daqui para frente.

Só papo!
Onde estão as pavimentações de primeira linha prometidas por Clécio? Lembram do Shopping Popular? Continua no papel! E o Hospital do Câncer, então, nem se fala. O discurso é bom, mas na hora de executar tudo não passa de faz de conta.

Saia justa
Presidente Michel Temer enfrentou maior saia justa na Noruega. O país é o maior doador da Amazônia, onde o desmatamento está em alta. Foram quase R$ 3 bilhões entre 2009 e 2016. Assim, não tem quem não se ache dono do quintal do outro...

Eles não se entendem
Nem bem começou a disputa nos bastidores para 2018, e a oposição já mostrar sinais de racha. Nem eles se entendem. A tal frente de oposição pelo visto não vai passar de sonho. Pesadelo mesmo é querer convencer o povo sem ter grandes feitos para mostrar...

Perto de você
População da região do Jari receberam esta semana atendimento nos mais variados serviços públicos. A ação Governo Perto da Gente reforça a preocupação de Waldez Góes com os quatro cantos do Amapá.

Dignidade em primeiro lugar
Aliás, é esse tipo de visão em 360° que o gestor público precisa ter. E Waldez tem a consciência de que a população do interior precisa tanto (ou mais) da atenção do serviço público para se sentir atendida e acolhida. É a dignidade em primeiro lugar.


ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...