sábado, 30 de junho de 2018

Ampliação do Centro de Pesquisas da UNIFAP

Visita guiada às obras de ampliação do Centro de Pesquisas da UNIFAP
Terça-feira,  3 de julho, às 9 horas
CEPAP/Unifap - Rodovia Juscelino Kubitschek, Jardim Equatorial, Macapá
Resultado de imagem para Centro de Pesquisas da UNIFAP 



Iniciativa que vai conceder ao Amapá o aumento da capacidade de estudos arqueológicos está prestes a ser concluída. Trata-se da primeira parceria público-privada do Estado, entre a Universidade Federal do Amapá (Unifap) e a Beadell Brasil Ltda., detentora da mina Tucano em Pedra Branca do Amapari (AP), com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre sítios e achados arqueológicos.

Já em fase final, as obras de ampliação do Centro de Pesquisa Arqueológico do Amapá (Cepap/Unifap)seguem em ritmo acelerado. Nesta terça-feira (3), às 9 horas, haverá uma visita guiada à unidade para acompanhar o andamento e você está convidado (a).

A Cooperação Técnico-Científica foi firmada em janeiro e as atividades somarão um aporte financeiro de R$ 716.294,37. O acordo inclui a contratação de bolsistas da universidade que vão atuar em pesquisa nas áreas da empresa e a ampliação do Cepap, que, entre outras finalidades, abrigará os objetos encontrados nos sítios arqueológicos.

Em contrapartida, a parceria com a instituição garante que ela dará todo o suporte à empresa na pesquisa e nos estudos arqueológicos por ao menos quatro anos, período de vigência do termo assinado, com a participação de professores e estudantes da universidade em pesquisas nesta área da arqueologia.

A companhia tem dado atenção especial à arqueologia e intensificado esforços para realizar o melhor mapeamento arqueológico local. Em dois anos, cinco sítios arqueológicos foram descobertos em Mutum, o que levou a empresa a realizar um projeto focado no em torno deste local e de Urucum Leste, dentro da área da unidade operacional.

TRE amapaense empossa e reconduz juiz Léo Furtado para a Corte Eleitoral

  
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP), desembargador Manoel Brito, empossou, durante sessão ordinária nesta sexta-feira (29), no plenário da Corte, o advogado Léo Alexandro de Lima Furtado, que foi reconduzido como juiz titular na vaga de jurista.

O decreto que o reconduz ao cargo, foi assinado pelo presidente da República, Michel Temer, no dia 13.06.2018 e publicado no dia seguinte, no Diário Oficial da União. O mandato do juiz titular na classe dos juristas tem duração de dois anos.

Durante a solenidade de posse, o presidente do TRE, desembargador Manoel Brito, deu boas-vindas ao empossado, e destacou a sua importante participação na Justiça Eleitoral. “A recondução que hoje ocorre, espelha a boa condução e qualidade dos julgamentos proferidos pelo eminente juiz. Temos absoluta certeza que, como no primeiro mandato exercido, a jurisprudência deste Regional será ainda mais fortalecida em razão do profundo conhecimento jurídico demonstrado”, enfatizou.

O juiz Léo Furtado agradeceu as manifestações de apreço e o reconhecimento de seu trabalho na JE. Aproveitou para destacar o apoio que teve do Tribunal de Justiça do Amapá, citando os desembargadores Carlos Tork, Gilberto Pinheiro, Carmo Antônio e a vice-presidente do TRE-AP, desembargadora Sueli Pini. “Agradeço em especial a Deus, minha família, e a confiança de todos por essa oportunidade, que são poucos que tiveram. Sou o primeiro advogado a ser reconduzido por dois presidentes da República. A minha família faz parte desse momento”, declarou emocionado o recém empossado.

Juiz Léo Furtado
Léo Alexandro de Lima Furtado é amapaense, casado e tem três filhos. Formou-se no ano de 2004 como bacharel em Direito pela Universidade Potiguar (UNP), no Rio Grande do Norte. Há 12 anos pertence a OAB/AP. É pós-graduado Lato Sensu em Direito Ambiental, especialização em Direito Eleitoral e doutorado em Direito Eleitoral pela Universidade de Buenos Aires (UBA). Também é professor universitário, em duas instituições particulares.

Juízes classistas no TRE
A seleção de juízes classistas para o Tribunal Regional Eleitoral do Amapá, é feita após o Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), que escolhe três nomes na lista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com nomes de dez ou mais profissionais aptos a exercer a função.

A listagem é enviada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e por fim, o magistrado é escolhido pela presidência da República. Os juízes dos TREs e TSE são temporários, com mandatos de dois anos.

Fim de mandato
Ainda na sessão desta sexta-feira (29), a juíza Eleusa Muniz concluiu seu mandado de dois anos, como membro da Corte, na vaga da magistratura estadual.
O presidente do Regional, desembargador Manoel Brito, agradeceu à magistrada pela sua dedicação e empenho durante o período em que fez parte da Corte do TRE do Amapá. “Desejamos muito sucesso em sua nova missão e agradecemos pela sua memorável presença em nossa Corte”, concluiu.


ANTES QUE VOCÊ ESQUEÇA!





Prédio histórico do Mercado Central de Macapá – 65 anos

Da Editoria

O Mercado Central foi construído no governo de Janary Gentil Nunes e inaugurado em 13 de setembro de 1953, dez anos após a criação do Território.
O prefeito do município de Macapá era o Senhor Claudomiro Moraes (pai do radialista Euclides Moraes). Para uma cidade que estava sendo erguida, a arquitetura era suntuosa para o tempo e para a humilde população, com casas de pau a pique e barro.
Ele encontra-se erguido em um local de importância histórica da cidade de Macapá, bem em frente à Fortaleza de São José de Macapá.
Os detalhes da construção são um passeio na arquitetura do tempo. A estrutura que suporta o telhado e a fachada são exemplos disso.
Logo após a conclusão do Mercado também foi erguido, em frente a um ponto de ônibus que ficou conhecido na cidade como Clip Bar, que na verdade era um estabelecimento comercial (um bar) que servia de abrigo de passageiros para os ônibus circulares da cidade. 
A frente do Mercado Central de Macapá fica para a Cândido Mendes, a principal rua do comércio local.

A Praça onde está o Mercado é denominada de Theodoro Mendes. Em homenagem ao ex-prefeito de Macapá no período de 1896 a 1916, juntamente com o Coronel Coriolano Jucá, que foi de Intendente a prefeito.
Na parte interna foram construídos 16 boxes para a comercialização da carne verde e as “marrons”, salgados e verduras em geral. Nos outros 20 boxes internos funcionavam para venda de gêneros alimentícios oriundos de hortifrutigranjeiros, rios e florestas.
Pelo lado interno do prédio existia um box que durante longos anos foi local da Banca de Revistas Cinelândia, do conhecido Nena Leão.
Me lembro bem que na lateral direita, pela parte interna do prédio, existia um box onde funcionava a Mercearia do Chaquib. Eu sempre comprava “gêneros de primeira necessidade”, lá com ele.
Além dos primeiros japoneses que vendiam verduras e legumes lembro-me dos nomes de alguns açougueiros que tinham “talhos” (boxes) de “carne verde”: a memória ainda me permite lembrar de alguns deles: Filomeno, Navegante, Mafra, Mamão, Jucelito, Armando, Viana, Bengala e muitos outros.
Situação atual do Mercado Central de Macapá

Existia ainda na parte interna um boxe onde funcionava a economia popular. Havia uma balança preta, na qual a população podia conferir se o peso das mercadorias estava correto. Os policiais fiscais eram José Maria Gomes Teixeira (Manga), Pompeu, Amadeu Gama (Belisca Lua), Pereira (pai do Policial Civil Marivaldo), Tito Amanajás, Evangelista, Olavo e Pedro Sabe Tudo.
Na parte externa, pela lateral da Avenida Antônio Coelho de Carvalho, situa-se o Bar Du Pedro, o mais antigo em funcionamento. Começou sob a responsabilidade de um comerciante, primo do Senhor Miguel Pinheiro Borges, que resolveu trabalhar na construção de Brasília e passou para o Senhor Clóvis Dias. Foi ele quem colocou o nome de Bar de São Luiz Gonzaga. A partir da década de 60 passou para o Senhor Pedro Nery da Cruz, que adotou o nome de Bar Du Pedro, que funciona até hoje sob a coordenação do filho. Ao lado, no beco dos sapateiros, funcionava a barbearia Rio Chic, cujo proprietário era o Benedito, que tinha como sócios: Maurício, Moacir, Leobino e Afuá. A Sapataria do Irmão e Sapataria Chic, de propriedade do Bira, filho do barbeiro Benedito.
No canto que faz frente para o mercado de peixe tinha a Ervanaria Amazônia, de propriedade do casal Martiniano e Benta.
Na parte externa, que dá para a Avenida Henrique Galúcio, funcionou o Salão Latino Americano, onde trabalhavam os barbeiros Manoel Brito, Alvim, Timboteua, Quincas.
Naquele box do canto também funcionou, entre outros, a Farmácia do Hernani Guedes.

A construção do Mercado Central foi um marco do Governador Janary Nunes

Nessa época a área comercial de Macapá ficava restrita à Doca da Fortaleza e a Rua Candido Mendes. Com a inauguração do Mercado Central o espaço nas laterais foi tomado por ambulantes. Isso fez com que o governo municipal iniciasse a construção de pequenas lojas, nas laterais do mercado.
Pelo lado da avenida Henrique Galúcio, funcionavam: a Farmácia Droga Norte, de propriedade do saudoso Marlindo Serrano; também a Ourivesaria Estrela de Jesus; a Relojoaria Mido, de propriedade do Zé da Mido, e muitos outros.
Passaram pela direção do Mercado os seguintes administradores: O primeiro deles foi o Sr. Meton Jucá; os demais foram Aurino Borges de Oliveira, Raimundo Pessoa Borges (Marituba), Raimundo Nonato da Penha (Laxinha), Pai Faca (irmão do ex-prefeito Azevedo Costa) e Pedrinho. (Texto de Edi Prado)                

Mercado Central, hoje.

Em 2015 com festa e promessas a atual administração da capital amapaense deu início a um projeto faraônico que seria a revitalização do Mercado Central, um dos maiores patrimônios dos macapaenses e que é marco da cidade de Macapá como capital. E está paralisada.
A falta de disponibilidade de recursos federais é o fator que impede a conclusão da reforma do Mercado, informou a prefeitura de Macapá, ressaltando que executou a primeira parte das obras dentro do período estimado, a entrega chegou a ser prevista para março, porém a situação econômica do país impediu a captação de novos recursos.
Essa foi a terceira data de reabertura anunciada. A primeira era para maio de 2016 e a segunda para setembro do mesmo ano. A obra foi orçada em aproximadamente R$ 2 milhões.
“Nosso mercado é um monumento histórico que está abandonado. Muitas cidades conservam seus mercados e mantém a tradição, mas o de Macapá está esquecido. Muitos trabalhadores dependiam da renda aqui no mercado e agora não tem onde fazer suas vendas. A falta de segurança e saneamento dificulta quem ainda permanece com seus negócios aqui”, reclamam os comerciantes desalojados que estão em frente ao mercado.

Super Fácil Móvel levará serviços de cidadania às comunidades mais distantes do Amapá

Micro-ônibus, totalmente equipado, foi adquirido através de emenda parlamentar do deputado federal Vinícius Gurgel com contrapartida do governo do Estado.
Por: Nathacha Dantas

 Foto: Marcelo Loureiro / Secom
Auricelia Ximendes não teve dificuldade para retirar a segunda via do Cartão do SUS
O Sistema Integrado de Atendimento ao Cidadão (Siac Super Fácil), com 16 anos de existência, possui completa cobertura de serviços em Macapá com instalações no Centro, Beirol, zonas sul, norte e oeste de Macapá - inaugurada em abril deste ano.  Além disso, há unidades nos municípios de Santana, Ferreira Gomes, Pedra Branca do Amapari, Tartarugalzinho, Calçoene e Oiapoque. Agora, conta com uma unidade móvel que levará serviços itinerantes de cidadania às localidades mais distantes e que ainda não possuem unidades fixas da Rede Super Fácil.
A solenidade de entrega do novo serviço aconteceu nesta sexta-feira, 29. O Super Fácil Móvel ofertou os primeiros atendimentos aos moradores da zona norte de Macapá. A moradora do bairro Novo Horizonte, Auricelia Ximendes de Aguiar, precisava atualizar o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS), mas não queria enfrentar filas. Com a unidade móvel próximo à sua casa, dentro de minutos, adquiriu seu novo documento sem qualquer burocracia. “Eu cheguei aqui fiz a triagem, fui encaminhada para o atendimento e já estou saindo com o meu cartão do SUS novinho, não demorou nada e estou saindo satisfeita”, comemorou Auricelia.
Já a dona de casa Olgarina de Souza, que também mora no Novo Horizonte, aproveitou para pedir orientação jurídica. “Com a correria do dia a dia, não conseguia tempo para buscar auxílio com um profissional. Mas essa ação veio no momento e no local certo, graças a Deus já consegui a informação que eu queria e sei o que fazer para resolver uma determinada questão que estou enfrentando”, declarou Olgarina.
A ação social de cidadania aconteceu na Praça Eterna Aliança, no bairro novo horizonte, com a emissão de 1ª e 2ª via da Carteira de Identidade, do cartão do SUS e 2ª via do Cadastro de Pessoa Física (CPF), além de serviços da Secretaria de Estado da Inclusão e Mobilização Social (Sims), Defensoria Pública do Estado do Amapá (Defenap) e outros órgãos.
Super Fácil Móvel
O micro-ônibus é adaptado com sete guichês, acessibilidade a pessoas com deficiência, chamador de senhas e toldo de proteção, que permite o acolhimento e triagem na área externa. O veículo foi adquirido através de emenda parlamentar do deputado federal Vinícius Gurgel, por meio do Programa Calha Norte, do Ministério da Defesa, com contrapartida do governo do Estado.
Durante a solenidade de entrega do micro-ônibus, o governador Waldez Góes destacou que a unidade móvel é providencial para as localidades que ficam distantes ou que ainda não são beneficiadas com a cobertura da Rede Super Fácil.
“Esse é um sistema de prestação de serviço público altamente eficiente. Hoje, a Rede Super Fácil atende a maioria dos municípios, mas ainda temos comunidades descobertas. O objetivo desse micro-ônibus é possibilitar ao cidadão mais uma oportunidade de acesso aos serviços de cidadania, e a unidade móvel fluvial, para atender as localidades mais distantes, também faz parte desse projeto que estamos formatando com nossos parceiros”, declarou Góes, que também anunciou o projeto para a construção de uma nova unidade fica do Siac, na zona norte de Macapá.
A diretora-geral do Super Fácil, Luzia Grunho, frisou que a unidade móvel irá percorrer diversos bairros de Macapá e municípios. “Estamos recebendo pessoas de praticamente todos os bairros da zona norte, só nessa primeira ação, devemos superar os 2 mil atendimentos. A próxima parada do Super Fácil Móvel será nos municípios de Pracuúba e Tartarugalzinho, o tempo de permanência será de acordo com a necessidade de cada comunidade”, explicou.
Só no ano de 2017, a Rede Super Fácil realizou quatro milhões de atendimentos, alcançando 3,2 milhões de cidadãos em todo o Estado.

João Gordo no canal Ilha de Barbados da Rede Snack

"Estou há 17 anos lutando contra um gordo louco dentro de mim", revela João Gordo no canal Ilha de Barbados da Rede Snack
O cantor contou ainda para Cauê Moura, PC Siqueira e Rafinha Bastos que está há dois meses sem fumar maconha

PC Siqueira, Cauê Moura e Rafinha Bastos receberam João Gordo no canal Ilha de Barbados da Snack, maior rede multiplataforma brasileira de social vídeo, para conversar sobre mudança de estilo de vida.
O cantor lembrou que quase morreu algumas vezes, no ano 2000 chegou a ficar 23 dias na UTI devido a um derrame pleural: "O meu pulmão encheu de sangue, eu pesava uns 200 e tralalá quilos, minha diabetes foi a 560, eu não morri, nem sei porquê", revela.
João contou que depois tudo ainda saiu em turnê e teve outra recaída: "Em dezembro de 2000 eu tive uma overdose, usei speedball e desabei na pista do Lov E. A hora que eu acordei eu estava na UTI novamente, foi aí que a minha mulher Vivi, que estou há 20 anos, falou 'eu preciso falar pra esse cara que eu gosto dele antes que ele morra'. Graças a essa overdose eu estou aqui falando com vocês, eu tenho família, dois filhos, estou com o Ratos de Porão há 37 anos e estou aí vivo. Eu poderia ter morrido em 2000, estou mudando há 17 anos e não consegui mudar direito ainda, tenho recaídas, já parei de fumar cigarro 15 vezes e volto".
João conta que parou de fumar maconha há dois meses: "Quando eu fiz 54 anos eu falei 'pô faz 40 anos que eu fumo maconha e nunca parei', agora eu simplesmente parei. Eu quero ser exemplo para os meus filhos que são adolescentes, não posso exigir deles se eu sou o maior doido ainda, pelo menos nesse quesito. Sou vocalista de banda de hardcore e monstro que faz turnê europeia, vou lá na Espanha e nego dá presente de grego, então eu tenho que ter o culhão para recusar o bagulho, não é fácil. Eu estou há 17 anos lutando contra um gordo louco dentro de mim. Tenho a minha mulher e meus filhos me cobrando e é difícil pra caralho, porque eu vivo num mundo completamente louco, onde eu sou o rei dos loucos".
João conta que seu próximo passo é parar de beber completamente: "A minha mulher falou 'se eu pegar você tomando uma cerveja você está fudido'. Eu estou com 54, faltam seis para 60, será que eu chego lá?".
Para assistir o vídeo completo, clique aqui:http://www.youtube.com/watch?v=Vss46Z-YQSs
 Rede Snack

Amapá deflagra Operação Esforço Conjunto na fronteira de Oiapoque

Secretaria de Justiça e Segurança Pública comanda quase cem homens na fronteira com a Guiana Francesa; operação ocorre em 11 estados de fronteira do Brasil.
Por: Elden Carlos de Melo
 Foto: Sejusp
Secretaria de Justiça e Segurança Pública montou um centro de comando no município de Oiapoque
Quase cem homens das forças de segurança estadual e federal participam neste sábado, 30, da Operação Esforço Integrado, deflagrada simultaneamente em 11 estados de fronteira do Brasil. A operação é coordenada em nível nacional pelo Ministério Extraordinário de Segurança Pública. A Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp) montou um centro de comando no município de Oiapoque, distante 590 quilômetros da capital, Macapá.
A operação iniciou às 6h da manhã com barreiras em terminais rodoviários e fluviais, e o cumprimento de 10 mandados de busca e apreensão. Já nas primeiras horas foram confirmadas prisões em flagrante, apreensão de drogas, dinheiro e produtos de origem duvidosa.
A operação foi montada para implementar ações de controle da criminalidade e da violência, com foco no combate ao tráfico de drogas, contrabando de armas, homicídios, furtos, roubo e receptação de veículos roubados.
“Pela primeira vez estamos deflagrando uma operação com esse nível no Amapá, onde integramos forças federais e estaduais nessa ofensiva. Os resultados já puderam ser vistos logo nas primeiras horas de operação. Temos certeza que, ao término dela, os números serão altamente positivos. É importante salientar que após a operação integrada nós continuaremos esse trabalho de repressão ao crime no Amapá, de forma intensiva”, declarou o secretário de Estado da Justiça e Segurança Pública, Carlos Souza.
Participam da operação a Polícia Civil do Amapá; Polícia Federal (PF); Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen); Polícia Militar do Amapá (PM/AP); Polícia Técnico-Científica (Politec); Polícia Rodoviária Federal (PRF/AP); Corpo de Bombeiros Militar (CBM/AP); Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Exército Brasileiro (EB) sob coordenação da Sejusp.
O balanço final da Operação Esforço Integrado deverá ser divulgado na segunda-feira.

Tráfico de drogas via postal





Além dos assaltos aos carteiros no Amapá, grupos criminosos utilizam o serviço postal para tráfico de drogas. As apreensões são contínuas pela Polícia Federal e Correios do Amapá.

Reinaldo Coelho

Para que uma correspondência chegue ao destino, os carteiros precisam enfrentar barreiras diárias que os remetentes nem imaginam. Além dos cães raivosos, das caixas de correio mal posicionadas e da receptividade ruim de alguns destinatários, esses profissionais são vítimas constantes de assaltos e muitas das vezes são ‘mensageiros’ dos traficantes de drogas que utilizam a postagem para o tráfico de drogas em todo o território nacional.
Bem embalada, com garantia e acima de qualquer suspeita. Entre faturas, encomendas e cartas, os mais variados tipos de drogas são entregues pelos Correios nas casas dos usuários. A comodidade de fazer compras on-line que já conquistou o brasileiro é usada agora por traficantes para aumentar o lucro e expandir o mercado. A prática é investigada e combatida pela Polícia Federal do Estado do Amapá, com o apoio da Superintendência dos Correios local.
Durante uma entrevista com o superintendente regional dos Correios no Amapá, Heráclito Mendes Junior, ele destacou a grande incidência de ações criminosas com referência aos tráfico de drogas, através de postagens e que os Correios em todo o Brasil adotam ações em conjunto com os órgãos de fiscalização para combater o envio e o recebimento de objetos ilícitos nas remessas postais. “Além das ações são desenvolvidas com o uso de equipamentos de raios-x e espectrômetros de massa (que identificam substâncias por meio da análise de micropartículas), a Polícia Federal monitora esses ilícitos nos nossos terminais de cargas”.
Heráclito Mendes destaca que já foram feitas muitas identificações desse tipo de trafico Via Postal. “Diversas e continuamente. E são todos os tipos de drogas, cocaína, maconha, ecstasy, armas”.
O mecanismo utilizado pelos criminosos são embalagens comuns, mas com proteção interna com intenção de driblar o reconhecimento do produto entorpecente. “Mas como o scanner é exclusivo para esse serviço é difícil não ser identificado e apreendido”.
Os criminosos vendem as drogas por meio de um perfil falso nas redes sociais. Após o pedido de encomenda, os clientes faziam um depósito bancário e a droga – LSD ou ecstasy – chegava em casa pelo correio. Os entorpecentes eram fabricados pelos próprios traficantes.
A dificuldade maior é conseguir encontrar o remetente, pois os criminosos utilizam endereços e nomes falsos, porém ao tentarem resgatar a mercadoria nas agências do correio, o destinatário é preso em flagrante.

Carteiros assaltados

Outra demanda refere-se à segurança dos carteiros, tanto dentro das agências, quanto nas entregas em domicílios. Um deles que trabalha há 13 anos na função e não quis ser identificado fala sobre o medo de entregar correspondências em áreas periféricas e de difícil acesso.
"A demora na entrega não é culpa nossa, muitos colegas fazem das tripas coração para fazer o trabalho certo, fazemos de tudo. Às vezes, as cargas demoram para chegar. Tenho colegas que sofreram agressão de pessoas mal-humoradas, roubos de correspondência, além do clima quente de Macapá todos os dias", lamenta Palheta.
Além dessa constitucionalização feita um dos maiores problemas e crucial, devido lidar com vidas humanas é com referência a segurança dos carteiros, que no Amapá chegam a 150, dentro do universo de 384 servidores distribuídos em todo o Estado. “Os nossos carteiros estão diariamente nas ruas e suscetíveis a violência que acontece no seio da sociedade. O carteiro que está com encomendas postais, é posseiro de um patrimônio público, pois a carta ou afins, ainda não são do cliente, e sofre um assalto, quem age é a Polícia Federal”, resume Heráclito.

Heraclito Mendes da Costa Junior,
superintendente dos Correios no Amapá.
O superintendente regional dos Correios detalha que existe uma recomendação para que os carteiros não trabalhem com equipamentos pessoais, caso de celular e porta cédulas. E essas ações as pessoas físicas do carteiro que geram os maiores transtornos. “No Amapá, em 2018, já tivemos quatro eventos dessa natureza, pois, com o uso de smartphones, os carteiros atualizam em tempo real as informações sobre as entregas de encomendas. Todos os smartphones utilizados pelos carteiros contam com mecanismos de segurança que bloqueia remotamente seu funcionamento em caso de furto ou roubo. Nos quatro aparelhos roubados, três já foram localizados pela Polícia Federal, recuperados e os ladrões presos”
Os Correios do Amapá recomendam, inclusive em manuais, que os carteiros atuem nas ruas sem os objetos pessoais como celulares, fones de ouvido, carteiras e joias, que acabam chamando a atenção dos criminosos. Além disso, acrescentou que medidas de segurança são tomadas a partir do registro dos crimes através de boletins de ocorrência”.
Além dessas estratégias utilizadas no Amapá, para prevenir os roubos a regional utiliza a entrega em mutirão, principalmente nas áreas de riscos de Macapá e Santana, que os carteiros amapaenses não percorrem. Esses pontos considerados pelos correios como área de risco, são áreas que tem sido mais frequentes os assaltos ao Carteiros: Pedrinhas, Beco da CPA, Araxá, Congos, Jardim Marco Zero, Baixada do Pará, Perpétuo Socorro, em Santana – Baixada do Ambrósio.
Heráclito Mendes detalha que esse mutirão é organizado com mais de dois carteiros e um na supervisão, sempre avisando o policiamento de área. “Essa é uma maneira de minimizar e neutralizar qualquer ação delituosa. Não foram registrados assaltos a veículos de entrega de postagens, mas ao motorista desse carro já ocorreu”.
Decírio Belém, representante sindical dos carteiros
A reportagem também conversou com Decírio Belém, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos no Amapá (SINTECT-AP), que acrescentou que as vítimas são os carteiros que fazem entregas de bicicleta ou a pé, mas as correspondências não são levadas. “Os carteiros e os Correios, em si, tornaram-se alvos frequentes de criminosos. Sempre pedimos para que durante as entregas os profissionais não levem celulares ou documentos próprios”, lembrou.
Quanto a pauta sobre o reconhecimento das áreas de risco já é uma cobrança antiga do sindicato, “Enviamos ofício ao Comando da Polícia Militar e Secretaria de Segurança solicitando o mapeamento das áreas potencialmente de riscos no Estado (Macapá e Santana), tanto a Secretária de Segurança como o Comando da PM, nos responderam que não existem áreas de risco catalogadas, mais reconhecem que determinadas áreas/bairros possuem índice de violência maior”.
As áreas que tem sido mais frequentes os assaltos ao Carteiros são: Pedrinhas, Beco da CPA, Araxá, Congós, Jardim Marco Zero, Baixada do Para, Perpétuo Socorro, em Santana – Baixada do Ambrósio. “Em todos os casos de assaltos os Carteiros são agredidos e ameaçados de morte, levam seus objetos pessoas (carteiras e celulares), como objetos postais (encomendas, SEDEX)”.

Os Correios agora estão utilizando Smartphone para agilizar o envio das informações da entrega das encomendas, alguns já foram levados pelos assaltantes. “Já existem algumas áreas aqui em Macapá que os Carteiros não estão mais entregando Cartas (Jardim Marco Zero e Baixada do Para), nesses dois locais só com escolta devido ao grande número de assaltos. A polícia Federal está realizando um trabalho nesse sentido”.
 
Carteiros de todo o país já utilizam smartphones para atualizar em tempo real informações sobre encomendas
Uma confiabilidade destroçada

Clientes da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) ainda tem as características como economia, segurança, regularidade confiabilidade – antes orgulho dos Correios – têm deixado de ser sinônimo dos serviços da empresa. A estatal, que outrora podia se vangloriar de feitos superlativos, como a "maior operação logística do planeta", de ter realizado o "maior concurso público da história do país" e de ser "a única empresa presente em 100% dos municípios do Brasil", hoje amarga prejuízos econômicos e sua reputação, em meio à mais grave crise financeira de seus 355 anos de história.

Enquanto colocavam em vigor medidas de redução de custos e de reestruturação da folha de pagamentos, os Correios continua caindo no conceito de seus clientes – e de toda a sociedade. Reclamações sobre correspondências chegando atrasadas (quando chegam), encomendas extraviadas, entregas retidas e uma peculiar necessidade de, na alegada ausência de carteiros, o cliente ter de ir até um Centro de Distribuição buscar remessas em vez de recebê-las em casa têm se somado e minado a confiança que um dia se teve na empresa, que já foi considerada referência nacional e apontada como responsável por um dos melhores serviço postais do mundo.
Assaltos a carteiros têm sido constantes no Amapá, diz sindicato (Foto John PachecoG1)


Correios no Amapá

A reportagem conversou com Heráclito Mendes da Costa Junior, Superintendente dos Correios no Amapá e funcionário de carreira da empresa desde julho de 2013. Nos Correios já chefiou a Seção de Segurança Empresarial-SESE e Gerência de Negócios-GENEG
De acordo com o superintendente Heráclito Mendes, os problemas com a EBCT, quando se tornou Estopim do escândalo do mensalão, pois os Correios virou feudo político. “Começou com uma propina para um servidor na época, logo demitido. E como uma empresa pública, o correios tem influência políticas e na atual conjuntura os ministérios são designados a partidos políticos. A partir disso assumem as gestões pessoas de foras da EBCT, que desconhecem a realidade da casa. Hoje, em todas as superintendências, estão tendo governanças por servidores da casa”.
As crises políticas e moral que desde 2013 vem afligindo a sociedade brasileira, atingiu os Correios, pois ele está inserido nessa sociedade. “Os correios é a única empresa que está em todos os municípios brasileiros e não fica ao largo dessas questões e sofre com essa situações”.
Com 355 anos os Correios precisa se adaptar à realidade das novas tecnologias. Quanto tempo faz que você não recebe e não envia uma carta? Faz tempo, essa realidade é de muitas pessoas. Em média de dez pessoas, ao menos cinco não recebem ou não enviam cartas e é essa ‘cartinha’ é que o monopólio dos Correios, em tese, seria o monopólio de mercado de uma empresa público de um serviço que está em declínio.
“Há cerca de dez anos atrás essa receita representava 75% da rentabilidade da empresa postal. E agora estamos trabalhando no serviço de encomendas. As que são feitas através de empresas que vendem pela internet”.

Enfrentando a crise

A partir de 2015 o Brasil começou a passar pela Crise econômica que abalou os alicerces de toda a sociedade brasileira e dos órgãos públicos, principalmente os prestadores de serviços, caso dos Correios. “Desde 2015 saímos de um cenário de lucro operacional para prejuízos (2015 a 2016) que chegou na ordem de R$ 4 bilhões. Em 2017 tivemos a oportunidade de ter uma nova gestão e fechamos no azul, na ordem de R$ 700 milhões”, detalha Heráclito Mendes.
Com esse resultado ficou mantido que a empresa dos Correios é rentável, que dá resultados. “Para manter essa situação temos procurado manter o serviço de qualidade, melhorando essa relação com o nosso usuário, que acabou com tempo arranhado, não foi por culpa de nossos funcionários, mas pelo descrédito que o brasileiro está tendo com a política que rege o País. É o descontentamento social”.
Porém a realidade dos Correios no Amapá está na contramão da realidade brasileira, enquanto lá fora estão sendo fechadas agências, aqui está abrindo novas agências. “O Brasil reduziu pessoal, aqui reduzimos, mas não perdemos a qualidade operacional. Em 2017 éramos uma das últimas superintendências e hoje somos a terceira melhor operacionalmente. Tudo que chega no Amapá, entregamos”.

Logística

Um dos gargalos na operacionalização do Correio no Amapá e a situação geográfica do Estado. “Nós somos um estado-ilha, pois não temos interligações rodoviárias e dependemos do Estado do Pará, qualquer problema lá nos afeta”, define o superintendente no Amapá.

Por que evito usar o termo “literatura amapaense”? – Parte 1



        No primeiro texto que produzi para esta coluna no jornal Tribuna Amapaense, texto cujo título é “Uma nova esperança”, eu mencionei que prefiro não utilizar a nomenclatura “literatura amapaense” e disse que daria a explicação em outro momento. Pois bem, esse momento chegou.
        Basicamente, posso dizer com segurança que são dois motivos principais que me levam a evitar utilizar esse termo: a restrição semântica que o adjetivo “amapaense” naturalmente implica e a minha ojeriza a quase qualquer forma de separatismo. Esses dois motivos, na verdade, não são “principais”, mas sim “globais”, pois englobam variados outros motivos que acabam se relacionando uns aos outros. O motivo da restrição semântica que o adjetivo “amapaense” implica, por sinal, se relaciona também com o separatismo que eu identifico, mas os trabalharei de maneira separada, começando pelo primeiro mencionado.
        Literatura amapaense pode ser entendida como uma palavra composta e que se difere da literatura, da literatura brasileira, da literatura anglófona e da literatura jurídica, por exemplo. O termo se compõe do substantivo “literatura” e do adjetivo “amapaense” e, da mesma maneira que o sentido do termo “amor materno” pode ser escrito de outra forma, no caso, “amor de mãe”, “literatura amapaense” acaba sendo a mesma coisa que “literatura do Amapá” e é aqui que começam os problemas.
        O que é essa “literatura do Amapá”? O adjetivo “amapaense” pertence à categoria dos adjetivos pátrios, que são aqueles que identificam algo ou alguém como relacionado à determinada pátria, que nada mais é do que o país em que se nasce e ao qual se pertence como cidadão ou a parte do país em que se nasceu, ou seja, é a sua terra natal. Logo, o entendimento mais imediato e lógico que se pode ter a respeito do sentido do termo em questão é que ele se refere à literatura (de teor artístico) produzida por indivíduos naturais da região denominada como Amapá. Beleza?
        O problema nisso é que boa parte – eu diria a maioria – da “literatura amapaense” simplesmente foi e continua sendo produzida por indivíduos que não são naturais do Amapá (há aqueles que se consideram, mas não o são), como muitos dos poetas das chamadas “Primeira e Segunda Geração Poética do Amapá” (isso, aliás, é outro assunto a ser abordado). Estou, com isso, querendo dizer que os escritores que não são amapaenses de nascimento não fazem parte da “literatura amapaense”? Não, o que eu estou dizendo é que esse termo é equivocado mesmo e não deveria ser utilizado, já que a semântica dele exclui esses escritores.
        Esse, porém, não é o único entendimento que as pessoas acabam tendo em relação ao termo “literatura amapaense”, pois muitas pessoas entendem que determinado poema, conto, crônica, novela, romance ou o que quer que seja só é merecedor de ser classificado como “literatura amapaense” se e somente se tiver como temática a região e as coisas identificadas como próprias dela. Esse entendimento é outro equívoco, mas falarei especificamente sobre ele na continuação deste texto.


Artigo do Rei




Senegal: "Os leões não morrem, dormem".
Único técnico negro na Copa: Aliou Cissé

O jovem técnico do Senegal Aliou Cissé é o único negro na Copa do Mundo da Rússia, e com o menor salário rompe com os estereótipos, procurando comandar a equipe no mesmo nível que alcançou em 2002 quando ele era o capitão em campo na disputa pela Taça do Mundo, na Coréia do Sul e Japão.


O treinador que pilotou a classificação e a estreia do Senegal em uma Copa, Bruno Metsu, era chamado de "leão branco" e morreu em 2013.
Entre as escolhas desse mito Metsu, até hoje homenageada pelos senegaleses estava o meio-campista, líder e capitão daquela equipe, o homem de máxima confiança de Metsu, é agora, na segunda vez que o Senegal ingressa na grande vitrine do futebol, o treinador da seleção. Aliou Cissé, de 42 anos, é o treinador mais jovem da Copa, também o único negro e o que tem o pior salário, são 200.000 euros anuais (cerca de 870.000 reais), ou seja R$ 72 mil/mês.
Em 24 participações de seleções subsaarianas, somente em cinco oportunidades, os técnicos nasceram no país que representavam. Os demais eram europeus. Nesta Copa da Rússia a Nigéria se apresenta com o alemão Gernot Rohr à frente. Ele encarna um repetido estereótipo, o do técnico que transita por vários destinos do continente negro: antes de chegar à sua atual equipe, tinha passado pelas de Burkina Fasso, Níger e Gabão.
Para Cissé esses debates o incomodam pois para ele o futebol é um esporte universal e a cor da pele pouco importa. Ele espera que se somem mais companheiros no futuro e possam dar o passo que deu porque já tem muitos jogadores africanos nos melhores campeonatos.
Ele está há três anos à frente do Senegal, depois de substituir o mítico ex-meio-campista francês Alain Giresse. Na Rússia é acompanhado por três ex-companheiros daquela epopeia de 2002, Tony Silva, Lamine Diatta e Omar Daf.
"Há menos treinadores negros porque acham que somos estúpidos", clamou em sua época alguém que foi campeão do mundo como zagueiro, Lilian Thuram. "Quando era jovem havia gente que pensava que os negros não podiam atuar na defesa ou no gol porque somos fortes e ágeis, mas não tínhamos capacidade para nos concentrar", denunciou. Quando se observa os cinco grandes campeonatos europeus, somente três equipes de um total de 98 acabaram com treinadores negros no comando: o holandês Clarence Seedorf no Deportivo, o inglês nacionalizado irlandês Chris Hughton, no Brighton, e o caledônio de passaporte francês Antoine Kombouaré, no Guingamp.
Cissé chegou com apenas 16 anos à França. Logo se integrou nas categorias de base do Lille e ali conheceu Metsu. Mais tarde estiveram juntos já como técnico e jogador no Sedán antes de se voltarem a ver na seleção. Diz que com ele aprendeu o rigor e ao mesmo tempo a proximidade com os jogadores. Durante uma coletiva ele explicou que estava muito preparado taticamente e procurava entender que por trás de um jogador há sempre uma pessoa. Também explicou qual é a mentalidade de sua equipe. "Somos africanos, queremos viver bem juntos, sentir o prazer de desfrutar de tudo o que fazemos. Essa é nossa história e nossa cultura".
Mesmo em meio ao inédito predomínio de seleções da "África Branca", a sensação do continente nesta primeira semana de Mundial na Rússia é a única seleção que somou quatro pontos: Senegal, da África Negra. 
No domingo contra o Japão a equipe de Senegal empatou com o Japão por 2 a 2 conquistando seu primeiro ponto e a vitória senegalesa por 2 a 1 contra a Polônia, na terça-feira (19), mudou o status da seleção que está de volta à Copa do Mundo após 16 anos ausente. No único Mundial que participou, em 2002, Senegal terminou na sétima posição.
Em Moscou eram poucos, mas o potencial demonstrado por Senegal na primeira rodada da Copa do Mundo é para algo próximo de unir novamente a África em torno de uma seleção. Como em 2002, Cissé pode conduzir sua equipe às oitavas de final e se transformar no segundo treinador africano a chegar às oitavas de final de uma Copa – o primeiro foi o nigeriano Stephen Keshi.
Na África, uma lenda faz sucesso: "Os leões não morrem, dormem".

ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...