sexta-feira, 4 de abril de 2014

ELEFANTE BRANCO

'Elefante branco' do Camilo


Planejamento, segundo Idalberto Chiavenato, é um estado futuro. Uma forma de estabelecer as ações necessárias à concretização deste estado.
É preciso quantificá-las de forma a garantir que as ações propostas não se inviabilizem mutuamente, mas que, ao contrário, se complementem.
O estado do Amapá, nos últimos três anos, tem sido vítima de uma gestão desastrada que desafia todas as lógicas da administração pública. Não há neste governo nenhum esboço de que as ações desenvolvidas pelo governo do Amapá sejam frutos de uma ação planejada que atenda minimamente ao que pensa um dos mais conceituados teóricos da administração no Brasil, Idalberto Chiavenato.

O desportistas, atletas, dirigentes se perguntam: por que o governador Camilo Capiberibe reformou o Estádio de Futebol Milton de Souza Corrêa? Qualquer cidadão divorciado da realidade que vive a administração amapaense concluiria: para fomentar e desenvolver o futebol amapaense que tem clube disputando as competições nacionais. Seria uma resposta plausível, compreensível e justificaria os milhões gastos na obra do estádio. Mas, passada a euforia e a fanfarrice da reinauguração, e tirados os dividendos políticos que a obra deu a um governo opaco, Camilo Capiberibe vira as costas para o logradouro público. Parece que o estádio foi reaberto para as moscas.
A comunicação feita pela Agência Amapá, ligada ao governo estadual, dá conta de que o Estado não repassará os recursos para o futebol profissional neste ano em virtude de ilegalidades verificadas na prestação de contas da Associação dos Quarentões do município de Santana, que conveniou com a Secretaria de Desporto e Lazer no ano passado, e recebeu R$ 600 mil para ser rateado entre os clubes. 











Lixo-da-obra-do-estadio-ficou-ali-ao-canto-escondido

A atitude poderia ser uma demonstração de probidade e compromisso com o recurso público, não fosse a manobra do ex-secretário de Desporto e Lazer, Mário Brandão, ter sio denunciada fartamente na imprensa local. Foi, entre outras irregularidades, mostrada a ata que definia a famigerada associação como entidade escolhida por presidentes de clubes com o aval do secretário para receber o recurso do Estado. Camilo não tomou conhecimento das denúncias e o convênio foi levado adiante. Hoje, as ressalvas apontadas pela Unidade de Contratos e Convênios da Sedel é o argumento ideal para o governador não cumprir com a obrigação do Estado: fomentar o desporto.

Mas não é só essa obra que deixa patente a falta de planejamento desse governo. A ponte sobre o rio Matapi, iniciada no começo do ano, período de chuva, tem deixado os amapaenses irritados em virtude das longas filas que enfrentam para pegar a balsa e atravessar para o município vizinho.
A ineficiência do governo não está só no fato de ter iniciado uma obra em período invernoso, mas em não estabelecer uma estratégia que atendesse às necessidades da população que precisa ir e vir do município de Mazagão. Além de que, essa obra foi projetada no governo passado e Camilo Capiberibe e sua equipe passaram três anos andando às margens do rio Matapi, procurando um outro ponto em que a obra fosse construída. Após todo esse tempo resolveram construir no ponto definido no projeto original.
Mas se o governador Camilo Capiberibe não tinha intenção de utilizar aquele logradouro público, por que então reformá-lo? A resposta está no casuísmo de um governo que faz obra eleitoreira, sem planejamento. Waldez Góes, adversário político dele, passou oito anos e não reformou o estádio, priorizou as arenas poliesportivas. Para Waldez Góes, era mais interessante e de maior alcance social dar as praças esportivas nos bairros, portanto, o estádio foi secundarizado. Mas, Camilo, qual a política que tem para o esporte? As arenas estão depredadas e praticamente sem condições de uso, investiu uma fortuna no estádio Zerão e ao que tudo indica não deverá abrigar jogos, então, pra quê? Para mostrar que algo que o Waldez não fez o governo dele fez? Só vaidade.
Camilo caminha a passos largos para entrar nos anais do Amapá como o pior governador de todos os tempos. É dono de uma rejeição que beira a casa dos 80%, segundo pesquisa Ibope/CNI.
O Amapá mergulha numa crise econômica sem precedentes, desemprego e o definhamento de setores como o primário e secundário, antes incipientes, hoje praticamente inexistentes no estado.
A atitude do governador Camilo Capiberibe com relação ao futebol é, no mínimo, um paradoxo. Se não queria o futebol, por que não direcionou o recurso do Estado para áreas, como saúde e segurança pública, que estão caóticas no Amapá? Com a palavra, Camilo

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