DESEMPENHO NA SAÚDE E
DESEMPENHO NA COPA
Conforme o artigo SAÚDE “PADRÃO
FIFA” está longe dos governantes, gestores e parlamentares executarem pelo
menos a média qualidade nos serviços de saúde como deseja a população brasileira
que depende do SUS. A justificativa para os bilhões de reais gastos com a Copa
do Mundo, seria o retorno social das obras. Mas porque precisamos de grandes
eventos para investir em obras sociais de serviços essenciais como a saúde
pública, a segurança, a malha viária e aeroportuária e o transporte coletivo ?
Excelência,
eficácia, melhor qualidade dos serviços e esmero redobrado deveriam ser prioridade
dos governos no dia-a-dia do povo brasileiro e não só agora, para aparecer para
os “gringos”. Temos que esperar quatro anos (com promessas de eleição e empolgação
da Copa) para ver obras superfaturadas serem anunciadas e obras desnecessárias
serem construídas sem retorno social nenhum.
No Brasil
temos problemas sociais crônicos, como a seca no Nordeste, as inundações no Sul
e as “crackolandias” no Sudeste, o domínio da bandidagem nas favelas, problemas
esses para serem resolvidos há décadas. Em Macapá, com as recentes chuvas,
vemos o transtorno e o risco de saúde à população provocada por alagamentos na
cidade, inclusive dentro da UTI do Hospital de Emergência.
Os
gastos e investimentos na última copa deixaram para o governo da África do Sul uma
dívida social de bilhões de dólares, até hoje não pagos. Parece que a mesma
coisa vai acontecer agora no Brasil, que ainda está sob efeito de uma festa
regada a slogan televisivo global
“bota amor na chuteira”. As vaias à Presidente Dilma e à FIFA nos estádios
mostram o descontentamento do povo, manifestações estas que na Copa de 70 não
eram mostrados e nem divulgados pela imprensa devido a censura e a ditadura.
Hoje,
diferente da época do golpe militar (1970), estamos manifestando nossa indignação. Nosso desempenho na Copa
está sendo regular. Estamos nas oitavas, mas também a Argélia, país africano chegou
nessa fase eliminando a poderosa Rússia (1x1). Quem entende de futebol esta vendo o
desempenho das equipes do sofrido Irã (Oriente Médio), marcado por guerra
civil( perdeu apenas da 1x0 pra Argentina), do empate de Gana (África) contra
um campeão do Mundo ( 2 x 2 com a Alemanha)e com o país do melhor jogador do mundo (Portugal, de 1x1),
da vitória da Argélia(África) de 4x2 contra a Coréia do Sul e da vitória da
Costa Rica contra a Grécia, classificando-se para as quartas, mostrando que a tecnologia, o marketing e a empolgação não ganham
jogos.
Assim
também o povo brasileiro e amapaense devem saber usar sua garra e indignação
para exigir uma postura mais enérgica das autoridades na resolução dos
problemas crônicos e cruciais que envolvem os setores básicos e essenciais da
sociedade: saúde, educação e segurança. Esses não são problemas que acontecem
apenas de 4 em 4 anos . Estão no cotidiano dos cidadãos, precisando de ações,
investimentos, melhorias imediatas e constantes dos governantes.
Quem esta
no dia-a-dia trabalhando nas portas de entradas dos hospitais, que esta
acompanhando os acontecimentos, como o fazem também os veículos da imprensa,
documenta, fotografa e analisa dados da real situação do desempenho da saúde
pública no Amapá e no Brasil. Os acontecimentos, os fatos, as fotos, os números
e as análises criticas podem ser perfeitamente comparados com o mais recente
Boletim Informativo divulgado na SESA,
que encontrei praticamente jogado e esquecido em cima do banco de um hospital e
nas bancadas das recepções, cujos funcionários não têm coragem de distribuir
para a população e parecem desacreditar do que lá esta escrito.
Nesse
Boletim, chamado Informativo da Secretaria de Estado da Saúde do Amapá (Ano IV-Nº
47-Maio-2014), gestão do Secretário Jardel Nunes, temos toda a previsão de obras, reformas,
construções, equipamentos, recursos humanos e instalações de infraestrutura da
rede hospitalar estadual, dando ênfase e destaque a única unidade hospitalar
terminada e inaugurada na gestão atual: o Hospital Estadual do Oiapoque,
inaugurado em dezembro/2013, “obra que o governo investiu mais de 6 milhões”.
O
informativo relaciona os montantes dos investimentos nas obras e reformas:
Maternidade do Parto Normal da Zona Norte: R$ 6,1 milhões; Reforma e ampliação da Maternidade Mãe Luzia:
R$ 469.822,74; Complexo Regulador do SAMU/TFD/UTI Aérea: R$ 1.136.387,04; SAMU
para os municípios: R$ 300 mil para cada; Nova Reforma do HCAL: previsão de R$
13.115.088,99 (emenda parlamentar da Dep. Dalva Figueiredo). A única obra em
que não é divulgado o montante a ser gasto é a reforma e ampliação do Hospital
da Criança e do Adolescente (HCA), “que há mais de 10 anos não tem
investimento”.
Na última folha consta que o maior “investimentos
do Estado na ordem de R$ 17,2 milhões,
(será) para colocar em funcionamento as Unidades Básicas de Saúde (UBSs)”, em
parceria com a PMM, inclusive prometendo o início das obras na UBS Pedro
Barros, no Distrito da Fazendinha. É
esperar para ver se tais obras e promessas não vão ser esquecidas depois das
eleições.
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