quinta-feira, 3 de julho de 2014

SAÚDE EM FOCO



                  DESEMPENHO NA SAÚDE E DESEMPENHO NA COPA
               Conforme o artigo SAÚDE “PADRÃO FIFA” está longe dos governantes, gestores e parlamentares executarem pelo menos a média qualidade nos serviços de saúde como deseja a população brasileira que depende do SUS. A justificativa para os bilhões de reais gastos com a Copa do Mundo, seria o retorno social das obras. Mas porque precisamos de grandes eventos para investir em obras sociais de serviços essenciais como a saúde pública, a segurança, a malha viária e aeroportuária  e o transporte coletivo ?
Excelência, eficácia, melhor qualidade dos serviços e esmero redobrado deveriam ser prioridade dos governos no dia-a-dia do povo brasileiro e não só agora, para aparecer para os “gringos”. Temos que esperar quatro anos (com promessas de eleição e empolgação da Copa) para ver obras superfaturadas  serem anunciadas e obras desnecessárias serem construídas sem retorno social nenhum.
No Brasil temos problemas sociais crônicos, como a seca no Nordeste, as inundações no Sul e as “crackolandias” no Sudeste, o domínio da bandidagem nas favelas, problemas esses para serem resolvidos há décadas. Em Macapá, com as recentes chuvas, vemos o transtorno e o risco de saúde à população provocada por alagamentos na cidade, inclusive dentro da UTI do Hospital de Emergência.
   Os gastos e investimentos na última copa deixaram para o governo da África do Sul uma dívida social de bilhões de dólares, até hoje não pagos. Parece que a mesma coisa vai acontecer agora no Brasil, que ainda está sob efeito de uma festa regada a slogan televisivo global “bota amor na chuteira”. As vaias à Presidente Dilma e à FIFA nos estádios mostram o descontentamento do povo, manifestações estas que na Copa de 70 não eram mostrados e nem divulgados pela imprensa devido a censura e a ditadura.
Hoje, diferente da época do golpe militar (1970), estamos manifestando  nossa indignação. Nosso desempenho na Copa está sendo regular. Estamos nas oitavas, mas também a Argélia, país africano chegou nessa fase eliminando a poderosa Rússia (1x1).  Quem entende de futebol esta vendo o desempenho das equipes do sofrido Irã (Oriente Médio), marcado por guerra civil( perdeu apenas da 1x0 pra Argentina), do empate de Gana (África) contra um campeão do Mundo ( 2 x 2 com a Alemanha)e com o país  do melhor jogador do mundo (Portugal, de 1x1), da vitória da Argélia(África) de 4x2 contra a Coréia do Sul e da vitória da Costa Rica contra a Grécia, classificando-se para as quartas,  mostrando que a tecnologia, o marketing e a empolgação não ganham jogos
Assim também o povo brasileiro e amapaense devem saber usar sua garra e indignação para exigir uma postura mais enérgica das autoridades na resolução dos problemas crônicos e cruciais que envolvem os setores básicos e essenciais da sociedade: saúde, educação e segurança. Esses não são problemas que acontecem apenas de 4 em 4 anos . Estão no cotidiano dos cidadãos, precisando de ações, investimentos, melhorias imediatas e constantes dos  governantes.
Quem esta no dia-a-dia trabalhando nas portas de entradas dos hospitais, que esta acompanhando os acontecimentos, como o fazem também os veículos da imprensa, documenta, fotografa e analisa dados da real situação do desempenho da saúde pública no Amapá e no Brasil. Os acontecimentos, os fatos, as fotos, os números e as análises criticas podem ser perfeitamente comparados com o mais recente Boletim Informativo divulgado na  SESA, que encontrei praticamente jogado e esquecido em cima do banco de um hospital e nas bancadas das recepções, cujos funcionários não têm coragem de distribuir para a população e parecem desacreditar do que lá esta escrito.
Nesse Boletim, chamado  Informativo da Secretaria de Estado da Saúde do Amapá (Ano IV-Nº 47-Maio-2014), gestão do Secretário Jardel Nunes,   temos toda a previsão de obras, reformas, construções, equipamentos, recursos humanos e instalações de infraestrutura da rede hospitalar estadual, dando ênfase e destaque a única unidade hospitalar terminada e inaugurada na gestão atual: o Hospital Estadual do Oiapoque, inaugurado em dezembro/2013, “obra que o governo investiu mais de 6 milhões”.
O informativo relaciona os montantes dos investimentos nas obras e reformas: Maternidade do Parto Normal da Zona Norte: R$ 6,1 milhões;  Reforma e ampliação da Maternidade Mãe Luzia: R$ 469.822,74; Complexo Regulador do SAMU/TFD/UTI Aérea: R$ 1.136.387,04; SAMU para os municípios: R$ 300 mil para cada; Nova Reforma do HCAL: previsão de R$ 13.115.088,99 (emenda parlamentar da Dep. Dalva Figueiredo). A única obra em que não é divulgado o montante a ser gasto é a reforma e ampliação do Hospital da Criança e do Adolescente (HCA), “que há mais de 10 anos não tem investimento”. 
 Na última folha consta que o maior “investimentos do Estado na ordem de R$ 17,2 milhões, (será) para colocar em funcionamento as Unidades Básicas de Saúde (UBSs)”, em parceria com a PMM, inclusive prometendo o início das obras na UBS Pedro Barros, no Distrito da Fazendinha.  É esperar para ver se tais obras e promessas não vão ser esquecidas depois das eleições. 


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