Editorial
Vende-se, troca-se ou aluga-se...
Dizem que no amor e na guerra, vale tudo. A máxima
é verdadeira, mas pode incluir perfeitamente a política no contexto. Ela também
pode entrar em uma outra máxima, quando se diz que na guerra a primeira coisa
que se mata é a verdade. Portanto, vale dizer que este, é um processo onde o
que importa é chegar ao fim, na velha premissa de que os fins justificam os
meios. É nesse período que as “amizades”, assim entre aspas, aparecem e as
traições ocorrem. Tudo dentro da mais perfeita normalidade. Mas por outro lado,
nada é o que parece ser.
O tapinha nas costas pode selar um compromisso que
será desfeito logo depois. E se ele foi dado antes das pré-definições, aí mesmo
que pode ser desconsiderado. Imagine então um candidato que olha para o atual
contexto e vê, que mesmo com a máquina sob seu julgo, amarga um percentual
baixíssimo. Ou ele terá que conviver com a frustração ou buscará meios de mudar
o contexto. Para isso, tem que apostar em algo ou alguém que possibilite uma
mudança de quadro, já que a situação na qual ele apostou, não vingou.
A política pode ser fascinante, mas não deixa de
ser um jogo de interesses. E se existe alguém para oferecer, facilmente
existirá alguém para aceitar. Vende-se a ética, a alma e se aluga o resto. Tudo
tem um preço e cabeças são entregues em bandejas de prata sem o menor pudor.
Nos gabinetes com ar condicionado, tudo é negociado. Ali, não há amizade, muito
menos a ideologia partidária já sepultada em detrimento do poder.
Do lado de fora, parte do povo ainda acredita, mas
o bom disso tudo é saber que maioria já acordou do torpor e passou a enxergar
os horrores por trás da cortina.
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