quinta-feira, 8 de outubro de 2015

SAÚDE EM FOCO- PARTE I





ÉTICA. ÉTICA MEDICA. BIOÉTICA EM SAÚDE – PARTE I

Falar, comentar e analisar temas de saúde que possuem incentivo, origem, interpretação e repercussão nas ideias, condutas e pensamentos é uma tarefa muito arriscada e perigosa, pois os seres humanos, tanto do senso comum (o do povo), quando do letrado (do profissional) possuem visões diversas e até antagônicas, quando não dizer contraditórias.

Ao escrever este artigo sobre tão sério tema, posso, portanto, ser mal interpretado ou até mal compreendido, mas mesmo assim me arrisquei. Não se trata de tema desconhecido, proibido ou polêmico, pois já existe literatura vasta, estudos e periódicos nacionais e internacionais sobre o assunto da ética e bioética em Medicina.

O termo Bioética foi criado em 1971 pelo oncologista e biólogo americano Van Rensselaer Potter II, sendo reformado em 1995, com a seguinte definição: “ é o estudo sistemático das dimensões morais – incluindo visão, decisão e normas morais – das ciências da vida e do cuidado à saúde, utilizando uma variedade de metodologias éticas num contexto multidisciplinar ”.
A ética estuda o comportamento moral dos homens em sociedade, ou seja, estuda uma forma específica de comportamento humano. Seu objeto de atenção são os atos humanos conscientes e voluntários que afetam outros indivíduos, grupos sociais e até mesmo toda a sociedade. Ética, do grego "ethos", significa "modo de ser", "caráter" e moral, do latim "mos", significa "costume", "conjunto de normas adquiridas pelo homem."


Assim, ambos os termos (ética e moral) “se referem a duas qualidades especificamente humanas: o "modo de ser" ou o "caráter" de cada um, sobre o qual se assestam os "costumes" ou as "normas adquiridas", plasmando o comportamento moral do homem. A ética médica estuda, ou analisa o comportamento moral dos médicos enquanto profissional em atividade médica”. Ou seja, para o Médico ou outro profissional de saúde ter determinado comportamento ele o faz baseado em elementos íntimos, internos e subjetivos, que vão se transformar ao longo dos anos em uma norma de conduta consolidada e solidificada em seu caráter. Mudar essa conduta é contrariar toda uma aprendizagem, todo um conjunto de modos de falar, tratar, proceder e interpretar os fatos e ações. Quando o profissional fala uma coisa e pratica outra ele esta sendo incoerente, antiético e por muitas vezes imoral. (Continua...)

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