quinta-feira, 26 de novembro de 2015

POLÍTICA



CEA
O deputado Pedro da Lua protocolou um pedido de compartilhamento das informações que serão apuradas durante o Procedimento Preparatório de Inquérito aberto pelo Ministério Público Estadual para avaliar a possibilidade de irregularidades na cobrança de luz pela CEA. O deputado já tinha usado a tribuna na semana passada para prestar apoio e solidariedade à coleta de assinaturas que vinha sendo feita com vistas a uma ação contra a CEA por duplicidade na cobrança do mês de outubro.

Dr. Furlan
O que a coluna antecipou ocorreu esta semana. O deputado Dr. Furlan assumiu a Corregedoria da Assembleia Legislativa, que tem a prerrogativa da gestão financeira da casa. Tido como administrador austero, teve apoio unânime para assumir o posto.

Delcídio
O fato da semana foi a prisão do senador Delcídio Amaral, do PT. Apesar de elogiável, a prisão abriu um precedente perigoso e que pode comprometer a harmonia entre os poderes. É esperar pra ver.


FOLCLORE ELEITORAL
É nas eleições municipais que a imaginação de políticos e cabos eleitorais entra em cena. É quando o voto tem valor, e valor, aqui, deve ser entendido no seu sentido mais amplo. Como a disputa pelo precioso sufrágio é muito grande, leva vantagem que for mais ágil e brilhante na difícil arte de “convencer” pelo menor preço.
Mas estas são fórmulas corriqueiras e reais. Existem aquelas que fazem parte do folclore, reais, mas nem tanto, como a que passo a narrar.
Na respectiva paróquia era tido com santo um padre que por lá andara. Além de guia espiritual da comunidade ele tinha poderes de cura, não só de pessoas como também de animais. Com suas rezas ele afastava pragas da lavoura e protegia a plantação das intempéries.
Em caso de apuro os fiéis sempre lembravam do padre e a ele dirigiam pedidos e orações. Por tais atributos, mesmo depois de morto, o padre era considerado um santo.
Pois o prefeito resolveu aproveitar o prestígio do padre em benefício de seu candidato. Deu ao seu gabinete de trabalho uma aura mística, fazendo esmaecer a iluminação. Sobre uma pequena mesa mandou colocar uma toalha branca, uma Bíblia aberta, uma foto do padre venerado, tudo ladeado por duas velas acesas.
No dia da eleição, eleitores, geralmente os do interior, eram chamados ao sacrossanto gabinete do prefeito. Lá ele invocava a amizade que sempre tivera com o venerado padre e dizia ter certeza que do Paraíso, ele acompanhava a todos e se vivo fosse, com certeza votaria no seu candidato.
Com tal argumento pedia o voto para o seu favorecido e prometia uma recompensa, sempre de acordo com a cara do otário, digo, do eleitor. Ao obter o consentimento, dizia que a recompensa só seria entregue com a vitória de seu apadrinhado. E, para garantir a promessa feita pelo eleitor, solenemente exigia que o mesmo colocasse a mão direita sobre a Bíblia e jurasse, pela alma do padre protetor, que iria votar no candidato indicado.
Não sei se os fatos narrados são verdadeiros. O certo é que o resultado das urnas foi favorável ao candidato do prefeito. Com ou sem ajuda espiritual. Onde foi que isto ocorreu? Quem me contou jura que foi lá pelos lados europeus. Sim, por que por estes lados, eleição é coisa séria.



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