Termômetro da
economia do Amapá
Dia das Mães deve injetar R$ 30 milhões entre presentes e comemorações
Por: Mirrelle Rabelo.
A
data não tem apenas valor sentimental, é também uma das responsáveis pelo
aquecimento no comercio movimentando bilhões de reais em todo país, perdendo
apenas para o Natal. E comum nos primeiros meses do ano as vendas terem uma
queda, geralmente o consumidor se organiza para realizar pagamentos como: IPVA,
matrícula e material escolar, quitar o restante das contas do Cartão de Credito
usado exaustivamente nas festas de fim de ano e que ficaram pendentes entre
outras despesas. E exatamente após essa data que o comercio acredita no aumento
de vendas.
Um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento
do Comércio (IPDC) apontou que 76% da população macapaense pretende
comprar algum tipo de presente para o Dia das Mães. A expectativa da Federação
do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-AP) é movimentar cerca de
R$ 30 milhões com a data somente na capital.
A
Pesquisa sobre o potencial de compras para o dia das mães, foi realizada pelo
IPDC/AP no fim do mês de abril com objetivo fornecer informações sobre o
provável comportamento do consumidor para esta data, com foco na intenção de
compras e preferências. A amostra foi de 500 pessoas entrevistadas no fluxo
comercial de Macapá, através da coleta de dados com aplicação de questionário
individual, considerando-se homens e mulheres, maiores de 18 anos, residentes
na cidade de Macapá.
A
pesquisa revelou também que 40% dos entrevistados pretende comprar 01 presente
e 33% deseja comprar até 02 presentes, o resultado revelou que não será apenas
a homenageada que irá receber presente, pois nesta data é bastante comum
presentear esposa, avó, sogra e outras mulheres do núcleo familiar.
Presentes,
valores e pagamento.
Entre
os produtos mais procurados estão: vestuário (36%); perfume (32%);
sapatos/bolsas (22%); joias, relógio e flores (7%). Para adquirir os presentes,
28% dos macapaenses pretendem gastar entre R$ 100,00 e R$ 200,00, já os que
desejam gastar entre R$ 200,00 até R$ 300,00 somam 24%. As compras entre R$
300,00 e R$ 400,00 representam 13% da amostra. Foi observado que
aproximadamente 9% desejam gastar menos de R$ 100,00 com a compra de presentes.
A
reportagem do Tribuna Amapaense, saiu em campo e fez uma enquete com alguns
consumidores e procurou saber quanto pretendiam gastar na compra de um presente
para a Mãe e porquê? Verificando assim se conferia com a pesquisa do Indec.
E
o biomédico Saturo Cardoso, de 27 anos, está entre os 28% dos macapaenses que
pretende gastar em média R$100,00 com o presente da mãe, ele diz que além do
preço na hora de escolher o produto leva em consideração a qualidade e
necessidade do produto escolhido.
A
dona de casa Renata Ferreira de 33 anos, diz que pretende comprar pelo menos 2
presentes, um para a mãe e outro para avó em quer gastar em torno de R$ 50,00. Para conseguir levar os dois ela estava fazendo
uma pesquisa de preços.
A
estudante Lidy Rosa de 26 anos, pretende gastar também R$ 50,00 com o presente,
além de pesquisar ela diz que acompanha anúncios em grupo de vendas das redes
sociais, que segundo ela oferecem bons preços.
Ainda
segundo a pesquisa do IPDC a forma de pagamento mais apontada foi pagamento à
vista com dinheiro (60%). As compras parceladas no cartão de crédito
representam 35% de intenção, e 5% deseja comprar no crediário/carnê. O centro
comercial receberá a maior parcela de consumidores, apontado como local de
preferência por 49% dos entrevistados, seguido pelas lojas de shopping center
(28%); lojas de departamento (11%).
Cultura brasileira: Ultima hora.
A
como de costume as compras serão feitas em ultima hora, o dia de maior
movimento será o sábado que antecede o dia das mães, neste dia, 36% dos
consumidores pretendem ir às compras.
Apenas
12% dos consumidores disseram que não vão comprar nenhum tipo de presente para
a mãe, outros 12% ainda tiveram dúvidas o comércio de Macapá deverá movimentar
cerca de 30 milhões com as compras do dia das mães, o que representa um
resultado positivo para o segmento que é o principal impulsionador de emprego e
renda do Estado.
Em
2015 a pretensão de compras dos Macapaenses era de 81%, em 2016 86% e para este
ano de 76% a pesquisa revela uma mostra uma queda
de 10% na em relação ao ano passado, mas foi observado que o valor médio do
presente sofreu aumento de 19%, passando de R$ 133,00 em 2016, para R$ 158,00.
Outro fator apresentado após
pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio
Vargas (Ibre-FGV) mostra que os presentes
e serviços ligados ao Dia das Mães, subiram, em média, 4,76% este ano. O
aumento em relação ao ano passado supera a inflação acumulada em 12 meses, que
atingiu 4,17%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da FGV.
De acordo com a pesquisa, os
serviços subiram bem mais do que os bens duráveis. Itens como computador,
celular, aparelhos eletrodomésticos e eletrônicos não tiveram aumento acima da
inflação média.
Essa data funciona como um
termômetro para os lojistas, que apostam em outras datas comemorativas como
dias dos pais, crianças e natal.
O Jornal Tribuna Amapaense
durante a elaboração dessa matéria observou também um mercado informal que vem
ganhado ganhando cada vez mais espaço, na internet muitos consumidores realizam
compras por meio de grupos de venda em redes sociais como Whatsapp e o
Facebook, nessa época muitas ofertas foram postadas com produtos, serviços,
preços e formas de pagamentos variadas, mas o comum e o pagamento a vista. É
importante também que o consumidor fique de olho nessas ofertas para realizar
suas compras com segurança, para cair em golpes e nem perder seu dinheiro.
Fiscalização
A data mobilizou também o Instituto de Defesa do Consumidor (Procon)
Amapá, que realizou fiscalizações em lojas na semana que antecipou a data para
identificar qualquer irregularidade. As fiscalizações ocorreram em Macapá e Santana,
no município santanense quase 20 empresas receberam a visita dos fiscais do
instituto, duas foram autuadas por ausência do Código de Defesa do Consumidor e
falta de precificação de produtos.
Segundo o Procon foi verificado se as empresas estão adequadas às leis
consumeristas, como possuir informações claras sobre o que está sendo ofertado,
as formas de pagamento, se tem o código de defesa do consumidor e a emissão da
nota fiscal.
A fiscalização
ocorreu de forma repressiva, em março o
Procon repassou orientações as empresas para se preparem para as vendas do dias
das mães, e agora o trabalho era identificar se estavam cumprindo com as
orientações.
Garanta seus direitos.
O consumidor deve exigir nota fiscal no ato da compra o que da garantia
caso o produto apresente defeito, o que garante a troca do produto. Em casos em
que: um sapato
ficou apertado, uma camisa que não vestiu bem, o fogão que não combinou com a
cozinha, ou simplesmente se arrependeu da compra, a loja não tem a obrigação de
trocar o produto, principalmente por que não foram danificados e não apresentam
nenhum tipo de defeito, é o que diz Código de Defesa do Consumidor, a troca do
produto é uma liberalidade da empresa.
O estabelecimento só passa a ter esta obrigação de
trocar o produto quando, de alguma maneira, informar ao consumidor que em um
determinado período (que geralmente não passa dos 30 dias), se propõe a efetuar
a troca.
Então, fica a dica, antes de comprar
(principalmente se for presente) pergunte qual é a política de troca da
empresa, se é possível trocar o produto em outra loja da rede, e, caso seja
permitido trocar o produto e esta informação não conste na etiqueta, exija um
carimbo ou peça para acrescentar a informação na Nota Fiscal.
A única possibilidade de arrependimento da compra é
quando ela é realizada fora do estabelecimento comercial, como por exemplo, por
telefone ou internet. Situação em que o Código de Defesa do Consumidor (art.
49) permite o direito de arrependimento no prazo de 7 dias a contar da
assinatura do contrato ou do ato de recebimento do produto. Neste caso, pode o
consumidor devolver o produto e receber os valores pagos.
Em caso que o consumidor adquira um produto
impróprio para o consumo, com prazo de validade vencido, estragado ou
deteriorado, bem como com diferença de quantidade/peso do que é informado
na embalagem, o consumidor pode exigir imediatamente a substituição do produto
por outro ou a restituição imediata da quantia paga.
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