A VÁLVULA RELIGIOSA.
Do
livro “ Os Grandes Pensadores “ , de
Will Durant, traduzido por Monteiro Lobato, 1967, destaco como mensagem
importantíssima o trecho que relato a seguir, porque traz no seu bojo caminhos
que para nós, simples mortais, contém as respostas para muitas de nossas indagações
sobre o que sabemos, verdadeiramente, o que existe ( se existe ) entre a
vida e a morte do Ser humano.
Eis
o trecho : “O esforço para triunfar da morte constituirá a essência da
religião. O budista consegue-o por meio da transmigração; os cristãos e maometanos, por meio da
imortalidade. Desse modo a fé resolve instantaneamente o problema que tem desafiado a Filosofia : de
como pode a parte ter permanência no todo eterno. Por isso a
Religião reconforta a tantos, e a Filosofia a tão poucos. A Fé fortalece a
coragem; a dúvida desintegra a alma. “ A religiosidade tem sido em todas as
épocas o mais tremendo poder da vida em ação “. O homem suporta tudo, menos a
ideia de que sua vida não tem significação – porque significação e vida são
coisas que se equivalem “. Daí o estado de alma suicida de uma sociedade
mecanizada; civilização que não crer em
si própria está no fim.
Segue o texto : “ A imortalidade, existe.
Unicamente os seres superficiais permanecem na irreligião; quando alma se
aprofunda surge a consciência de Deus “. No conceito dos homens Deus é real,
concedido como um benevolente criador, e os homens movem-se influenciados por essa concepção. Deus só
pode ser ( como diz Santayana ) o mais alto ideal da nossa alma, mas a nossa fé
nesse ideal cria uma força que nos impele através da vida. Nos momentos
amargos, entretanto, esta lógica não nos satisfaz; o ideal descora aos golpes
dos sofrimentos dos esmorecidos - e então o senso do mal quase que destrói a
consciência de Deus “.
Daí, assegurar-se que loucura crer numa providência que do lado de fora guia a vida na
terra!... Porque o que na terá sucede, só poderá provar a completa indiferença
de Deus. Espírito ontem; hoje, nada; amanhã, talvez, espírito novamente; as
vezes jardim, as vezes deserto, as vezes floresta virgem, as vezes mar. Ouso
dizer que Ele se deleita em mudanças sem objetivo, como o cansado marajá se
deleita no Nautch, a fim de que a eternidade não lhe seja demasiada tediosa.
Este trecho é trazido para refletirmos
sobre a caminhada desde o nascimento, estudado quando da razão, até o último
momento de nossa estada na Terra. Após, só a Eternidade poderá confortá-lo, se
Você acreditar.
Os momentos difíceis
ou de dificuldades são para testar nossa Fé ou crença em Deus, nosso Criador,
que a nós deixou uma grande verdade : “
Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Quem em Mim crer, ganhará a
Eternidade “.
Pense e reflita.
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