“Pra mim, o Amapá é tudo...”
Antônio Pinheiro Barbosa
Da Reportagem/Estagiário
O sobrevivente dessa semana é um senhor de fala mansa e jeito cativante. Estou falando do pioneiro Antônio Pinheiro Barbosa, nascido no dia 16 de maio de 1936 na cidade de Belém (PA), atualmente com 75 anos, é um dos oito filhos de Augusto dos Santos Machado que era dono de uma oficina de ferragem, e da dona de casa, Honorata Pinheiro Barbosa. Casado com Maria Helena Neves Barbosa.73 anos, sua companheira e amiga, por 52 anos, ela é natural de Óbidos (Pará), nasceu em 27 de Outubro de 1938, filha de Benedito Ponciano e Adozinda Neves que possuíram apenas dois filhos.
Antônio Barbosa e família residem no Amapá desde 1960, sendo que os treze primeiros anos moraram em Santana, onde Antônio se tornou presidente do Santana Clube e os outros trinta e oito anos em Macapá, lugar que onde habitam até hoje.
Família
Quando a reportagem falou sobre a sua família, Antônio Barbosa acendeu um olhar de orgulho e as suas falas corresponderam à essa visão que tem da sua família. Casado com Maria Helena Neves Barbosa, no dia 30 de Maio de 1959, um matrimônio que perpetua há mais de 50 anos – com direito a festa de bodas de ouro -, construiu ao lado de sua esposa uma linda família com seis filhos (Antônio, Augusto, Ângelo, Ahirton, Alexandre e Silvia Barbosa) que os deram cinco maravilhosos netos.
Quando questionado sobre os seus cinqüenta anos de matrimônio, o nosso sobrevivente diz: “Em mais de cinqüenta anos de casamento, eu e minha esposa construímos uma bela família. Cinqüenta anos é totalmente diferente, a gente se sente muitíssimo honrado de ter conseguido criar uma família e por ter conseguido estabelecer no patamar de união e isso é importante”, afirmou
Trabalho
Ainda em Belém, antes de vim morar no Amapá, Antônio Pinheiro Barbosa foi Fuzileiro Naval da Marinha brasileira, onde serviu por volta de quatro anos, desde os vinte até os vinte três anos. No ano de 1960 pediu baixa e veio para o Amapá lançar a sorte, lugar que adotou como sua terra e até hoje reside com sua família. Chegou no dia 19 de Março de 1960, dia do Padroeiro da cidade de Macapá (São José) e em 29 de junho do mesmo ano conseguiu o primeiro trabalho nas terras Tucujus. Prestou serviços na antiga mineradora - Indústria de Comércio de Mineração (ICOMI), onde ganhou o apelido de “naval” por ter sido fuzileiro. Começou trabalhando na segurança, depois se tornou chefe do almoxarifado, em seguida foi chefe do porto de Santana, última função desempenhada na empresa. Antônio Barbosa trabalhou na ICOMI até o ano de 1973, permanecendo treze anos prestando serviços a empresa.
Quando saiu da ICOMI, prontamente pensou em voltar para a sua terra natal, Belém. “Logo que saí de Santana, um amigo meu que trabalhava no Paredão, na Eletroconsult, era um amigo que dependia muito de mim na época da Icomi, quando eu saí, ele disse: ‘Tu não vai embora para Belém, pois eu vou te arrumar um emprego na Eletroconsult’. Ele arranjou e passei a trabalhar na empresa”, conta Antônio Barbosa.
Três dias depois de ter saído da ICOMI, Antônio Barbosa foi conversar com o gerente da Eletroconsult, “Ele me contratou e fiquei trabalhando durante um ano e dois meses como chefe de almoxarifado”, contou o nosso sobrevivente.
Com essa oferta ele pensou bem e decidiu ficar no Amapá. Até então, ele morava em Santana, com a saída da ICOMI passou a residir em Macapá.
Depois da Eletroconsult, Antônio passou por outros empregos tais como a Super Fine Madeiras S.A, lugar onde desempenhou o posto de chefe de produção por dois anos. Posteriormente, Antônio Barbosa trabalhou na época do Território Federal do Amapá, na antiga ASTER/Amapá – atual RURAP -, onde se aposentou em 1994 aos 59 anos de vida.
Para concluir...
Depois de anos de serviços prestados à comunidade amapaense, Antônio Barbosa está aposentado desde 1994 (16 anos) e dedica-se exclusivamente à família dando amor e carinho junto com a sua eterna companheira, Maria Helena Neves Barbosa. O casal tem um sonho que é de realizar um,a segunda lua de mel, realizando uma viajem , mas segundo o nosso entrevistado, nem tudo sempre é possível.
Ele e sua família viveram mais tempo no estado do Amapá do que em terras paraenses, lugar de origem. Por isso se considera amapaense de coração. “O Amapá pra mim é tudo, eu cheguei aqui ainda garoto, aqui me entusiasmei, trabalhei, lutei pela vida e aqui que eu senti o outro aspecto da vida”, conclui o Antônio Pinheiro Barbosa.
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