Ministro da Saude Alexandre Padilha, criu força tarefa para avaliar as clinicas psiquiatricas no Brasil |
Uma força-tarefa instituída pelo Ministério da Saúde começou a avaliar hospitais psiquiátricos de todo o país que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O grupo terá, a partir de 1º de setembro, 60 dias para entregar o relatório final, contendo recomendações para o pleno funcionamento desses hospitais.
Ação, que foi iniciada em abril, na região de Sorocaba, no interior de São Paulo, agora se estende para as demais 201 unidades, em 123 municípios, nos 26 estados, para adequação à Reforma Psiquiátrica e incluir serviço na ação contra o crack, com o objetivo de aperfeiçoar a assistência aos brasileiros com transtornos mentais atendidos na rede pública.
Durante as auditorias, serão avaliados, por exemplo, aspectos como a estrutura física dos hospitais, a relação de profissionais que atendem aos internados (médicos psiquiatras, médicos clínicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, auxiliares de enfermagem e terapeutas ocupacionais) e a evolução do tratamento dos pacientes.
Atualmente, a rede de assistência hospitalar à saúde mental conta com 32.735 leitos disponíveis. A eles, somam-se outros dois mil leitos nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), nas Casas de Acolhimento Transitório (CATs) e nas Comunidades Terapêuticas. A análise será coordenada pelo Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus), que conta com representantes em todos os estados.
Para o ministro Alexandre Padilha, o modelo de assistência precisa garantir aos pacientes o exercício dos direitos civis e de uma vida mais plena. “O governo brasileiro tem apoiado a luta antimanicomial e mostrado avanços no setor. Mas este levantamento nos ajudará a ampliar ainda mais o acesso ao tratamento e a melhorar as condições de assistência”, explica Padilha.
PROJETO PILOTO – A força-tarefa foi idealizada ainda nos primeiros meses deste ano. Em abril, o Ministério da Saúde iniciou uma auditoria no Hospital Vera Cruz, em Sorocaba (SP) e visitas técnicas em outros seis hospitais psiquiátricos da região. As unidades foram escolhidas devido ao histórico de mortes e concentração de pacientes.
As suspeitas de inadequações na saúde mental da cidade foram investigadas juntamente com a Secretaria Especial de Direitos Humanos do Ministério da Justiça e do Fórum de Luta Antimanicomial de Sorocaba (Flamas). As análises sobre estes hospitais estão em fase de conclusão e farão parte do censo.
Realidade amapaense
– Psicóloga Aline Borralho e o enfermeiro Rômulo Pantoja |
Os centros de Atenção Psicossocial e outras Drogas (CAPS-AD),atuam no tratamento e acompanhamento dos usuários e familiares de álcool e drogas. O Amapá vem vivendo uma nova e perigosa realidade: Duas novas drogas estão sendo distribuídas, o crack e o oxi que vem atingindo jovens, adultos e desequilibrando famílias. As últimas operações da Polícia Civil, com grandes apreensões de crack, mostram o quanto o mercado está consumindo essa droga perigosíssima, que tem baixo custo para o usuário, vicia muito rápido e deixa o viciado completamente louco quando está sem a droga, pronto pra roubar e até matar.
A secretaria de Saúde do Amapá trabalha com três Centros de Atenção Psicossocial e outras Drogas (CAPS-AD), sendo dois em Macapá (um na Zona Sul e outro Centro) e um em Santana. A instituição está junto aos usuários de álcool e drogas que estejam dispostas a se livrar do vício.
Segundo a psicóloga do CAP/AD centro, Aline Leite Borralho, o serviço oferece atendimentos nas áreas de psiquiatria, psicologia, enfermagem, massoterapia, fisioterapia e técnico em enfermagem. São aproximadamente 15 profissionais que prestarão atendimento a esses pacientes.
"Trabalhamos também com os familiares dessas pessoas para que juntos, instituição, usuário e seus familiares, possamos trabalhar a recuperação definitiva do paciente", destacou a psicóloga
O serviço, que é custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) recebe contrapartida do governo do Estado. Cada CAPS tem capacidade de atender até 250 pacientes por dia. A psicóloga Aline Leite Borralho anunciou que ainda este ano, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), órgão responsável pela coordenação e execução das ações do CAPS, vai implementar novos serviços, entre eles destacam-se, as ações de prevenção ao uso de álcool e drogas nas escolas, comunidades, instituições, entre outras.
A Sesa vai executar o projeto denominado "Consultório de Rua", que consiste na abordagem de usuários e dependentes de álcool e drogas que estejam em situação de extrema vulnerabilidade. Os profissionais de saúde, lotados no CAPS-AD, farão visitas nos locais onde esses dependentes costumam frequentar para obter álcool ou drogas com maior facilidade.
Quanto ao atendimento do usuário de droga em crise, surto ou agressividade ele é conduzido direto a Clinica de Psiquiatria do Estado onde é submetido a um tratamento elaborado pelos médicos. Na existência de um diagnostico positivo ele pode ser encaminhado ao CAPS/AD que o atenderá com acompanhamento e observação pelos enfermeiros da equipe técnica da instituição. “O usuário fica em observação em nossa enfermaria e de acordo com as prescrições médicas e feito a aplicação de remédios pelos nossos enfermeiros. Damos também assistência a família dessa pessoa.”
Aline Borralho destacou que as pessoas que procuram o CAPS podem ficar durante todo o dia (07:00 às 18:00) em observação, porem realizando trabalhos artesanatos e atividades lúdicas. “Além do acompanhamento medico, eles são submetidos a atividades lúdicas e de trabalhos manuais.”
Quanto a realidade de novas drogas que estão circulando no estado, Aline Borralho informou que o atendimento deve ser feito através da procura do usuário de Crack e do Oxi, ou de seus familiares, em caso de crises de abstinência ou overdose deve ser acionado o SAMU, que encaminha a pessoa diretamente aos serviços psiquiátrico fornecidos pelo Estado. Caso o mesmo tenha de ter um tratamento com internação prolongada, deve ser encaminhado a um centro especializado em outra unidade da federação, através do Serviço de Tratamento fora do Domicilio.
Reforma Psiquiátrica começou em 1988Com a Reforma Psiquiátrica em termos mundiais, vem sendo gradativamente substituídos por pequenos hospitais e/ou enfermarias especializadas no tratamento de psiquiatrias, sejam em hospitais gerais, no caso de doentes graves ou em crise ou em pequenos hospitais, autorizados por lei específica, comuns nos Estados Unidos da América do Norte, Europa e China. Os doentes com quadros leves a moderados são acompanhados em ambulatórios hospitalares e de acordo com a atual política de saúde, devidamente regulamentada por lei, devem viver em e na própria sociedade, para promover a reinserção social, como no Brasil existia pela constituição brasileira de 1946, derrubada pela constituição brasileira de 1988.
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