sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Uma palavra aos vestibulandos

Aline Colares
“O temor do SENHOR é princípio do saber...” (Provérbios 1: 7a)
Vestibular! Que palavrinha impactante. É uma fase a qual todos os professores envolvidos e até os mais “experientes” fazem um grande Bicho de Sete Cabeças. Se muitos destes soubessem confortar mais do que amedrontar, toda a pressão e expectativa demasiada que se é colocada neste concurso seria menor, e vocês, vestibulandos, mais confortáveis estariam quando o assunto fosse esse. Apesar de não ter tanto tempo que saí deste meio, tem sido interessante, e por que não dizer aliviante, poder ter outra (nova) perspectiva dessa fase tão importante e decisiva para a vida de um estudante. Acredito que aqueles, os quais um dia já passaram por isso com muito esforço, jamais esquecem.
Que Deus me perdoe por usar a Sua Palavra para fazer um trocadilho, mas quem não deseja ser aprovado logo de primeira “que atire a primeira pedra”? Apesar de ter almejado muito, não tive essa sensação, pelo contrário, o Senhor me deu mais um ano para que eu pensasse naquilo que eu realmente queria para minha vida profissional, e mil graças a Ele!
O ano do meu convênio foi um ano de muito aprendizado, abdicações, e claro, de confirmação de verdadeiras amizades, umas que desde há muito tempo me acompanhavam e outras que mesmo por tão curto período presentes, tornaram-se muito importantes na minha vida. Já o ano do meu cursinho foi um período no qual, em partes, não deixou de ser diferente para mim, e juntamente com alguns amigos que não tiveram a mesma sensação em “ser aprovado de primeira!”, aprendemos mais ainda o valor do companheirismo, apesar de estarmos em um meio no qual a disputa é o que há. Foi um ano que aprendi mais a baixar minha cabeça e dizer “Senhor, que seja feita a Tua vontade”.
Lembro-me que aos prantos e inconformada por não ter sido aprovada, declarei a minha mãe que não suportaria mais um ano estudando tudo novamente. Mas, apesar de achar que “tinha ficado para trás”, o Senhor me ensinou a ter paciência e esperar mais nEle, a ver que os planos, nós fazemos, mas o cumprimento destes só depende dEle, que nas mínimas coisas devemos a Ele perguntar “é isso, Senhor, que Tu queres que eu faça?”. E foi assim que Ele me fez enxergar que o meu curso não era Direito, e sim, Letras.
Aprendi ainda a ser mais submissa a Deus e ver que as forças que eu precisava para estudar tudo de novo e disposição para enfrentar toda aquela mesma rotina, não poderiam, de forma alguma, serem encontradas em mim, mas nEle.
Para que o vestibulando tenha um ótimo desempenho no vestibular, muitas dicas lhe são dadas, como procurar fazer um hábito diário de estudo, não deixar passar as dúvidas em branco, não apegar-se somente aos materiais fornecidos pelos professores, manter-se bem informado do que acontece no mundo, dormir bem, e é claro, não deixar de lado as horas de lazer. Cansa-se de ouvir tudo isso, não é? Sim, são dicas válidas. Entretanto, há uma “dica” a qual deveria ser colocada bem no topo, que são a segurança e confiança no Senhor. Não estou oferecendo aqui uma garantia de “sucesso” a você, mas convencê-lo de que é a paz em Deus que nos faz, mesmo em dificuldades, lembrarmos de que Ele é fiel e só assim continuarmos.
Na caminhada árdua, o estudante muitas vezes cai, vencido pelo desespero e cansaço. Iniciam-se as semanas das noites más dormidas, nas quais muito se pensa quanto ao fato de estar ou não investindo no curso certo, compatível com suas habilidades, ou mesmo, se depara com o sentimento de querer jogar tudo pro alto diante de vestibulandos, que ao olhar, são tão mais competentes. Vem sobre ele uma ansiedade de apertar o coração, por assuntos os quais não lembra mais, por uma questão que embora já fora resolvida, não se encontra mais a solução. 
É por toda essa insegurança, e muito mais, que o próprio Deus diz que “Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio, cuja esperança está no SENHOR, seu Deus, que fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e mantém para sempre a sua fidelidade.” (Salmo 146: 5-6).
Quantas vezes, ao repousar sua cabeça no travesseiro, tão cansado, com esperança de que no outro dia estivesse melhor, acordava ainda da mesma forma: fraco e desestimulado? Isso se dá, muitas vezes, por não procurarmos o Senhor para nos consolar e renovar nossas forças, acreditando que as outras coisas vêm em primeiro lugar e o Seu nome em segundo, quando na realidade deve ser ao contrário. Quão gratificante é entregarmos o nosso coração a Deus! Sou extremamente grata ao Senhor por Ele ter me concedido, um dia, a aprovação e por ter colocado na minha vida amigos e familiares que estiveram sempre comigo, me dando suporte e conselhos. Rogo ao meu Deus para que a cada dia me ensine a esperar na Sua providência e confiar nos Seus propósitos.
Queridos leitores e amigos, que irão prestar vestibular este ano, estas minhas sinceras palavras dedico a vocês, esperando que de alguma forma, através da Palavra de Deus, eu tenha conseguido confortá-los. Desde já, desejo a vocês uma boa prova, que o Senhor lhes abençoe. Quanto àqueles que já venceram esta etapa, lembrem-se da mão soberana de Deus que agiu e continua agindo em suas vidas. Concluo, ratificando o que disse no início: “O temor do SENHOR é princípio do saber...” (Provérbios 1: 7a).

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