sexta-feira, 30 de setembro de 2011

DE TUDO UM POUCO.


            A PRIMAVERA E O TRÂNSITO.

            Mês de setembro, o desabrochar das flores na primavera embelezam as cidades, os campos, as várzeas e os vasos de flores pendurados nos alpendres das casas. É o mês do Equinócio da Primavera, espetáculo que todo ano, no monumento do Marco Zero do Equador, enche de riquezas mil aquele belo logradouro, fato que encanta a todos nós macapaense e turistas de outras plagas. Quem tem o hábito de sair da cidade rumo aos campos e interiores, de pronto depara-se com os belíssimos ipês de flor amarela, espalhados aos encantos do sol do equador.
            A primavera tem o poder de amenizar o calor tropical através o encanto da beleza das flores, das mais variadas espécies. Tem o condão de trazer belas recordações de quando os namorados agradavam suas amadas com belíssimos buques de flores. Não sei se hoje, neste corre- corre frenético existem ainda os Don Juans.
            Que efeitos tem, então, a primavera sobre o trânsito? Parece-me que é possível aliar-se o belo com o prático; a beleza das flores com a beleza de saber dirigir um veículo; a fidelidade das árvores com a natureza e a responsabilidade dos condutores de veículos com as leis do trânsito. Todos estamos num mesmo plano astral, mas em sistemas diferentes, porém dentro do mesmo meio ambiente. Condutores, veículos e árvores têm, nesse conjunto, responsabilidades individuais pertinentes a cada natureza.
            Nos noticiários cotidianos lemos, escutamos e vemos notícias de toda sorte sobre acidentes de veículos ( não existe acidente de trânsito ) no trânsito de Macapá, para ser bem específico. Pessoas morrem, outras ficam aleijadas, deformadas e as vezes inúteis para a vida. Os veículos arrebentam-se todo por única culpa de seus condutores, seja por imprudência, imperícia ou negligência. O mais grave nesse filme é que as mortes só serão substituídas por outras mortes, pois as peças do veículo, estas tem em qualquer loja do ramo.
            Por que essas tragédias repetem-se todos os dias, e em especial, nos fins de semana?
            Creio que não é por falta de informações, pois estas são veiculadas em profusão. Será por irresponsabilidade dos condutores que dirigem em estado de embriagues alcoólica? Por que “ encher a cara de bebida alcoólica “ e depois usar seu veiculo como arma letal? As dores dos outros não são sentidas por quem as causou, mas por quem as sofreu. Será que as pessoas que foram lesionadas ou mortas por motorista irresponsáveis terão o mesmo tratamento que as desses malucos do trânsito?
            A escolas públicas e privadas tem a responsabilidade de criar programas de educação para o trânsito, a fim de formar novos agentes multiplicadores dessa educação, com o intuito de influenciarem seus familiares e amigos, no mínimo. Fala-se em educação ambiental, esportiva, familiar e em outras formas de educação, mas o que precisamos, urgentemente, é de cursos de formação integral de novos condutores de veículos automotor( automóveis, taxis, ônibus, caminhões, caçambas, pick ups, kombis); cursos específicos para condutores de motos; cursos para ciclistas; intensificação de informações para pedestres.
            Os códigos de Trânsito, Penal e Civil, estão a espera de serem aplicados por quem de direito, sem que os chamados direitos humanos sejam violados. É verdade que o acidente provocado por motorista embriagado que vitimou pessoa ou pessoas, é de caráter “ culposo “ ( quando não há a intenção de matar ) segundo decretou recentemente o STF, pois, em tese, ninguém enche a cara de cana e sai por ai atropelando pessoas, destruindo patrimônios, pois se assim o fizer, há a chamada intenção de cometer o delito, portanto, doloso. A questão é jurídica : aplica-se a regra fixada no Código de Trânsito, ou aplica-se os ditames do Código Penal ou, simplesmente, roga-se por uma ação de indenização por danos materiais ( eu diria danos mortais ).
            A como seria salutar se todos os condutores de veículos de Macapá, ao menos neste mês de setembro, mês da primavera, tomem para si a responsabilidade de fazer um compromisso pessoal dizendo, ao sair com seu veículo : hoje vou colher as mais belas flores que a primavera da vida puder fazer brotar – a flor da felicidade, e vou distribuí-las s por onde passar e  dividi-as com meus parceiros de volante. Quero, ao voltar para casa, sentir que  o sorriso de meus familiares foi a recompensa maior que o meu dia de trabalho pode produzir.
            Enfim, que as flores da primavera sejam para enfeitar a vida, alegrar os tristes, enfeitar os buques entregues  com muito carinho ás pessoas amadas.
            Amanhã vou colher flores amarelas nos IPÊS que enfeitam a mata perto de casa e oferecê-las, simbolicamente,  a todos quantos lerem esta mensagem e a tomem como Norte.
           

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