Partido
terá candidato próprio a prefeitura, independentemente de apoio ou coligações
De John Pacheco
Da Reportagem\Estagiário
O
Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), com apenas seis anos de vida política,
já está nas principais rodas de conversa sobre as eleições municipais, a
legenda de Randolfe Rodrigues, o senador mais jovem do Brasil e mais votado da
história do Amapá, e de Clécio Luís, vereador de dois mandatos em Macapá, se
tornou um dos partidos mais atuante no novo cenário político brasileiro.
Em
2006, com pouco mais de um ano de criação, o partido lançou candidato a
presidência, Heloísa Helena, que não levou, mas cativou nos brasileiros um
sentimento de mudança, e de que o Brasil poderia ser diferente. No mesmo ano,
no Amapá, o PSOL também estava fazendo sua parte nas urnas, lançando Randolfe
como candidato a deputado e Clécio ao governo.
Na
última disputa a prefeitura, o partido estava numa aliança com o PSB, Randolfe
era vice na chapa com Camilo Capiberibe e Clécio como candidato a câmara
municipal. O Laurindo Banha não veio, mas Clécio saiu fortalecido das urnas,
foi reeleito vereador com o dobro de votos da eleição anterior. Em 2010, a
grande vitória, a eleição de Randolfe Rodrigues para o senado.
O que vem em 2012
Para
as eleições desse ano, o partido terá
candidato próprio para o pleito, e quase que por unanimidade um nome ecoa no
cenário eleitoral, Clécio Luís. O vereador que é pré-candidato foi uma
indicação do congresso nacional do partido que colocou Macapá, junto com Belém
e Rio de Janeiro, como prioridade para as eleições. O PSOL apenas aguarda a
data para lançar oficialmente Clécio como candidato à prefeitura.
Sobre
sua candidatura Clécio diz; “vamos
apresentar um programa de transformação pra Macapá, nós vamos construir um
programa pé no chão, chega de eleger com programa e governar com outro
completamente diferente. Nós não queremos fazer um programa mirabolante, mas
vamos fazer um que seja capaz de conquistar corações e as mentes dos
macapaenses, e que sirva tanto para ganhar eleição, quanto pra governar Macapá.
E tirar a cidade dessa maquiagem que existe hoje”.
Ele
destaca também que o partido não tem apenas representação na política, mas também
nos movimentos sindicais, já que o partido preside os dois maiores sindicatos
do estado, o da educação e o da saúde, e que a força do partido vem deles “a luta sindical
é importante pra gente da mesma forma que os movimentos sociais. A força dos
nossos mandatos vem dos movimentos sociais, mas como partido nós disputamos o
poder, e nós colocamos o partido como ferramenta de transformação social, e
para nós do PSOL fazer política partidária é uma busca do poder, sobretudo
poder popular, mas ele só serve para nós se for para transformar a sociedade,
por que se for para deixar como está, tem gente melhor que nós”, afirma Clécio.
Pensando
na prefeitura, o pré-candidato se diz preparado para o cargo e que a sua
experiência política pode ajudá-lo a ser um bom gestor para Macapá “Eu
fui o secretário de educação mais jovem da história do Amapá, com 26 anos, tive
acertos e erros, mas fui o único que saí do movimento sindical, virei
secretário e voltei pro movimento sindical de cabeça erguida. Fui do grupo de
trabalho que fundou o Banco do Povo, virei diretor técnico da Agência de
Fomento do Amapá, tive uma experiência no mandato do Randolfe, tanto de
deputado, quanto agora como suplente dele como senador. E a minha experiência
aqui como vereador em sete anos de mandato, conhecendo as entranhas da cidade,
seus problemas, suas limitações, sejam elas orçamentárias ou de crescimento
desordenado. E é esse desenvolvimento do PSOL que nós queremos para governar
Macapá”.
Para a câmara
municipal, o partido já tem a sua chapa completa de candidatos a vereadores,
segundo Clécio, que não quis citar nomes, “são nomes muito fortes, de muita
expressividade e de grande força eleitoral, alguns já foram testados nas urnas,
outros são líderes de movimentos sociais na luta no dia-a-dia. Nós vamos
enfrentar duas grandes máquinas, a do governo e da prefeitura, além de outros
candidatos, mas nós não tememos, não subestimamos nenhum candidato que virá,
mas eu tenho uma crença no povo”, declara Clécio. Além de Macapá, o partido tem
pré-candidatos em Santana, Pedra Branca, Pracuúba, Calçoene e Oiapoque.
Tá na hora de coligar
O
partido está em conversação com alguns partidos, segundo Clécio; “tivemos uma
conversa com o PTB, por que criamos uma boa relação com o Lucas Barreto, que
nos permite dialogar, mesmo que ele tenha declarado apoio ao Davi Alcolumbre,
com o PTC da vereadora Adrianna Ramos, com o PCB do vereador Nelson Souza, e
com o PPL. Agora mais recentemente com o PPS, que tem um pré-candidato que é o
Alan Sales, temos conversado semanalmente e até feito ações juntos. Outro
partido forte é o PC do B do companheiro deputado Evandro Milhomem, estamos
conversando, sabemos que eles estão discutindo candidatura, mas a nossa
intenção é clara de sair com um candidato à prefeitura”, finaliza Clécio Luís,
vereador de Macapá e pré-candidato do PSOL ao Laurindo Banha.
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O outro lado por Wanderley Gomes da
Silva
Secretário
Geral do Comitê Estadual do PC do B, afirma que o objetivo do partido é a candidatura
de Evandro Milhomem, mas o partido ainda está aberto para apoiar.
Decisão do partido
“Estamos
preparando o partido para esse processo democrático que acontece a cada dois
anos, tivemos ontem uma reunião com nosso pré-candidato Milhomem e os nossos
pré-candidatos a vereança aqui na capital, para discutir o trabalho de base do
partido. Não entramos ainda nas conversas de coligações, mas nós sabemos que na
política sempre temos que nos unir em torno de uma candidatura. O PC do B já
tem conversas com outras legendas do estado, e nós estamos analisando uma
proposta que seja melhor para a candidatura do companheiro Milhomem, que é um nome bom e sem rejeição, e é uma pessoa que
tem condições boas e concretas para fazer uma ótima administração em Macapá”.
Alianças
políticas
“Recentemente com o apoio do PPL e do PTC, nós
fizemos uma atividade na câmara municipal, que foi a “Macapá que queremos”, que
era para começar a discutir a cidade do ponto de vista urbanístico e social. Fizemos
uma análise das políticas mais emergenciais da cidade. Estamos na conversa com
eles também para apoiarem o nome do Milhomem”
E o PSOL?
“Há
uma possibilidade, que pode se concretizar uma aliança política nesse campo PC
do B-PSOL e outras legendas nesse jogo democrático e progressista. Nós
trabalhamos para que o candidato dessa aliança seja o Milhomem, da mesma forma
que eles querem um nome como o Clécio, os dois partidos tem uma relação
política muito boa. Não está descartada a possibilidade de nós declinarmos
dessa candidatura em nome de uma chapa que no momento seja mais adequada para
Macapá, que tenha uma condição e uma projeção eleitoral melhor. E o do PSOL é
um projeto muito semelhante ao nosso por ser um projeto mudancista”.
Que coisa feia! O PSOL, não novo, já se corrompendo com alianças espúrias.. Está seguindo a mesma trilha do PT, só que piorada, já que se trata de um partido com só 6 anos.. Lamentável.
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