sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Eleições 2012: PSOL com o pé no chão


Partido terá candidato próprio a prefeitura, independentemente de apoio ou coligações



De John Pacheco            
Da Reportagem\Estagiário

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), com apenas seis anos de vida política, já está nas principais rodas de conversa sobre as eleições municipais, a legenda de Randolfe Rodrigues, o senador mais jovem do Brasil e mais votado da história do Amapá, e de Clécio Luís, vereador de dois mandatos em Macapá, se tornou um dos partidos mais atuante no novo cenário político brasileiro.

Em 2006, com pouco mais de um ano de criação, o partido lançou candidato a presidência, Heloísa Helena, que não levou, mas cativou nos brasileiros um sentimento de mudança, e de que o Brasil poderia ser diferente. No mesmo ano, no Amapá, o PSOL também estava fazendo sua parte nas urnas, lançando Randolfe como candidato a deputado e Clécio ao governo.


Na última disputa a prefeitura, o partido estava numa aliança com o PSB, Randolfe era vice na chapa com Camilo Capiberibe e Clécio como candidato a câmara municipal. O Laurindo Banha não veio, mas Clécio saiu fortalecido das urnas, foi reeleito vereador com o dobro de votos da eleição anterior. Em 2010, a grande vitória, a eleição de Randolfe Rodrigues para o senado.     

O que vem em 2012
Para as eleições desse ano,  o partido terá candidato próprio para o pleito, e quase que por unanimidade um nome ecoa no cenário eleitoral, Clécio Luís. O vereador que é pré-candidato foi uma indicação do congresso nacional do partido que colocou Macapá, junto com Belém e Rio de Janeiro, como prioridade para as eleições. O PSOL apenas aguarda a data para lançar oficialmente Clécio como candidato à prefeitura.     

Sobre sua candidatura Clécio diz; “vamos apresentar um programa de transformação pra Macapá, nós vamos construir um programa pé no chão, chega de eleger com programa e governar com outro completamente diferente. Nós não queremos fazer um programa mirabolante, mas vamos fazer um que seja capaz de conquistar corações e as mentes dos macapaenses, e que sirva tanto para ganhar eleição, quanto pra governar Macapá. E tirar a cidade dessa maquiagem que existe hoje”.

Ele destaca também que o partido não tem apenas representação na política, mas também nos movimentos sindicais, já que o partido preside os dois maiores sindicatos do estado, o da educação e o da saúde, e que a força do partido vem deles a luta sindical é importante pra gente da mesma forma que os movimentos sociais. A força dos nossos mandatos vem dos movimentos sociais, mas como partido nós disputamos o poder, e nós colocamos o partido como ferramenta de transformação social, e para nós do PSOL fazer política partidária é uma busca do poder, sobretudo poder popular, mas ele só serve para nós se for para transformar a sociedade, por que se for para deixar como está, tem gente melhor que nós”, afirma Clécio.
Pensando na prefeitura, o pré-candidato se diz preparado para o cargo e que a sua experiência política pode ajudá-lo a ser um bom gestor para Macapá “Eu fui o secretário de educação mais jovem da história do Amapá, com 26 anos, tive acertos e erros, mas fui o único que saí do movimento sindical, virei secretário e voltei pro movimento sindical de cabeça erguida. Fui do grupo de trabalho que fundou o Banco do Povo, virei diretor técnico da Agência de Fomento do Amapá, tive uma experiência no mandato do Randolfe, tanto de deputado, quanto agora como suplente dele como senador. E a minha experiência aqui como vereador em sete anos de mandato, conhecendo as entranhas da cidade, seus problemas, suas limitações, sejam elas orçamentárias ou de crescimento desordenado. E é esse desenvolvimento do PSOL que nós queremos para governar Macapá”.

Para a câmara municipal, o partido já tem a sua chapa completa de candidatos a vereadores, segundo Clécio, que não quis citar nomes, “são nomes muito fortes, de muita expressividade e de grande força eleitoral, alguns já foram testados nas urnas, outros são líderes de movimentos sociais na luta no dia-a-dia. Nós vamos enfrentar duas grandes máquinas, a do governo e da prefeitura, além de outros candidatos, mas nós não tememos, não subestimamos nenhum candidato que virá, mas eu tenho uma crença no povo”, declara Clécio. Além de Macapá, o partido tem pré-candidatos em Santana, Pedra Branca, Pracuúba, Calçoene e Oiapoque. 

Tá na hora de coligar
O partido está em conversação com alguns partidos, segundo Clécio; tivemos uma conversa com o PTB, por que criamos uma boa relação com o Lucas Barreto, que nos permite dialogar, mesmo que ele tenha declarado apoio ao Davi Alcolumbre, com o PTC da vereadora Adrianna Ramos, com o PCB do vereador Nelson Souza, e com o PPL. Agora mais recentemente com o PPS, que tem um pré-candidato que é o Alan Sales, temos conversado semanalmente e até feito ações juntos. Outro partido forte é o PC do B do companheiro deputado Evandro Milhomem, estamos conversando, sabemos que eles estão discutindo candidatura, mas a nossa intenção é clara de sair com um candidato à prefeitura”, finaliza Clécio Luís, vereador de Macapá e pré-candidato do PSOL ao Laurindo Banha.

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O outro lado por Wanderley Gomes da Silva
Secretário Geral do Comitê Estadual do PC do B, afirma que o objetivo do partido é a candidatura de Evandro Milhomem, mas o partido ainda está aberto para apoiar.

Decisão do partido 
“Estamos preparando o partido para esse processo democrático que acontece a cada dois anos, tivemos ontem uma reunião com nosso pré-candidato Milhomem e os nossos pré-candidatos a vereança aqui na capital, para discutir o trabalho de base do partido. Não entramos ainda nas conversas de coligações, mas nós sabemos que na política sempre temos que nos unir em torno de uma candidatura. O PC do B já tem conversas com outras legendas do estado, e nós estamos analisando uma proposta que seja melhor para a candidatura do companheiro Milhomem, que é um nome bom e sem rejeição, e é uma pessoa que tem condições boas e concretas para fazer uma ótima administração em Macapá”.

Alianças políticas
“Recentemente com o apoio do PPL e do PTC, nós fizemos uma atividade na câmara municipal, que foi a “Macapá que queremos”, que era para começar a discutir a cidade do ponto de vista urbanístico e social. Fizemos uma análise das políticas mais emergenciais da cidade. Estamos na conversa com eles também para apoiarem o nome do Milhomem”      
     
E o PSOL?                                                           
“Há uma possibilidade, que pode se concretizar uma aliança política nesse campo PC do B-PSOL e outras legendas nesse jogo democrático e progressista. Nós trabalhamos para que o candidato dessa aliança seja o Milhomem, da mesma forma que eles querem um nome como o Clécio, os dois partidos tem uma relação política muito boa. Não está descartada a possibilidade de nós declinarmos dessa candidatura em nome de uma chapa que no momento seja mais adequada para Macapá, que tenha uma condição e uma projeção eleitoral melhor. E o do PSOL é um projeto muito semelhante ao nosso por ser um projeto mudancista”.  
        
                       

Um comentário:

  1. Que coisa feia! O PSOL, não novo, já se corrompendo com alianças espúrias.. Está seguindo a mesma trilha do PT, só que piorada, já que se trata de um partido com só 6 anos.. Lamentável.

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