sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

PPS acredita nas alianças para conquistar a disputa eleitoral


Com um diálogo bastante adiantado com o PSOL, a entrada do PSDB pode mudar o rumo da conversa.

Abinoan Santiago
Da Reportagem

O Partido Popular Socialista (PPS), está seguindo o ditado que diz: “Uma andorinha só não faz verão”, ou seja, o partido está dialogando mais do que nunca para conseguir o êxito rumo ao Palácio Laurindo Banha. E além da capital, que terá o ex secretário de finanças e presidente do  diretório regional Allan Sales , como candidato, a sigla pretende eleger  gestores nos municípios amapaenses, são eles:  Mazagão, com o vereador  Élcio; a aposta em Itaubal é o vereador Albédio; já em Porto Grande, com o pré candidato Rocha; Pracuúba com o João Wilson e Amapá lançando o Zé Neto. Mas ao que parece, a “galinha dos ovos de ouro” é mesmo a capital Tucuju.


Alianças - PSOL
O PPS, busca parceiros para poder gozar de uma vitória no pleito de 2012, a sigla com que  o partido está com conversa mais avançada. é o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Segundo Allan Sales, o namoro com a “turma” do Senador Randolfe Rodrigues já vem de longas datas. “Nós temos a nossa pré-candidatura, estamos conversamos com o PSOL, e essa é uma conversa antiga, pois já dialogamos com eles também em 2008, mas na época não saímos, porque decidimos apoiar o atual prefeito Roberto Góes (PDT), através do projeto da troca de favores, ou seja, a adesão de Jorge Amanajás (PSDB),  para o Governo do Estado do Amapá”.

Porém há um imbróglio nesta aliança, afinal, o vereador Clécio Luis (PSOL), também é um pré-candidato da referida sigla. Então como fica essa situação? Sales garante que entre os dois não há o cheiro do orgulho no ar: “entre o candidato do PSOL e a gente não há vaidade, pois não estamos mais discutindo quem será a cabeça de chapa, e sim como ganhar uma eleição”. 

PSDB, o “Vagner Love” do PPS e PSOL
O Partido Social Democrata Brasileiro (PSDB), é o “Vagner Love” nessa relação do PPS e PSOL, isto é, com o partido através da sua força política em âmbito estadual e nacional, ele seria uma bela reforçada no ataque desse time que pretende conquistar a Prefeitura Municipal de Macapá (PMM), como Sales explica: “separadas, as candidaturas do PPS e PSOL teriam dois dígitos (2% ou 3%), e quando nós nos unimos, ela pula para 15% a 25% de intenções de votos, mas para brigar como ‘cachorro grande’ e estar de igual para igual, a vinda de um partido como o PSDB, deixaria a gente sonhando com uma candidatura que já partiria com 20% podendo chegar a 35% e/ou até 40%. Portanto, o PSDB é o nosso ‘Vagner Love’”.

Todavia, vale lembrar que o PSDB também possui um pré-candidato à PMM, que neste caso é o deputado estadual Michel JK. 

Essa relação com o PSDB ainda está no começo. Uma prova disso é que  ele entra já com 50% de uma parceria fechada entre dois partidos, ou seja, a sigla entra num projeto eleitoral fortalecido, portanto, Sales acredita que o presidente do diretório estadual do PSDB, Jorge Amanajás e o pré-candidato do referido, Michel JK, irão pensar neste aspecto, pois uma coisa é eles entrarem do zero, e outra é entrar num time que já está entrosado, como é o caso do PPS e PSOL.

Sales cita a candidatura do atual prefeito, Roberto Góes (PDT), como um bom exemplo de aliança bem feita, pois com o apoio de várias lideranças de peso, o mesmo alcançou o êxito: “nós podemos ver que o Roberto não ganhou a eleição sozinho, ele faturou com o apoio de 22 deputados estaduais,  seis deputados federais, três senadores da república e ainda com o então governador (Waldez Góes), por isso, na realidade, ganhar uma eleição não é fácil, fiz parte desse projeto e sei que é difícil, logo essa nossa preocupação em reforçar o time. E a vinda do PSDB é importante, assim como a de outros partidos, mas  do momento que você já tem um time forte, todos vão querer entrar. Desejamos criar um clima bom e positivo, para que não só o nosso partido se sinta confortável, mas os outros que queiram somar também. Porém reafirmo, o embrião dessa aliança começa entre PPS e PSOL”.

Planos
Para Sales, a experiência obtida na Secretária Municipal de Finanças (SEMFI), poderá ajudar nesse processo de gestão, caso o mesmo consiga o êxito na eleição deste ano, pois segundo ele, quando esteve a frente da pasta, o mesmo conseguiu resgatar os tributos e a arrecadação do Município de Macapá, batendo inclusive recordes de recolhimentos tributários. “Fomos secretário de finanças e implantamos o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) premiado, neste caso houve a maior arrecadação da história da PMM dos últimos anos. Em 2008, ela arrecadou R$ 700 mil, já em 2009 conseguimos arrecadar R$ 6 milhões. Foram vários os débitos quitados conosco, como o das empresas de ônibus, faculdades, entre outros. somando tudo isso, conseguimos arrecadar R$ 30 milhões”, acentua.

Outra aposta do PPS, é a questão da evasão municipal de renda, isto é, muitos macapaenses vão para outras localidades do Brasil com o intuito de gastar o seu dinheiro, assim como o imigrante que vem trabalhar na capital e envia parte do seu salário aos familiares que moram em outra cidade, fazendo com que a renda que é criada aqui, não circule em Macapá, e sim numa cidade diferente . Como exemplifica Sales: “Vamos pensar no Festival do Camarão, no Afuá, e suponhamos que 70 mil amapaenses foram para lá e em média cada um gastou R$ 100 em um único final de semana, portanto foram R$ 7 milhões injetados na economia paraense, que consequentemente,saiu da nossa.Para ter noção da seriedade deste problema, este valor é maior que a arrecadação anual do IPTU. Conseguimos controlá-la através de investimentos na qualidade da nossa cidade e neste caso específico, nos eventos, como por exemplo, o Macapá Verão, pois se o nosso fosse melhor, os amapaenses não iriam para o Afuá”.

O PSS também acredita que Macapá precisa ser mais verde, ou seja, a capital necessita de lugares aconchegantes por conta da arborização de praças e parques. Pois de acordo com Sales, esses projetos irão abranger uma gama de pessoas, sejam elas, de maneira direta ou indireta. Um bom exemplo seria no caso dos ciclistas, afinal, construindo um parque, o mesmo teria uma ciclovia, sendo assim, quanto mais lugares deste tipo, as  ciclovias seriam aumentadas.

Agora o que o partido acredita ser uma das peças mais importantes para Macapá, pensando em médio e longo prazo, seria a capacitação dos jovens. Segundo o PPS, as empresas que usam da matéria prima amapaense, não capacitam ninguém para posteriormente trabalhar no referido empreendimento. “Capacitando o nosso jovem, o salário que ele ganhará, será gasto aqui, pois a sua família e amigos moram em Macapá”, completa.

Cabeça de chapa
Nas conversas entre PPS, PSOL e PSDB, o que está deixando a entender é que o partido do vereador Clécio Luis virá como  cabeça de chapa. E o vice? Aí é que está a incógnita, pois a aliança feita pelo trio não é pensando apenas em 2012, sendo assim, quem abrir mão da vice no pleito deste ano, possivelmente será recompensado nas próximas eleições em 2014. Portanto não pense que essa tríade terá vida curta, muito pelo contrário, ela promete ainda vários capítulos no livro que os três ainda estão escrevendo.

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