Com um diálogo bastante adiantado com o PSOL, a entrada do PSDB
pode mudar o rumo da conversa.
Abinoan Santiago
Da Reportagem
O Partido Popular Socialista (PPS),
está seguindo o ditado que diz: “Uma andorinha só não faz verão”, ou seja, o
partido está dialogando mais do que nunca para conseguir o êxito rumo ao
Palácio Laurindo Banha. E além da capital, que terá o ex secretário de finanças
e presidente do diretório regional Allan
Sales , como candidato, a sigla pretende eleger gestores nos municípios amapaenses, são
eles: Mazagão, com o vereador Élcio; a aposta em Itaubal é o vereador
Albédio; já em Porto Grande, com o pré candidato Rocha; Pracuúba com o João
Wilson e Amapá lançando o Zé Neto. Mas ao que parece, a “galinha dos ovos de
ouro” é mesmo a capital Tucuju.
Alianças - PSOL
O PPS, busca parceiros para
poder gozar de uma vitória no pleito de 2012, a sigla com que o partido está com conversa mais avançada. é
o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Segundo Allan Sales, o namoro com a
“turma” do Senador Randolfe Rodrigues já vem de longas datas. “Nós temos a
nossa pré-candidatura, estamos conversamos com o PSOL, e essa é uma conversa
antiga, pois já dialogamos com eles também em 2008, mas na época não saímos,
porque decidimos apoiar o atual prefeito Roberto Góes (PDT), através do projeto
da troca de favores, ou seja, a adesão de Jorge Amanajás (PSDB), para o Governo do Estado do Amapá”.
Porém há um imbróglio nesta
aliança, afinal, o vereador Clécio Luis (PSOL), também é um pré-candidato da
referida sigla. Então como fica essa situação? Sales garante que entre os dois
não há o cheiro do orgulho no ar: “entre o candidato do PSOL e a gente não há
vaidade, pois não estamos mais discutindo quem será a cabeça de chapa, e sim como
ganhar uma eleição”.
PSDB, o
“Vagner Love” do PPS e PSOL
O Partido Social Democrata Brasileiro (PSDB), é o “Vagner Love”
nessa relação do PPS e PSOL, isto é, com o partido através da sua força
política em âmbito estadual e nacional, ele seria uma bela reforçada no ataque
desse time que pretende conquistar a Prefeitura Municipal de Macapá (PMM), como
Sales explica: “separadas, as candidaturas
do PPS e PSOL teriam dois dígitos (2% ou 3%), e quando nós nos unimos, ela pula
para 15% a 25% de intenções de votos, mas para brigar como ‘cachorro grande’ e
estar de igual para igual, a vinda de um partido como o PSDB, deixaria a gente
sonhando com uma candidatura que já partiria com 20% podendo chegar a 35% e/ou até
40%. Portanto, o PSDB é o nosso ‘Vagner Love’”.
Todavia, vale lembrar que o
PSDB também possui um pré-candidato à PMM, que neste caso é o deputado estadual
Michel JK.
Essa relação com o PSDB ainda
está no começo. Uma prova disso é que ele entra já com 50% de uma parceria fechada
entre dois partidos, ou seja, a sigla entra num projeto eleitoral fortalecido,
portanto, Sales acredita que o presidente do diretório estadual do PSDB, Jorge
Amanajás e o pré-candidato do referido, Michel JK, irão pensar neste aspecto,
pois uma coisa é eles entrarem do zero, e outra é entrar num time que já está
entrosado, como é o caso do PPS e PSOL.
Sales cita a candidatura do
atual prefeito, Roberto Góes (PDT), como um bom exemplo de aliança bem feita, pois
com o apoio de várias lideranças de peso, o mesmo alcançou o êxito: “nós
podemos ver que o Roberto não ganhou a eleição sozinho, ele faturou com o apoio
de 22 deputados estaduais, seis
deputados federais, três senadores da república e ainda com o então governador
(Waldez Góes), por isso, na realidade, ganhar uma eleição não é fácil, fiz
parte desse projeto e sei que é difícil, logo essa nossa preocupação em
reforçar o time. E a vinda do PSDB é importante, assim como a de outros
partidos, mas do momento que você já tem
um time forte, todos vão querer entrar. Desejamos criar um clima bom e positivo,
para que não só o nosso partido se sinta confortável, mas os outros que queiram
somar também. Porém reafirmo, o embrião dessa aliança começa entre PPS e PSOL”.
Planos
Para Sales, a experiência
obtida na Secretária Municipal de Finanças (SEMFI), poderá ajudar nesse
processo de gestão, caso o mesmo consiga o êxito na eleição deste ano, pois
segundo ele, quando esteve a frente da pasta, o mesmo conseguiu resgatar os
tributos e a arrecadação do Município de Macapá, batendo inclusive recordes de
recolhimentos tributários. “Fomos secretário de finanças e implantamos o
Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) premiado, neste caso houve a maior
arrecadação da história da PMM dos últimos anos. Em 2008, ela arrecadou R$ 700
mil, já em 2009 conseguimos arrecadar R$ 6 milhões. Foram vários os débitos
quitados conosco, como o das empresas de ônibus, faculdades, entre outros.
somando tudo isso, conseguimos arrecadar R$ 30 milhões”, acentua.
Outra aposta do PPS, é a
questão da evasão municipal de renda, isto é, muitos macapaenses vão para
outras localidades do Brasil com o intuito de gastar o seu dinheiro, assim como
o imigrante que vem trabalhar na capital e envia parte do seu salário aos
familiares que moram em outra cidade, fazendo com que a renda que é criada
aqui, não circule em Macapá, e sim numa cidade diferente . Como exemplifica
Sales: “Vamos pensar no Festival do Camarão, no Afuá, e suponhamos que 70 mil
amapaenses foram para lá e em média cada um gastou R$ 100 em um único final de
semana, portanto foram R$ 7 milhões injetados na economia paraense, que
consequentemente,saiu da nossa.Para ter noção da seriedade deste problema, este
valor é maior que a arrecadação anual do IPTU. Conseguimos controlá-la através
de investimentos na qualidade da nossa cidade e neste caso específico, nos
eventos, como por exemplo, o Macapá Verão, pois se o nosso fosse melhor, os
amapaenses não iriam para o Afuá”.
O PSS também acredita que
Macapá precisa ser mais verde, ou seja, a capital necessita de lugares aconchegantes
por conta da arborização de praças e parques. Pois de acordo com Sales, esses
projetos irão abranger uma gama de pessoas, sejam elas, de maneira direta ou
indireta. Um bom exemplo seria no caso dos ciclistas, afinal, construindo um
parque, o mesmo teria uma ciclovia, sendo assim, quanto mais lugares deste
tipo, as ciclovias seriam aumentadas.
Agora o que o partido
acredita ser uma das peças mais importantes para Macapá, pensando em médio e
longo prazo, seria a capacitação dos jovens. Segundo o PPS, as empresas que
usam da matéria prima amapaense, não capacitam ninguém para posteriormente
trabalhar no referido empreendimento. “Capacitando o nosso jovem, o salário que
ele ganhará, será gasto aqui, pois a sua família e amigos moram em Macapá”,
completa.
Cabeça de chapa
Nas conversas entre PPS, PSOL
e PSDB, o que está deixando a entender é que o partido do vereador Clécio Luis
virá como cabeça de chapa. E o vice? Aí
é que está a incógnita, pois a aliança feita pelo trio não é pensando apenas em
2012, sendo assim, quem abrir mão da vice no pleito deste ano, possivelmente
será recompensado nas próximas eleições em 2014. Portanto não pense que essa
tríade terá vida curta, muito pelo contrário, ela promete ainda vários
capítulos no livro que os três ainda estão escrevendo.
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