Meio-campo com passagens por Guarany, São José e Santana, se orgulha de
ter jogado na melhor época do futebol amapaense
por Dalton
John
O atleta do passado desta semana, afirma que a decadência do futebol
amapaense, iniciada na década de 1990, se deve a uma grande contradição. “O
nosso futebol caiu de produção, desde quando se tornou profissional, até antes
disso, os jogadores aqui em Macapá, entravam em campo por amor a camisa e mesmo
sem receber salários ou direitos trabalhistas jogavam com orgulho”, afirmou
Paulo Odivan. Jogador que por pouco mais de dez anos desfilou seu futebol pelos
gramados tucujus.
Paulo começou, a jogar no juvenil do Guarany, clube que foi fundado na
noite do dia 19 de abril de 1955 por iniciativa de Milton de Souza Corrêa e um
seleto grupo de amigos com a finalidade de dar oportunidade para alguns atletas
iniciarem no futebol. O meio-campista até então com 16 anos foi chamado para
integrar o clube. Antes de entrar na equipe, Paulo se divertia com os amigos
jogando no campinho que ficava onde hoje é a União dos Negros do Amapá (UNA),
entre seus companheiros de pelada estavam grandes craques da época, entre eles
Zezinho Macapá.
Entrou no clube, através do
próprio fundador, Milton Corrêa. “Nesse tempo o futebol era um esporte de
apaixonados, pois sem patrocínios e sem ajuda do governo, só que gostava mesmo
de bater uma bolinha, que defendia a camisa do seu clube, e quando comecei no
Guarany, assim estava o futebol amapaense”, afirma Paulo. Como não havia
calendário fixo de competições naquele tempo, o craque saiu do estado, e passou
uma temporada morando em Santarém, mas a saudade foi maior e ele voltou ao
estado.
Em seu retorno à Macapá, fez
carreira no São José e foi convocado para a seleção amapaense que disputou o
campeonato brasileiro de seleções estaduais. “Enfrentamos as seleções da Bahia,
do Pará e do Acre, nesse campeonato terminamos em quarto lugar na classificação
geral, fomos eliminados pela seleção baiana, nas semifinais, em um jogo
apoteótico. Dentro do Estádio Fonte Nova, em Salvador, completamente lotado,
nós saímos na frente com um gol meu de cabeça, mas não aguentamos a pressão e
tomamos a virada, no final foram 6 a 1, para eles”, contou Paulo. Para o
meio-campista esta foi a melhor seleção de jogadores amapaenses de todos os
tempos.
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