segunda-feira, 23 de abril de 2012

Atleta do Passado - Palito


Mais um craque da época de ouro do futebol amapaense

por Dalton John

José Domingos Neto ninguém conhece, mas a sua alcunha “palito”, herdada do pai, até hoje está marcada na história do nosso futebol. Palito não foi só um goleador, foi um dos grandes ídolos da época e que inspirou as crianças da década 1950 e 1960 a seguirem o rumo do futebol. E como os grandes jogadores, começou jogando nos campinhos de terra na Macapá antiga, locais onde se formaram os principais jogadores amapaenses.

Palito deu seus primeiros passos no futebol ainda criança, quando jogava com os amigos na área onde hoje fica o Teatro das Bacabeiras. O craque nasceu no Pará, mas é amapaense de coração. Veio para o estado junto com os pais, José Domingos dos Santos Filho e Paulina do Nascimento dos Santos. Concluiu seus estudos aqui no Amapá e empregou-se na Icomi em 1959, na parte administrativa, onde trabalhou por 17 anos.

Estudando na escola técnica do município de Amapá, foi convocado para integrar o time de futebol da instituição e logo chamou a atenção por sua habilidade. Na volta para Macapá, em 1951, recebeu um convite para jogar no Esporte Clube Macapá. Entrou e deu sorte! O clube foi tricampeão estadual em 1954, 1955 e 1956. Saiu do clube para trabalhar na Icomi, lá foi contratado pelo Santana Esporte Clube, o “canário milionário” e lá foi tetracampeão em 1961, 1962, 1963 e 1964.    

Dois anos depois, saiu do clube para trabalhar em um negócio próprio e acbou recebendo convite para jogar no São José. Encerrou a carreira no meio da década de 1970, após receber convite de Jarbas Gato para jogar no Amapá Clube, só foi campeão três anos depois no clube, em 1974. Após o título encerrou a carreira.

Em entrevista concedida a este semanário em agosto de 2010 a repórter Jéssica Alves, Palito afirma que o sucesso na carreira tanto no trabalho quanto no futebol, se deve a família. “Graças a ela, pude erguer a minha vida e me proporcionou boas oportunidades na vida”.

Palito jogou em uma época primorosa do nosso futebol, sempre enfatizada por esta editoria, como os melhores anos do futebol amapaense. Batemos na tecla toda semana com o objetivo de resgatar essa história que pouco a pouco está sendo apagada.        

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