Hoje, já vê suas marcas deixadas no atletismo
Por Fabiana Figueiredo
Ela conta que a rotina começava às 5 horas, todos os dias. Acompanhada de seu treinador Manoel Pereira, o "Pinduca", Érica treinava durante duas horas arduamente, e ainda tinha que dividir o horário com o trabalho: professora de aeróbica em uma academia, manicure e universitária de Educação Física, que, hoje, já formada, exerce a profissão, já longe das pistas. Estas eram as fontes de sobrevivência do incentivo à prática do esporte.
Érica só descansava aos sábados, e nos dias da semana a atleta estava bastante ocupada. Ela lembra: "Segunda-feira, era a vez do reforço muscular; na terça, corrida em chão batido; na quarta, corrida de pista; na quinta, eu corria na grama; na sexta, novamente reforço muscular". No sábado, único dia de pausa, eu procurava relaxar para encarar, no domingo, uma corrida de 15 km. Para manter o preparo físico e boa saúde, ela afirma que não era e nem é nada fácil. "Uma alimentação balanceada era e é necessária até hoje, e essa é uma das dificuldades de quase todo atleta" diz Érica Letícia.
Sem nunca ter conseguido um patrocínio, Érica se virava como podia para não deixar de lado os cuidados com os 1,59 metros de altura do seu corpo atlético. Mas, tamanho, parece nunca ter sido problema para a corredora, que, no ano de 2007, foi considerada a melhor atleta amapaense. Prêmio que foi revestido em mais um troféu, e que foi colocado ao lado da medalha que ganhou pela boa colocação na São Silvestre de 2004. Érica foi conhecida em vários Estados, por sua dedicação, garra e pelo desempenho espelhado nas pistas; o Estado do Pará foi um dos que pôde ver o show de Érica: ficou em 21º lugar na Corrida do Círio de 2007, na qual competiu com outras 150 atletas.
Érica lembra o treinador dizendo que ela era uma das únicas pessoas que demonstrava muita força de vontade para alcançar seus objetivos. E, assim, Érica Letícia Brazão foi seguindo na vida, deixando um legado e belas marcas na história do atletismo amapaense.
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