sexta-feira, 1 de junho de 2012

Macapá adere a Marcha das Vadias


Por Araciara Macedo

A cidade de Macapá é mais uma das capitais brasileiras que aderiu ao movimento em defesa da mulher. A Marcha das Vadias, que acontecerá no dia 02 de junho (sábado) vem sendo construída de maneira plural, agregando inúmeros movimentos e segmentos da sociedade. A passeata visa promover um debate amplo, democrático e comprometido com as causas das mulheres do mundo, principalmente, a violência.

A Marcha terá concentração a partir das 15h, na Praça Floriano Peixoto, seguindo pela Antônio Coelho de Carvalho, Cândido Mendes, Padre Júlio, Beira Rio e finalizando o percurso na Praça de Coco. Dentre as atrações estão Tatamirô Grupo de Poesia, apresentação de grupos de Hip Hop e Rebecca Braga.

A Marcha das Vadias (em inglês: slutwalk) iniciou-se em 3 de abril de 2011 em Toronto no Canadá e desde então tornou-se um movimento internacional realizado por diversas pessoas em todo o mundo. A Marcha das Vadias protesta contra a crença de que  mulheres que são vítimas de estupro provocaram isso. Em janeiro de 2011, ocorreram diversos casos de abuso sexual em mulheres na Universidade de Toronto, por conta disso o policial Michael Sanguinetti fez essa observação: "as mulheres tem que evitar se vestir como vadias (sluts, no inglês original), para não serem vítimas". 

Para o policial a maneira como as mulheres se vestiam em Toronto despertava  a libido dos homens e provocava os estupros, ou seja, as mulheres eram as culpadas e não as vitimas. A observação gerou a revolta da população e provocou o primeiro protesto. Pelas ruas de Toronto 3.000 pessoas gritaram sua revolta contra a observação de Michael Sanguinetti.

A marcha vem ganhando adeptos mundialmente. Este ano manifestantes se mobilizaram através das redes sociais e o protesto aconteceu em diversos países. No Brasil várias capitais aderiram ao movimento, protestos semelhantes ao que aconteceu em Toronto se espalharam e mulheres vestindo roupas curtas, ou mesmo seminuas gritaram seu protesto afirmando que a roupa não é uma autorização para serem estupradas ou abusadas.

Em Macapá não será diferente, as amapaenses se reunirão no sábado para protestarem sobre diversas formas de violência que as mulheres sofrem. A I Marcha das Vadias recebe total apoio da Casa Fora do Eixo Amapá, Coletivo Mulheres em Contraponto, Setorial de Mulheres do PSOL, Sinsepeap, Sindesaúde, Coletivo Vamos à luta, DCE Unifap e Deu Rock Comunicação.

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