Por Araciara
Macedo
A cidade de Macapá é mais uma das
capitais brasileiras que aderiu ao movimento em defesa da mulher. A Marcha das
Vadias, que acontecerá no dia 02 de junho (sábado) vem sendo construída de
maneira plural, agregando inúmeros movimentos e segmentos da sociedade. A
passeata visa promover um debate amplo, democrático e comprometido com as
causas das mulheres do mundo, principalmente, a violência.
A Marcha terá concentração a
partir das 15h, na Praça Floriano Peixoto, seguindo pela Antônio Coelho de
Carvalho, Cândido Mendes, Padre Júlio, Beira Rio e finalizando o percurso na
Praça de Coco. Dentre as atrações estão Tatamirô Grupo de Poesia, apresentação
de grupos de Hip Hop e Rebecca Braga.
A Marcha das Vadias (em inglês:
slutwalk) iniciou-se em 3 de abril de 2011 em Toronto no Canadá e desde então
tornou-se um movimento internacional realizado por diversas pessoas em todo o
mundo. A Marcha das Vadias protesta contra a crença de que mulheres que são vítimas de estupro provocaram
isso. Em janeiro de 2011, ocorreram diversos casos de abuso sexual em mulheres
na Universidade de Toronto, por conta disso o policial Michael Sanguinetti fez
essa observação: "as mulheres tem que evitar se vestir como vadias (sluts,
no inglês original), para não serem vítimas".
Para o policial a maneira como as
mulheres se vestiam em Toronto despertava
a libido dos homens e provocava os estupros, ou seja, as mulheres eram
as culpadas e não as vitimas. A observação gerou a revolta da população e
provocou o primeiro protesto. Pelas ruas de Toronto 3.000 pessoas gritaram sua
revolta contra a observação de Michael Sanguinetti.
A marcha vem ganhando adeptos
mundialmente. Este ano manifestantes se mobilizaram através das redes sociais e
o protesto aconteceu em diversos países. No Brasil várias capitais aderiram ao
movimento, protestos semelhantes ao que aconteceu em Toronto se espalharam e mulheres
vestindo roupas curtas, ou mesmo seminuas gritaram seu protesto afirmando que a
roupa não é uma autorização para serem estupradas ou abusadas.
Em Macapá não será diferente, as
amapaenses se reunirão no sábado para protestarem sobre diversas formas de
violência que as mulheres sofrem. A I Marcha das Vadias recebe total apoio da
Casa Fora do Eixo Amapá, Coletivo Mulheres em Contraponto, Setorial de Mulheres
do PSOL, Sinsepeap, Sindesaúde, Coletivo Vamos à luta, DCE Unifap e Deu Rock
Comunicação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário