sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Artigo do Gato - Olhos e ouvidos bem abertos

Essa campanha eleitoral deu ênfase a ética. A lei da "Ficha Limpa" foi a coqueluche do período do registro das candidaturas. Não bastou ter o nome aprovado nas convenções partidárias, foi preciso passar no estreito crivo da justiça eleitoral para seguir no pleito sem restrição. Muitos aprovados nas suas hostes partidárias ficaram engatados na peneira jurico/eleitoral. Menos mal. O Joio foi previamente separado do Trigo.

Nesse contexto eleitoral não se deve invocar a expressão "Ficha Suja" para Roberto Góes e nem para Clécio Luiz. Ambos, segundo a justiça, são fichas limpas. 

O direito brasileiro pauta-se pela presunção de inocência. Sem trânsito em julgado e condenação em última instância ninguém é culpado. Afirmar culpa ao indivíduo antes da condenação nas condições descrita acima é leviano; é pré-julgamento. Roberto Góes está livre e com a legislação brasileira em seu favor e, invocar esse discurso para nodoar sua campanha e, sua administração, é desonesto.

E por falar de desonestidade, Randolfe Rodrigues e Clécio Luis estão tendo comportamentos abomináveis nessas eleições. Primeiro pisam no Estatuto do Partido Socialismo e Liberdade (Psol) quando se aliam com políticos de partidos cuja relação de parceria seria inimaginável nas hostes ortodoxa dos socialistas. A nacional mudou? Não, claro que não. O Psol, coerente com sua ideologia e doutrina partidária, divulgou carta tecendo duras críticas ao conchavo de Randolfe e Clécio com adversários históricos dos socialistas. Esse comportamento em tempos pretéritos foi reprovado com veemência e no presente não poderia ser diferente. 

Na verdade é o eleitor que deve ficar de olhos e ouvidos bem abertos para os que enganam e fingem ser algo que verdadeiramente não o são. Logo não merecem crédito. Assuma o vale tudo eleitoral Senador, inclusive se abraçar com inimigos políticos. 

Então que tal avaliarmos o comportamento do Psol no Amapá. No seu artigo 5° o Estatuto do partido diz o seguinte: O Partido Socialismo e Liberdade desenvolverá ações com o objetivo de organizar e construir, junto com trabalhadores do campo e da cidade, de todos os setores explorados e excluídos e oprimidos, bem com os estudantes, os pequenos produtores rurais e urbanos, a clareza a cerca da necessidade histórica da construção de uma sociedade socialista, com ampla democracia para os trabalhadores, que assegure a liberdade de expressão política, cultural, artística, racial, sexual e religiosa, tal como está expressada no programa partidário.

E o Psol se junta em Santana com Rosemiro Rocha, condenado na operação "Pororoca" e em Macapá fecha parceria com DEMOCRATAS. Senhores! Mostrem-me coerência de um Partido que diz que é dos trabalhadores e se junta com partido de extrema direita, ou seja, do capital.

Cadê a coerência do senador Randolfe Rodrigues que se notabilizou na mídia nacional por protocolizar o pedido de investigação contra o senador de Goiás, Demóstenes Torres (DEM) E sobe num palanque onde a mão invisível do presidente do Congresso Nacional, José Sarney que eles abominam, abençoa. Isso é honestidade?

Então devemos estar atentos aos lobos disfarçados em pele de cordeiros, que imaginam que podem enganar você com um discurso dissonante com suas práticas. A Carta ao Povo do PSB guarda sim o ranço da arrogância, aliás, arrogância comum aos socialistas, origem de Clécio Luiz, Senador Randolfe e quetais, porém ao tempo que demonstra este comportamento abominável dos prepotentes, tem a coerência de pedir ao Psol de Randolfe Rodrigues para tirar a máscara e mostrar a verdadeira face. Será de Lobo? Arrisquem! Voto não preço, tem conseqüência.

Algo que admiro no Senador Capiberibe, e na família dele é a coerência. Eles enganam mesmo e quem quiser ser enganado é só fazer aliança com eles. Já Randolfe Rodrigues e Clécio são incoerentes, pois têm para povo uma cara, nos bastidores outra. Randolfe Rodrigues quando foi pedir ao PSB para ser cabeça de chapa na eleição em 2010 levou um sonoro Não. O PT quis a mesma coisa para eleição municipal levou um sim conveniente e na hora "H" levou outro sonoro Não. Isso é ser coerente. É sempre "NÃO" e dane-se. ...Eu sou eu, foi meu pai que me fez assim, quem quiser que faça outro se achar que sou ruim... É o que canta o governador Camilo Capiberibe aos adversários. Coerente, NÃO!

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