por Reinaldo Coelho
Há 29 anos surgiram as escolas agrícolas no Estado do Amapá que envolveu diversos atores que se organizaram para concretizar o sonho de uma educação melhor no campo. Infelizmente as vésperas de completar três décadas elas vêm sofrendo com o descaso do poder público.
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Alunos da Escola Família Agrícola do Pacuí |
Hoje as escolas se encontram sem recursos para continuarem funcionando, isso de acordo com denuncia apresentada pelos pais dos alunos junto a Assembleia Legislativa do Estado do Amapá (ALAP). Pais, alunos e diretores de escolas que ocuparam as galerias foram unânimes em dizer que sem apoio financeiro é impossível manter as escolas funcionando.
Foi preciso que a Assembleia oferecesse uma garantia real mensal para que estas escolas possam garantir o funcionamento, pagando em dia professores, cuidando da manutenção da infraestrutura e da alimentação dos alunos que passam 15 dias nas escolas e 15 dias em casa na companhia da família.
A resposta dos deputados estaduais veio através do Projeto de Lei, 0149/2012, de autoria do Deputado Estadual Junior Favacho (PMDB),e presidente em exercício da Assembleia Legislativa.
O PL estabelece o percentual de 0,5% do orçamento, que ora está sendo aprovado pela ALAP, e representa cerca de R$ 4 milhões por ano para a Rede de Escolas Famílias Agrícolas do Amapá.
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Deputados incluem no orçamento do Estado R$ 4 milhões por ano para a Rede de Escolas Famílias Agrícolas do Amapá |
Em seus discursos todos os deputados presentes na votação foram unanimes em sua revolta contra a atual situação das Escolas Agrícolas amapaenses. "Se o Governo do Estado não for o grande indutor, não ajudar e colaborar, dificilmente estas escolas terão como se manter, inclusive temos informações de que a Escola do Maracá já está parada e 95 alunos que lá estudam estão sem aulas", disse a deputada Marília Goés (PDT).
Uma das parlamentares mais indignadas era Roseli Matos (DEM), que falou como professora e presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, lamentando a maneira como o governo vem tratado a educação e o homem do campo no estado do Amapá.
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