sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Cultura: Quebramar na Escola e 9º FIM



Quebramar na Escola é finalizado com sucesso

por Fabiana Figueiredo


Como parte da programação prévia do Festival Quebramar, a 3ª edição do Quebramar na Escola foi realizado na Escola de Circo Roda Ciranda, Escola Estadual Coelho Neto, Escola Estadual Sebastiana Lenir e, por último, Escola Estadual Tiradentes, na última quarta-feira (28), com crianças e adolescentes.

"A grande proposta do Quebramar na Escola é fazer essa inserção dentro do espaço escolar com atividades culturais. Ele traz parte da programação do festival e leva pra dentro das escolas, formando agentes e agitadores culturais dentro do Estado; é a formação de um novo público também, que seja mais interessado dentro das questões culturais do Estado", objetivou Ricardo Silva, da comunicação do Festival Quebramar. 

Ele ressalta que através do trabalho do Quebramar na Escola, os alunos se interessam pelo que estão vendo e participando. "Tem provocado e estimulado bastante os alunos, que têm se interessado, se mostrando muito abertos a essa perspectiva, eles querem fazer parte", diz.
Essa atividade começou em 2010, com apenas duas escolas, mas que já pode se obter resultados muito bons com essa interatividade do maior festival a céu aberto e entrada franca do país com escolas públicas.

Depois do trabalho realizado na Escola Roda Ciranda, que recebe alunos de diversas outras escolas públicas, onde realizam atividades recreativas, sociais, e também educativas como as formações da área circense, a programação se instalou na Escola Coelho Neto, onde teve oficina fotográfica, apresentação musical e sessão de filme através do Cineclube.

Em seguida, foi a vez da Escola Sebastiana Lenir, onde teve mais uma sessão cineclubista e "um debate muito interessante porque foram exibidos curtas metragens brasileiros, então a gente foi debater toda a produção do audiovisual brasileiro, e os alunos sabiam muita coisa pra debater. Eles queriam mesmo conhecer as tecnologias do Circuito Fora do Eixo. É muito legal ter essa troca com os alunos; mostrando bastante interesse, bastante vontade de saber como funciona todo o processo de criação e execução do festival", comentou Ricardo.

O Quebramar na Escola encerrou na Escola Tiradentes, onde o público foi maior e toda a programação voltada e trabalhada para a grande quantidade de alunos. Cineclube, apresentações musicais e Oficina de Mídia Livrismo, foram as atividades realizadas no local. Ricardo ressalta o apoio dos diretores das escolas que também facilitaram a execução da prévia do Festival. 

As atividades do Quebramar na Escola já promoveram vários jovens como agentes culturais. "Muitos dos alunos que entraram em contato com o projeto Quebramar na Escola se sentiram estimulados a também produzir, se tornaram agitadores culturais e começaram a interferir mais na vida cultural da cidade; começaram a integrar a produção de maneira mais efetiva", complementa Ricardo, que é um dos exemplos que o Quebramar na Escola ajudou a desenvolver. "É interessante perceber essa evolução do aluno pra um produtor cultural".

Festival Quebramar
O Festival Quebramar é classificado como o maior festival de artes integradas no Amapá e como um dos cinco mais promissores festivais do Brasil. Envolvendo atividades das Artes Visuais, Literatura, Teatro, Audiovisual e Música, além de debates e palestras sobre os novos rumos da cultura na Região Norte, o evento fica maior a cada edição realizada. Este ano, o Festival será realizado de 10 a 16 de dezembro, em diversos pontos da capital, como o Centro de Convenções Azevedo Picanço, Teatro das Bacabeiras e Fortaleza de São José. O evento tem apoio da Fundação Nacional das Artes (Funarte), do Ministério da Cultura e da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal (Lei Rouanet), além do Governo do Estado do Amapá.



9º FIM é a pedida para a semana

Isso mesmo, o Festival Imagem-Movimento (FIM) está na sua 9ª edição e será realizado nesta semana, durante os dias 3 e 8 de dezembro. O FIM tem como objetivo proporcionar a mostra e inserção de vários tipos de vídeos na esfera cultural amapaense, como define Augusto Pessoa, da coordenação do evento. "A gente tem amadurecido a cada ano, buscando uma qualidade e mostrando para as pessoas que é possível fazer cinema, basta você querer", diz.
O FIM surgiu no Amapá no ano de 2004, com o propósito de divulgar produções de audiovisuais locais, focalizando o cotidiano amazônico e amapaense; além de ser um festival independente que vem se transformando a cada ano realizado. O FIM já está consolidado em todo o país, como prova sua inclusão no Circuito Nacional de Festivais de Cinema, por ser um festival permanente - assim que o evento for realizado em 2013, ele será classificado dentro do Circuito de Festivais Consolidados. O FIM pode até ser considerado o único festival que recebe filmes para exibição durante o ano todo, por isso ele acaba se destacando a nível nacional, também. 

Como é um evento permanente, a organização do FIM promove oficinas de onde podem e já surgiram vários filmes, e os Cineclubes.

Augusto lembra que o evento sofreu mudanças durante suas edições como, por exemplo, o nome e a estrutura. "Até 2006 era uma competição de filmes, onde se premiava o melhor filme de animação, melhor curta, melhor longa, etc., e isso não funcionava muito pra nossa realidade amapaense, que é estimular a criação e produção de audiovisuais locais", define.

Animações, Longas e Curtas-metragens, Documentários, Videoclipes, Vídeos Experimentais, Vídeos Art são os tipos de audiovisuais que o Festival contempla nas mostras durante todo o evento. A Classificação Indicativa e a temática da edição são os critérios de inclusão nas mostras; sendo que, segundo Augusto Pessoa, geralmente, todos os vídeos enviados são exibidos.

Além da exibição das produções audiovisuais, o FIM também inclui apresentações musicais, oficinas de formação, debates e palestras. O diretor do Curso Básico de Montagem Audiovisual, Rodrigo Aquiles, irá ministrar a palestra para que os participantes tenham uma capacitação.

Segundo Thaise Medeiros, também da coordenação do evento, no Festival terão vários lançamentos, entre os principais estão: "Coletânea Primeiros Olhares", produzido entre as oficinas realizadas em 2010; "Girimunho", que já passou por países como França, Espanha e Estados Unidos e coleciona cerca de 5 troféus; e o filme paraense "Jambeiro do Diabo". As mostras se dividem da seguinte forma: Dias 3, 4 e 5 no Centro de Convenções Azevedo Picanço; dias 6 e 7, as atividades ocorrem no auditório do Museu da Imagem do Som; e, terminando, no dia 9. "A gente está com essas mostras principais e outras pequenas. Uma novidade desse ano é apresentação em Santana. Lançarão um filme de um produtor santanense que irá compor um acervo.

O Tema da 9ª edição é "Gravidade Zero. Soltos no Infinito"; e Augusto Pessoa explica a escolha: "A temática aborda o fim do mundo, a gente tentou imaginar uma forma do mundo acabar sem ser a explosão. Um de nossos designers, o Rodrigues Aquiles, rolou esse conceito de que a terra perderia a gravidade e todo mundo sairia voando pelo espaço". 

Além da inclusão de Santana no eixo do FIM, a exibição de 15 produções de Cuba também é uma das novidades desta edição. Para terminar a programação, a festa "Gravidade Zero", no Catita Club, está sendo preparada, com a participação de Stereovitrola, Velho Jhony, Nova Ordem, Amatribo e Matinta Pereira. 

Os organizadores esperam que as pessoas do Amapá, não importa a arte, se disponham à participar do FIM. "A gente espera que as pessoas criem o hábito de consumir cinema, não no sentido monetário, mas consumir no sentido de ver filmes, não só os americanos, mas filmes que falem da nossa vida, da nossa realidade, que mostrem alternativas, que a gente não assiste por preconceito, arruma desculpa para não assistir". Augusto Pessoa ainda elenca: "Um filme é uma janela que leva para mundos totalmente diferentes ou mesmo comuns ao seu que é capaz de transformar sua vida".

Saiba mais sobre o FIM em imagemovimento.org

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