Quando optamos escrever artigos para jornal e nos atemos sobre um só assunto, é razoavelmente compreensível uma sequencia natural de assuntos, pois já encontram-se alinhados na pauta previamente preparada. Por exemplo, escrever sobre e somente sobre economia, política, filosofia, etc..., haja vista a vastidão de temas a serem abordados. Já um irriquieto escrevente como eu, que está buscando sempre alinhar-se com temáticas de momento, não importando qual seja, mas que seja plenamente comentada, analisada ou criticada ( de forma construtiva, convenhamos), fica pulando de "galho em galho" como diz o provérbio.
Disse anteriormente que neste mês só escreveria sobre a temática natalina e, promessa dita, promessa cumprida, apesar das tentações de falar sobre corrupção, desvio de dinheiro público, saúde na UTI, segurança na insegurança, falta de dinheiro e não de gestão,etc.... Então vamos lá.
Façamos neste mês um ato de penitencia pessoal, uma espécie de introspecção espiritual, a fim de que possamos enxergar a realidade com olhos d'alma e com a pureza do coração. Não pensemos nos males que nos afligiram, que fizeram ou desejaram para nós; não nos lembremos das necessidades que passamos ou das dificuldades que colocaram sobre nossa caminhada do dia a dia; não olhemos o passado para enxergar o que não realizamos ou deixamos de fazer; não nos preocupemos com as dívidas que não foram pagas, mas que serão quando e como dispuser o destino. Enfim, tudo isso é uma grande tentação e uma prova de que não somos rancorosos e que queremos dar o troco, o retorno, usar a Lei de Talião.
Não, longe de nós esse pensamento maligno que se tornado realidade, nos há de comparar com aqueles que atropelaram nosso destino. Façamos todos um esforço pessoal ou de pensamento coletivo, para termos sempre a nossa frente como estandarte, a celebre oração de São Francisco - " Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz...". Qualquer que seja a tentação dela nos afastar, busquemos refúgio no verso da oração coletiva deixada por Jesus no Pai Nosso - .... perdoai nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido ". E, se estas duas orações não conseguirem apaziguar nossa aflição, busquemos lembrar da frase do perdão, clamada por Jesus, preso à Cruz, na crucificação " Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem ". Ainda assim, se o coração continuar amargurado, clamai e dizei em voz alta e bom som - " Eu vos deixo a minha paz. Ide e pregai a paz... "
Primeiro é preciso mudar interiormente, isto é, buscar o equilíbrio interior, apaziguar os conflitos internos, dar sossego à alma. Imaginar que estamos nascendo de novo e esta é a mensagem do " Nascimento de Jesus ". Lembrar que somos parte da Criação e que somos seus Irmãos, pois somos Criaturas de Deus, lembrados na Santíssima Triangular: PAI - FILHO - ESPIRITO SANTO. Jesus, o Filho, gerado e não criado, nasce todo ano para lembrar à humanidade que não devemos esquecer D'ele, de festejar sua vinda, é certo, mas que Ele é e será sempre o homenageado.
Portanto, quando cada um encontrar-se consigo mesmo, deixe fluir com suavidade a paz interior encontrada, para que ela compartilhe com outras tantas na mesma dimensão, ou que possa modificar outras que precisem de purificação.
Neste mês não importa quem somos, o que temos, o que sou, mas sim o que desejamos ser para outras pessoas, se imagem, semelhança, ou simplesmente reflexos. Avaliemos nossas ações pessoais para multiplicarmos nossas ações coletivas, pensando sempre na máxima que Jesus nos deixou - " Eu sou o caminho, a verdade e a vida ".
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