sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Artigo do Tostes - Novas estratégias para o ano de 2013

O ano de 2013 está próximo, as possibilidades são cercadas de expectativas de que sempre teremos um ano melhor. Este será o ano de começo de novas administrações municipais para o quadriênio 2013/2016. Como já foi amplamente divulgado pela imprensa, a vida não será fácil para os novos gestores, existem muitas dificuldades, muitas delas deixadas de forma irresponsável por aqueles que têm o deve de zelar pela coisa pública.

No ano de 2012, tive a oportunidade de escrever sobre a diversidade dos problemas, vou enfatizar neste artigo uma série de possibilidades para um futuro mais promissor para a cidade de Macapá e demais cidades amapaenses. Um dos pontos que precisa ser enfatizado com maior ênfase a partir de 2013 é a questão tecnológica. Este item merece maiores cuidados por parte dos gestores. Escrevi um artigo em 2012 intitulado: gestão municipal eficiente, um dos pontos mais ressaltados é exatamente a necessidade de adequar um sistema de gestão eficaz ao desenvolvimento de novas tecnologias, tais tecnologias são indispensáveis para o sucesso de qualquer gestão.

É evidente que só a questão tecnológica não será suficiente, será preciso qualificar o capital humano para lidar com a diversidade deste novo cenário.  É importante pensar nas linhas de financiamento para esta área, realizar convênios com instituições acadêmicas e profissionalizantes para elaborarem e aplicarem cursos para servidores e técnicos municipais. Isso não depende de boa vontade política, mas sim de compromisso de fazer valer o desenvolvimento do município.

Apesar dos múltiplos problemas existentes, a visão para o ano de 2013, não pode ser somente para equacionar problemas cotidianos, é preciso instrumentalizar todos os pontos que dão suporte para a definição e aplicação das políticas públicas, o plano diretor não pode ser objeto de discursos, tão pouco ser modificado de acordo com conveniências, será fundamental a definição dos planos setoriais, associado à regularização definitiva da gleba urbana composta por diversos bairros.

Nossas cidades precisam de uma atenção especial para as questões bioclimáticas, isso significa investir em arborização e paisagismo na melhoria das áreas públicas, evitar o uso abusivo da pavimentação asfaltica. Outro aspecto importante será a definição de um sistema de gerenciamento do plano diretor amarras de sempre. É preciso autonomia para o gerenciamento do plano e ser colocado como algo prioritário.

O município necessita também investir e conseguir implantar o Cadastro Técnico Multifinalitário, este sistema permite agregar todos os setores e banco de informações do município, facilita o processo de gestão e planejamento, permite a administração pública flexibilidade, inovação. O Amapá necessita de condições de internet mais veloz para colocar em prática ações mais consistentes e duradouras.

Sobre o transporte coletivo onde reside a maior preocupação da população, torna-se fundamental um estudo técnico mais acurado para verificar as causas de tantos problemas. Macapá é uma cidade linear, tem um traçado que permite boa evacuação do sistema de trafegabilidade, porém há entraves que precisam ser resolvidos.  É hora de pensar em um sistema integrado por bairros, experiência utilizada em vários lugares do Brasil e do mundo.

Não dá para resolver tudo, arrumar a casa, começa pela simples ideia de retirar o que não tem mais uso, redefinir novos usos e agregar coisas novas. A gestão pública também passa por fatores que são cruciais: colocar pessoas certas nas funções que são primordiais; ter a clareza dos entraves e mapeá-los, não abrir mão da elaboração de projetos que são geradores de transformações e geram emprego e renda. Macapá tem um potencial enorme para o turismo, mas só potencial não basta, é importante investir em áreas estratégicas: orla do rio Amazonas; o meio do mundo e a Fortaleza de São José. 

As novas estratégias para o ano de 2013 serão de grande importância para vislumbrar a perspectiva de desenvolvimento de nossas cidades, será sem dúvida um ano com muitas complexidades, vai exigir dos gestores uma postura mais conservadora em relação à definição de novos investimentos. Porém, não é mais possível à perda de recursos por problemas de elaboração de projetos básicos, algo importante e quase que obrigatório por parte do poder público.

No mês de fevereiro de 2013 irá ocorrer o Seminário de Políticas Urbanas em Brasília, cada Estado irá promover em janeiro o Seminário local, isso permitirá aos novos gestores participar de forma decisiva da discussão das diretrizes para o desenvolvimento das cidades e a elaboração das políticas urbanas com níveis de financiamento. Será oportuno para que os novos gestores conheçam os mecanismos que correlacionam às políticas nacionais, regionais devidamente integradas com a realidade municipal.

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