segunda-feira, 4 de março de 2013

Cultura: CEU e Fim de Tarde no Museu


Centro integra arte e esporte em Macapá

Conheça mais sobre o funcionamento do CEU das artes e do esporte e outros projetos da Fumcult

por Fabiana Figueiredo

Na sexta-feira (22), aconteceu uma visita ao primeiro Centro Unificado das Artes e do Esporte (CEU) de Macapá, localizado no bairro Infraero II, na zona norte da capital. O prédio ainda está em construção desde o final de 2012, e tem a previsão de inauguração para o início do segundo semestre deste ano, segundo a presidente da Fundação Municipal de Cultura (FumCult), Márcia Corrêa, que também explicou como funcionará o CEU.
Projeto virtual da área de 3 mil m² que
será implantado no bairro Infraero II

O Centro é um projeto criado pelo Ministério da Cultura (MinC), que propõe levar mais opção de arte, esporte e lazer às cidades do país; tornando-se, de acordo com a Ministra da Cultura, Marta Suplicy, adaptações das Praças dos Esportes e da Cultura (PEC), valorizando o intercâmbio entre as expressões artísticas; um espaço para formação de artistas, com bibliotecas de arte, telecentros e cursos, além de revelar talentos da comunidade macapaense. Já são estabelecidos três modelos para a construção: terrenos com dimensões mínimas de 700 m², 3.000 m² e 7.000 m².

O CEU das artes e do esporte do Infraero II possui 3.000 m², e já possui cerca de 30% da obra concluída, no endereço Avenida Carlos Lins Côrtes, Lote 360. "Contempla áreas para o esporte e para a cultura. Terá um cineteatro de 64 lugares, uma quadra poliesportiva coberta, área para desenvolvimento de atividades de atletismo, pistas de skates, parque infantil, salas multiuso para realização de oficinas diversas, biblioteca mais cultura, equipamentos de ginástica, pista de caminhada, entre outros. A previsão de entrega da obra pela Semob [Secretaria Municipal de Obras] é agosto de 2013", afirma Márcia Corrêa. Ela complementa que para o funcionamento do centro deve ser licitada a compra dos equipamentos, já previsto no projeto; e, para acelerar a inauguração, a FumCult pretende realizar as licitações ao mesmo tempo da execução e conclusão da obra. A ministra Marta Suplicy pretende vir à Macapá para a inauguração do CEU das artes e esporte do Infraero II e lançamento da pedra fundamental de uma segunda obra. 

Novas obras
Márcia Corrêa confirmou que outro CEU será construído, e já tem localização: o bairro Novo Horizonte; por estar perto de escolas e creche, sendo um lugar estratégico, além de ser um dos poucos terrenos legalizados da Prefeitura de Macapá. "A Semduh [Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional] encontrou uma situação muito complicada quanto aos terrenos legais, por conta disso só encontramos esse terreno no Novo Horizonte. Isso não irá prejudicar o funcionamento, porque a zona norte é a região mais populosa e a que mais cresce na cidade", afirmou a presidente da Fumcult, alegando, ainda, que após os dois CEU's construídos, se houver um terceiro deverá ser na zona sul. O diferencial do II CEU será a inclusão de um anexo - definido em reunião com a ministra Marta no início desse ano -, onde deverá funcionar o Projeto Cidade Musical.
Com a visita à obra, constatou-se
que ela está cerca de 30% concluída

Márcia Corrêa informou que o CEU das artes funcionará com a ajuda da comunidade do entorno, para a efetiva execução das atividades com monitores e a preservação dos espaços. "O projeto prevê toda uma mobilização da comunidade para que ela participe da gestão do CEU; através de cursos [fornecidos pelo MinC em seminários] essas pessoas serão capacitadas e contratadas. A comunidade se apropriando do espaço é uma forma de preservar, percebendo a importância que aquilo vai ter para sua própria vida".



Fim de Tarde no Museu:
Sucesso em apenas um ano
Nesta quinta-feira (28), aconteceu a edição especial do Projeto Fim de Tarde no Museu em comemoração ao seu primeiro aniversário. O projeto é de autoria do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), órgão responsável pelo funcionamento do Museu Sacaca, e queria proporcionar um espaço para a música amapaense em um dos dias da semana. 

A alusão ao aniversário do projeto contou com Música e Poesia performática, por meio dos diversos artistas locais que já se apresentaram em outras edições do Fim de Tarde: Aroldo Pedrosa & Dylan Rocha; Brenda Melo & Nivito Guedes; Cássio Pontes & Chermont Jr; Celine Guedes & William Cardoso; Cley Luna & Alê d Ilê; João Amorim & Vicente Moura; Maria Eli & Ingrid Sato; Silmara Lobato & Lula Jerônimo; Sérgio Salles & Nonato Santos; e os grupos de poesia Abeporá das Palavras, Boca Miúda e Poetas Azuis.

Como tudo começou...
Há 10 anos, havia um projeto com música no Museu, realizado aos finais de semana. Com a reinauguração do Museu Sacaca, no ano passado, o diretor do Iepa, Augusto Oliveira, e a diretora do Museu, Monica Dias, decidiram, baseados no antigo projeto, escolher um dia da semana para dar espaço à Música e à Poesia amapaenses. Antes, iniciava-se às 17h, mas com a pouca presença do público, foi transferido para o horário das 19h. Tudo isso em prol da difusão da cultura enquanto patrimônio cultural amapaense, além de criar um espaço para a divulgação do artista local e do seu trabalho, como afirma a Chefe da Unidade de Divulgação e Exposição do Museu, Nayara Cavalcante. E no dia 9 de fevereiro de 2012 aconteceu a primeira edição do Projeto Fim de Tarde no Museu, com a apresentação de Cley Luna (música) e Carla Nobre (poesia).
A escolha dos artistas que irão se apresentar é feita, hoje, através de edital; o primeiro foi lançado em novembro, e o próximo acontecerá novamente assim que todos os eleitos se apresentarem. "Queremos permanecer valorizando a poesia e a música, mas melhorando a estrutura física, o mobiliário, o cachê do artista e os equipamentos de som", afirmou Nayara Cavalcante.

... e hoje é sucesso
Mais de 100 artistas já apresentaram na Praça de Alimentação do Pequeno Empreendedor Popular no Museu Sacaca, onde é tradicionalmente realizado o Projeto; a resposta do público é a melhor possível, pois os visitantes são de todas as idades e, em sua maioria, vêm com a família.

Para os artistas o lugar tem seu diferencial, como expõe o músico e escritor Serginho Sales, que se apresentou cerca de seis vezes no Museu. "Aqui é um local que tem uma face poética, remete à floresta e é bem agradável. Tem o cheiro da terra e dos elementos da floresta. É algo que entra na gente, e dá muita satisfação de tocas nas tardes do Museu". O poeta Thiago Soeiro também tem um carinho especial em se apresentar no Fim de Tarde no Museu: "Eu me sinto feliz e valorizado como artista pelo espaço dedicado a poesia que desmistifica o poema como assunto apenas de estudo para algo interessante. O espaço do Fim de Tarde me abriu portas para novas apresentações, serviu como vitrine para o meu trabalho".

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