sexta-feira, 10 de maio de 2013

TAPIOCA

Sem glúten, a iguaria tipicamente brasileira faz parte da alimentação saudável

 Com o título de Patrimônio Imaterial e Cultural de Olinda desde 2006 concedido pelo Conselho de Preservação do Sítio Histórico de Olinda, Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela UNESCO, a tapioca ou beiju como também é conhecida ganha cada vez mais adeptos por todo o Brasil.
De origem indígena e típica das Norte e Nordeste do país, ela é feita com a fécula extraída da mandioca, chamada goma da tapioca ou polvilho doce. A massa é feita à base de farinha de polvilho e água, e embora saborosa, é pouco nutritiva. Segundo a ANVISA, a informação nutricional da tapioca para uma porção de 50g, o equivalente a uma xícara de chá é a seguinte: 120 calorias, 27 gramas de carboidratos e apenas 1,6 gramas de proteínas. 
A quantidade de tapioca por dia deve ser moderada, pois ela possui poucas fibras, o que dificulta o trânsito intestinal e pode causar constipação. Como a tapioca é uma fonte de carboidratos, e um ótimo substituto do pão, o ideal para uma alimentação saudável e equilibrada é que esta, seja combinada com uma fonte proteica de baixa caloria, como peito de peru ou blanquet.
A dica é prestar muita atenção a escolha dos recheios, e ter cuidado para não abusar nos ingredientes calóricos, que podem tornar a receita mais nutritiva, porém mais gosrdurosos e pesados também. O tradicional recheio é feito com coco e queijo coalho.
A tapioca tem sua origem da mandioca. Esta era produzida sob o sistema da agricultura de subsistência e fazia parte da base da alimentação dos brasileiros até a invasão e colonização do território pelos portugueses, quando acabou se transformando na principal fonte de nutrientes da alimentação escrava. Muitos anos se passaram, e hoje a mandioca é utilizada de diversas maneiras na alimentação e o sucesso da tapioca é crescente, com destaque na mídia impressa, como na matéria "O novo pão" na edição de abril da revista Vogue Brasil, com diversas informações sobre o consumo da tapioca.
Atualmente a tapioca é um dos mais tradicionais símbolos da culinária do Norte e Nordeste e atraiu a atenção de alguns chefs renomados da culinária brasileira. Estes criaram versões inovadoras e resgataram os sabores nativos da tapioca. Mas, o que chama a atenção, é que ela foi incluída nos hábitos alimentares de fashionistas e famosos preocupados com a alimentação saudável e o bem estar do corpo.
O que atrai os amantes da qualidade de vida e da alimentação balanceada é que a tapioca possui baixo índice glicêmico, ou seja, sua glicose é liberada aos poucos para a corrente sanguínea garantindo energia durante a atividade física. E, diferente do pão, ela não possui glúten, uma proteína composta pela mistura de cadeias proteicas longas, considerado vilão por médicos e nutricionistas. Segundo eles, ao chegar ao intestino, o glúten transforma-se em uma espécie de cola grudando nas paredes intestinais. Com o passar do tempo, provoca saturação do aparelho digestivo, aumento da gordura na região do abdômen, dores articulares, alergias cutâneas e depressão.
Quando incluída em uma alimentação orientada por um especialista, nas doses diárias corretas, seus consumidores só tem a ganhar.

Como fazer
Em frigideira antiaderente aquecida em fogo brando, espalha-se uma porção e com as costas de uma colher cobre-se o fundo da frigideira de modo uniforme e recheia-se*, assando de dois a quatro minutos - ou até que a mistura fique com suas bordas soltas da frigideira, como uma panqueca ou crepe.  Em seguida, dobra-se a tapioca, passando um pouco de manteiga em ambos os lados e assando por mais um minuto.

*Recheios
Deve-se ter atenção aos recheios escolhidos para a tapioca, pois eles são os grandes vilões das calorias extras consumidas. As combinações menos calóricas são: Queijo, orégano e manteiga (50 g): 366 kcal por porção; com geléia de frutas (50 g): 250 kcal por porção e com queijo fresco, peito de peru e tomate seco: 327 kcal por porção. Mas, com apenas com uma pequena colher de manteiga a iguaria já fica deliciosa.

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