Maria das Dores de Menezes Vasquez - Dorica

A vida de nossa desportista Dorica sempre foi envolvida com o esporte. Jovem atuante no meio escolar, na época do ex-Território Federal do Amapá, onde a prática esportiva escolar e de lazer eram uma só. Porém, para Dorica foi à sua família que se originou o seu amor pelo desporto, ela relembra que quando nova, acompanhava seu pai em uma gincana de lambreta, brincadeira peculiar da época, onde era realizada uma corrida de Lambreta, com um ajudante na garupa, que no caso era ela. O evento acontecia na Praça do Barão do Rio Branco. "Esse foi meus primeiros passos no esporte competitivo".
Dorica relembra que a maior iniciativa na prática esportiva veio da escola, ela estudou no Instituto de Educação do Território do Amapá (IETA) e que na época existia os Jogos Estudantis que era uma competição Intercolegial muito competitiva que levava os alunos se tornarem torcedores fanáticos das suas instituições escolares. "Lembro que na época o IETA era apelidado de "piramutaba" pelas cores azul escura e branca de seu uniforme, defendi as cores ietanas através do ciclismo, onde fui bicampeã, com um detalhe as bicicletas eram as "pé duro", não eram como as atuais. Disputei pelo Vôlei, competi no Atletismo, com lançamento de dardo e na natação, ia a todas as frentes defender nosso educandário".
Porém, Dorica, foi estudar no maior rival do IETA, o Colégio Amapaense (CA), conhecido com "garapa azeda" pelas cores de seu uniforme. "Fui Campeã de Vôlei no CA, sob o comando da inesquecível Professora Marly, uma dos ícones da Educação Física do Amapá, tanto que me formei em Educação Física e continuei a praticar o esporte, ensinando e comandando os meus alunos".
Começou suas atividades de professora na Escola Barão do Rio Branco, Alexandre Vaz Tavares, Escola Jesus de Nazaré, onde por duas vezes comandou a equipe da escola e foi bicampeã de Futsal na categoria de 12 a 14 anos nos Jogos Escolares Amapaenses. "Uma das modalidades preferidas é o Futebol de Salão, assim como a natação".
A desportista Dorica, foi uma das professoras e gerentes do Centro Esportivo Capitão Euclides Rodrigues - Piscina Olímpica, no período em que trouxe grandes louros para a natação amapaense, na época saiu de lá para a fama "O nadador Jader Souza em seu primeiro Pan, saiu da piscina olímpica de Macapá, direto para o Rio de Janeiro, onde conseguiu vaga para o Pan-americano. Ele foi o terceiro brasileiro no revezamento, garantiu a virada e levamos o Ouro de San Domingos".
Um dos novatos na delegação brasileira, Jáder aos 21 anos, surpreendeu os favoritos e garantiu presença em San Domingos, porém depois disso parou, pois faltou o apoio e patrocínio. Para Dorica esse é o maior entrave para os atletas amapaenses, o apoio para poder representar o Amapá. "Temos grandes atletas competitivos no Amapá, com totais condições de chegarem as Olimpíadas de 2016, tanto que o Jáder, infelizmente, não continuou pela falta de apoio. O basquete masculino amapaense foi vice-campeão nos Jogos Escolares Nacional, pela EE Gabriel de Almeida Café, temos o mesatenismo, judô, temos grandes nomes. O esporte é dedicação e perseverança, disciplina acima de tudo".