SAÚDE EM FOCO
MEDICINA: EVIDÊNCIAS x MERCADO. Jarbas Ataíde (*)
Há
muito se escuta.
A mudança sofrida.
A influência necessária
Das circunstâncias da vida
Na Medicina, ao longo da
História.
De Hipócrates para a Idade Média.
O misticismo, alquimia, a
inquisição.
Contrapõe-se o Renascimento,
O homem é o centro, não a
religião.
O
método científico e a tecnologia
Tornaram a Medicina, nova
apologia.
Descobertas da Idade Moderna.
Avançaram a ciência e a
Biologia.
As “máquinas” e o processo de
produção.
O mercantilismo avançando sem
igual.
A Medicina transforma-se com a
Revolução Industrial.
As descobertas e abordagens
se diversificam.
De um lado a alopatia.
De outro a cura pela
Homeopatia.
Na Idade Contemporânea a
Filosofia.
Surge o homem como centro: a
Antroposofia.
O mágico, o passado recente;
A influência da religião,
Ficaram pra trás em nossa
mente.
O Médico “robotizado”, descrente,
sem coração.
O exagero do cientificismo,
Ignorando o socioeconômico,
as carências.
O consumo exagerado, o
mercantilismo,
Fala mais alto que as
evidências.
No campo da conversa, da
persuasão,
Permanece a crise da famosa
relação.
A comunicação perde para a
globalização.
O Médico tecla o mouse em vez da conversação.
Que
prática médica é essa desigual?
A saúde/doença: objetos de
compra;
O paciente: discriminado sem
igual;
A exclusão sentida: a saúde
de quem paga.
O lucro: uma praga, uma
doença, um mal.
Prática médica baseada em
evidências.
Bonita no discurso ocasional.
Separa cliente por classe,
conforme o valor venal.
Os códigos, as normas, a
legislação.
Ficam no papel, no vazio discurso.
Os valores sócio-ético-morais
da profissão
São relembrados pela
Filosofia e Religião.
Medicina humanizada e com
autonomia.
Deve ter conduta
éticoprofissional.
Não valoriza apenas a
economia.
O privado, a filantropia,
deve avaliar a carestia.
A Medicina dos planos e do
SUS,
Não deve ter tratamento
desigual.
Medicina de “rico” e de
“pobre”,
Deve dar lugar ao trato humanizado,
de modo real.
A Medicina de mercado, de
separação,
Precisa rever essa
constatação.
Precisa da coerência da
ciência.
Mas, sobretudo dessa
principal evidência:
Da
solidariedade da Religião.
JARBAS ATAÍDE,
Médico.
Campanha da Fraternidade/2010.
Macapá-Ap, 21.04.2010
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