sexta-feira, 2 de agosto de 2013

SAÚDE EM FOCO

                                  SAÚDE EM FOCO


     MEDICINA: EVIDÊNCIAS x MERCADO.          Jarbas Ataíde (*)

Há muito se escuta.
A mudança sofrida.
A influência necessária
Das circunstâncias da vida
Na Medicina, ao longo da História.

De Hipócrates para a Idade Média.
O misticismo, alquimia, a inquisição.
Contrapõe-se o Renascimento,
O homem é o centro, não a religião.

O método científico e a tecnologia
Tornaram a Medicina, nova apologia.
Descobertas da Idade Moderna.
Avançaram a ciência e a Biologia.

As “máquinas” e o processo de produção.
O mercantilismo avançando sem igual.
A Medicina transforma-se com a Revolução Industrial.

As descobertas e abordagens se diversificam.
De um lado a alopatia.
De outro a cura pela Homeopatia.
Na Idade Contemporânea a Filosofia.
Surge o homem como centro: a Antroposofia.

O mágico, o passado recente;
A influência da religião,
Ficaram pra trás em nossa mente.
O Médico “robotizado”, descrente, sem coração.

O exagero do cientificismo,
Ignorando o socioeconômico, as carências.
O consumo exagerado, o mercantilismo,
Fala mais alto que as evidências.

No campo da conversa, da persuasão,
Permanece a crise da famosa relação.
A comunicação perde para a globalização.
O Médico tecla o mouse em vez da conversação.                                            

Que prática médica é essa desigual?
A saúde/doença: objetos de compra;
O paciente: discriminado sem igual;
A exclusão sentida: a saúde de quem paga.
O lucro: uma praga, uma doença, um mal.

Prática médica baseada em evidências.
Bonita no discurso ocasional.
Separa cliente por classe, conforme o valor venal.
Os códigos, as normas, a legislação.
Ficam no papel, no vazio discurso.
Os valores sócio-ético-morais da profissão
São relembrados pela Filosofia e Religião.

Medicina humanizada e com autonomia.
Deve ter conduta éticoprofissional.
Não valoriza apenas a economia.
O privado, a filantropia, deve avaliar a carestia.

A Medicina dos planos e do SUS,
Não deve ter tratamento desigual.
Medicina de “rico” e de “pobre”,
Deve dar lugar ao trato humanizado, de modo real.

A Medicina de mercado, de separação,
Precisa rever essa constatação.
Precisa da coerência da ciência.
Mas, sobretudo dessa principal evidência:
Da solidariedade da Religião.                    
                                                                     JARBAS ATAÍDE, Médico.
                                                                    Campanha da Fraternidade/2010.
                                                                     Macapá-Ap, 21.04.2010

                                                          


    
 


Nenhum comentário:

Postar um comentário

ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...