quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Editorial

Editorial


Governando de costas

Mais uma vez o governo demonstra seu despreparo no trato com interesses de classes profissionais. A comissão criada para representar os servidores públicos que lutam para passar aos quadros da União declaram que o apoio do Estado, dado para à "batalha" pela aprovação da PEC 111 tem sido mínmo. Isto, mesmo com a comprovação de que a economia com a folha de pagamento em um curto período, significaria nada mais nada menos que R$ 1 bilhão. Ao ignorar este dado, o governo age como se administrasse um Estado rico e que tais impactos não significassem nada. Enquanto isso, servidores esperam ansiosos pelo desfecho da aprovação definitiva da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que defende interesses de quem trabalhava no serviço público do ex-território na época em que este passou a ser Estado. A primeira vitória já foi conseguida, a aprovação da PEC 111 em primeiro turno na Câmara Federal. É certo que ainda falta um longo caminho a ser percorrido até a definição final. Esperam por isso, também, Estados como Rondônia, criado na mesma época, pela Constituição Federal de 1988. Mas lá é diferente, os servidores têm apoio de seu governo. Já aqui, o descaso toma conta, talvez pela falta de prática na lida de governar um Estado e ouvir os anseios de suas classes profissionais. Testemunhamos a falta de competência e habilidade até mesmo para o diálogo que este governo tem, quando aplicou um golpe nos professores integrando a regência de classe ao salário. Tudo aprovado em questão de horas em uma tramitação recorde. Para chamar atenção sobre a importância desta PEC, a comissão de servidores decidiu por "fazer barulho". Afinal, é o que faz quem quer ser notado. Quem sabe, sendo otimista, o governador que se diz socialista finalmente acorde de seu torpor e passe a querer ouvir o povo. Quem sabe, troque o conforto de seu gabinete refrigerado onde assiste a suas propagandas mirabolantes de uma Macapá de primei ro mundo e vá até o Centro de Convenções na Avenida FAB procurar saber o que seus servidores têm a lhe dizer. 

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