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Aposentados pedem
socorro ao Ministério Público sobre desmandos em associação
Trinta associados
assinaram um documento da Associação dos Aposentados e Pensionistas do Estado
do Amapá pedindo ao Ministério Público providências quanto ao que eles
classificam como desmandos da atual diretoria da entidade. O abaixo assinado
fala de desmandos administrativos e financeiros que estariam comprometendo a
associação. Em outro documento os problemas são resumidos e enumerados em
parágrafos, o primeiro deles trata da Ata da Assembleia Geral ocorrida em 10 de
fevereiro de 2010 que alterou o valor dos honorários da assessora jurídica Rita
Ribeiro que até então eram fixados em R$ 2.075 para R$ 8,00 por sócio, o que
representa 26,67% da arrecadação bruta da associação considerando a mensalidade
de R$30.
Outro ponto questionado
foram as mudanças no estatuto. O abaixo assinado diz que maioria dos associados
não compareceu à assembleia e quem compareceu tinha interesse em se beneficiar
com as alterações. A redação sugere a intimação de alguns associados e do
próprio presidente à época, José Carlos da Silva Oliveira com o objetivo de
esclarecer as decisões tomadas na reunião.
O segundo ponto do
documento aborda a prestação de contas do biênio 2009/2010. O Diário Oficial
publicado no dia 10 de novembro de 2011 convocou os associados para uma
assembleia geral que trataria da prestação de contas no dia 17 do mesmo mês. Só
que na data os associados foram informados por cartaz, que a reunião havia sido
cancelada devido à análise da prestação de contas não ter sido concluída e que
ocorreria depois desta conclusão, o que até hoje não teria acontecido.
O terceiro ponto traz
questionamentos de outra Ata de Assembleia Geral datada de 21 de janeiro de
2011 que trata da alteração do contrato da prestação de serviços com o
Escritório de Advocacia Guerreiro Advogados. A partir das alterações o
instrumento contratual não teria termo final e duraria enquanto existissem
ações relacionadas com os associados, o que é vedado pelo Código Civil.
O quarto ponto do
documento é sobre a Assembleia Geral do dia 9 de setembro de 2013, convocada
para discutir a vacância de cargos de vice-presidente e diretor financeiro da
associação e alteração do estatuto da entidade. O Diário Oficial de 24 de
setembro relata alterações de denominação incluindo a classe de servidores
ativos.
O procedimento, segundo
os aposentados, desvirtuou os interesses e objetivos da associação e “feriu
gravemente a legislação em vigor”. Quanto a isso, o documento diz que houve
ausência de formalidades essenciais na assembleia, entre elas a inexistência da
Ata da Assembleia com assinatura dos presentes.
É questionada ainda, a
mudança de sigla da associação, que passou a se chamar Associação dos
Servidores Públicos Ativos, Aposentados e Pensionistas do Estado do Amapá,
mesmo já havendo no Estado um sindicato que reúne servidores públicos, no caso
o Sindsep. A alteração viria a contrariar o artigo 8°, inciso II da
Constituição Federal, que dispõe sobre a existência de sindicatos e categorias
trabalhistas.
As alterações, segundo
o documento da associação, foram propostas pela então presidente Elci Oliveira
de Almeida que teria renunciado ao cargo.
Os associados pretendem criar uma comissão para acompanhar a prestação
de contas e pedem ao Ministério Público providências urgentes.
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