EDITORIAL

A queda do busto do "rei sol"

Incrível e quase inacreditável o que essa gestão consegue fazer. Antes de entrar no assunto desta edição relembremos a piada de alguns meses atrás, onde pintos foram entregues aos moradores do município de Oiapoque. Nós noticiamos com uma capa que ILUSTRAVA (assim mesmo em caixa alta) a situação vexatória onde famílias inteiras voltavam para casa com o pinto na mão, nos referimos ao bichinho que pia.
Eles esbravejaram, disseram que alteramos fotografias do "rei sol", enquanto que na verdade, ilustramos uma situação digna do repertório de anedotas de um Ari Toledo, do saudoso Mazzaropi ou quem sabe até do grande Manuel du Bocage, no auge de suas picardias. A verdade é que aconteceu. Nas redes sociais, potencial veículo de comunicação nos dias de hoje, muita gente deu risada, e como não daria?
Mas eles foram adiante. Com um vasto repertório digno de montar um stand up comedy, a equipe de "roteiristas" do maior humorista que esse Estado já conheceu mirabolou pesado e deu criou a maior piada que estas bandas nortistas já vieram. Em meio a um janeiro sisudo, lento e chuvoso, cara mesmo de começo de ano, eles abriram 2014 com o espetáculo chamado O Busto, estreado por ninguém menos que o "rei sol".

Gente, a platéia não parou de rir um só momento, com os olhos presos naquilo. No palco, reluzente, estava ele, ali, imóvel. Mas, ao contrário deles, a oposição sabe o que faz e o que diz e antes que o engodo pegasse cortou-se o mal pela raiz. A tática da autopromoção foi por água abaixo com as chuvas de janeiro.

Teve lambe saco que tentou defender o patrão de todo jeito, mas sem argumentação e com um raciocínio raso fica difícil. O busto de Carlos Camilo Góes Capiberibe caiu, assim como o de Stalin, Sadan Hussein e Lenin, ainda que em nosso caso Tucuju, esta queda tenha sido simbólica, mas caiu deixando claro que um narcisismo sem medidas, suspeitado antes, solidificado agora no mais puro bronze.